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ANTROPOMETRIA Faculdade de Nutrição Professora: Ms.Patrícia Ceolin Grassi AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL Componentes da Avaliação do Estado Nutricional Anamnese Alimentar Exame clínico Dados bioquímicos Medidas antropométricas SÃO MÉTODOS OBJETIVOS OU SUBJETIVOS??? ANTROPOMETRIA Objetivos da aula • Identificar os alcances e as limitações das medidas antropométricas, bem como dos indicadores construídos a partir delas. • Conhecer as técnicas de coleta das medidas antropométricas. • Analisar e interpretar em nível individual e coletivo, os resultados de diagnósticos nutricionais baseados nos índices. CONCEITOS E DEFINIÇÕES BÁSICAS “A antropometria se constitui em um método de investigação científica em nutrição que se ocupa da medição das variações nas dimensões físicas e na composição global do corpo humano em diferentes idades e em distintos graus de nutrição” (Jelliffe, 1968). Pode ser utilizado de forma isolada para avaliar o estado nutricional? Como parametro isolado não caracteriza a condição nutricional geral do indivíduo, é necessário empregar uma associação de vários indicadores para melhorar a precisão e acurácia do diagnóstico nutricional. Utilizadas desde o século XVIII como instrumento de verificação do estado de saúde. As medidas antropométricas têm sido transformadas, universalmente, em importantes indicadores diretos do estado nutricional de indivíduos e populações. As medidas antropométricas podem estar relacionadas à exposição passadas, a processos presentes ou a eventos futuros (OMS, 1995). Influência da nutrição sobre as dimensões físicas e a composição global do corpo. A coleta de dados antropométricos exige a padronização da técnica de medida e dos instrumentos utilizados na avaliação. CONCEITOS E DEFINIÇÕES BÁSICAS Medidas Antropométricas normais Alta probabilidade do indivíduo apresentar um problema nutricional. As medidas antropométricas: •Variam de acordo com a idade, grau de nutrição; •Úteis quando há desequilíbrio energético e proteico; •Úteis para detectar moderado e severo grau de desnutrição, mas não podem ser usadas para detectar deficiência de nutriente específico. DADOS ANTROPOMÉTRICOS Peso atual (Kg) Peso habitual (Kg) Altura atual (cm) Peso ideal ou desejável (Kg) Prega cutânea do tríceps (PCT) (mm) Circunferência do braço (CB) (cm) Circunferência Muscular do Braço ( CMB) (mm) Circunferência da Cintura (CC) (cm) Área Muscular do Braço (AMB) (cm2) Área Gordurosa do Braço (AGB) (cm2) Prega cutânea do bíceps (PCB) (mm) Prega cutânea subescapular (PSE) (mm) Prega cutânea suprailíaca (PSI) (mm) São várias as medidas corporais utilizadas na avaliado do estado nutricional. • Peso (ou massa corporal); •Estatura (altura ou comprimento); •Circunferências ou perímetros; •Dobras ou pregas cutâneas; •Segmentos inferior e superior. Medidas primárias MEDIDAS UTILIZADAS Avaliação do tamanho corporal • Peso (kg) • Estatura (cm) Avaliação da composição corporal • Pregas ou dobras cutâneas; • Perímetros ou circunferências As medidas primárias quando usadas de forma combinada (duas ou mais variáveis) constituem os índices antropométricos (medidas secundárias ou índices derivados). • Peso/Idade (P/I); • Peso/Estatura (P/E); • Índice de Massa Corporal (IMC); • Relação Cintura/Quadril (RCQ), etc. Medidas secundárias Medidas secundárias Possibilitam a identificação e quantificação da natureza e da gravidade das doenças nutricionais ANTROPOMETRIA - VANTAGENS Sensível as alterações do crescimento; Facilidade de execução; Baixo custo; Inocuidade; Aplicabilidade; Fácil padronização; Aceitabilidade da população e Por proporcionar informações adequadas sobre o problema nutricional investigado. Por que ocorrem os erros? •Falta de manutenção dos equipamentos; • Pouca valorização como procedimento de rotina no serviço de saúde; •Despreparo dos profissionais de saúde. O que é preciso para se ter qualidade das medidas antropométricas? •Conhecer quais as medidas e como utilizá-las; •Conhecer os equipamentos e como utilizá-los; •Conhecer as técnicas empregadas. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Peso corporal Medida dos compartimentos corporais em conjunto: massa gorda e massa magra ou não gordurosa. Reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo. Medida facilmente obtida, geralmente medida em quilos (kg). Variação diária. Relacionado a estatura. Peso corporal • Para determinar se o peso de um adulto é apropriado para a altura, o peso é normalmente comparado com um padrão de referência. Referência adotada pelo SISVAN (2009) para adultos: •Organização Mundial de Saúde, 1995. EQUIPAMENTOS As balanças podem ser digitais ou analógicas; ambas são precisas. Apesar da mensuração da massa corporal total ser extremamente simples, é necessário estar atento a alguns detalhes que podem alterar substancialmente resultado coletado dentre eles incluem-se: A) Verificação do nivelamento do local onde está instalada a balança; B) Aferição da calibração da balança, que poderá ser feita através de anilhas com padrão definido, ou mesmo utilizando um recurso da própria balança chamado Tara; C) O avaliado deverá estar vestido o mínimo de roupa possível, de forma a não alterar o resultado; D) O avaliado deverá estar totalmente imóvel no centro da plataforma da balança E) Um cuidado especial inclui o horário da pesagem que deverá ser sempre o mesmo. REGRAS PARA A PESAGEM Deve ser feita depois de esvaziar a bexiga e não imediatamente após uma refeição; Posicionar a balança em superfície perfeitamente plana; Checar o ponto zero da balança – necessidade de calibração; Posicionar o indivíduo no centro da plataforma da balança, sem contato nenhum com outra estrutura, orientado-o a olhar para frente, com a cabeça ereta; O indivíduo deve estar com roupas leves, sem sapatos e adornos; Se necessário, solicitar ao indivíduo e pesar as roupas depois; Anotar qualquer anormalidade, principalmente edema (geral ou parcial). Fonte: Jelliffe, 1968 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS Altura ou estatura • As medidas de altura podem ser obtidas por via direta ou indireta. • No método direto o indivíduo deve ser capaz de ficar em pé. • O método indireto será aplicado para aqueles que não podem ficar de pé ou em posição ereta. • Ex: indivíduos com escoliose, paralisia cerebral, pacientes acamados, etc. Altura ou estatura Mede a altura total do indivíduo em pé, Medida em metros, com variação de cm; Instrumento: antropômetro, estadiômetro ou fita métrica; Utilizada no cálculo do IMC. EQUIPAMENTOS REGRAS PARA A MEDIDA DA ESTATURA Pessoa ereta, com a coluna vertebral e calcanhares encostados na parede ou portal, joelhos esticados, pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo; A cabeça deverá estar erguida, com os olhos mirando um plano horizontal à frente (plano de Frankfört); Fonte: Jelliffe, 1968 REGRAS PARA A MEDIDA DA ESTATURA Peça à pessoa que inspire profundamente e prenda a respiração poralguns segundos; Neste momento, desça o estadiômetro até que este encoste na cabeça da pessoa, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. Realizar a leitura da estatura sem soltar o estadiômetro. Registre o valor mostrado no visor, imediatamente. Fonte: Jelliffe, 1968 REGRAS PARA A MEDIDA DA ESTATURA Importante No momento da avaliação o indivíduo deverá estar descalço e sem adornos na cabeça ou penteados que possam interferir na obtenção da medida. Caso esteja utilizando estadiomêtro portátil, este deverá ser fixado em uma parede ou portal sem rodapé. TIPOS DE CIRCUNFERÊNCIAS UTILIZADAS A medida das circunferências corporais é um método alternativo para a predição da composição corporal, sendo vastamente utilizada por profissionais da saúde por sua simplicidade de manuseio e aceitabilidade, porém sua fragilidade consiste em quantificar não apenas o tecido adiposo, mas também outros tecidos e órgãos. Esta forma de avaliação é bastante aceita em dois casos, primeiro quando o avaliado apresentar quantidade excessiva de gordura corporal e segundo, quando o objetivo é quantificar o padrão de distribuição da gordura corporal. (GUEDES, 2006). De acordo com McArdle, et al (2001) a mensuração deve ser feita com uma fita métrica colocada ao redor da circunferência de modo a ficar justa, mas não apertada. Circunferência do Braço (CB) Representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso do braço. Recomendada para o diagnóstico nutricional de desnutrição atual de gestantes, pré-escolares, adultos e idosos. Expressar a massa muscular do braço e estar correlacionada com a massa muscular total MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO Método de coleta O braço a ser avaliado deve estar flexionado em direção ao tórax, formando um ângulo de 90°; Localizar e marcar o ponto médio entre o acrômio e o olécrano. Método de coleta Contornar o braço com a fita flexível no ponto marcado, de forma ajustada evitando compressão da pele ou folga. Solicitar ao indivíduo que fique com o braço estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO Referência: NHANES I e II (National Health and Nutrition Examination Surveys) demostrados em tabela de percentis por Frisancho. A adequação da CB pode ser determinada por meio da equação abaixo e o estado nutricional classificado de acordo com a tabela a seguir. Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) X 100 CB percentil 50 Estado nutricional (adultos), segundo a circunferência do braço CB Desnutrição grave < 70% Desnutrição moderada 70 a 80% Desnutrição leve 80 a 90% Eutrofia 90 a 110% Sobrepeso 110 a 120% Obesidade >120% Fonte: Blackbum, GL & Thornton, PA., 1979. Vantagens: Simplicidade de coleta; Facilidade; Rapidez; Aceitabilidade e Precisão dos procedimentos de coleta, análise e interpretação da medida. Limitação: Dificuldade na definição dos padrões de referência e pontos de cortes específicos e sensíveis para os distintos grupos etários e sexos. Expressa a quantidade de massa muscular do braço e compara com a massa muscular corporal total. Medida sensível das manifestações mais gerais da desnutrição OMS recomenda o uso da CMB apenas para diagnóstico nutricional de desnutrição em adultos. Avalia reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea). CMB (cm) = CB (cm) – (3,14) x [PCT (mm) 10] Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 CMB percentil 50 CMB Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia < 70 % 70 a 80 % 80 a 90 % 90 % Blackburn, G. L. & Thornton, P. A., 1979 Avalia reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea. Homem: AMBc (cm2) = CB (cm) – (3,14) x [PCT (mm) 10] 2 – 10 4 Mulher: AMBc (cm2) = CB (cm) – (3,14) x [PCT (mm) 10] 2 – 6,5 4 Normal Desnutrição Leve/Moderada Desnutrição Grave AMBc Percentil > 15 Percentil entre 5 e 15 Percentil < 5 •Pouco utilizado •Classifica-se como obesidade percentil acima de 90 AGB (cm2) = CB (cm) x [PCT (mm) 10] – x [PCT (mm) 10] 2 2 4 Utilização recomendada tendo em vista que sua medida correlaciona-se fortemente com o IMC. OMS (1997): recomenda a utilização da medida com cautela em virtude da variabilidade dos pontos de corte em diferentes populações. A medida da cintura é muito variável em termos de localização ou posição, especialmente em indivíduos obesos e idosos. Necessidade de padronização: pequenos erros do avaliador pode levar a grande erros de resultados. Procedimentos para a coleta • Indivíduo em pé; •Utilizar fita métrica não-extensível; •A fita deve circundar o indivíduo no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. •A leitura deve ser feita no momento da expiração. ≠ Circunferência abdominal Circunferência de cintura Circunferência da cintura de acordo com o gênero em caucasianos. Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade Elevado Muito elevado Homem ≥ 94 cm ≥ 102 cm Mulher ≥ 80 cm ≥ 88 cm Fonte: OMS, 1998 Circunferência de quadril A fita deverá circundar o quadril na região maior perímetro entre a cintura e a coxa. Indivíduo deverá esta em pé e usar roupas finas, para não interferir na obtenção da medida. Esta medida deverá ser realizada com auxílio de mais uma avaliador, para que se tenha certeza de que a fita circunde todo o quadril de forma horizontal. A circunferência da coxa pode ser medida em três pontos: 1. Proximal: 1 cm abaixo da prega glútea. 2. Medial: no ponto médio entre o vinco inguinal e a bordo superior da patela. 3. Distal: 10 cm acima da borda superior da patela. O avaliado fica em pé, com o peso distribuído em um dos lados para que a medida seja feita no outro segmento. Alguns protocolos sugerem em que o peso deve ser distribuído igualmente entre os dois pés. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS PERÍMETRO DA COXA Essa medida é feita no ponto de maior volume muscular. O avaliado se senta em uma mesa para que a perna que será medida fique pendurada livremente, ou ele fica em pé, com os pés mais ou menos 20 cm afastados, um do outro e com o peso em um dos segmentos (medimos o outro). A fita é posicionada horizontalmente em volta da perna e movida para cima e para baixo para localizar a máxima circunferência, em um plano perpendicular ao eixo da panturrilha. O local de maior circunferência é marcado, pois a dobra cutânea da panturrilha será medida no mesmo nível. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS PERÍMETRO DA PERNA (PANTURILHA) Homens: a linha dos mamilos e sobre o ponto mesoesternal. Mulheres: sobre a linha subaxilar. O avaliado deve ficar de frente para o avaliador. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS PERÍMETRO TORÁCICO MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS PREGAS OU DOBRAS CUTÂNEAS São medidas corporais que expressam a quantidade e a distribuição de tecido adiposo subcutâneo e, consequentemente, podem indicar a quantidade de tecido adiposo corporal, as reservas corporais de energia e o estado nutricional atual. A prega cutânea tricipital (PCT) é a mais rotineiramente utilizada na prática clínica (adolescentes,adultos e idosos). De acordo com McArdle et al (2001), as pregas mais comuns são: tríceps, subescapular, supra-ilíaca, abdominal, e parte superior da coxa, sendo todas do lado direito do corpo, estando indivíduo em pé. As pregas menos comuns de serem utilizadas são na panturrilha, porção medial lateral e posterior e no tórax próximo à axila, somente para homens. Instruções gerais para a aferição das pregas cutâneas • Identificar e marcar o local a ser medido; •Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado; • Pinçar a prega com o calibrador exatamente no local marcado; •Manter a prega entre os dedos até o termino da aferição; •A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo em cerca de 2 a 3 segundos; •Utilizar a média de 3 medidas. Técnicas de medição das principais pregas cutâneas Tricipital: no mesmo ponto médio utilizado para a circunferência do braço, separar levemente a prega do braço não-dominante, desprendendo-a do tecido muscular, e aplicar o calibrador formando um ângulo reto. O braço deverá estar relaxado e solto ao lado do corpo. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS PREGAS OU DOBRAS CUTÂNEAS A adequação é calculada por meio da equação abaixo e a classificação do estado nutricional é feita de acordo com a tabela a seguir. Referência: NHANES I (National Health and Nutrition Examination Survey) Adequação da PCT (%) = PCT obtida (cm) X 100 PCT percentil 50 Estado nutricional segundo a prega cutânea triciptal PCT Desnutrição grave < 70% Desnutrição moderada 70 a 80% Desnutrição leve 80 a 90% Eutrofia 90 a 110% Sobrepeso 110 a 120% Obesidade >120% Fonte: Blackbum, GL & Thornton, PA., 1979. Técnicas de medição das principais pregas cutâneas Bicipital: com a palma da mão voltada fora, marcar a medida 1 cm acima do local marcado para a prega tricipital. Segurar a prega verticalmente e aplicar o calibrador no local marcado. Técnicas de medição das principais pregas cutâneas Subescapular: marcar o local logo abaixo do ângulo inferior da escápula. A pele é levantada 1cm abaixo do ângulo inferior da escápula, de tal forma que se possa observar um ângulo de 45° entre esta e a coluna vertebral. O calibrador deverá ser aplicado estando o indivíduo com os braços e ombros relaxados. Subescapular: Técnicas de medição das principais pregas cutâneas Supra-ilíaca: a prega deverá ser formada na linha média axilar, com o dedo indicador logo acima da crista ilíaca, na posição diagonal, ou seja, seguindo a linha de clivagem natural da pele no lado direito do indivíduo. Prega Cutânea Abdominal ( PCAbd ) Medida aproximadamente a 3 cm ao lado do umbigo Fazer medida c/ adipômetro na horizontal Prega Cutânea da Coxa ( PCcoxa ) Localizar o ponto médio entre a dobra inguinal e a borda proximal da patela. Fazer a medida c/ o adipômetro na horizontal. Prega Cutânea Torácica ( PCTc ) Medida entre a dobra do ângulo anterior da axila e o mamilo. Localizar o ponto médio Fazer a medida c/ o adipômetro na diagonal. Axilar média Panturrilha Medial Torácica MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS INTERPRETAÇÃO % de Adequação ( Jellife ) Percentil ( Frisancho ) Cálculo da estimativa de gordura corporal Somatória das 4 pregas (PCT, PCB, PCSi e PCSe) MEDIDAS SECUNDÁRIAS ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) Obtido pela divisão da massa corporal (kg) pela estatura (em metros) ao quadrado. Método de avaliação do estado nutricional atual (indivíduos e coletividades). Tem sido utilizado em todas as faixas etárias, em distintos ciclos da vida (exceção: menores de 2 anos). Sofre a influência do sexo e da idade. A avaliação do estado nutricional utilizando-se o IMC é feita por meio de comparações com uma referência de distribuição dos percentis dos IMC para cada faixa etária e sexo. Fonte: OMS, 1995 /SISVAN (2008) MEDIDAS SECUNDÁRIAS ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) Peso Ideal ou Desejável • IMC Medidas secundárias Peso Ideal Peso Ideal ou Desejável = IMC desejado x estatura (m2) MEDIDAS SECUNDÁRIAS ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) Vantagens Procedimento não invasivo; Fácil obtenção; Boa precisão e confiabilidade Alta correlação com outros índices antropométricos (estatura, PCT, CC...) Limitações Não distinção dos tecidos corporais. • O uso isolado do IMC não possibilita a distinção entre massa de gordura e massa magra, dificultando a diferenciação entre o sobrepeso e a hipertrofia muscular. MEDIDAS SECUNDÁRIAS RAZÃO CINTURA-QUADRIL (RCQ) É o indicador mais freqüentemente utilizado para identificar o tipo de distribuição de gordura, sendo determinado pela seguinte equação. RCQ = circunferência da cintura circunferência do quadril Homens: ≥1 Mulheres: ≥ 0,85 Indicativo de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares Limitações: •Influência exercida pela estrutura pélvica, fatores etários e étnicos • Dependência do grau de obesidade • Incapacidade de diferenciar depósito de gordura visceral ou subcutânea Vantagens: * Facilidade e rapidez na coleta e interpretação dos dados; * Facilidade de padronização técnica; * Procedimento não invasivo * Baixo custo operacional * Boa aceitabilidade INDICADORES DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPÓREA Estudos indicam que a forma pela qual a gordura está distribuída pelo corpo é mais importante que a gordura corpórea total na determinação do risco individual de doenças. Distribuição andróide (obesidade abdominal): quando o tecido adiposo está concentrado na região abdominal. Distribuição Ginóide (obesidade inferior): quando esse tecido concentra-se mais na região dos glúteos, dos quadris e das coxas. COMPOSIÇÃO CORPÓREA A avaliação da composição corpórea permite diagnosticar possíveis anormalidades nutricionais, proporcionando maior eficiência nas intervenções nutricionais. INDICADORES DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPÓREA Pregas cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular e supra-ilíaca). Relação cintura-quadril (RCQ) Circunferência de cintura (CC) e circunferência de quadril (CQ) Bioimpedância INDICADORES DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPÓREA Bioimpedância elétrica Baseia-se em um princípio elétrico, isto é, na passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade e freqüência fixa pelo corpo do indivíduo, determinando-se a resistência (impedância) oferecida pelos diversos tecidos do organismo. Método muito sensível às variações do estado hídrico do paciente avaliado INDICADORES DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPÓREA INDICADORES DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPÓREA Outros métodos de referência: hidrodensiometria, tomografia computadorizada, a ressonância magnética, etc. Limitações: Custo elevado; Requerem alta tecnologia; Local apropriado; Avaliadores especializados; Algumas técnicas invasivas. A antropometria não deve ser entendida como uma simples ação de pesar e medir, mas, sobretudo, como uma atitude de vigilância. Isso significa ter um olhar atento para o estado nutricional, permitindo uma ação precoce, quando constatada alguma alteração. Não se pode esquecer de que essas medidas irão subsidiarações voltadas para a promoção e assistência à saúde tanto individual quanto coletivamente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Assis, F; Vasconcelos G. Avaliação nutricional de coletividades. 4 ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008. Yabuta CY, Vieira LP, Ferreira MFS. Avaliação do estado nutricional e necessidades energéticas e proteicas. In: Manual de Dietoterapia e Avaliação Nutricional. 2ª edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. Kamikura, MA; Baxmann, A; Sampaio, LR; Cuppari, L. Avaliação Nutricional. In: Guia de nutrição: nutrição Clínica no Adulto. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2005. Mahan LK, Stump SE. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 10ª edição. São Paulo: Roca, 2002.
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