caso da PU de Ariany

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Caso 100%
Competências
Socializar-se com as funções psicomotoras e seu papel no desenvolvimento;
Refletir sobre necessidades psicomotoras e a educação como campo de intervenção da psicomotricidade.
Compreender as principais teorias de aprendizagem e sua aplicação à prática do educador, relacionando-as à psicomotricidade.
Ana Luiza estava com cinco anos e nove meses, encontrava-se alfabetizada, mas não tinha idade mínima para ingressar em uma 1ª série do ensino fundamental da rede pública. Então a Coordenadora de Educação orientou os pais da aluna a encaminhá-la para uma avaliação psicológica e pedagógica, com o intuito de verificar se ela manifestava condições emocionais e pedagógicas para ingressar precocemente em uma 1ª série do ensino fundamental. 
Na avaliação psicológica foi constatado que a aluna possuía capacidade de empatia, boa autoestima e de manter bons relacionamentos sociais. Além disso, apresentava tolerância à frustração e maturidade emocional adequada à sua idade cronológica. Em relação aos aspectos cognitivos a aluna obteve resultado superior em habilidade verbal e de raciocínio, alcançando média nas habilidades numérica, perceptivo-espacial e viso-motora. Na avaliação pedagógica, foi constatado que o nível da lectoescrita da aluna estava alfabético, ou seja, encontrava-se em um nível superior à sua idade cronológica. Após a conclusão da avaliação psicológica e pedagógica foi constatado que a aluna encontrava-se emocionalmente e pedagogicamente apta a frequentar a 1ª série do ensino fundamental, o que tornou possível a matrícula da aluna na 1ª série. 
A aluna observada é filha única, seu pai é militar e sua mãe contabilista. O pai relatou que desde muito novinha a criança demonstrava interesse por tudo ao seu redor:
“Com dois meses eu andava pelo quarto e percebia que ela me seguia com a cabecinha. É uma menina muito esperta, sempre gostou de livros e brinquedos como lego, quebra cabeça, então eu comprava com frequência para que ela continuasse a gostar”.
Segundo a mãe, apesar de ser filha única, Ana Luiza nunca foi mimada: 
“Eu não sou aquela mãe super protetora não, deixava ela brincar, se sujar, com 11 meses ela já escalava os móveis. Eu apenas monitorava quando via algum risco, e às vezes avisava quando ia dar errado, aquela fala típica de mãe: vai machucar (rs).” 
A mãe relata ainda que, a tia de Ana é professora do ensino infantil, e a incentivava a irmã a contar histórias para a Ana Luiza todas as noites. As histórias eram parte da rotina de preparação para ir dormir.
Em relação à aprendizagem das palavras, a mãe relatou que sua filha não apresentou dificuldades ao pronunciar os sons. De acordo com a mãe: 
“às vezes tem uns que têm dificuldade em falar os sons, ela sempre teve facilidade, pelo que eu conhecia de crianças, porque eu tenho vários sobrinhos. Eu achava interessante como ela tinha capacidade de ler, aí no ‘pré ’ ela já escrevia com letra de forma”.
Segundo os pais, com aproximadamente dois anos e meio a aluna começou a ter interesse por computador, isso porque o ambiente familiar proporcionava-o, já que os pais utilizavam o computador para trabalhar em casa. O pai relatou que: 
“[...] a gente colocava ela no cercadinho e ela começava a pular do cercado; o que a gente fazia, pegava o sofá e fazia um quadrado para ela, mas ela era forte e empurrava aquele sofá, então eu estava no computador e de repente vinha aquele dedinho assim e apertava [risos], e aí eu acho que o que ajudou bastante a alfabetização dela foi o computador”. 
	Ana Luiza concluiu a 1ª série sem dificuldades. Segundo as professoras é uma aluna exemplar, além de muito inteligente, tem ótimo relacionamento com os amiguinhos.