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Questões de Neurofisiologia

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questões de neurofisiologia
Principios gerais
1. o que acontece em caso de lesão no corpo celular dos neurônios? e em lesão nos axônios? explique.
Em caso de lesão no corpo celular dos neurônios, não é possível regeneração, causando morte da célula. Já no caso de lesão nos axônios, é possível que haja regeneração devido a presença de células de Schwann.
2. quais os tipos de sinapse? diferencie-os.
As sinapses podem ser químicas, que são unidirecionais e envolvem neurotransmissores excitatórios ou inibitórios (maioria das sinapses) ou elas podem ser elétricas (minoria) e conduzem íons de um neurônio diretamente para o outro pela presença de “gaps” (junções comunicantes) . As sinapses elétricas não são unidirecionais e costumam ser difusas.
3. diferencie um neurônio motor de um neurônio sensitivo.
Os neurônios motores são multipolares pois possuem inúmeros dendritos para um único axônio. Isso é importante porque as sinapses motoras devem atingir um grande número de células (musculares na maior parte).
Os neurônios senitivos são do tipo pseudounipolares (forma de T) e possuem apenas um dendrito e um axônio. Seu corpo celular costuma ficar projetado de forma a fazer um ângulo de noventa graus. Isso é importante pois permite que os impulsos subam por uma via única, rápida e não ramificada na maior parte das vezes.
4. como ocorre a liberação de neurotransmissores no terminal pré sinaptico? o que acontece quando o neurotransmissor cai na fenda sinaptica?
Quando o terminal axônico se despolariza, abrem-se os canais de cálcio dependendes de voltagem. Com a entrada do cálcio no terminal, ocorre a exocitose de vesículas contendo neurotransmissores na fenda sináptica. Quando esse neurotransmissor cai na fenda, ele se liga a receptores específicos na membrana do neurônio pós, e pode causar a excitação deste ou a inibição, dependendo do seu neurotransmissor e receptor.
5. o que é “excitar” um neurônio? o que deve ocorrer com os diferentes canais ionicos para que ocorra excitação?
Excitar um neurônio é despolarizá-lo. Para que isso ocorra, primeiramente, deve haver a estimulação de seus receptores por um neurotransmissor excitatório (ex. glutamato). Esse neurotransmissor excitatório vai promover a entrada de íons positivos na célula, como o sódio. Com a entrada de sódio, a célula se torna mais positiva e fica despolarizada. Essa mudança elétrica promove a abertura de canais dependentes de voltagem, até que tudo atinja um potencial de ação e o impulso se propague a partir do cone de implantação do axônio.
6. o que é “inibir” um neurônio? o que deve ocorrer com os diferentes canais iônicos para que ocorra inibição?
Inibir um neurônio é impedir que aconteça um potencial de ação e que o impulso não se propague pelo terminal axônio. Para se inibir, deve-se fazer o oposto da excitação. Se excitar é despolarizar a célula, ao hiperpolarizar você a inibe. Para que isso ocorra deve-se fazer a entrada de íons negativos (como cloreto) e a saída de íons positivos (como potássio).
7. qual o potêncial elétrico de repouso da membrana do neurônio? como estão as concentrações dos diferentes íons dentro e fora da célula? que mecanismo é responsável por manter esse potencial de repouso?
O potencial elétrico da membrana do neurônio (internamente) é negativo, de aproximadamente -65mV. As concentrações de potássio dentro da célula são maiores que no meio extracelular, e as concentrações do Cloreto, Sódio e Cálcio no meio extracelular são maiores do que no intracelular. Essa diferença de potencial é mantida graças a bombas que, através do uso de ATP, conseguem realizar as trocas de íons contra o gradiente de concentração.
8. cite tudo o que acontece para haver a transmissão de sinal em um neurônio.
Primeiramente, o neurônio pré sináptico deve liberar neurotransmissores excitatórios na fenda sináptica, e esses mediadores devem se acoplar aos seus receptores na membrana do neurônio pós sináptico. No neurônio pré, após o ligante se acoplar ao receptor, acontece a abertura (direta ou indiretamente) dos canais iônicos de sódio, e permitem que esse íon positivo entre na célula. O sódio, ao entrar, promove a despolarização da membrana (tornando-a mais positiva). Caso a despolarização atinja um limiar e desencadeie um potencial de ação, ocorre, a partir do cone de implantação, a abertura de canais de sódio dependentes de voltagem ao longo do axônio, fazendo com que o impulso percorra até alcançar o terminal axonico. Lá, essa despolarização causa a abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem, o que causa a exocitose de vesículas contendo neurotransmissores.
9. cite tudo o que acontece para inibir a transmissão de sinal de um neurônio.
A hiperpolarização acontece no final de cada despolarização, ou ela pode ser induzida por um neurotransmissor.
Quando um neurotransmissor inibitório se liga a um receptor do neurônio pós, ele faz com que se abram canais de cloreto, promovendo a entrada desse íon na célula. O cloreto é um ânion (íon negativo) que ao entrar na célula torna esta mais negativa do que o seu normal. Com isso, ele impede que ocorra um potencial de ação e que desencadeie a transmissão elétrica e consequente liberação de neurotransmissores no terminal.
10. descreva como é o gráfico da variação de voltagem da membrana neuronal x tempo e explique o por que de acontecer a hiperpolarização ao fim da transmissão elétrica.
A hiperpolarização acontece normalmente após qualquer despolarização. Isso acontece pois com o fim da despolarização, o neurônio abre os canais de potássio (fazendo esse íon sair) e abre os canais de cloreto (fazendo esse íon entrar) numa tentativa de reestabelecer o potencial de repouso normal (aproximadamente – 70mV). Esses canais demoram para fechar, o que causa a entrada excessiva de íons negativos na célula, gerando hiperpolarização.
11.escreva o significado de:
a) ppse É o potencial pós sináptico excitatório, ou seja, a despolarização.
b) ppsi É o potencial pós sináptico inibitório, ou seja, a hiperpolarização ou a repolarização.
c) período refratário absoluto é quando o neurônio está sob a ação de um estímulo excitatório e seus canais de sódio estão abertos. Nesse período, o neurônio tem dificuldade de responder a outro estímulo.
d) período refratário relativo é quando o neurônio esta na sua fase de repolarização. Ele tem dificuldade de responder a outro estímulo nesse tempo (dificuldade de gerar um novo potencial de ação).
12. como ocorre a inibição pré-sináptica? qual o principal neurotransmissor responsável por isso?
A inibição pré sináptica ocorre pela entrada de íons cloretos no terminal pré sináptico, causando hiperpolarização e inibindo a liberação de vesículas sinápticas (os canais de cálcio dependentes de voltagem estão fechados). O principal neurotransmissor responsável por isso é o GABA.
13. diferencie somação espacial de somação temporal.
A somação espacial acontece quando diferentes terminais axônicos estão liberando neurotransmissores num mesmo corpo celular, por exemplo. Os diferentes terminais liberam em diferentes locais do corpo celular e a resposta final no neurônio pós é feita por uma somação elétrica. A somação temporal tem a ver com um mesmo terminal axônico que libera neurotransmissores de forma intermitente com pouco intervalo de tempo. Essas descargas sucessivas podem se somar e aumentar a liberação de neurotransmissores no terminal do neurônio pós.
receptores sensoriais e algumas vias
1. qual o único local do corpo humano que não possui receptores sensoriais?
O cérebro (encéfalo).
2. qual o destino final da maioria das vias sensoriais?
A maioria das vias sensoriais chega no córtex somestésico.
3. quais são os tipos de fibras presentes nos neuronios das vias sensoriais? diferencie-as.
Os neurônios sensorias possuem dois tipos de fibras: A e C. As fibras do tipo A são mielinizadas, de calibre grande ou médio e conduzem impulsos de forma rápida. As fibras C são pouco mielinizadas ou amielínicas,e enviam impulsos de forma mais lenta. São evidenciadas principalmente nas vias de dor crônica.
4. defina as seguintes sensações:
a) propriocepção É a capacidade de perceper em que lugar o corpo está no espaço, por exemplo, se seu braço está levantado ou abaixado com os olhos vendados.
b) estereocepção É o conjunto de sensações que vem da superfície do corpo, como tato, calor, pressão.
c) intereocepção (visceral) É a sensibilidade proveniente das visceras.
5. diferencie percepção de sensação. qual delas é caracteristica individual?
Sensação é uma capacidade de transformar interações com o meio externo em impulsos elétricos e químicos, de forma que cheguem no cérebro e seja possível decodificá-los. A percepção é a capacidade de traduzir essas sensações, e ela varia de pessoa para pessoa (abrange também os gostos pessoais.)
6. cite vantagens das sensações.
As sensações são importantes pois permitem o controle da motricidade, a regulação térmica e o controle do sono e da vigília.
7. diferencie potencial receptor e potencial de ação.
O potencial receptor está presentes nas células sensoriais modificadas. Elas, ao receber um estímulo, são capazes de abrir canais dependentes do estímulo permitindo a entrada de sódio. Esse sódio despolariza a célula e faz com que elas liberem neurotransmissores.
O potencial receptor ocorre em neurônios. A partir de uma despolarização pela entrada de sódio, caso atinja um limiar, pode desenvolver um potencial receptor que permite que o estímulo se propague pelo axônio até alcançar o terminal e fazer exocitose de vesículas (pela entrada do cálcio).
8. diferencie amplitude e duração de um estímulo.
Amplitude é a intensidade do estímulo enquanto que duração é o tempo que o estímulo dura.
via de propriocepção, tato epicrítico e vibração
1. qual a via da propriocepção consciente? quais outros sentidos seguem por ela? descreva toda a anatomia e fisiologia da via.
A propriocepção consciente caminha via coluna dorsal-lemnisco medial. Por ela passam a propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória.
A anatomia da via começa com uma célula sensorial modificada presente na superfície da pele ou nos músculos no caso da propriocepção. Após receber um estímulo, os canais de sódio da célula se abrem ocorrendo a despolarização. Caso a despolarização atinja o potencial receptor, ocorre a liberação de glutamato para o neurônio adjacente. Esse primeiro neurônio, por sua vez, sofre excitação (entrada de sódio pela abertura dos canais iônicos) e caso atinja um potencial receptor ocorre a liberação de vesículas sinápticas no terminal axônico. O primeiro neurônio da via, então, vai da periferia até a medula espinhal, onde penetra pelo ramo dorsal (a que possui o gânglio onde fica seu corpo celular) e chega ao fascículo grácil (caso o estímulo seja proveniente dos membros inferiores) ou fascículo coneiforme (caso o estímulo seja proveniente dos membros superiores). Ele sobe até o bulbo (núcleo dos fascículos grácil e cuneiforme) onde faz sinapse com o segundo neurônio. Esse segundo neurônio cruza o plano mediano e sobe ao tálamo pelo lado oposto. No tálamo, o segundo neurônio faz sinapse com o terceiro neurônio e este sobe até o córtex somestésico.
2. em caso de lesão na medula espinhal ao nível do fasciculo grácil, onde e quais sentidos o paciente perde?
A nível do fascículo grácil o paciente perde a sensibilidade vibratória, tato epicrítico e propriocepção dos membros inferiores do mesmo lado da lesão.
3. em caso de lesão no tálamo, quais sentidos e de quais locais o paciente perde?
No caso das vias de propriocepção, tato epicrítico e sensibilidade vibratoria o paciente perde a sensibilidade do membro inferior e superior do lado oposto ao da lesão no tálamo.
4. quais são os principais receptores táteis? e os vibratórios?
Os principais receptores táteis são terminações nervosas livres do tipo mecanorreceptores e os principais receptores vibratórios são os corpúsculos de meissner.
5. quais são os principais receptores de propriocepção?
Os principais receptores de propriocepção são os fusos neuromusculares. São células modificadas que detectam a variação no comprimento das fibras musculares.
6. qual o neurotransmissor das vias sensitivas (principal)? como ele age nos seus receptores?
O principal mediador das vias sensitivas é o glutamato. Ele age de forma singular nos seus receptores. Duas moléculas de glutamato se ligam ao receptor denominado AMPA, que é um canal iônico dependente de ligante. O AMPA abre seu poro e faz com que aconteça a entrada de sódio, causando a despolarização da membrana. A despolarização da membrana associada a mais duas moléculas de glutamato promovem a abertura do canal NMDA, que é tanto dependente de voltagem quanto dependente de ligante. O NMDA faz entrar sódio, cálcio e promover a saída de potássio.
via de dor e temperatura
1. por quais vias aferentes sobem os estímulos de temperatura? qual outro sentido sobe pela mesma via? descreva toda a fisiologia e anatomia da via.
As vias de temperatura sobem pela via Neoespinotalâmica e a Paleoespinotalâmica. Além da temperatura, sobem por essa mesma via os estímulos de dor.
1. Neoespinotalâmica: a via neoespinotalâmica se inicia com um receptor periférico para a temperatura. Após ser estimulado, esse receptor abre seus canais de sódio e despolariza. A despolarização, se atingir o potencial receptor, faz com que ocorra a liberação de neurotransmissores do tipo glutamato que vai excitar o primeiro neurônio. O primeiro neurônio, após excitado, caso atinja o limiar de ação o impulso é transmitido ao longo do axônio até chegar na coluna dorsal da medula espinal. Na coluna dorsal o primeiro neurônio faz sinapse com o segundo neurônio. O segundo neurônio cruza a medula na comissura branca e chega no funículo anterior, onde sobe até o tálamo pelo lemnisco lateral. No tálamo, o segundo neurônio faz sinapse com um terceiro, o qual sobe até o córtex somestésico.
2. Paleoespinotalâmica: a via paleoespinotalâmica, em questões fisiológicas, é semelhante a via neoespinotalâmica. Em questões anatômicas elas se distinguem pois a paleo possui um total de 4 neurônios. Ao chegar no corno dorsal da medula espinal (lembrando que penetra na medula pela raíz dorsal) o primeiro neurônio faz sinapse com outros dois segundos neurônios: um que sobre pelo mesmo lado e outro de sobe pelo lado oposto, cruzando na comissura branca. O segundo neurônio sobe pelo lemnisco lateral até o tronco encefálico, onde faz sinapse com o terceiro neurônio. Este sobe até o tálamo, onde faz sinapse com o quarto que sobe até o córtex somestésico.
2. QUais são os receptores de temperatura? até quais limites eles conseguem detectar?
São os temorreceptores e eles são capazes de detectar temperaturas que não causam lesão tecidual. A partir do momento em que há lesão, os nocioceptores são ativados.
3. quais são os receptores de dor?
São os nocioceptores.
4. como são as fibras da transmissão de temperatura? e as fibras de transmissão de dor (lenta e crônica)?
A transmissão de temperatura acontece de forma rápida por fibras do tipo A delta mielinizadas e de calibre médio ou grosso. A dor aguda é transmitida por fibras do tipo A com pouca mielina e pequeno calibre. A dor crônica é transmitida por fibras do tipo C sem mielina.
5. o que são dermátodos?
São estratos nos quais a pele pode ser dividida de acordo com a inervação existente na área. Ex: nervos cervicais inervam cabeça, ombro e membros superiores.
dor e analgesia
1. o que é cordotomia e quando ela é realizada?
Cordotomia é a secção da medula espinhal em situação de dor crônica impossibilitante sem cura.
2. descreva o que é hiperalgesia.
É o aumento da intensidade da dor. Quando um estímulo doloroso persiste, as fibras que conduzem esses impulsos são cada vez mais excitadas e seus receptores se tornam mais sensíveis. A Substância P liberada por essas células, além de excitarem outros neurônios, também excitam os mastócitosa liberarem histamina, que causa vasodilatação. Isso aumenta ainda mais a dor e sensibilidade na região.
3. o que é dor referida e por que acontece? de 2 exemplos de dor referida.
Dor referida ocorre quando um paciente sente dor em um local determinado mas na realidade o local lesionado é outro. Isso ocorre porque as fibras da dor visceral fazem sinapse próximo ao local que as vias da dor periférica fazem. Com isso, ocorre uma “confusão” por parte do SNC.
4. como a acupuntura pode diminuir dor cronica?
A acupuntura diminui a dor pois ela estimula outros receptores de dor no local. Ao estimular os receptores de dor rápida, os de dor crônica são “bloqueados” pois os da dor rápida fazem sinapse mais rapidamente na medula.
5. qual o neurotransmissor das dores lentas ou cronicas?
O principal neurotransmissor é a substância P nas vias de dor crônica.
6. um paciente sofreu uma queimadura de 2º grau nas mãos após manusear agua fervente. descreva o caminho que a dor percorreu e a via de analgesia correspondente.
Ao sofrer uma queimadura, o paciente irá enfrentar dois tipos de dor: a dor aguda e a dor crônica (latejamento).
1. A dor aguda: Via neoespinotalâmica. Ao sofrer lesão tecidual, os nocioceptores foram despolarizados pela entrada de sódio. Ao despolarizar, eles liberaram glutamato que excitou o primeiro neurônio (AMPA E NMDA explicados acima) cuja fibra é do tipo A delta. O primeiro neurônio chega na medula espinal pelo ramo dorsal (o que possui o gânglio) e alcança o corno posterior, onde faz sinapse glutamatérgica com o segundo neurônio. O Segundo neurônio, por sua vez, cruza a medula na comissura branca e alcança o funículo anterior, subindo até o tálamo pelo lemnisco lateral. No tálamo ele faz sinapse glutamatergica com o terceiro neurônio, e este sobe até o córtex somestésico
2. A dor crônica: Via Paleoespinotalâmica. Ao sofrer a lesão crônica, os nocioceptores liberam substância P que vai excitar uma fibra do tipo C. Essa fibra do tipo C penetra a medula espinal pela raiz dorsal e chega no corno dorsal, onde faz sinapse com dois segundos neurônio. Um desses segundos neurônios cruza a medula pela comissura branca e alcança o funículo lateral e a outra alcança o funícula lateral do mesmo lado (não cruza). Após isso esses segundos neurônios sobem por seus lemniscos mediais correspondentes e chegam ao tronco encefálico (bulbo), onde fazem sinapse com o terceiro neurônio. O terceiro neurônio sobe ao tálamo e faz sinapse com o 4º neurônio, e este sobe até o córtex somestésico. Ao longo do caminho, a via de dor crônica se ramifica e faz sinapse com as vias de analgesia.
Analgesia: Depende tanto das vias da dor quando do sistema límbico. As vias da dor chegam no mesencéfalo no núcleo periventricular, excitando com isso os neurônios da analgesia lá presentes. Esses neurônios descem até a substancia cinzenta periaquedutal, onde fazem sinapse (encefalina) com outro neurônio. Esse segundo neurônio da analgesia desce até os núcleos da rafe presentes no tronco encefálico, e lá fazem sinapse (encefalinas) com o terceiro Neurônio. O neurônio que sai do núcleo da rafe faz sinapse no corno dorsal da medula, por onde está penetrando a via de dor. Ele secreta serotonina, que excita um interneurônio (que fica entre o 1º e 2º neurônio da via de dor ascendente). Esse interneurônio libera encefalinas que causam a hiperpolarização do 1º e 2º Neurônios, e com isso impede a propagação do estímulo doloroso.
7. como a dor pode variar de indivíduo para indivíduo mesmo a partir de um mesmo estímulo?
Por que as vias de analgesia são estimuladas também pelo sistema límbido, que é o da interpretação das emoções. Se a pessoa aprendeu no decorrer da vida que a dor é algo sério, ela tende a ser mais sensível do que aquela que se machucou na infância a mas que não se “traumatizou” por isso.
8. quais são os principais neurotransmissores das vias de analgesia?
Os principais são encefalinas (todos os neurônios exceto os que vão do núcleo da rafe à medula) e serotonina (os que vão do núcleo da rafe a medula).
9. descreva a ação dos interneurônios.
Os interneuronios estão localizados entre o 1º neurônio e o 2º neurônio da via ascendente de dor. Quando estimulados pelos neurônios que provém do núcleo da rafe, esses interneurônios sofrem despolarização e liberam encefalinas que causam a hiperpolarização dos neurônios da via ascendente de dor, inibindo-os.
10. Como agem os fármacos analgésicos?
Eles agem de forma semelhante aos analgésicos endógenos, inativando as vias ascendentes de dor. São as “morfinas”.
SIStema nervoso autônomo
1. qual a importancia do sistema nervoso autonomo?
O sistema nervoso autônomo é responsável pelo controle de muitas vísceras e para manter a homeostasia do organismo.
2. como é a organização anatomica e fisiologica do simpático?
A organização do sistema simpático é do tipo toracolombar (suas fibras eferentes saem pelas vértebras torácicas e lombares). Elas saem pela raiz ventral e chegam a cadeia de gânglios do simpático que está localizada paralelamente à medula espinal. Lá, o neurônio pré ganglionar faz sinapse com o pós ganglionar. O neurônio pré ganglionar sináptico é menor do que o pós. A sinapse do neurônio pré com o pós é colinérgica e a do pós com o órgão efetor é noradrenérgica. Por possuir seus gânglios na cadeia do simpático, ele é um sistema difuso.
3. como é a organização anatomica e fisiológia do parassimpático?
O sistema parassimpático é craniossacral. Suas fibras saem do crânio pelos nervos cranianos (3 7 9 e 10) e pelos nervos que saem das vertebras sacrais. Diferente do sistema sináptico, o parassimpático não possui uma cadeia de gânglios paralela a medula. Seu gânglio muitas vezes está dentro ou muito próximo do órgão efetor. Com isso, seu neurônio pré sináptico é longo, enquanto que seu neurônio pós é muito pequeno, muitas vezes dentro do próprio órgão. Ambas as sinapses (a de dentro do gânglio e a no órgão efetor) são do tipo colinérgica.
4. diferencie as fibras colinérgicas e as fibras adrenérgicas.
As fibras colinérgicas possuem neurotransmissor acetilcolina e as adrenérgicas são do tipo noradrenalina.
5. o que são varicosidades e onde elas estão presentes?
As varicosidades são bolhas presentes ao longos das fibras simpáticas e parassimpáticas. Nessas bolhas é onde a acetilcolina e anoradrenalina ficam armazenadas. Isso permiteque a sinapse aconteça em diversos pontos do tecido e não só a partir do terminal axônico.
6. descreva a síntese de acetilcolina e sua degradação.
A acetilcolina é um mediador produzido a partir da colina, que entra na célula por transportadores específicos. O acetil coA se junta a colina e forma acetilcolina, que é liberada na fenda sináptica quando ocorre despolarização do terminal axônico.
Ela é degradada na fenda sinaptica pela enzima colinesterase
7. descreva a síntese de noradrenalina e sua degradação.
A Noradrenalina é produzida a partir da tirosina. A tirosina é convertida em DOPA e esta é convertida em Dopamina no citoplasma. A dopamina entra nas vesículas pré sinaptica e é convertida em noradrenalina. Ela é recapturada após a sinapse e é reempacotada em vesículas. Parte delas é degradada dentro do axônio.
8. quais os tipos de receptores de acetilcolina?
Os receptores de acetilcolina são do tipo muscaríneos e nicotínicos. Ambos são metabotróficos. os nicotínicos estão presentes nos gânglios do sna.
9. quais são os tipos de receptores de noradrenalina?
Os receptores de noradrenalina são os alfa e os beta.
10. quais partes do snc comandam a ação do sna?
São eles: tronco encefálico e sistema límbico.
11. quais os principais papeis do tronco encefálico no controle do sna?
Controlam, atraves do bulbo e da ponte, frequencia cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória.
12. como o sistema nervoso autônomo pode ser modulado pelo sistema límbico?
A maioria dos sinais aferentes chega ao sistema límbico via hipotálamo. lÁ ocorre o controle do comportamento emocional.13. quais os principais componentes do sistema limbico?
São eles: hipocampo, hipotálamo e amigdalas.
14. diferencie a ação do sistema límbico em caso de alterações sensoriais grandes e pequenas.
Alterações sensoriais de pequeno porte recebem uma resposta reflexa do hipotálamo, sem penetrar no sistema límbico. As alterações sensoriais de porte maior passam pelo sistema límbico. elas chegam no córtex, vão ao tálamos e do tálamo penetram no sistema límbico, saindo pelo hipotálamo que modula uma ação do SNA.
15. caracterize a descarga simpática.
A descarga simpática é difusa. Os ganglios simpaticos estão interligados formando uma cadeia. Quando ocorre a despolarização do neurônio pré ganglionar, pode ocorrer uma difusão atraves dos outros gânglios, desencadeando uma maior resposta do parassimpático.
16. caracterize a descarga parassimpática.
A descarga parassimpática, diferente da simpática, não é difusa e na maioria das vezes está restrita a um único local.
17. explique a ação do sistema nervoso autônomo no coração.
O simpatico costuma ter ação cronotrópica e ionotrópica, enquanto o parassimpático possui ação oposta. A ação do parassimpático ocorre por estimulo de fibras provenientes do núcleo do trato solitário. Essas fibras podem atuar no sentido de estimular o nervo vago ou no sentido de inibir a via sináptica, causando de ambos os jeitos a diminuição da força e da frequência cardíacas.
18. explique a ação do sistema nervoso autonomo no trato gastrointestinal. O que acontece se houver a retirada do sna do trato?
No trato gastrointestinal ocorre o predomínio da inervação parassimpática. Se houver a retirada do sna no trato gastro, ele perde a coordenação dos movimentos peristálticos.
FISIOLOGIA visual E VIAS VISUAIS
1. quAIS AS DUAS PRINCIPAIS LENTES DA VISÃO? ONDE ELAS ESTÃO LOCALIZADAS?
As duas principais lentes são a córnea e o cristalino. A córnea é a parte anterior da esclera, enquanto o cristalino fica atrás da íris.
2. DIFERENCIE HUMOR AQUOSO E HUMOR VÍTREO. 
O humor aquoso é um líquido presente entre a corne e o cristalino. Ele é produzido pelos processos ciliares e está em constante renovação. Ele é excretado por um pequeno canal próximo a íris. Quando ocorre obstrução desse canal pode ocorrer aumento da pressão intraocular e glaucoma.
O humor vítreo é mais gelatinoso e não é renovado com frequência. Ele fica atrás do cristalino, em contato com a córnea. Ele é rico em proteoglicanos.
3. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CÉLULAS QUE COMPÕE AS CAMADAS DA RETINA? diga quais são do tipo excitatórias e quais são inibitórias.
As principais células são: cones e bastonetes, células horizontais (inibitórias), células bipolares, célula amácrima (inibitórias) e célula ganglionar.
4. O QUE É FOVEA? QUAL SUA CARACTERÍSTICA?
Fóvea é a área central da retina, responsável principalmente pela visão acurada. Ela possui muitos cones e a proporção de fibras do nervo óptico para um fotorreceptor é quase 1:1.
5. DURANTE A ACOMODAÇÃO VISUAL EXPLIQUE O QUE ACONTECE COM O CRISTALINO E COM OS LIGAMENTOS SUSPENSORES QUANDO:
a) aCOMODAÇÃO PARA LONGE Durante a acomodação para longe, o cristalino se alonga e os ligamentos ficam mais tensionados.
B) ACOMODAÇÃO PARA PERTO Durante a acomodação para perto o cristalino fica semelhante a uma esfera e os ligamentos suspensores estão relaxados.
6. quais os musculos que controlam o diametro da pupila? quem é o principal sistema que modula esses músculos? descreva os termos de dilatação e constrição da pupila.
O diâmetro da pupila é controlada pelos músculos radial e esfíncter da íris. Na presença de muita luz, ocorre a diminuição do diâmetro da íris (midríase) e na presença de pouca luz ocorre a dilatação do diâmetro (miose). O principal sistema que coordena é o parassimpático.
7. o que é reflexo oculomotor? descreva como ele acontece.
É um método muito utilizado pelos médicos para verificar se houve lesão no snc em pacientes inconscientes. Ao aplicar grande luminosidade, ocorre uma midríase reflexa em ambos os olhos.
8. diferencie movimentos oculares conjugados e disjuntivos.
Movimento oculares conjugados são aqueles que ambos os olhos olham para o mesmo lugar. Os disjuntivos são aqueles que a convergência é a mesma em ambos os olhos (foca pra perto ou pra longe).
9. diferencie movimento ocular sacádico e segmentar.
O movimento sacádico é aos saltos e o segmentar é quando o ambiente está em movimento.
10. descreva toda a fisiologia da fotorrecepção.
A fotorrecepção tem inicio com a entrada e penetração da luz na retina, até alcançar a camada pigmentar. A partir desta ocorre a ativação dos cones e dos bastonetes. Diferente de outras células, os cones e bastonetes estão constantemente despolarizados. A presença da luz induz a hiperpolarização dessas células, inibindo-as.
11. APONTE AS DIFERENÇAS DE CONES E BASTONETES.
Os Cones são responsáveis pela visão colorida. Existem três tipos, que detectam o vermelho, verde e azul. Eles são mais usados na visão do dia. Os bastonetes são responsáveis pela visão noturna, preta e branca, e de pouca acuidade.
12. DESCREVA O QUE É RODOPSINA E ONDE ELA ESTÁ PRESENTE. A PARTIR DISSO, DIGA O QUE ACONTECE COM ELA NA PRESENÇA DE LUZ.
O bastonete possui um segmento externo, no qual possui rodopsina (membrana). Essa substância, na presença de luz, ela se decompõe (cis vira trans retinol) e causa mudanças elétricas nos bastonetes, gerando um potencial de ação que leva a hiperpolarização.
13. O QUE É A CEGUEIRA NOTURNA? O QUE PODE OCASIONÁ-LA?
A cegueira noturna é a dificuldade de enxergar em ambientes com pouca luz. Ela ocorre principalmente por deficiência da Vitamina A. A Vitamina A é vital para a formação do retinol, a molécula sensível a luz presentes na membrana do segmento externo dos fotorreceptores.
14. DESCREVA O QUE ACONTECE COM OS BASTONETES NA PRESENÇA DE LUZ.
Os bastonetes estão constantemente despolarizados. Na presença de luz, a rodopsina é transformada na sua forma trans retinol (ativa) e esta ativa proteína G transducina. A transducina ativa a enzima fosfodiesterase, que inativa os GMPC. Ao desativar os GMPC, os canais de sódio que estavam abertos se fecham e a célula fica mais negativa (hiperpolarizada). Como a hiperpolarização é inibitória, a célula para de liberar glutamato.
 
15. DESCREVA O QUE ACONTECE COM OS BASTONETES NA AUSÊNCIA DE LUZ.
Na ausência de luz os bastonetes estão despolarizados liberando glutamato. Como a transducina não está inibindo os GMPC ativos, os canais de sódio estão abertos e a despolarização é contínua.
16. DIFERENCIE AS CÉLULAS ON E OFF E DIGA QUAL SUA IMPORTÂNCIA.
As células on e off são do tipo bipolares e transmitem informações provenientes dos fotorreceptores para as células ganglionares. As células On são do tipo despolarizantes, ou seja, ao receber glutamato proveniente dos cones e dos bastonetes elas se despolarizam e liberam ainda mais glutamato para as células ganglionares, amplificando o sinal. As células Off são do tipo inibitórias. Ou seja, ao receber o glutamato proveniente dos fotorreceptores, essas células hiperpolarizam e acabam por não liberar quase mediadores para as células ganglionares.
Essas células são importantes para a nitidez visual.
17. POR QUE NA PERIFERIA DA CÓRNEA HÁ POUCA ACUIDADE VISUAL?
Porque há o predomínio de bastonetes ante o número de cones. Lá possui pouca acuidade visual pois diversos fotorreceptores chegam a um mesmo ramo no nervo óptico, enquanto que na fóvea a razão é de 1:1
18. COMO A RETINA É DIVIDIDA? EXPLIQUE.
A retina é dividida em lateral e nasal. Na retina nasal chegam feixes de luz que vieram do lado oposto (vieram da lateral) e na retina lateral chegam feixes de luz que vieram do lado oposto.
19. DESCREVA TODO O TRAJETO DE UM RAIO DE LUZ QUE ALCANÇOU A RETINA TEMPORAL ESQUERDA.
O raio de luz que alcançou a retina temporal esquerda camina através do nervo óptico até o quiasma óptico. Lá ele não cruza e segue seu caminho pelo trato optico do mesmo lado até alcançaro tálamo e desse chegar no córtex visual primário.
20. DESCREVA TODO O TRAJETO DE UM RAIO DE LUZ QUE ALCANÇOU A RETINA NASAL DIREITA.
O raio de luz, ao alcançar a retina nasal direita, promove a transdução de sinal dos fotorreceptores (cones e bastonetes), hiperpolarizando-os. Essa hiperpolarização gera a transdução de um sinal para as células glanglionares e destas para o nervo óptico. O impulso caminha pelo nervo até o quiasma óptico. Por se tratar de retina nasal, as fibras de cruzam e seguem pelo trato óptico do lado oposto (no caso o esquerdo). Elas seguem até o tálamo e chegam, enfim, no córtex visual primário.
21. QUAIS SÃO AS DUAS VIAS VISUAIS? DIFERENCIE-AS.
As vias visuais são divididas em via nova (retino talâmica) e via antiga (retino hipotalâmica). A partir do trato optico, as fibras chegam ao tálamo e deste vão ao córtex visual (via retino talâmica). As vias retino hipotalâmicas, por sua vez, a partir do trato optico, elas cruzam o plano mediano e chegam ao hipotálamo, via pré tectal e colículo posterior do lado oposto.
22. NA VIA VISUAL DITA COMO “ANTIGA”, QUAIS OS LOCAIS QUE AS FIBRAS DO NERVO ÓPTICO CHEGAM? O QUE ACONTECE EM CADA LOCAL, RESPECTIVAMENTE?
As fibras chegam no hipotálamo (para demarcar o ritmo circadiano), vão para o colículo superior (controla o movimento dos olhos) e vão para os núcleos pré tectais (controla o reflexo fotomotor do mesencéfalo).
22. PACIENTE j.B., 22 ANOS, APRESENTA LESÃO DO NERVO OPTICO DO LADO ESQUERDO. DESCREVA QUAL PARTE DE SUA VISÃO ESTARÁ PREJUDICADA E POR QUE.
O paciente referido apresentará dificuldade para enxergar com o olho esquerdo pois ambas as retinas do olho esquerdo (retina lateral e retina nasal) chegam ao nervo óptico desse mesmo lado (local da lesão).
23. PACIENTE DO SEXO FEMININO APRESENTA LESÃO AO NÍVEL DO QUIASMA ÓPTICO. DESCREVA QUAL PARTE DA SUA VISÃO ESTARÁ AFETADA E POR QUE.
A paciente referida terá dificuldade para enxergar os raios que vem da lateral do seu campo visual. Os raios que vem da lateral chegam a retina nasal e a partir dessa seguem pelo nervo ótico até o quiasma, onde cruzam (local da lesão).
24. PACIENTE M.G.P., 34 ANOS, APRESENTA LESÃO AO NÍVEL DO TRATO OPTICO ESQUERDO. EXPLIQUE QUAL PARTE DA SUA VISÃO ESTARÁ AFETADA E POR QUE.
O paciente apresentará dificuldade para enxergar raios de luz que incidem na retina nasal direita e raios que incidem na retina lateral esquerda. Isso acontece pois as fibras provenientes da retina lateral não cruzam no quiasma óptico e as da retina lateral cruzam. Como o quiasma óptico é abaixo do local da lesão, houve o cruzamento.
sistema auditivo
1. descreva os componentes da orelha externa, média e interna.
Orelha Externa:
É composta pelo pavilhão, que funciona como antena parabólica que direcionaos sons para seu segundo componente, o canal auditivo que termina na membrana timpânica.
Orelha Média:
É composto pelos ossiculos da audição que são martelo bigorna e estribo.
Orelha interna:
ó onde fica a cóclea e o sistema vestibular (equilíbrio)
2. Descreva como ocorre toda a condução do som até a chegada na cóclea.
O som chega no pavilhão e é direcionado pelo canal auditivo. Lá ocorre a soma de todos os sons que chegaram no pavilhão e o direcionamento destes para a membrana timpânica, que vibra. O músculo tensor do tímpano mantem a membrana timpânica mais ou menos frouxa para modular a vibração da membrana timpânica. Associada a membrana timpânica está o martelo, que vibra junto. Ao vibrar, o martelo movimenta os ossículos da audição de forma que o estribo, que está conectado com a membrana oval da cóclea, empurre-a para frente ou para trás.
3. Quais a importância dos ossículos da audição?
Eles são importantes pois amplificam os sinas recebidos na membrana timpânica. Eles funcionam como alavanca e impulsionam a membrana oval da cóclea com uma força de até 22x maior.
4. Diga como ocorre a atenuação do som.
A atenuação do som é feita pelo músculo tensor do tímpano, que controla a rigidez desse e o, consequentemente, a sua vibração. O músculo estapédio, fixado no estribo, também modula a intensidade da força com qual esse ossículo movimenta a membrana oval da cóclea.
5. Descreva a anatomia da cóclea.
A cóclea é um órgão composto por uma estrutura óssea. Ela é composta por três “rampas’: A rampa vestibular, que não faz parte da audição, a rampa média e a rampa timpânica.
A rampa média é separada da rampa timpânica pela membrana basilar, onde fica o órgão de corti. Na rampa média existe uma membrana por onde o estribo se conecta. Ao movimentar, o estribo empurra e puxa a membrana da janela oval, fazendo com que a linfa presente dentro da cóclea se movimente.
6. Onde ocorre a interpretação das seguintes ondas:
a) Ondas de alta frequência as ondas de alta frequência tem início a partir da janel oval e se propagam ou toda a membrana basilar, sendo codificada principalmente pelas células ciliares longe da membran oval.
b) Ondas de baixa frequência As ondas de baixa frequencia costumam ser lidas o ápice da membrana basilar.
7. descreva quais células estão presentes no órgão de corti.
Apoiados sobre o órgão de corti estão as células ciliadas internas e externas, cujos estereocilios são fixados na membrana tectorial.
Acredita-se que as células ciliadas externas possuam eferencias do SNC que modulam a audição.
As células ciliadas internas são possuem aferencias e são as responsáveis por detectar as vibrações sonoras.
8. Como ocorre a excitação e despolarização das células ciliadas, respectivamente?
As células cilicadas estão banhads em um líquido rico em potássio (endolinfa). Seus estereocílios são fixos a uma membrana denominada tectorial, mas conforma ocorre a passagem de onda esses cílios se movimentam para a esquerda e para a direita.
Conforme os cílios vão para a direita, eles se despolarizam pois ocorre a abertura de canas de iônicos e ocorre a entrada desse íon na célula e do cálcio na célula, gerando sua despolarização.
Quando o cílio vai para a esquerda, os canais de potássio e cálcio se fecham e as bombas começam a jogá-lo para fora. Acaba ocorrendo, com isso, uma hiperpolarização e não há a liberação de glutamato.
9. Descreva a anatomia das vias nervosas auditivas e a sua fisiologia.
As células ciliadas causam a excitação do nervo coclear. O nervo coclear vai até o bulbo, na altura dos núcleos cocleares. Lá, esse primeiro neurônio faz sinapse com outros três segundos neurônios. São eles:
1. Um dos segundos neurônios sobe para a oliva superior do mesmo lado, depois ao colículo superior e depois ao córtex auditivo primário
2. Um dos segundos neurônios sobe até a oliva superior (ponte) do lado oposto, depois ao colículo superior (mesencéfalo) e depois ao córtex auditivo primário.
3. Um dos segundos neurônios sobre até o colículo inferior do lado oposto, onde sobe ao córtex auditivo primário, que fica no giro superior do lobo temporal.

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