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Medidas Preventivas do Câncer Bucal - REVISÃO

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Prêmio Colgate Profissional-Prevenção na área de saúde bucal. Campinas, Fevereiro de 2007. 
 
 
 
Medidas Preventivas do Câncer Bucal- 
Revisão de Literatura 
 
*AUGUSTO, T. A. 
Resumo 
A prevenção do câncer bucal depende principalmente da eliminação dos fatores de risco envolvidos em sua 
etiopatogenia. As causas mais freqüentemente associadas foram o tabaco, o álcool, a higiene oral deficiente, 
raízes residuais, irritação local, exposição solar, agentes infecciosos, além de um possível caráter hereditário. 
É necessário um exame periódico da boca, para o diagnóstico precoce de alterações como, por exemplo, as 
lesões cancerizáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como lesão cancerizável a lesão 
formada por tecidos de morfologia modificada na qual é mais provável a ocorrência de um câncer do que em 
um tecido normal. Leucoplasias, eritroplasias, líquen plano, constituem as lesões cancerizáveis mais 
conhecidas. O propósito deste trabalho consiste em revisar a literatura e alertar sobre a importância de um 
diagnóstico precoce enfatizando a importância do auto-exame e de consultas odontológicas como medida 
preventiva ao câncer bucal. 
 
Termos de indexação: cancerizável, mucosa bucal, leucoplasia, diagnóstico precoce, prevenção de 
câncer. 
 
 
 
 
INTRODUCÃO 
 
 Anualmente ocorrem mais de oito milhões 
de novos casos de câncer no mundo, dos quais 
212000 originam-se na boca.O câncer bucal 
está entre os cânceres mais freqüentes, apesar 
de ser um dos poucos tipos de câncer onde é 
possível realizar o auto-exame3. As taxas de 
incidência e mortalidade por câncer bucal em 
São Paulo e Porto Alegre só perde para algumas 
regiões da índia, que são as maiores taxas de 
câncer bucal já registradas no mundo. No 
Brasil, trata-se do sexto tipo de câncer mais 
comum entre os homens e o oitavo entre as 
mulheres, responsável pelas duas primeiras 
causa de óbito na maioria das regiões do país2. 
O câncer bucal em uma população está 
relacionado à idade, fatores de risco a que ela se 
expõe, qualidade de assistência prestada, além 
da qualidade de informação disponível. Como o 
câncer geralmente se manifesta em idades mais 
avançadas, quanto mais velha uma população, 
maiores serão as taxas de incidência e 
mortalidade. A população brasileira está 
envelhecendo e o acesso à saúde tem 
melhorado, os declínios nas taxas de 
mortalidade e fecundidade farão do Brasil no 
ano de 2025, a sexta população mais idosa do 
mundo. Medidas de prevenção e diagnóstico 
precoce para a doença são emergenciais. 
 Cerca de 5% dos casos de neoplasias 
malignas estão localizados na boca. Dentre os 
cânceres bucais, mais de 90% são Carcinomas 
de Células Escamosas (CEC), sendo 
responsável por 99% dos óbitos. A 
porcentagem restante refere-se a sarcomas, 
melanomas e tumores malignos de glândulas 
salivares (adenocarcinoma)6. Infelizmente, 
segundo o Instituto Nacional do Câncer - 
INCA, 60% dos pacientes com câncer de boca 
que chegam aos hospitais credenciados, já estão 
em estágios avançados, onde as possibilidades 
de cura são muito reduzidas7. A conscientização 
é bastante restrita, tanto da população quanto 
dos profissionais da área da saúde, assim como 
dos órgãos governamentais quanto á 
importância de um diagnóstico precoce 
aumentando a probabilidade de cura2. 
 Uma das principais formas de prevenção do 
câncer bucal é a eliminação dos fatores de risco 
envolvidos na sua etiopatogenia. São raros os 
casos de câncer bucal que se devem 
exclusivamente a fatores hereditários, 
familiares, étnicos, apesar do fator genético 
exercer papel importante na oncogênese1. 
 O tabagismo tem sido considerado o 
principal fator de risco para o câncer bucal. A 
Organização Mundial de Saúde (OMS) 
considera o tabaco a maior causa isolada e 
evitável de mortes e doenças no mundo, e o 
cigarro como o maior poluidor doméstico4. 
Dependendo do tipo e da quantidade do tabaco 
usado, os tabagistas apresentam uma 
probabilidade 4 a 15 vezes maior de 
desenvolver câncer de boca do que os não 
tabagistas7. As substâncias presentes na 
composição do cigarro causam agressão 
química nas células, ressecam a mucosa e 
provocam alterações gengivais, doenças 
periodontais, maior risco de perda óssea 
alveolar, dificuldade de cicatrização, redução 
níveis de IGA secretória na saliva, e 
possibilidade do aparecimento de lesões 
cancerizáveis4. O uso do tabaco sem fumaça, 
que inclui o rapé e tabaco para mascar, já está 
bem estabelecido como causa do câncer bucal. 
Esta forma de consumo de tabaco permite que 
resíduos deixados entre a bochecha e a língua 
tenham um contato mais prolongado, 
favorecendo a ação das substâncias 
cancerígenas do tabaco sobre a mucosa bucal7. 
 O consumo freqüente de bebidas alcoólicas 
(em especial bebidas destiladas), segue na lista 
de fatores de risco. Elas irritam a mucosa 
através de seus componentes químicos 
(alcalóides, hidrocarbonetos, policíclicos etc), 
causando injúria celular e diminuição da defesa 
do indivíduo. O álcool age também como 
solvente, facilitando a exposição da mucosa a 
outros fatores de risco. Encontra-se ainda a 
má higiene bucal, raízes residuais, outros 
irritantes locais crônicos (como prótese mal 
adaptadas) e exposição solar (raios actínicos) 
como fatores de risco4. 
 Uma dieta rica em gorduras, álcool e ferro 
e/ou pobre em proteínas, vitaminas (A, E, C, 
B2) e alguns minerais (tais como cálcio e 
selênio) é considerada um importante fator de 
risco. O hábito de consumir excessivamente 
bebidas ou comidas muito quentes na maioria 
das vezes, não é considerado fator isolado tão 
importante (apesar da agressão térmica 
provocada nas células da mucosa) assim como 
alimentos muito ácidos, corantes e 
conservantes,ou alto teor de gorduras saturadas. 
Também não está bem estabelecida uma relação 
de causa e efeito entre o uso de condimentos e a 
neoplasia. No caso do consumo excessivo e 
prolongado de chimarrão, vários estudos têm 
comprovado um aumento relativo do risco de 
câncer bucal4,7.A dieta alimentar é um tópico 
em evolução na oncologia, porém sabe-se que 
deficiências nutricionais tornam o indivíduo 
susceptível a outros fatores de risco. O baixo 
risco de desenvolvimento de câncer de boca 
verificado entre os indivíduos que consomem 
altos índices de frutas cítricas e vegetais ricos 
em betacaroteno é outro ponto que enfatiza a 
importância dos fatores nutricionais. O beta-
caroteno é encontrado principalmente na 
cenoura, no mamão, na abóbora, batata doce, 
couve e no espinafre4,7. 
 Os agentes biológicos também têm sido 
incriminados e não escapam da lista de fatores 
de risco. Existem evidências da relação dos 
agentes viróticos e o câncer bucal, uma vez que 
os vírus são agressores intracelulares que 
deturpam o RNA (acido ribonucléico) 
mensageiro, modificando o código organizado e 
transmitido pelo DNA (acido 
desoxirribonucléico) 4. O HPV (papiloma vírus 
humano), vírus como herpes tipo 6, 
citomegalovírus, hepatiteC, Epistein Barr e 
HTLV (leucemia e linfoma T), fungos como a 
Candida Albicans, tem sinergismo com o 
tabagismo, aumentando o risco de neoplasia na 
região bucal; porém os estudos continuam 
imprecisos1. 
 A localização anatômica do câncer bucal 
depende dos tipos de fatores de risco. O câncer 
de palato é mais comum em fumantes de 
cachimbo, na mucosa jugal e assoalho em 
mascadores de fumo. Na língua, assoalho e 
gengiva inferior, nos fumantes e alcoólatras. Já 
o risco de originar câncer na região de lábio 
dependerá da intensidade e da freqüência de 
exposição à luz do sol do indivíduo2. 
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) 
definiu lesões cancerizáveis como uma 
“alteração morfológica tecidual no qual é mais 
provável a ocorrência de câncer do que o tecido 
local normal”5.Muitas vezes, a chave para 
prevenção do câncer bucal consiste em detectar 
essas lesões que constituem lesões precursoras 
do câncer bucal, através de um exame periódico 
da boca. As lesões cancerizáveis mais 
freqüentes são as leucoplasias, as eritroplasias e 
o líquen plano5. 
 A prevenção do câncer faz parte de uma 
cadeia multifatorial. Não é possível garantir que 
com o afastamento dos fatores de risco elimina-
se totalmente a possibilidade do surgimento de 
uma lesão neoplásica. Uma vez que os meios 
preventivos não foram suficientes para impedir 
a oncogênese, é de suma importância que a 
detecte em uma fase inicial, pois quanto menor 
for o tumor a partir do diagnóstico, melhores 
serão as condições de tratamento e cura da 
doença4. 
 
DISCUSSÃO 
 A prevenção de doenças se inicia com uma 
alimentação saudável: pacientes bem nutridos 
tem melhores condições de saúde. E não menos 
importantes são as condições sócio-econômicas 
dos pacientes: acesso à educação, saúde, 
saneamento etc. O consumo habitual de frutas e 
vegetais frescos tem sido considerado um fator 
protetor contra o câncer de boca, assim como a 
melanina (pigmentação melânica da pele), que 
protege formando uma barreira física, 
impedindo a passagem de raios ultravioletas4. 
 Outro pilar básico para a prevenção do 
câncer está nas mãos dos profissionais da área 
da saúde. O cirurgião dentista deve ficar atento 
ao perfil do seu paciente; pode ser que ele tenha 
um perfil de risco de câncer: fumantes e 
alcoólatras crônicos (principalmente quando as 
duas dependências estão presentes), indivíduos 
com mais de 40 anos de idade (especialmente 
os desnutridos), pessoas de pele clara que 
trabalham sob o sol especialmente sem uso de 
protetores solares (lavradores, pescadores, 
vendedores de praia, etc.); pacientes que 
possuem fatores de irritação constante da 
mucosa bucal, os indivíduos que consomem 
chimarrão de maneira excessiva e prolongada. 
A incidência é maior entre analfabetos e classes 
econômicas mais baixas devido à má higiene, 
dificuldade de acesso ao consultório de um 
cirurgião-dentista e utilização de fumo e álcool 
de péssima qualidade4. O cirurgião dentista 
deve fazer parte de uma cultura preventiva, 
dando informações ao paciente sobre os efeitos 
perniciosos do tabaco e álcool, exposição solar 
excessiva e orientação de uma dieta saudável 
para que este paciente fique menos susceptível 
a todos os fatores de risco. O exame físico 
(inspeção e palpação principalmente) deve ser 
realizado pelo cirurgião dentista, visando 
observar a saúde geral do paciente, explorando 
região de cabeça e pescoço. Ao realizar o 
exame físico intra bucal, a inspeção precede a 
palpação, buscando alterações de cor, brilho, 
textura, forma, tamanho, consistência, 
mobilidade, limites, entre outras alterações4,7. 
 O importante é não deixar de examinar 
nenhuma região.Comece pelos lábios: 
primeiramente fechados e depois tracionados 
(Fig. 1 e 1.1). Em seguida, observe e palpe a 
mucosa jugal (paciente com a boca aberta, 
mucosa direita e esquerda) como as figuras 2 e 
2.1
 1 1.2 
 Fig1. Palpação de lábio superior Fig1.2 Visualização do lábio inferior 
 2 2.1 
 Fig.2 Visualização da mucosa jugal. Fig.2.1 Palpação da mucosa jugal. 
 
Observe então o sulco gêngivo-jugal 
(fundo de sulco, Fig. 3) e rebordo alveolar 
(Fig.4), palpando-o conforme a ilustração. Com 
o paciente inclinado e com a boca totalmente 
aberta, visualizar e palpar o palato duro 
(Fig.5). É indicado que o paciente pronuncie 
um “A” prolongado, pressionando o dorso da 
língua com uma espátula para visualização do 
palato mole e a porção visível da orofaringe 
(Fig.6). 
 
3 4 
Fig.3 Inspeção bilateral e simultânea. 
Fig.4. Palpação bidigital, inspecionando a face interna e 
externa do rebordo. 
5 6 
Fig.5. Palpação do palato duro com o dedo indicador. 
Fig.6. Inspeção do palato mole e da orofaringe. 
 Agora peça para o paciente fazer 
movimentações com a língua: para fora, para os 
lados, para baixo, para cima. Inspecione do 
ápice até as papilas valadas, dorso, bordas do 
ventre e soalho com auxilio de uma gaze (além 
de estruturas como freios, bridas etc) (Fig. 7, 
7.1, 7.2). 
 
7 7.1 
Fig.7. Inspeção do ápice lingual até papilas valadas. 
Fig.7.1. Inspeção da região posterior do dorso e bordas. 
 7.2 
 Fig.7.2. Inspeção da língua e assoalho bucal 
 
 Observe o assoalho bucal e o pressione 
para a região submandibular que deve ser 
amparada com a outra mão (Fig.8). Examine 
por último os dentes e a gengiva, que são áreas 
de semiotécnica específica e de grande 
conhecimento do profissional (Fig.9). 
 
8 9 
Fig.8.Pressão no assoalho da boca. Fig.9.Dentes e gengivas 
são estruturas de maior conhecimento do profissional. 
 
 O exame clínico deve ser minucioso, em 
busca de toda alteração de normalidade que não 
desaparece em 15 dias. O cirurgião dentista 
deve realizar uma higiene bucal adequada em 
seu paciente, remover as irritações crônicas 
mecânicas (bordas cortantes de restaurações 
quebradas, próteses inadequadas etc) além de 
estimular o paciente a realizar o auto-exame 
para detecção de alterações. O auto-exame deve 
se tornar um hábito realizado de três em três 
meses, especialmente no grupo de risco4. Ele 
deve ser sistematicamente ensinado nas 
atividades de educação comunitária, em uma 
linguagem fácil e acessível à população, 
bastando para a sua realização um ambiente 
bem iluminado e um espelho. A finalidade 
desse exame é identificar anormalidades 
existentes na mucosa bucal, que alertem o 
indivíduo e o façam procurar um cirurgião 
dentista,7. O paciente deve procurar aftas, 
feridas, crostas, caroços, ínguas, bolinhas, 
manchas, sensações diferentes como 
formigamento, dor, sangramento, halitose, 
dificuldade de movimentação de estruturas4,7. 
Veja como explicar ao paciente o passo a passo 
do auto-exame: 
1 Lave bem a boca, escove os dentes ou remova 
as próteses se for o caso. De frente para o 
espelho, observe a pele do rosto e do pescoço, 
veja se há simetria (o que tiver de um lado, 
deve ter do outro.) (Fig.10) 
 
 10 
 Fig.10 Observação do rosto e pescoço. 
 
2 Introduza um dos polegares por baixo do 
queixo e palpe suavemente todo o seu contorno 
inferior. Veja se encontra algo diferente que não 
tinha notado antes. Toque suavemente, com a 
ponta dos dedos, todo o rosto, como mostra a 
figura 11. 
3 Puxe com os dedos o lábio inferior para 
baixo, expondo a sua parte interna e palpe-o. 
Faça o mesmo com o lábio superior. Observe 
todas as áreas e palpe, utilizando o polegar e o 
indicador em forma de pinça.(Fig.12 e 12.1) 
4 Com a ponta de um dedo indicador afaste a 
bochecha para examinar a parte interna da 
mesma, visualizando e palpando-a. Faça isso 
nos dois lados como mostra as figuras 13 e 
13.1. 
5 Com a ponta de um dedo indicador, percorra 
toda a gengiva superior e inferior pelo lado 
externo e interno dos dentes. (Fig. 14)
11 12 
Fig.11. Palpação do rosto e pescoço. 
Fig.12. Palpação lábio inferior. 
 
12.1 13 
Fig.12.1. Palpação lábio superior. 
Fig.13. Visualização da mucosa jugal. 
13.1. 14 
Fig.13.1 Palpação da mucosa jugal. 
Fig.14. Palpação do rebordo alveolar. 
6 Introduza o dedo indicador por baixo da 
língua (que deve ficar levantada ou retraída) e o 
polegar da mesma mão por baixo do queixo. 
Procure palpar todo o assoalho da boca (onde a 
língua repousa). (Fig.15) 
7 Incline a cabeça para trás abrindo a boca o 
máximo possível, examine o céu da bocae 
palpe-o. Em seguida diga “Á..” e observe o 
fundo da garganta, amígdalas e a “campainha”. 
(Fig 16 e 16.1) 
 8 Coloque a língua para fora e observe a parte 
de cima e de baixo com a língua levantada até o 
céu da boca (Fig. 17 e 17.1). Em seguida, 
puxando a língua para a esquerda, observe o 
lado direito da mesma. Repita o procedimento 
para o lado esquerdo, puxando a língua para a 
direita. Estique a língua para fora e veja a 
ponta, segurando-a com um pedaço de gaze 
palpe em toda a sua extensão.(Fig. 18) 
 
 15 16 
 Fig.15. Palpação do assoalho bucal. 
 Fig.16. Visualização do Palato duro 
 16.1 17 
 Fig.16.1. Visualização da porção visível da Orofaringe. 
 Fig.17 Visualização do dorso língua 
17.1 18. 
Fig.17.1 Inspeção de língua e assoalho da boca. 
Fig.18. Inspeção da língua em toda sua extensão. 
 
 Diga ao paciente que ele precisa olhar e 
conhecer bem a própria boca. Mande-o realizar 
o auto-exame de três em três meses e caso 
encontrar qualquer alteração, procurar um 
cirurgião dentista obrigatoriamente para 
avaliação4,7. 
 
 
CONCLUSÕES 
● O câncer bucal tem um caráter hereditário 
e/ou adquirido no decorrer da vida de um 
indivíduo, através de hábitos deletérios como 
uso de cigarros, bebidas alcoólicas, exposição 
excessiva ao sol, má higiene. 
● A prevenção do câncer bucal depende da 
eliminação dos principais fatores de risco 
envolvidos na sua etiopatogenia. 
● Uma alimentação saudável, a base de 
vitaminas (A, B2, C, E), minerais (selênio, 
cálcio), betacaroteno e proteínas auxiliam na 
prevenção do câncer, uma vez que funcionam 
como um fator de proteção celular. 
● Faz parte da cultura preventiva de um 
indivíduo (principalmente indivíduos de alto 
risco) o hábito de realizar o auto-exame e um 
exame periódico da boca consultando um 
Cirurgião Dentista, possibilitando o diagnóstico 
precoce de possíveis alterações, como por 
exemplo, as lesões cancerizáveis. 
 
*Thaís de Aguiar Augusto, Cirurgiã-Dentista. 
 
REFERÊNCIAS 
1.CAWSON A.R. ; H. W. BINNIE W.J. EVESON Atlas Colorido de 
Enfermidades da Boca, Correlações Clínicas e Patológicas; 2ª ed, 
editora artes médicas, 1997. p.12.20, figura 12.47 
2.DONATO,A.C.; SATO,N.M.; SALVADOR, V.C.; AMATO,G.F. 
Estudos Epidemiológicos do Câncer Bucal – Revisão da Literatura e 
levantamentos estatísticos de 29 casos novos casos diagnosticados 
durante as campanhas de prevenção do câncer bucal na cidade de 
Osasco. Revista Paulista de Odontologia, set/ out.2001 v.23, n 5, N.S, 
p.37-41 
3.FONSECA, R.V. ; DONATO,A.C. ; SALOMÃO,J.A.S.; NETO,F.F.; 
SATO,N.M.; COZZOLINO,F.A. ; Prevalência de Lesões orais na 
Campanha de Prevenção do Câncer Bucal no Município de Osasco. 
Revista Paulista de Odontologia. v.23, n.1, p.10/14, fev/ mar.2005 
4.SOARES, A. H., Manual de Câncer Bucal. CROSP; p. 01-61, 2005. 
5. TIEZEIRA, H. E. L.; AGUAS, S. C.; SANO, S. M. 
Tranformación maligna del Liquen Plano bucal atípico: Análisis 
de 32 casos. Med Oral; v. 8, p.2-9,2003. 
6.VIDAL, A.K.L. ; JUNIOR, A.F.C.; MELLO, R.J.V.; ABREU-E- 
LIMA, M.C.C. Papiloma Virus Humano (HPV) como fator de risco 
para o Carcinoma Escamo Celular (CEC) Oral- Revisão de Literatura. 
Odontologia Clínica Científica; Recife V.S, n.1, p.7-25, jan/ mar. 
2006.. 
7.SOUZA, E., Tabaco é o maior fator de risco para câncer de 
boca:.http://www.centrinho.usp.br/hospital/pacientes/file/dica_05c.ht
ml,acessado em 5/02/2007

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