Buscar

res. ' O PAPEL DO JORNAL E A PROFISSAO DE JORNALISTA '

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resenha:
 O papel do jornal e a profissão de jornalista
9 
edição
, Primeiro lançamento em 1974
Autor: Alberto Dines
Resenhista:
 Ana Luísa Pereira
R
	
O diário de um bom jornalista.
Jornalista e escritor, Alberto Dines, com mais de cinquenta anos de carreira, dirigiu e lançou inúmeras revistas e jornais em Portugal e no Brasil. Foi editor-chefe do Jornal do Brasil durante doze anos e diretor da sucursal da Folha de São Paulo no Rio de Janeiro. Dirigiu o Grupo Abril em Portugal, onde lançou a revista Exame. Escreveu mais de 15 livros, entre eles Morte no paraíso, a tragédia de Stefan Zweig (1981) e Vínculos do fogo – Antônio José da Silva, o Judeu, e outras histórias da Inquisição em Portugal e no Brasil, Tomo I (1992). O livro sobre Stefan Zweig foi adaptado para o cinema por Sylvio Back em 2002 no filme Lost Zweig. Alberto Dines também fala sobre Stefan Zweig no documentário do mesmo diretor.
Como já era de se esperar, um livro dele, nos brinda de forma inteligente. Não subestimando a capacidade do leitor, Dines criou um livro que parece um diário àqueles que iniciam na faculdade de comunicação, e que pretendem um dia seguir a carreira de jornalistas. De forma clara e objetiva, o autor traça os principais pontos do papel do jornal, e de como deve agir e pensar um verdadeiro jornalista.
Com algumas modificações na nova edição, a explicação não poderia fugir do obvio a quem lê, Há 35 anos, o contexto era diferente do atual. O mundo enfrentava uma crise de papel, agravada pela alta do petróleo, o que obrigou os jornais a adotar severas medidas de contenção. Além disso, a ditadura militar agonizava e abria-se um espaço para o debate sobre a relação entre imprensa e a construção de uma sociedade democrática no Brasil. No entanto, os principais temas abordados na primeira edição permanecem. O jornalista fala sobre questões fundamentais para o exercício da profissão, como transparência, consciência profissional e interesse público.
Após ser ampliado e revisado, livro traz em seu recheio, informações sobre as três revoluções na comunicação, a TV e o renascimento do jornal diário, os compromissos da imprensa como empresa privada, o jornalista como centro do processo da empresa jornalística, os componentes objetivos e subjetivos da profissão, a responsabilidade e os códigos de ética. Dines não deixa de fora de eu livro fatos importantes como o desenvolvimento da imprensa no Brasil, incluindo a censura, a crise do papel e a função do jornal.
Além de captar dados fundamentais do momento histórico, o autor interpreta de forma eficaz e talentosa traços da conjuntura da imprensa no momento. Dessa forma, identifica traços capazes de explicar sua trajetória recente e as projeções perceptíveis. Realiza, assim, um trabalho de cientista do jornalismo. Singular pela sua proposta crítica, o livro é indispensável para as novas gerações de jornalistas. Ele serve como guia para aqueles que se iniciam na profissão e pretendem seguir uma carreira solida e impecável.
O livro traz vários textos originalmente publicados pelos autores no site "Observatório da Imprensa" – um projeto que foi desenvolvido por Dines. Os artigos tratam de fatores singulares da profissão de jornalista e fazem também reflexões sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que revogou a Lei de Imprensa. "Os artigos ajudam a compreender a essência de uma decisão que acabou precipitando um debate indispensável” conta o autor.
Nessa edição, também há uma homenagem a Hipólito da Costa, fundador do Correio Braziliense, primeiro periódico a circular no Brasil, em junho de 1808. Em suas primeiras páginas há uma reprodução desse periódico. E se referindo à obra, Dines escreve – “Inequívoca e profética, por isso revolucionária”.

Outros materiais