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LÍNGUA PORTUGUESA

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Prévia do material em texto

MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR 
LÍNGUA PORTUGUESA E 
LITERATURA
ENSINO MÉDIO – 1a SÉRIE
VOLUME 1
Nova edição
2014-2017
governo do estado de são paulo
secretaria da educação
São Paulo
LPORT_CP_1s_Vol1_2014.indd 1 17/07/14 14:22
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Márcio Luiz França Gomes
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Raquel Volpato Serbino
Coordenadora da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Irene Kazumi Miura 
Coordenadora de Gestão da 
Educação Básica
Ghisleine Trigo Silveira
Coordenadora de Gestão de 
Recursos Humanos
Coordenador de Informação, 
Monitoramento e Avaliação 
Cleide Bauab Eid Bochixio
Educacional
Olavo Nogueira Filho 
Coordenadora de Infraestrutura e 
Serviços Escolares
 
Coordenadora de Orçamento e 
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Coordenadora da Escola de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta 
Coordenadora de Gestão da 
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de 
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, 
Monitoramento e Avaliação 
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e 
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e 
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que 
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula 
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com 
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação 
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste 
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização 
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações 
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca 
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso 
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. 
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São 
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades 
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, 
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade 
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas 
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam 
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a 
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. 
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu 
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar 
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. 
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
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Orientação sobre os conteúdos do volume 5
Situações de Aprendizagem 8
Situação de Aprendizagem 1 – Comunicação: palavras no mural 8
Situação de Aprendizagem 2 – Lusofonia – sim, nós falamos português! 18
Situação de Aprendizagem 3 – Você está na mídia? 25
Situação de Aprendizagem 4 – A história da língua portuguesa 32
Situação de Aprendizagem 5 – A palavra me faz eu... 40
Situação de Aprendizagem 6 – Quem souber que conte outra! 47
Proposta de questões para aplicação em avaliação 57
Proposta de situações de recuperação 58
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 60
Situação de Aprendizagem 7 – Exposição de fotojornalismo “O sabor da língua 
portuguesa” 61
Situação de Aprendizagem 8 – Divulgando a exposição! 76
Situação de Aprendizagem 9 – Quando as palavras resolvem fazer arte! 86
Situação de Aprendizagem 10 – Um, dois, três... ação! 103
Proposta de questões para aplicação em avaliação 121
Proposta de situações de recuperação 124
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão 
do tema 125
Quadro de conteúdos do Ensino Médio 127
SuMáriO
LPORT_CP_1s_Vol1_2014.indd 4 17/07/14 14:22
5
Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
A palavra constitui o ser humano e, ao mes-
mo tempo, remete-o ao universo da cultura e 
do outro: a exterioridade. A organização dos 
fenômenos a que chamamos de “mundo” é, na 
verdade, obra de muitas gerações humanas.
Gerações que vieram ao nosso encontro 
por meio da palavra. Multiplicidade de “ou-
tros” que nos interpelam em uma delicada e 
complexa rede que nos instiga a desenvolver 
a habilidade de compreender, analisar e in-
terpretar os textos produzidos em sociedade. 
Somente assim podemos, de forma autônoma 
e criativa, continuar tecendo essa rede viva de 
linguagem através da existência humana.
O objetivo deste volume é familiarizar o 
aluno com o universo de estudo da linguagem 
nesta nova etapa de seu aprendizado. Con-
sideramos que a língua materna é elemento 
fundamental na formação psicossocial do in-
divíduo como um ser que se comunica e, desse 
modo, se desenvolve como indivíduo e como 
cidadão.
Ler e escrever não são tarefas simples, mas 
tampouco dependem de um talento especial. 
O trabalho do professor visará a desenvolver 
no aluno um olhar sobre a realidade e o co-
tidiano social a partir da perspectiva da lin-
guagem, nas suas diferentes manifestações 
geográficas e históricas, na compreensão da 
alteridade linguística e literária. Mas como 
trabalhar com este Caderno de modo que se 
desenvolvam as competências e habilidades 
que pretendemos?
Sua aula começa muito antes de entrar na 
classe. É importante ter lido e compreendido a 
Situação de Aprendizagem que se desenvolve-
rá. Inicialmente, delimite o que será conside-
rado em cada uma. Depois, identifique quais 
OriEntAçãO SObrE OS cOntEúdOS dO VOLuME
as habilidades que devem ser desenvolvidas. A 
seguir, delimite o que efetivamente deseja que 
seus alunos aprendam após as atividades pro-
postas. Essa questão não pode ser respondida 
em termos vagos como “que escrevam me-
lhor” ou “que conheçam melhor a língua por-tuguesa”. Para isso, recorra ao quadro que 
inicia cada Situação de Aprendizagem. Pro-
cure compreender como os conteúdos sele-
cionados podem contribuir para desenvolver, 
de fato, as habilidades propostas.
Agora, estabeleça os papéis do educador 
e dos alunos. Pergunte-se: O que cabe a cada 
um de nós? De modo geral, ao professor cabe 
planejar, preparar, orientar, supervisionar, 
avaliar, em perspectiva formativa, e colaborar 
na interpretação dos textos e de outros co-
nhecimentos desenvolvidos em aula. No en-
tanto, o aluno é que deve construir o próprio 
conhecimento. Ele deve sentir-se também res-
ponsável pelo seu aprendizado. E ele só fará 
isso se houver um plano de aula que possibilite 
prever as atividades que ocorrerão em sala de 
aula e as suas responsabilidades específicas em 
cada uma delas.
Nesse processo, desejamos continuar de-
senvolvendo as competências básicas que ali-
cerçam o Currículo da disciplina de Língua 
Portuguesa.
competências
 f Dominar a norma-padrão da língua portu-
guesa e fazer uso adequado da linguagem 
verbal de acordo com os diferentes campos 
de atividade;
 f construir e aplicar conceitos das várias áreas 
do conhecimento para a compreensão de fe-
nômenos linguísticos, da produção da tecno-
logia e das manifestações artísticas e literárias;
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6
 f selecionar, organizar, relacionar, interpre-
tar dados e informações representados de 
diferentes formas, para tomar decisões e 
enfrentar situações-problema;
 f relacionar informações, representadas em 
diferentes formas, e conhecimentos dispo-
níveis em situações concretas para cons-
truir argumentação consistente;
 f recorrer aos conhecimentos desenvolvidos 
na escola para a elaboração de propostas 
de intervenção solidária na realidade, res-
peitando os valores humanos e consideran-
do a diversidade sociocultural;
 f relacionar textos para encontrar entre eles 
a intertextualidade temática;
 f construir e valorizar expectativas produ-
centes de leitura;
 f adaptar textos em diferentes linguagens, le-
vando em conta aspectos linguísticos, his-
tóricos e sociais;
 f inferir tese, tema ou assunto principal em um 
texto a partir da síntese das ideias centrais;
 f relacionar informações sobre concepções 
artísticas e procedimentos de construção 
do texto literário com os contextos de 
produção e circulação social da arte, para 
atribuir significados de leituras críticas em 
diferentes situações;
 f identificar o valor estilístico do verbo (Pre-
térito e Presente do Indicativo) em textos 
literários, bem como o conceito de adequa-
ção social e seu valor operativo no proces-
so de leitura e escrita.
Para esse fim, particularmente, neste vo-
lume, privilegiamos algumas habilidades que 
devem ganhar relevo em todas as Situações de 
Aprendizagem propostas.
Habilidades gerais
 f Concatenar ideias-chave na elaboração de 
uma síntese;
 f interpretar textos expositivos e informati-
vos, respeitando as características próprias 
do gênero;
 f valorizar a identidade histórico-social pos-
sibilitada pela língua portuguesa;
 f relacionar o uso da norma-padrão às dife-
rentes esferas de atividade social;
 f reconhecer características básicas dos tex-
tos literários;
 f elaborar discursos que expressam valores 
pessoais e sociais;
 f usar expressivamente o verbo;
 f desenvolver projetos em que a linguagem é 
o tema central;
 f compreender a literatura como instituição 
social;
 f compreender o conceito de intertextualida-
de temática;
 f organizar informações em um texto.
Tais competências e habilidades contem-
plam tanto os conteúdos gerais a serem tra-
balhados a longo prazo, como os tratados 
especificamente neste volume. Além disso, 
alguns conteúdos próprios das Situações de 
Aprendizagem ampliam e aprofundam os 
conteúdos trabalhados no Ensino Funda-
mental.
conteúdos gerais
 f Estratégias de pré-leitura;
 f estruturação da atividade escrita;
 f estratégias de pós-leitura;
 f elaboração de projeto de texto;
 f construção linguística da superfície textual;
 f análise estilística;
 f construção da textualidade;
 f identificação das palavras e ideias-chave 
em um texto;
 f intencionalidade comunicativa;
 f comunicação – linguagem e interação;
 f texto expositivo;
 f texto informativo;
 f a língua e a constituição psicossocial do 
indivíduo;
 f lusofonia;
 f a literatura na sociedade atual;
 f mídia.
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7
Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
Metodologia e estratégias
É importante ressaltar que os conteúdos não 
devem ser desenvolvidos sob uma perspectiva li-
near, mas articulados em rede. Nessa metodolo-
gia, partimos sempre do que está mais próximo 
do educando. Por esse motivo, desejamos apro-
veitar o conhecimento intuitivo de nossos alunos 
para iniciar as atividades. Traga esse conheci-
mento para a sala de aula por meio de conversas 
e discussões. Deixe o seu aluno falar. Ouça-o.
Esforce-se para que o centro da aula seja o 
aprender, não o ensinar. Quando a aula valo-
riza o “ensinar”, o importante é “dar uma boa 
aula” ou “passar bem o conteúdo”. O profes-
sor é o dono do conhecimento e ele o “passa” 
de um modo agradável a seus alunos.
Quando o centro do processo é “aprender”, 
aproximamo-nos de nossos estudantes com 
estratégias de aula que efetivamente alcancem 
esse propósito. Nossa aula não visa mais a 
“passar” conteúdos de modo agradável, mas à 
construção de conceitos e ao desenvolvimento 
de habilidades. Isso não garante que todos vão 
aprender o que desejamos ou que eles vão gos-
tar sempre de nossas aulas, mas torna o espaço 
educativo partilhado, permitindo que o aluno 
assuma o seu papel como alguém que também 
é responsável pelo processo de aprendizado.
Avaliação
As habilidades e competências desenvolvi-
das ao longo do ano devem ser pautadas em 
quatro olhares:
1. processo: olhamos de modo comprometido 
e profissional o desenvolvimento das ati-
vidades de nossos alunos em sala de aula, 
atentos às suas dificuldades e melhoras;
2. produção continuada: olhamos a produção 
escrita e outras atividades de produção de 
textos e exercícios solicitados;
3. pontual: olhamos atentamente a prova in-
dividual;
4. autoavaliação: surge da elaboração de pro-
postas que procuram desenvolver a habili-
dade do aluno de compreender seu processo 
de aprendizagem.
Essas diferentes avaliações permitem que 
retomemos nossas reflexões iniciais, aquelas 
que tomamos antes de iniciar nossa entrada 
em sala de aula. Podemos analisar os pon-
tos que não foram satisfatoriamente atin-
gidos e que devem ser considerados para o 
próximo planejamento de aulas.
Desse modo, completamos um ciclo ini-
ciado no planejamento de nossas aulas quan-
do compreendemos as habilidades que nos 
propusemos a desenvolver, determinamos 
os conhecimentos que deveriam ficar claros 
e desenvolvemos estratégias que permitiram 
dividir a responsabilidade pelo processo de 
ensino-aprendizagem entre professor e alu-
nos. Promovemos atividades dinâmicas – o 
que não significa que sejam sempre “engra-
çadas” ou “que os alunos gostem” – que de-
senvolvam habilidades e enredem os alunos 
na construção dos conhecimentos.
Aprofundando conhecimentos
Todos esses seres são constituídos, nós 
somos constituídos, nosso encontro com 
eles é constituído, e assim o vir-a-ser do 
mundo, que se dá por meio de nós, é consti-
tuído. Esse ser-constituído do universo, in-
clusive nós mesmos e nossas obras, é o fato 
básico do ser que nos é acessível como seres 
existentes.
BUBER, Martin. Eclipse de Deus: considerações 
sobre a relação entre religião e filosofia. Tradução 
Carlos Almeida Pereira. Campinas: Verus, 2007. p. 65.
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Esta Situação de Aprendizagem tem por 
objetivo fazer que o aluno reconheça a língua 
portuguesa como um espaço onde o indivíduo 
se constitui pela comunicação, integrando-se 
na escola e construindo sua identidade. Esse 
conhecimento é fundamental para desenvolver 
as habilidades de compreender, analisar e inter-
pretar o sistema simbólico da linguagem verbal.
SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 1 
COMUNICAçãO: PALAVRAS NO MURAL
SituAçÕES dE APrEndiZAGEM
conteúdos e temas: o mural escolar; verbetes de dicionário ou de enciclopédia; notícia informativa; to-
mada de notas.
competências e habilidades: relacionar linguagem verbal literária com linguagem não verbal; reconhecer 
diferentes elementos internos e externos que estruturam os textos expositivos, apropriando-se deles no 
processo de construção do sentido; reconhecer diferentes elementos internos e externos que estruturam 
a notícia informativa (texto informativo), apropriando-se deles no processo de construção do sentido; 
identificar, pela comparação, as principais diferenças e semelhanças entre os textos informativos e os 
expositivos.
Sugestão de estratégias: aula interativa, com a participação dialógica do aluno, com a preparação e co-
nhecimento de conteúdos e estratégias por parte do professor; uso de recursos audiovisuais; valorização 
do cotidiano escolar e de um aprendizado ativo centrado na reflexão e no fazer.
Sugestão de recursos: livro didático; dicionário de língua portuguesa; filmes; textos diversos; mural da 
escola; comunicados escolares; música.
Sugestão de avaliação: discussão em classe; análise do caderno; texto poético; notícia informativa e texto 
expositivo produzido pelos alunos.
Sondagem
Professor, o objetivo deste exercício é co-
nhecer o que seus alunos já sabem sobre o 
tema “comunicação”. Este é um momento de 
escuta: o instante em que o professor escuta 
seus educandos e estes escutam uns aos ou-
discussão oral
1. Discuta em classe com seu professor e seus colegas:
 f Qual a importância das palavras em sua vida?
tros. É também um momento de diagnóstico 
das habilidades que se pretendem desenvolver: 
O que eles já desenvolveram em anos anterio-
res? Que necessidades são mais urgentes?
Essas premissas devem orientá-lo na con-
dução das atividades a seguir.
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9
Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
 f Como nos comunicamos? Apenas por palavras?
 f Que perigos e que benefícios as palavras trazem no dia a dia das pessoas?
2. Depois da discussão, responda em seu caderno:
 f Qual a importância da palavra na comunicação humana?
Observe as respostas com base nas premissas dadas, propondo novas questões ou aprofundando a reflexão dos estudantes, 
sempre orientando a discussão para o tema central, que é a comunicação verbal. 
Assim como
Assim como falham as palavras quando querem exprimir qualquer pensamento,
Assim falham os pensamentos quando querem exprimir qualquer realidade,
Mas, como a realidade pensada não é a dita mas a pensada.
Assim a mesma dita realidade existe, não o ser pensada.
Assim tudo o que existe, simplesmente existe.
O resto é uma espécie de sono que temos, infância da doença.
Uma velhice que nos acompanha desde a infância da doença.
CAEIRO, Alberto. Poemas inconjuntos. Disponível em: <http://www.cfh.ufsc.br/~magno/inconjuntos.htm>. Acesso em: 18 set. 2013.
Na sequência, propomos que parta de 
um texto que tenha na “palavra” o seu foco 
central. Consideramos aqui a palavra como 
a base da comunicação. Pensamos em um 
poema que permite uma discussão que en-
caminhe para as informações que deseja 
obter. 
1. Sugerimos a leitura de Assim como, de Al-
berto Caeiro.
roteiro para aplicação da Situação 
de Aprendizagem 1
Os conteúdos a seguir desenvolvem-se, sem-
pre, em rede e progressivamente durante as aulas. 
Leia todo este roteiro antes de iniciá-las:
 f O mural escolar
Analisar o mural escolar como mídia e como 
macroestrutura genológica, ou seja, estrutura 
que aproxima os textos entre si em função dos 
objetivos culturais a eles associados. Reconhe-
cer seu valor e sua função social na escola.
 f Verbetes de dicionário ou de enciclopédia
Compreender as características que consti-
tuem o gênero e aprender a usar esses textos no 
seu cotidiano escolar.
 f notícia informativa
Examinar a notícia informativa: aspectos e 
formas das relações dialógicas do gênero.
 f tomada de notas
Tomar notas e usá-las na exposição oral de 
conhecimentos.
Após a primeira discussão sobre o signifi-
cado de “comunicação”, mergulhe no poema 
a seguir, de Carlos Drummond de Andrade 
(1902-1987); antes faça uma atividade de pré-
-leitura.
LPORT_CP_1s_Vol1_2014.indd 9 17/07/14 14:22
10
A palavra mágica
Certa palavra dorme na sombra de um livro 
[raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A palavra mágica. 
In: _____. Discurso de primavera. São Paulo: Companhia 
das Letras (com futuro lançamento). Carlos Drummond 
de Andrade © Graña Drummond. <http://www.carlos 
drummond.com.br>.
 f “Certa palavra dorme na sombra de um 
livro raro.”
 Qual a importância do adjetivo raro para a 
interpretação do poema?
Reforça a ideia de que se trata de uma palavra que não é fácil 
encontrar. 
2. Identifique outro verso do poema que re-
force o sentido do adjetivo raro no primei-
ro verso.
Há mais de uma possibilidade de resposta. Sugestões: “Vou 
procurá-la a vida inteira” ou “procuro sempre”. Observe a 
pertinência de outras escolhas.
discussão oral
 f O que sugere o título A palavra mágica?
 f Quando uma palavra é mágica?
Incentive os alunos a refletir sobre as possíveis asso-
ciações entre a expressão “palavra mágica” e os gê-
neros poéticos, reforçando o caráter sugestivo das 
palavras nesses gêneros.
No dia a dia usamos muitas pala-
vras para expressar sentimentos e 
emoções. Será que existem pala-
vras para comunicar tudo o que sentimos e 
pensamos?
Observe que o poeta deseja encontrar 
uma palavra que ele não conhece, mas está 
em um livro raro. O livro e a palavra, ambos, 
são extraordinários e pouco comuns. Ele sabe 
que essa busca pode ser interminável.
discussão oral
 f Discuta com os colegas: Quais as seme-
lhanças e diferenças encontradas entre os 
poemas de Drummond e Caeiro?
Há vasta possibilidade de explorar semelhanças e di-
ferenças entre os textos. Observe a pertinência das 
relações estabelecidas.
Como síntese do poema de Alberto Caeiro, suge-
rimos: as palavras não conseguem ser a tradução 
dos pensamentos, uma vez que, na visão do poeta, 
elas limitam, cercam, restringindo uma experiência 
que poderia ser muito mais complexa. Por con-
sequência, os pensamentos também são uma re-
presentação pálida da vida, muito menor do que a 
experiência efetiva.
Assuma, neste primeiro momento, o maior 
grau possível de responsabilidade pela inter-
pretação do poema, uma vez que é um gênero 
textual que costuma trazer dificuldades para a 
maioria dos alunos. 
1. Observe o primeiro verso do poema:
LPORT_CP_1s_Vol1_2014.indd 10 17/07/14 14:22
11
Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
1. Adapte o poema de Drummond 
em uma imagem, em papel A4, que 
pode ser construída com lápis, tin-
tas ou recortes. Lembre-se de que o profes-
sor escolherá alguns trabalhos para expor 
no mural da classe. 
 Os critérios utilizados para a escolha se-
rão:
 f criatividade;
 f distribuição da figura na folha de papel;
 f fidelidade ao poema;
 f organização e limpeza na elaboração do 
trabalho.Esta atividade construirá uma intertextualidade temática 
entre o poema e a imagem elaborada. Essa relação deve ser 
o foco no processo de desenvolvimento da atividade. 
2. Relacione as palavras com as definições 
correspondentes:
a) interação.
b) linguagem.
c) mensagem.
d) textualidade.
e) signo.
( c ) “sequência de signos organizados de 
acordo com um código e veiculados de um 
emissor para um receptor, por um canal que 
Ideia semelhante está expressa no poema de Drum-
mond: a experiência humana não é traduzível pela 
linguagem verbal. A metalinguagem, no entanto, é 
mais explícita no segundo poema. No de Caeiro, fica 
mais implícita, mas existe: afinal, o poeta usa das pa-
lavras para expressar que elas não dão conta da vida. 
Não deixa de ter em sua base uma reflexão sobre a 
linguagem. 
serve de suporte físico à transmissão” (Dicio-
nário Houaiss da língua portuguesa (edição 
eletrônica). Rio de Janeiro: Objetiva, 2009).
( a ) “conjunto das ações e relações entre 
os membros de um grupo ou entre grupos 
de uma comunidade” (Dicionário Houaiss da 
língua portuguesa (edição eletrônica). Rio de 
Janeiro: Objetiva, 2009).
( d ) faz de um texto mais do que um monte 
de frases soltas, ou seja, um todo com signifi-
cado para o leitor.
( b ) “sistema de signos convencionais que 
pretende representar a realidade e que é usado 
na comunicação humana” (JAPIASSÚ, H.; 
MARCONDES, D. Dicionário básico de Filo-
sofia. Rio de Janeiro: Jorge zahar, 2006).
( e ) “qualquer objeto, forma ou fenômeno 
que representa algo diferente de si mesmo e 
que é usado no lugar deste numa série de si-
tuações (a balança em lugar de ‘justiça’; a su-
ástica, de ‘nazismo’ etc.)” (Dicionário Houaiss 
da língua portuguesa (edição eletrônica). Rio 
de Janeiro: Objetiva, 2009).
Professor, uma forma de conduzir essa atividade pode ser 
discutir os termos com os alunos, antes que tenham aces-
so às definições. Após essa discussão prévia, você pode 
auxiliá-los no processo de relacionar as palavras com as 
definições.
Atividade em grupo
Façam cartazes, em papel A4, das defini-
ções da Atividade 2. O professor selecionará 
alguns para afixá-los no mural da classe.
A ideia dessa atividade é construir objetos de consulta per-
manente a conceitos importantes que serão materializados 
em atividades no decorrer deste volume.
Este é um bom momento para debater, 
oralmente, com seus alunos, a função dos 
murais dentro da escola:
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12
discussão oral
Discuta as questões a seguir. Durante a 
discussão, anote no caderno as principais 
ideias que surgirem. Faça isso em forma de 
tópicos. 
 f Para que servem os murais na escola?
 f Onde ficam os murais direcionados aos 
alunos?
 f E aqueles direcionados aos professores e 
aos funcionários da escola?
 f O mural possibilita uma interação entre 
a escola e a comunidade, mas ela de fato 
ocorre?
 f Que problemas dificultam a efetiva in-
teração entre escola e comunidade pos-
sibilitada pelo mural?
Espera-se que os alunos cheguem a conclusões sobre 
organização e finalidades dos murais escolares: que 
gêneros o mural costuma apresentar e quais suas fun-
ções; discussão sobre a eficácia do mural na comu-
nicação entre os membros da comunidade escolar; 
é possível, ainda, construir ações propositivas a partir 
das discussões feitas. 
Quando seu professor pedir a você 
que escreva em tópicos, isso signi- 
fica que você deve se concentrar 
apenas no ponto essencial, naquilo que é funda-
mental para compreender o assunto. Trata-se, 
portanto, de selecionar as questões principais do 
tema ou do discurso desenvolvido.
No intervalo, Lia diz a Ana Luísa: “Me-
nina, preciso te dar uma notícia”. Ana Luísa 
mostra-se bem interessada: “Ah, é? O quê? 
Me conta tudo!”. Lia senta ao lado de Ana 
Luísa e diz: “Pois é, sábado vai ter uma festi-
nha de aniversário na casa da Paula e ela vai 
convidar o Edeílson”. Ana Luísa fica atôni-
ta: “Puxa! Eu não sabia nada da festinha! Ai, 
e ainda mais com o Edeílson lá... Eu preciso 
arrumar um jeito de ser convidada!”.
1. Em sua opinião, qual o significado do ter-
mo notícia na conversa informal entre Lia 
e Ana Luísa?
Espera-se que os alunos respondam algo como: “Notícia 
significa transmitir informações sobre algo novo.” Verifique 
aspectos da resposta que antecipam o próximo exercício. 
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Lia e Ana Luísa conversam animadamente.
Verifique, depois, os cadernos dos alunos, 
observando se refletiram a respeito das ques-
tões propostas na atividade de discussão sobre 
o mural. Observe ainda se foram capazes de 
sintetizar suas posições por escrito.
 f Alguns elementos podem auxiliá-lo na 
discussão sobre o mural: não é composto 
de textos iguais, com os mesmos formatos. 
Nele encontramos comunicados, notícias in-
formativas, propagandas, entre outros gêne-
ros textuais diferentes. 
Na sequência, os alunos deverão produzir 
uma notícia informativa a respeito da eleição 
do grêmio estudantil. Peça na diretoria as da-
tas de inscrição, propaganda eleitoral e elei-
ção.
A notícia informativa circula por aí afora...
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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
cEt recomenda que motorista evite a avenida Paulista hoje
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda que motoristas evitem parte da avenida 
Paulista a partir de hoje, primeiro dia útil após a ampliação da interdição da via. A interdição cobre 
a faixa da direita nos dois sentidos da praça Oswaldo Cruz até a Brigadeiro Luís Antônio. No senti-
do Consolação, o desvio deve ser pelas ruas Treze de Maio, Cincinato Braga, São Carlos do Pinhal e 
Antônio Carlos. No sentido Vila Mariana-centro, a opção é seguir pela rua Vergueiro e desviar para 
a av. Liberdade.
Folha de S.Paulo, do “Agora”. Caderno Cotidiano, 22 out. 2007.
3. Identifique, com um X, entre as caracterís-
ticas a seguir, aquelas que são encontradas 
na notícia informativa CET recomenda que 
motorista evite a avenida Paulista hoje:
( X ) a presença de um título no texto.
( x ) a opinião pessoal de quem escreveu o 
texto.
discussão oral
 f Qual a ideia principal da notícia?
 f Em que circunstâncias alguém desejaria ler esse texto?
Após a leitura da notícia informativa usada para exemplificar o conceito do gênero, pergunte aos alunos a respeito do conteúdo 
nela veiculado. Peça-lhes que digam a ideia principal contida no texto, ainda de maneira informal, imaginando que um amigo lhes 
pergunte: “O que é que está escrito aí?”. Peça-lhes que expliquem também em que circunstâncias alguém desejaria ler esse 
texto. É importante desenvolver um gradativo ajuste entre leitura e seus objetivos, que incluem a habilidade de estabelecer uma 
finalidade de leitura do texto (ler para informar-se, para estudar, para se distrair etc.).
A ideia principal é informar sobre o trânsito de uma grande cidade. Desejaria ler esse texto alguém que tenha a avenida Paulista 
como parte de seu itinerário. 
( X ) a objetividade e clareza das informa-
ções.
( X ) o uso da norma-padrão da língua por-
tuguesa.
( x ) predominância dos verbos no Pretéri-
to do Indicativo.
2. De acordo com sua resposta à questão 
anterior, o texto a seguir é uma notícia? 
Por quê?
Professor, verifique as orientações anteriores, presentes neste 
Caderno, para direcionar o seu olhar na correção desta questão.
 f O que é uma notícia informativa?
Trata-se de um texto que tem o objetivo 
de informar sobre temas gerais, fatos etc.
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14
A linguagem do mural
Além das notícias informativas, há outros 
textos quecirculam no mural escolar. Como 
devem ser esses textos?
( X ) claros e objetivos.
( x ) longos e bem detalhados.
( x ) divertidos e engraçados.
( X ) precisam respeitar a norma-padrão da 
língua portuguesa.
( X ) precisam transmitir uma imagem apro-
priada da escola.
Neste momento, sugerimos que o pro-
fessor peça emprestados à direção da escola 
alguns comunicados e mostre-os aos alunos 
para análise.
Tendo-os por base, discuta com os alunos 
os aspectos a seguir.
Os textos escritos que são afixados nos 
murais representam a escola e são direcio-
nados ao público em geral, por isso devem 
ter a preocupação de serem claros, objetivos 
e respeitarem a norma-padrão da língua 
materna. Caso contrário, o leitor criará uma 
imagem ruim da escola. É chegada a hora 
de analisar suas especificidades, a quem eles 
são dirigidos, em que mural estavam afixa-
dos (no mural do corredor, das classes, do 
pátio, da sala dos professores, da secretaria 
etc.).
Os textos no mural fazem uso tanto da lin-
guagem verbal como da não verbal.
A linguagem verbal: a palavra falada e escri-
ta. Está presente em todos os tipos de textos 
escritos, reportagens, propagandas, discursos, 
textos literários, científicos etc.
A linguagem não verbal: é a que se utiliza 
de outros signos, como a imagem ou a cor. O 
código usado não é a palavra escrita. Veja o 
exemplo a seguir, em que alguém pede silêncio 
apenas com um gesto.
Gesto de silêncio.
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Pode-se agora falar aos alunos dos diver-
sos tipos de linguagem usados pelas pessoas: a 
música, a escultura, a mímica, a fotografia etc. 
No caso das histórias em quadrinhos, do cine-
ma e da televisão, usamos a linguagem mista.
1. Inácio faltou à última aula de Lín-
gua Portuguesa e perdeu as explica-
ções dadas pelo professor. Escreva 
um pequeno texto (um e-mail ou bilhete), 
explicando-lhe esses conteúdos.
Professor, essa resposta depende da sequência efetiva de seu 
planejamento. Em princípio, o que se espera é uma sínte-
se das linguagens verbal, não verbal e mista, associadas ao 
mural. 
2. Traga para a próxima aula textos que 
exemplifiquem cada uma das linguagens: 
verbal, não verbal e mista. 
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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
Tendo por base os aspectos apontados sobre as três lingua-
gens e outros que considerar relevantes, observe e comente 
a pertinência das escolhas dos estudantes. É importante que 
os alunos não apenas conheçam as características de cada 
uma das linguagens, mas que se familiarizem com seu uso 
social e as esferas de atividades onde elas circulam. Por isso, 
é importante o convívio com as linguagens em suas diversas 
manifestações reais.
3. Consulte o livro didático adotado e procu-
re os conteúdos estudados até o momento: 
linguagem (verbal, não verbal e mista), sig-
no, mensagem, comunicação, textualidade 
e texto informativo (notícia). Resolva os 
exercícios indicados pelo professor.
A seleção desses conteúdos é uma forma de avaliar se os 
alunos compreenderam os grandes temas propostos para 
estudo até aqui. Se achar mais produtivo, selecione alguns 
desses temas para explorar com mais profundidade. 
discussão oral
Utilize os textos que trouxe e discuta com 
seu professor e colegas.
Em que lugares, momentos e veículos de 
comunicação encontramos predominante-
mente:
 f Textos verbais?
 f Textos não verbais?
 f Textos mistos?
Em alguns gêneros, como romances ou poemas, a 
linguagem verbal é predominante. O mesmo acon-
tece com alguns gêneros jornalísticos como o edi-
torial e o artigo de opinião. Notícias, reportagens, 
gêneros publicitários frequentemente associam 
texto e imagem. Se os alunos trouxerem textos que 
são apenas imagens, lembre-os de que na maior 
parte dos casos elas estão associadas a textos escri-
tos, ainda que complementares. 
colar (texto expositivo). Nesse texto, os alunos 
devem fazer uso dos conceitos estudados em 
sala de aula. Diga a eles que poderão, poste-
riormente, consultar o texto para atividades de 
avaliação futuras, tais como uma prova. Isso 
garantirá que eles se esforcem em fazer uso dos 
conceitos aprendidos. Estipule também um nú-
mero máximo de linhas, que pode ser 30 (trinta).
Para você, professor!
Destaque para seus alunos as diferen-
ças entre os textos informativo e expositi-
vo, no que diz respeito ao aprofundamento 
do tema: o texto informativo é sempre mais 
sucinto e superficial que o texto expositivo.
 f O que é um texto expositivo?
Expor significa, basicamente, explicar 
algo para o conhecimento dos demais. Assim, 
podemos definir texto expositivo como o que 
tem por objetivo aprofundar informações 
para o leitor, transmitir conhecimentos.
Expondo conhecimentos ao mundo
Os livros didáticos são excelentes exemplos 
de coletânea de textos expositivos. Assim mes-
mo, fornecemos a seguir um exemplo para sua 
análise.
Agora peça que seus alunos elaborem, em 
duplas, um texto no qual exponham o que 
aprenderam sobre a função social do mural es-
discussão oral
 f O que sugere o título do texto?
 f Pensando no título do texto, que assun-
tos você acredita que serão desenvolvi-
dos? Por quê?
Conduza a discussão procurando retomar conheci-
mentos prévios dos alunos sobre o gênero “conto de 
fadas”. Observe que trata-se de uma atividade focada 
nos conhecimentos prévios, portanto, esse não é o 
momento para definições formais do gênero. 
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16
1. Observe a imagem e faça a leitu-
ra silenciosa do texto a seguir.
Era uma vez... Sabia que ler contos de fadas es-
timula a imaginação e ainda pode nos afastar da 
violência?
Bela Adormecida, Branca de Neve, A Bela e a 
Fera... Esses e outros contos de fadas são nossos 
velhos conhecidos. Mas você sabia que ler histórias 
como essas, além de fazer a gente sonhar, pode nos 
afastar da violência? Pois é. Uma pesquisa divulga-
da recentemente sugere que quem costuma ler con-
tos infantis dá menos atenção aos jogos eletrônicos 
– alguns muito violentos –, solta a imaginação com 
mais facilidade e, como ouve e lê mais histórias, tem 
respostas na ponta língua sobre vários assuntos.
O estudo foi feito pelo psicólogo Carlos Brito, da Universidade Católica de Pernambuco, em parceria 
com suas alunas Karlise Maranhão Lucena e Bruna Roberta Pires Meira. Juntos, eles analisaram a im-
portância da fantasia, presente nos contos de fadas, na vida de crianças como você. Para isso, fizeram uma 
verdadeira maratona: percorreram lan houses – casas de jogos eletrônicos – e diversas escolas particulares 
de Pernambuco, que usam formas diferentes de ensinar.
O trio entrevistou 80 meninos e meninas de oito a nove anos, sendo que metade era de colégios 
que educam de maneira tradicional, onde a criança não tem que dar opiniões e os livros infantis estão 
sempre ligados às provas. A outra metade entrevistada foram alunos de escolas que optam pela edu-
cação construtivista, em que a criança é encorajada a construir seu próprio saber, a desenvolver sua 
imaginação e a aprender por meio de experiências que vive no dia a dia, como ouvir histórias infantis.
Com as entrevistas, Carlos e suas alunas concluíram que as histórias infantis, principalmente no 
caso das crianças das escolas construtivistas, estimulam a imaginação, a fantasia e ajudam a lidar me-
lhor com a agressividade. Além disso, as crianças que gostam de contos infantis se ligam menos nos 
jogos eletrônicos e até criticam os games que têm muita violência. Já as matriculadas em escolas tra-
dicionais preferem os videogames – em especial, aqueles que têm luta –, não se interessam muito pelos 
contosde fadas e até dizem que os livros como esses são feitos para crianças pequenas.
Na conversa com os estudantes, os pesquisadores ainda perceberam que os que gostam de contos de 
fadas se expressam com mais facilidade em relação aos que não têm muito interesse por essas histórias. 
“O contato com os livros de literatura infantil, especialmente de contos de fadas, permite às crianças 
falar, ler e se expressar de maneira harmoniosa, além disso, ela é capaz de analisar e desenvolver certos 
assuntos com mais facilidade”, diz Carlos Brito.
Depois dessa pesquisa, quem gosta de um bom conto de fadas vai, com certeza, querer ler muito 
mais. Já os que dizem que não gostam podem se animar e abrir um bom livro. Afinal, quem não gosta 
de viajar de graça em tapetes mágicos, carruagens ou até num bom cavalo alazão? Tudo isso é permiti-
do se você soltar a imaginação e experimentar a magia dos contos de fadas.
ABREU, Cathia. In: Ciência hoje das crianças, 26 set. 2005. 
Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/era-uma-vez/>. Acesso em: 28 maio 2013.
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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
2. Responda no caderno:
 f Enquanto realizou a sua leitura, que pala-
vras do texto dificultaram a compreensão?
A primeira pergunta propõe ao aluno localizar termos que pos-
sam ter dificultado a compreensão do texto. Observe o tipo de 
dúvida e a melhor forma de saná-la: contexto, dicionário etc. 
 f Que vantagens o texto associa à leitura 
de contos de fadas?
A leitura de contos de fadas faz sonhar, afasta da violência, 
ajuda a lidar melhor com a agressividade, solta a imaginação 
e facilita a conversa sobre vários assuntos.
 f O texto apresenta uma série de informa-
ções que não surgiram por acaso. Qual 
o motivo apresentado para que o leitor 
confie nesses fatos?
Um estudo foi realizado na Universidade Católica de Per-
nambuco e envolveu três pesquisadores, além de 80 meni-
nos e meninas entrevistados em diferentes escolas.
 f Qual a relação da expressão “Era uma 
vez”, que aparece no título, com os con-
tos de fadas?
A maioria dos contos de fadas começa com a expressão “Era 
uma vez...”, o que se torna uma característica do gênero.
Observe a frase a seguir, extraída do 
texto que examinamos: 
 “Depois dessa pesquisa, quem gosta de um 
bom conto de fadas vai, com certeza, que-
rer ler muito mais.”
 Identifique a alternativa que contém a mes-
ma ideia da frase, conforme o sentido dela 
no texto e o uso da norma-padrão:
I. Após a realização da pesquisa, aqueles 
que gostam de um bom conto de fadas 
vão, certamente, desejar ler muito mais.
II. Após a realização da pesquisa, os que 
gosta de um bom conto de fadas vai, cer-
tamente, desejarem ler muito mais.
III. Após a realização da pesquisa, aqueles 
que gosta de um bom conto de fadas 
vão, certamente, desejarem lerem muito 
mais.
IV. Após a realização da pesquisa, os que 
gostam de um bom conto de fadas vai, 
certamente, desejar lerem muito mais.
 Explique os motivos de sua escolha. Por 
que considerou que as outras opções esta-
vam erradas?
I. Após a realização da pesquisa, aqueles que gostam de um 
bom conto de fadas vão, certamente, desejar ler muito mais. 
O uso de “os” ou “aqueles” é indiferente. Ambos, no plural, 
obrigam os verbos “gostar” e “ir” a concordar em número, ou 
seja, “ir para o plural”. 
1. Em duplas, elaborem, no cader-
no, um texto no qual exponham o 
que aprenderam sobre a função 
social do mural escolar (texto expositivo).
 Nessa exposição, vocês devem fazer uso 
dos conceitos estudados em sala de aula 
até agora. Para isso, façam as consultas 
que julgarem convenientes.
 Construam o texto seguindo estas reco-
mendações:
 f deem um título que se relacione de modo 
apropriado com o assunto do texto;
 f sejam claros ao escrever;
 f definam um objetivo e um tema específi-
cos para o texto que possam, depois, ser 
compreendidos pelo leitor;
 f organizem os parágrafos de acordo com 
a ordem tradicional nesse tipo de texto: 
introdução, desenvolvimento e conclusão;
 f usem a norma-padrão da língua portu-
guesa.
Professor, as “recomendações” são itens 
que podem orientar suas intervenções no tex-
to final.
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18
2. Após a escrita do texto, troquem-no com 
outra dupla e anotem, a lápis, no texto de 
seus colegas, sugestões para melhorar a 
escrita. Quando o texto de vocês lhes for 
devolvido, vejam as opiniões de seus cole-
gas. Vocês não são obrigados a segui-las, 
mas verifiquem se, de fato, elas deixariam o 
texto mais bem redigido. Finalmente, após 
as mudanças que considerarem oportunas, 
entreguem-no ao professor.
Na escola, você entra em contato com inúmeros textos expositivos, ou seja, textos que têm 
por objetivo aprofundar informações para o leitor, transmitir conhecimentos. O texto infor-
mativo também visa a transmitir informações. Qual a diferença entre os dois?
O texto informativo é sempre mais sucinto e superficial que o texto expositivo.
São características do texto expositivo:
 f a presença de um tema específico, claramente identificado e delimitado;
 f uma estrutura, ou seja, uma forma própria de organizar a informação;
 f um objetivo estabelecido previamente pelo enunciador, que será depois interpretado pelo leitor;
 f a presença de um título no texto;
 f objetividade e clareza nas informações;
 f o uso da norma-padrão da língua portuguesa.
Professor, se achar oportuno, selecione um 
texto de cada tipo e, com base nos elementos 
SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 2 
LUSOFONIA – SIM, NóS FALAMOS PORTUGUêS!
Esta Situação de Aprendizagem tem por 
objetivo fazer que o aluno reconheça a lín-
gua portuguesa como realidade social que 
identifica e aproxima povos e culturas varia-
dos, tanto dentro do Brasil como fora dele. 
Embora não seja um conteúdo muito comum 
na escola, é fundamental para compreen- 
der a dimensão da língua portuguesa no 
tempo e no espaço. Outro objetivo desta Si-
tuação de Aprendizagem é construir no alu-
no o senso de propriedade de sua língua 
materna, seja ao usá-la no cotidiano, seja ao 
ler Luís de Camões, Machado de Assis ou 
Mia Couto.
3. Depois que o professor o corrigir, o texto 
será devolvido a vocês. Reescrevam-no se-
guindo as orientações dadas e devolvam- 
-no para a correção final.
1 a 3. Professor, em suas intervenções no texto, leve em conta 
as cinco recomendações dadas aos estudantes. Observe, ain-
da, que conceitos foram indicados e se as explicações dadas 
foram pertinentes.
indicados na seção “Aprendendo a aprender”, 
analise com os estudantes cada um deles.
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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
conteúdos e temas: conceito de Lusofonia; notícia jornalística informativa; título de notícia jornalística.
competências e habilidades: analisar e produzir textos informativos; elaborar e produzir textos expositi-
vos; identificar ideias-chave; expressar-se oralmente, respeitando a tomada de turno; valorizar a riqueza 
expressiva e o patrimônio social da língua portuguesa.
Sugestão de estratégias: aula interativa, com a participação dialógica do aluno, com a preparação e co-
nhecimento de conteúdos e estratégias por parte do professor; uso de recursos audiovisuais; valorização 
da realidade local e do aprendizado como uma elaboração processual e contínua.
Sugestão de recursos: livro didático; dicionário de língua portuguesa; filmes; textos de livros extraclasse; 
mapas.
Sugestão de avaliação: adaptação de texto na variante lusitana para a brasileira; elaboração de títulos de 
notícia e de resumo de novela ou filme.
Sondagem
Alíngua portuguesa no mundo
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 14. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004, [em 2010, a Guiné 
Equatorial passou a ter a língua portuguesa como um de seus idiomas oficiais e administrativos (nota do editor)].
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Língua Portuguesa
Língua oficial e administrativa
Língua materna
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2000 km
Açores
Madeira
PORTUGAL
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20
Professor, propomos a seguinte discussão:
discussão oral
Observando o mapa da lusofonia, comente com seu professor e seus colegas:
 f Qual a importância da língua portuguesa no Brasil e no mundo?
 f Em sua opinião, o que é falar a língua portuguesa adequadamente?
Conduza a discussão de forma que os alunos compreendam que a língua portuguesa é falada em diferentes países, nos diferen-
tes continentes, e que concluam que não há um único modo adequado de usá-la: isso depende da situação. 
Observando o mapa-múndi, mostre os dife-
rentes países falantes de língua portuguesa, 
conforme forem surgindo na conversa. Encami-
nhe a discussão de modo que também se fale 
das diferentes variedades do português, bem 
como dos conceitos de certo e errado relativos 
ao uso da língua. É importante que se dê opor-
tunidade ao maior número possível de alunos e 
que se incentive uma atitude de escuta do outro.
Novamente é importante que se consi-
dere esta atividade como um momento de 
diagnóstico das habilidades que se pretende 
desenvolver: O que eles já sabem? Que habi-
lidades já apresentam? Que necessidades são 
mais urgentes?
Chamamos de lusofonia ao con-
junto de identidades culturais e 
linguísticas existentes em países 
falantes de português: Angola, Brasil, 
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, 
Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Les-
te e por diversas pessoas e comunidades em 
todo o mundo, como Macau na China. Al-
guns afirmam que a Galiza, território que 
pertence à Espanha e onde se localiza a fa-
mosa cidade de Santiago de Compostela, 
também faz parte da lusofonia.
 Elabore perguntas para as respostas a se-
guir:
1.
 Resposta: aproximadamente 250 milhões 
de pessoas ao redor do mundo.
Pergunta esperada: Quantos falam português no mundo?
2.
Resposta: são os países da lusofonia.
Pergunta esperada: O que há de comum entre Angola, Brasil, 
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé 
e Príncipe e Timor Leste?
3.
 Resposta: a expansão do império portu-
guês por razões econômicas e políticas.
Pergunta esperada: Que acontecimento espalhou a língua 
portuguesa pelo mundo?
4.
 Resposta: variedades geográficas ou diató-
picas.
Pergunta esperada: Que nome damos às mudanças que 
ocorrem no português falado no mundo? 
A língua portuguesa sai de Portugal e ganha 
raízes em outros locais, sofrendo, naturalmen-
te, mudanças. Essas mudanças que ocorrem no 
português falado no mundo chamam-se varia-
ções geográficas ou diatópicas.
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21
Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
roteiro para aplicação da Situação 
de Aprendizagem 2
É importante que você leia todo este rotei-
ro antes de iniciar suas aulas:
 f Lusofonia – conceito.
Conceituar e definir lusofonia a partir da 
própria experiência e identidade como falante 
da língua portuguesa.
 f notícia jornalística informativa.
Examinar a notícia jornalística informativa: as-
pectos e formas das relações dialógicas do gênero.
 f título de notícia jornalística.
Analisar as características constitutivas do 
título de notícia jornalística.
notícias de jornal em Moçambique
Inicialmente, apresente a seus alunos a se-
guinte notícia de um jornal de Moçambique, 
na África; certifique-se de que eles tenham 
bem claro onde se localiza o país (faça uso do 
mapa-múndi).
Esclareça seus alunos a respeito do texto. 
Diga-lhes que é sobre o aumento de preços 
dos veículos de transporte coletivo, o que sig-
nifica que, com esse simples comentário, você 
os auxilia a identificar o tema do texto. 
A seguir, explique-lhes que se trata de uma 
notícia de um jornal moçambicano. Desse 
modo, estará fornecendo a seus alunos infor-
mação sobre a estrutura do texto.
Finalmente, recapitule, por meio de uma 
ou duas perguntas, qual a finalidade da no-
tícia de jornal. Ao fazer isso, retome o con-
ceito de que todo texto tem um objetivo de 
leitura.
1. Leremos, a seguir, a notícia de um jornal de 
Moçambique (verifique, no mapa anterior, 
a localização desse país). Antes de ler, res-
ponda:
 f O que é uma notícia de jornal?
Texto presente em um jornal que registra fatos ocorridos sem 
emitir a opinião do autor. 
 f Pensando no título do texto Aumento 
“tranquilo” de preços dos “chapas” em 
Maputo mas menos veículos e mais polí-
cia, que assunto você acredita que será 
tratado? Por quê?
Professor, nessa atividade, estimule os estudantes a relacionar 
três elementos para responder à questão:
• trata-se de um título de notícia;
• a notícia é de outro país;
• sentido possível de palavras que causem estranhamento no 
texto (tranquilo e chapas) podem ter, no contexto em que 
aparecem. 
Aumento “tranquilo” de preços dos “chapas” em Maputo mas menos veículos e mais polícia
Maputo, 15 nov (Lusa) - Os utentes dos transportes públicos de Maputo começaram hoje a pagar os 
novos preços, num clima de normalidade mas com os acessos à capital moçambicana fortemente vigiados 
pela polícia e menor números de “chapas” em circulação.
Os aumentos, os primeiros desde 2004, e que afetam igualmente a cidade satélite da Matola, causaram 
receios de repetição de grandes manifestações populares, em 2008, que se saldaram em vários mortos e 
na suspensão do agravamento de preços.
Mas, hoje, às 06:00 (04:00 em Lisboa), Maputo vivia um clima de tranquilidade, apenas destoado pelo 
menor circulação de “chapas” - as carrinhas de transporte informal - e pela presença de equipas poli-
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ciais, armadas e com capacetes, nos principais pontos de acesso à capital moçambicana.
Em resultado da redução do número de veículos, havia mais gente do que habitualmente nas paragens 
de bairros periféricos, como Benfica e Jardim, e grandes grupos de pessoas caminhavam a pé.
Em Marracuene, a 30 quilómetros da capital, não eram muitos os “chapas” em circulação, disse à 
Lusa um popular, falando por telefone, que, no entanto, referiu não haver sinais de perturbação.
“Os donos dos ‘chapas’ tiraram-nos das ruas por estarem com medo de manifestações mas não se passa 
nada”, disse aquela fonte.
Um repórter da estação pública Rádio Moçambique descreveu igualmente como “tranquilo” o am-
biente em Magoanine, nos arredores da capital.
Com os novos preços, registou-se uma subida de cinco meticais (0,13 cêntimos de euro) para sete meti-
cais (0,18 cêntimos de euro) o preço de viagem nos autocarros do Estado e de 7,5 (0,21 cêntimos de euro) 
para nove meticais (0,24 cêntimos de euro) no transporte público dos operadores privados.
Fonte: LUSA – Agência de Notícias de Portugal S/A. Publicado em 15 nov. 2012. Disponível em: <http://www.lusa.pt/default.
aspx?page=home>. Acesso em: 15 nov. 2012.
Para você, professor!
Esta atividade desenvolve também a coe-
rência textual e a capacidade do aluno de 
localizar a ideia-chave da notícia, que deve 
aparecer no título. É importante focar esses 
aspectos no processo de desenvolvimento 
da atividade.
2. Enquanto realizou sua leitura, que pala-
vras do texto dificultaram a compreen-
são?
Resposta pessoal. Reforce que busquem o sentido das pala-
vras pela situação em que se encontram no texto antes de 
recorreremao dicionário ou a outras fontes. 
Na sequência, forneça a seus alunos uma 
notícia de jornal, com um tema atual, sem o 
título e peça-lhes para o criarem. Reúna-os em 
duplas e forneça outras, que poderão circular 
entre os alunos. Isso permitirá que a atividade 
se repita diversas vezes, favorecendo a reten-
ção dos conteúdos.
3. Observe o título da notícia de jornal que 
examinamos anteriormente e outras que o 
professor tenha apresentado e escolha as 
três alternativas que identificam as carac-
terísticas que devem estar presentes em um 
título de notícia de jornal:
( X ) presença de verbos, de preferência 
na voz ativa.
( x ) presença de muitos adjetivos.
( x ) verbos no Futuro do Indicativo.
( x ) uso de palavras consideradas difíceis 
pelo leitor.
( X ) uso do Presente, a não ser que se re-
fira a fatos distantes no Passado ou 
no Futuro.
( X ) presença de uma ideia-chave que sin-
tetize a notícia.
Use seu livro didático para recapitular os 
conhecimentos gramaticais pressupostos nes-
te exercício.
Professor, se achar oportuno, examine com 
seus alunos o verbo, especialmente no que se 
refere à voz ativa e aos tempos verbais, muito 
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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
em todo o mundo. A formação do império co-
lonial português levou, por motivos econômicos 
e políticos, a espalhar a língua portuguesa pelo 
mundo. Do contato com os povos encontrados 
resultou forte intercâmbio de produtos, costu-
mes, técnicas, conhecimentos culturais, religiosos 
e linguísticos. Embora tenha prevalecido a língua 
dominante, muitas palavras dos outros povos en-
traram no sistema linguístico do português, tais 
como manga, moleque, capivara, chá etc.
relevantes no contexto jornalístico. Use uma 
boa gramática ou seu livro didático.
4. No caderno, em duplas ou trios, adaptem a 
notícia moçambicana para o português do 
Brasil.
Sugestão de resposta:
Aumento na tarifa do transporte coletivo em Maputo é peque-
no, mas circulação diminui e há mais policiais nas ruas.
Maputo, 15 nov (Lusa) - Os usuários dos transportes públicos de 
Maputo começaram hoje a pagar os novos preços, num clima 
de normalidade, mas com os acessos à capital moçambicana 
fortemente vigiados pela polícia e menor número de veículos 
em circulação.
Os aumentos, os primeiros desde 2004, e que afetam igualmen-
te a cidade satélite da Matola, causaram receios de repetição de 
grandes manifestações populares, em 2008, que causaram várias 
mortes e levaram à suspensão do aumento de preços.
Mas, hoje, às 06:00 (04:00 em Lisboa), Maputo vivia um clima 
de tranquilidade, apenas destoado pela menor circulação de 
“chapas” - os veículos de transporte informal - e pela presença 
de policiais, armados e com capacetes, nos principais pontos de 
acesso à capital moçambicana.
Como resultado da redução do número de veículos, havia mais 
gente do que habitualmente nos pontos de bairros periféricos, 
como Benfica e Jardim, e grandes grupos de pessoas caminha-
vam a pé.
Em Marracuene, a 30 quilômetros da capital, não eram muitos 
os veículos de transporte público em circulação, disse à Lusa um 
usuário do serviço, por telefone, que, no entanto, informou não 
haver sinais de perturbação.
“Os donos dos veículos tiraram os carros das ruas por estarem 
com medo de manifestações, mas não é nada grave”, disse o 
entrevistado.
Um repórter da estação pública Rádio Moçambique descreveu 
igualmente como “tranquilo” o ambiente em Magoanine, nos 
arredores da capital.
Com os novos preços, registrou-se uma subida de cinco meti-
cais (0,13 cêntimos de euro) para sete meticais (0,18 cêntimos 
de euro) o preço do transporte coletivo no Estado e de 7,5 (0,21 
cêntimos de euro) para nove meticais (0,24 cêntimos de euro) 
no transporte coletivo dos operadores privados.
Como vimos, a língua portuguesa é falada 
por aproximadamente 250 milhões de pessoas 
Para você, professor!
Na “Discussão oral”, leve em conta a to-
mada de turno. Peça e valorize que os alunos 
levantem a mão, esperando a sua vez de falar. 
Ao mesmo tempo, incentive que o maior nú-
mero possível de alunos participe.
discussão oral
Discuta, oralmente, com seus alunos as 
principais diferenças entre o uso da língua por-
tuguesa escrita em Moçambique e no Brasil. 
Recorram ao dicionário para esclarecer dúvidas.
Retome com os alunos as palavras da notícia moçambi-
cana que assumem sentidos diferentes do comumente 
atribuído a elas no Brasil. Promova uma discussão sobre 
as palavras que poderiam causar estranhamento a um 
viajante brasileiro em Moçambique. 
Para aprofundar, discuta com seus alunos 
como o português é visto na cultura brasilei-
ra: Existe preconceito? Por quê?
Comente também as reações locais aos di-
ferentes dialetos e falares do Brasil: Por que 
alguns são considerados superiores a outros? É 
isso apropriado? O que pode ser feito?
Professor, essas questões têm por objetivo discutir o tema do 
preconceito linguístico, estimulando-os a compreender e 
respeitar as variedades linguísticas.
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As muitas maneiras de falar 
português 
1. No Brasil, encontramos diversas varieda-
des na expressão da língua portuguesa. 
Muitas delas são regionais, como o caipira, 
o nordestino, o gaúcho, o carioca. Algumas 
pessoas consideram que certas variedades 
são superiores a outras. Isso é apropriado? 
O que você pensa sobre o assunto?
Resposta pessoal. No entanto, espera-se que o aluno identifi-
que a postura das pessoas mencionadas com o preconceito. 
Com relação à posição do aluno, reforce o caráter normati-
vo das variedades, para que compreenda as diferenças como 
conjunto diferente de regras de uso. 
2. Encontre, em seu livro didático, um texto 
que faça uso de uma variedade regional 
brasileira.
Professor, se achar oportuno, faça uma pré-seleção, para que 
os alunos tenham mais “faro” nessa busca. É possível também 
selecionar textos em que a variedade geográfica aparece 
misturada a outras, em que não está presente e pedir aos alu-
nos que comparem e identifiquem cada uma.
3. Complete os espaços com os termos ade-
quados ao sentido do texto, escolhendo en-
tre as palavras do quadro a seguir.
jornal – opiniões pessoais – sintetiza – 
explica – repetem – identifique – desconsidere – 
misturam – compreensão – resumo – objetivo – 
notícia informativa – poema
O é um gênero textual que 
 o conteúdo de outro texto (vi-
sual ou verbal), sem, contudo, manifestar 
 . O primeiro passo é ter um 
 em mente. Em outras palavras, 
a resposta para as perguntas “Para que es-
tou fazendo isso?” e “Quem lerá meu tex-
to?”. A resposta a essas perguntas deve estar 
resumo
sintetiza
opiniões pessoais 
objetivo
presente já quando começamos a examinar 
o que resumiremos. Durante esse exame, 
 as ideias-chave (aquelas que se 
 e sem as quais se compromete a 
 do que se lê).
identifique
repetem
compreensão
Na continuação, assista com seus alunos 
ao filme A marvada carne (direção de André 
Klotzel, 1985).
Não há necessidade de assistir ao filme 
todo; você poderá selecionar um trecho que 
considere mais interessante. Peça aos alunos 
que identifiquem diferenças linguísticas pró-
prias do falar caipira. Peça-lhes também que 
elaborem um resumo do filme ou do trecho.
1. De acordo com as orientações de 
seu professor, elabore o resumo de um 
filme ou de um capítulo de telenovela.
Siga este roteiro:
 f defina o objetivo do seu texto;
 f durante o programa identifique as 
ideias-chave: são tanto aquelas que se 
repetem no correr da apresentação, 
sendo rememoradas pelas personagens, 
como as fundamentais para compreen-
der o enredo;f finalmente, escreva o texto.
Professor, seguem algumas informações sobre resumos de 
novelas ou filmes, para auxiliá-lo nas intervenções nos tex-
tos dos alunos. É um gênero de texto no qual se sintetiza 
o conteúdo narrativo de uma novela ou filme (na verda-
de, de qualquer outro programa espetacular). O primeiro 
passo é ter, bem claro, um objetivo em mente: Para que 
estou fazendo isso? Essa é a pergunta essencial que deve 
dar início ao texto. Naturalmente, essa pergunta deve ser 
respondida muito antes de começar a escrever o texto. Ela 
deve estar claramente respondida na mente do enunciador 
ao começar a assistir ao filme ou à novela. No nosso caso, 
o objetivo do trabalho é identificar as variações espaciais 
presentes nessas narrativas da mídia. Durante o programa, 
identifique as ideias-chave, ou seja, aquelas que se repetem 
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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
3. Valor do texto para um leitor brasileiro.
A ideia é que os alunos não se limitem a copiar infor-
mações. Observe, portanto, até que ponto a textualidade 
ficou garantida. 
Considere tudo o que você estudou 
nesta disciplina até este momento, 
reflita e responda no caderno quais 
conteúdos:
a) Foram agradáveis de estudar? Por quê?
b) Foram pouco interessantes? Por quê?
c) Você compreendeu tão bem que poderia 
explicá-los a um colega?
d) Você gostaria que fossem explicados de 
novo porque não conseguiu entendê-los 
bem?
Professor, o objetivo destas questões é estimular o aluno a re-
fletir sobre sua aprendizagem e seu papel ativo nesse processo. 
no desenvolvimento da apresentação e sem as quais não se 
poderia compreender o enredo. Para isso, é essencial tomar 
nota das diferentes informações veiculadas. Finalmente, re-
dige-se o texto. Nesta atividade, verifica-se a necessidade 
de identificar ideias-chave, um conhecimento que, de certa 
forma, também já se fez necessário na elaboração de títulos 
de notícias jornalísticas. 
2. Pesquise na biblioteca, na internet ou no 
livro didático um poema de um autor por-
tuguês.
Oriente a pesquisa indicando fontes confiáveis. Relembre 
as características essenciais do gênero “biografia”. Reforce o 
sentido dos critérios adotados para a correção. 
3. Elabore um pequeno texto expositivo, no 
caderno, explicando quem é esse autor 
(biografia), sobre o que trata o poema e 
qual o valor desse texto para um leitor bra-
sileiro (mínimo de três parágrafos).
 O professor corrigirá seu texto de acordo 
com os seguintes critérios:
 f uso da norma-padrão da língua portu-
guesa;
 f presença de um tema específico;
 f uso da estrutura própria do texto expo-
sitivo;
 f presença de um título no texto.
Professor, em suas intervenções nos textos, considere se os alu-
nos organizaram os três parágrafos com os seguintes critérios:
1. Biografia do autor;
2. Exposição do tema do poema;
Para você, professor!
“A palavra não é puro espírito, pura virtua-
lidade. Ela não tem um funcionamento autôno-
mo longe do indivíduo que a pronuncia. Ela não 
pode ser separada tão facilmente daquele que a 
pronuncia. A palavra está soldada ao homem.”
BRETON, Phillipe. Elogio da palavra. Tradução 
Nicolas N. Campanario. São Paulo: Loyola, 2006. p. 64.
SITUAçãO DE APRENDIzAGEM 3
VOCê ESTÁ NA MíDIA?
Esta Situação de Aprendizagem tem por 
objetivo fazer que o aluno relacione o estudo 
da língua portuguesa ao seu uso no cotidia-
no social, em particular no que diz respeito 
a fenômenos da mídia. Além disso, estuda-
-se o processo que nos leva a encontrar as 
palavras-chave de um texto e como estas con-
duzem à ideia-chave. Abordamos também 
como elaborar um projeto de trabalho. Es-
sas são dimensões fundamentais do uso da 
linguagem para a futura vida profissional e 
pessoal do seu aluno.
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conteúdos e temas: identificação das palavras-chave em um texto; legendas; sinônimos e antônimos.
competências e habilidades: localizar ideias-chave; concatenar ideias-chave na elaboração de uma 
síntese.
Sugestão de estratégias: valorização da realidade local e social do aluno, como ponto de partida e che-
gada para todo o questionamento didático; aula interativa, com a participação dialógica do aluno, 
com a preparação e conhecimento de conteúdos e estratégias por parte do professor; uso de recursos 
audiovisuais.
Sugestão de recursos: livro didático; dicionário de língua portuguesa; filmes; textos de livros extraclasse; 
música.
Sugestão de avaliação: elaboração de legendas; encontro de palavras-chave em processo de leitura.
Sondagem
Professor, selecione uma letra de música 
que trate do tema televisão ou da mídia televi-
siva de modo geral para apresentar e discutir 
com seus alunos. A ideia é proporcionar aos 
alunos reflexões sobre o que é mídia e quais 
seus efeitos em nossa sociedade atual.
Assuma um controle médio no processo de 
interpretação da letra de música. Inicialmen-
discussão oral
 f Quais as características de uma letra de música?
 f Por que as pessoas ouvem música?
 f Qual a importância da televisão em sua família? E em sua vida pessoal?
 f Em sua opinião, televisão “emburrece”?
Como essa é uma atividade de sondagem contextualizada por suas intervenções interpretativas, essas questões têm por objetivo 
auxiliá-lo na introdução do aluno na Situação de Aprendizagem.
te, diga-lhes que acompanharão uma letra de 
música que faz uma crítica à televisão. Desse 
modo, você identifica o tema do texto.
Pergunte, a seguir, qual é a estrutura co-
mum às letras de música e qual seu objetivo 
na sociedade. Desse modo, você estabelece a 
estrutura e o objetivo do texto, transferindo 
essa responsabilidade para os alunos.
Mídia: S. f. 1 todo suporte de difusão da 
informação que constitui um meio intermediá-
rio de expressão capaz de transmitir mensa-
gens; o conjunto dos meios de comunicação 
social de massas [Abrangem esses meios o 
rádio, o cinema, a televisão, a imprensa, os 
satélites de comunicações, os meios eletrôni-
cos e telemáticos de comunicação etc.].
Dicionário Houaiss da língua portuguesa (edição 
eletrônica). Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
1. Acompanhe a música selecionada pelo pro-
fessor. Anote a letra no caderno.
Professor, como dissemos, tendo em vista que a discussão 
será direcionada para mídia e televisão, escolha uma letra de 
música propícia a esse encaminhamento.
2. Veja o que um dicionário explica sobre o 
termo mídia:
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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
pessoas disseram. Será preciso selecionar informações e or-
ganizá-las em texto próprio.
roteiro para aplicação da Situação 
de Aprendizagem 3
Os conteúdos a seguir desenvolvem-se, 
sempre, em rede e progressivamente durante as 
aulas. Leia todo este roteiro antes de iniciar 
suas aulas:
 f identificação das palavras-chave em um texto
Encontrar as palavras-chave visando identi-
ficar a ideia central de um texto.
 f Legendas
Conceituar e definir legendas e analisar seu 
uso social.
 f Sinônimos e antônimos e a identificação de 
palavras-chave
Conceituar sinônimos e antônimos e analisar seu 
valor no processo de identificar as palavras-chave.
 f Elaboração de projeto
Conceituar projeto a partir de uma estrutura 
que possibilite a aplicação em diferentes Situa-
ções de Aprendizagem e pesquisa.
Na sequência, apresente a seus alunos o 
texto expositivo a seguir. Antes, discuta com a 
classe as expectativas que o texto gera em seus 
leitores a partir do título.
Isso reforçará o fato de que o título deve 
levantar horizontes de expectativas no leitor 
e que as diferentes partes do texto devem fun-
cionar como um todo.
a) Querelação existe entre mídia e televi-
são?
Tendo em vista a definição, é possível dizer que a televisão é 
uma parte da mídia.
b) Observe: A televisão está me deixando 
muito burro.
 O dicionário nos informa que um dos si-
nônimos de burro é obtuso. Que diferença 
de sentido faria para a frase se, em vez 
do adjetivo burro, o autor tivesse usado 
obtuso?
Há diversas possibilidades de resposta que giram em torno do 
fato de que a frase teria ficado menos informal.
1. Faça uma pequena entrevista em 
casa com seus pais, irmãos ou com 
algum vizinho. Procure identificar 
o que pensam sobre a importância da tele-
visão na vida deles. Você pode usar algu-
mas das perguntas discutidas em classe na 
atividade da seção “Discussão oral”, por 
exemplo:
 f Qual a importância da televisão em sua 
vida pessoal?
 f Quais são seus programas preferidos?
 f Em sua opinião, televisão “emburrece”?
2. Com base nessas respostas, escreva um pe-
queno texto sobre a influência da televisão 
na vida das pessoas.
Professor, a entrevista proposta tem por objetivo dar subsí-
dios à escrita do texto do aluno. Ressalte, entre outros as-
pectos:
• as questões servem para estimular o entrevistado a tratar 
do tema;
• a produção do texto não se limita a transcrever o que as 
Mídia e comunicação de massa
A palavra mídia vem do latim media. Nessa antiga língua que deu origem ao português, 
media é o plural de medium, que significa meio. Ou seja, mídia é o mesmo que meios. Meio é aquilo que 
utilizamos para chegar a algum lugar. Como um ônibus ou um carro que nos leva aonde desejamos ir. 
Mas a palavra mídia é reservada não para o transporte, e sim para a comunicação humana. 
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Mídia é o conjunto de tecnologias específicas usadas por uma instituição, como uma emissora de 
televisão, por exemplo, para proporcionar comunicação humana. É importante notar também que a 
mídia faz uso da tecnologia. Em outras palavras, isso significa que, para haver mídia, é necessário que 
exista um intermediário tecnológico, o qual permite que a comunicação se realize. Quando a comuni-
cação se faz por meio de um intermediário tecnológico, dizemos, então, que se trata de comunicação 
midiatizada. 
Claro, no início da humanidade a comunicação não era midiatizada, isso porque não havia a tec-
nologia da comunicação. Hoje, no entanto, o que não faltam são instrumentos para nos facilitar a 
comunicação, ou seja, para funcionarem como meios de comunicação ou, se preferir, mídia: telefones, 
televisão, cinema, fotografia, jornal, rádio etc. 
Também, quando falamos em mídia, duas características se destacam: primeiro, a unidirecionali-
dade, ou seja, a mídia é, normalmente, o caminho para uma voz falar com um outro, mas não dá a 
oportunidade de resposta. É o caso da televisão, do rádio e do jornal. Usando esses meios de comuni-
cação, é fácil uma pessoa falar com você, mas responder-lhe já é muito mais difícil. Depois, a produção 
é centralizada e os conteúdos, padronizados. 
Isso quer dizer que os programas de televisão, rádio e os artigos de jornal não estão falando com 
você, especificamente, mas com pessoas como você. O risco disso é reduzir o receptor da comunicação 
da mídia a uma massa em que se perdem as características individuais e os seres humanos passam a ser 
vistos apenas como coletivos: os adolescentes, as mulheres, os homossexuais, os idosos etc. 
Assim, hoje, quando se fala em mídia, normalmente nos referimos ao conjunto formado pelas 
emissoras de rádio, televisão; editoras de revistas e jornais, produtoras de cinema e quaisquer outras 
instituições que fazem uso de tecnologias como meio de comunicar-se com as massas. 
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Para você, professor!
O início do processo de construção de 
sentido em um texto – ou seja, a leitura –, 
especialmente ao falarmos de textos que se 
destinam ao estudo, é encontrar as palavras-
-chave e relacioná-las entre si. Elas são o 
núcleo central a partir do qual se expande o 
próprio texto.
Todos os dias entramos em con-
tato com diversos textos. É muito 
importante identificar as ideias-
-chave daquilo que lemos. Essas ideias 
aparecem repetidas no texto por meio de 
palavras-chave.
Para desenvolver as competências de lei-
tura de textos expositivos, essenciais para o 
futuro de seus alunos como indivíduos letra-
dos, é importante que eles identifiquem as 
palavras-chave no texto.
 f O que são as palavras-chave?
As palavras que estabelecem entre si rela-
ções de sentido no texto são palavras-chave.
como se encontram as palavras-chave?
A repetição é o que nos ajuda a encontrar 
as palavras-chave em um texto. Mas o que se 
repete? Não apenas a mesma palavra, mas seu 
sentido em uma rede de sinônimos e antôni-
mos ou de paráfrases. Essa rede nos permite 
recuperar o conteúdo nuclear do texto.
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Língua Portuguesa e Literatura – 1a série – Volume 1
 f O que são sinônimos? E antônimos?
Recorra ao livro didático ou a uma 
boa gramática para explicar esse conteú-
do a seus alunos. Não há necessidade de 
prolongar-se sobre o tema que, na maioria 
dos casos, já será conhecido pela classe.
TECNOLOGIA mídia comunicação
Assim, as palavras-chave aparecem no texto 
repetidas, modificadas ou por meio de sinôni-
mos ou antônimos. Elas orientam nossa leitura, 
mantendo nosso olhar naquilo que é importan-
te dentro do texto. Assim, por exemplo, no tex-
to Mídia e comunicação de massa, “tecnologia” 
(substantivo) e “tecnológico” (adjetivo) não são 
duas palavras-chave diferentes, mas uma só, que 
podemos designar apenas por “tecnologia”. O 
mesmo ocorre com “comunicação”, “comu-
nicamos”, “comunicar” e “incomunicável”. A 
palavra-chave é a mesma, “comunicação”.
1. No texto Mídia e comunicação de massa, 
quais são as palavras-chave?
As palavras-chave serão mídia e comunicação de massa. 
Neste momento, contudo, o leitor apenas pode “adivinhar” 
essa informação, com base no título. 
O título, sem dúvida, serve de ajuda: mídia 
e comunicação são as palavras que mais apa-
recem no texto. Mídia aparece retomada tam-
bém como “meios”.
Além disso, a palavra tecnologia aparece 
retomada seis vezes. É também uma pala-
vra-chave.
2. Assinale V ou F conforme considerar Ver-
dadeiras ou Falsas as afirmações a seguir 
que tomam como base o texto Mídia e co-
municação de massa.
( V ) Mídia significa meio e faz referência 
aos instrumentos tecnológicos que usamos 
como meio para nos comunicarmos.
( F ) A mídia procura ser seletiva no seu 
uso, buscando atingir antes qualidade do que 
quantidade.
( V ) Comunicação midiatizada utiliza um 
intermediário tecnológico.
( V ) A mídia é, muitas vezes, unidirecional, 
não permitindo a resposta do interlocutor.
( F ) Televisão, jornal e telefone são exem-
plos de comunicação unidirecional.
( V ) A maioria dos textos produzidos pela 
mídia tem seus conteúdos padronizados e cen-
tralizados, dirigindo-se não a uma pessoa es-
pecífica, mas a um modelo de público.
3. Considerando que no texto Mídia e comu-
nicação de massa as palavras-chave são mí-
dia, comunicação e tecnologia, elabore uma 
frase que traduza a ideia central do texto.
“A mídia usa tecnologia para promover a comunicação” é 
uma possibilidade de resposta. Observe a pertinência de ou-
tras escolhas.
4. Utilize a frase produzida para completar o 
esquema a seguir:
Essa é a ideia central do texto.
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1. O professor irá solicitar que você 
destaque as palavras-chave de um 
texto que ele apresentará para a 
turma.
Professor, selecione um texto de seu agrado que trate de 
questões relacionadas ao fotojornalismo e proponha a seus 
alunos

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