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Microbiologia Oral Módulo de Virologia –Hepatites Virais na Prática Odontológica- Disciplina MIP00084- Microbiologia Oral Curso: Odontologia Prof. Dra. Adriana de Abreu Corrêa (adrianacorrea@id.uff.br) 2015/01 - Em 2003: As hepatites virais são doenças de elevada magnitude, que se distribuem de maneira universal e atingem diversas populações. Problema de saúde pública Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais - PNHV É necessário que o CIRURGIÃO-DENTISTA compreenda as condições que afetam a saúde individual e coletiva, estando apto a realizar ações de prevenção e controle das HEPATITES VIRAIS. Equipes de Saúde Bucal Características Epidemiológicas, Clínicas e Laboratoriais Similares As hepatites virais são doenças inflamatórias provocadas por DIVERSOS agentes etiológicos Fonte de virus fezes sangue sangue sangue fezes Via de transmissão fecal-oral percutânea permucosa percutânea permucosa percutânea permucosa fecal-oral Cronicidade não sim sim sim Não* Prevenção pré/pos- exposição - tratamento de água pre/pos- exposição teste de doadores modif. de comportam. pre/pos- Exposição modif. de comportam. Tratamento de água Tipos de Hepatites A B C D E - Estima-se que existam cerca de 325 milhões de portadores CRÔNICOS da hepatite B; - 18 milhões co-infectados pelo virus D; - 170 milhões da hepatite C. ANUALMENTE, 3.000.000 de exposições entre os profissionais da saúde de todo o mundo 15.000 infecções HCV 70.000 Infecções HBV 500 Infecções HIV Mais de 90% dessas infecções ocorrem em países não desenvolvidos e a maioria delas pode ser prevenida No Brasil, - HEPATITES AGUDAS: HAV e HBV; - NAS REGIÕES NORTE E CENTRO-OESTE: a Co-infeccao pelos vírus das hepatites B e D também é importante causa de hepatite aguda SINTOMÁTICA; - O HCV costuma apresentar uma fase aguda oligo/assintomática, de modo que responde por menos casos confirmados de hepatites agudas sintomáticas No contexto epidemiológico brasileiro, as hepatites virais vem assumindo papel de destaque, com o aumento do numero de casos ao longo dos anos. Hepatite Número de casos A 138.305 B 120.343 C 82.041 D 2.197 E 967 Fonte: SINAN/SVS/MS. Dados sujeitos à revisão atualizados em 25 de julho de 2012 Distribuição dos casos confirmados de hepatites A, B, C, D e E no Brasil de 1999 a 2011 • Hepatite B: 2 milhões de portadores crônicos • Hepatite C: 3 milhões de portadores crônicos TOTAL: 5 milhões de infectados: 8 vezes mais que número de portadores de HIV O papel do cirurgião-dentista é contribuir para notificação dos casos à vigilância epidemiológica, proporcionando, assim, uma melhor qualidade de vida aos portadores das hepatites virais Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975, são obrigados a comunicar, a Vigilância epidemiológica dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde – SUS, a ocorrência de casos suspeitos ou confirmados das doenças relacionadas. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Hepatite B Curso clínico da hepatite B em adultos Hepatite B aguda Resolução Hepatite fulminante Hepatite B crônica Persistente Ativa Cirrose Hepatocar cinoma 90% 1%9% Hepatite C Vírus da Hepatite C (HCV) Classificação Família Flaviviridae - Flavivirus Gênero - Pestivirus - Hepacivirus Transmissão Vírus da hepatite C Transmissão parenteral Transfusão ou transplante de doador infectado Uso de drogas injetáveis Hemodiálise (anos de tratamento) Acidente com material perfurocortante (agulhas/lancetas) Termo Definição % homologia de nucleotídeos Genotipo Heterogeneidade entre 66 a 69 diferentes vírus HCV Subtipos: Vírus estreitamente 77 a 80 relacionados dentro de cada genótipo Quasispecies Complexa população de vírus 91 a 99 dentro de um mesmo indivíduo Genotipos, Subtipos e quasispecies Quasispecies na hepatite C Acúmulo de mutações Amplo espectro de variantes infectando um mesmo hospedeiro Dificulta a resposta imune Resistência a antivirais Dificuldade na produção de vacinas História natural da hepatite C Período de incubação: 3-12 semanas Infecção normalmente assintomática (75%) Aspecto clínico mais importante: alto índice de progressão a cronicidade (70-80%) Cerca de 20% dos pacientes crônicos desenvolvem cirrose em cerca de 20 anos MUDOU para até 49 anos Todos as hepatites virais são consideradas doenças sistêmicas. Manifestações Hepáticas Manifestações Extra- Hepáticas Imunomediadas Todas as Hepatites Virais Mais frequentes em pacientes com HCV Implicam cuidados especiais!!!!! Pacientes que apresentam alterações de proteínas de coagulação podem apresentar petequias e hematomas em mucosa oral, além de sangramento gengival espontâneo. Hemorragias orais pós- operatórias também podem se apresentar como manifestações orais de pacientes com doença hepática Além disso... MUCOSAS ESBRANQUIÇADAS= ANEMIA LIQUEN PLANO: lesão de aspecto reticulado esbranquiçado, quase sempre na língua ou mucosa jugal. A interação cirurgião-dentista + equipe multiprofissional e indispensável para o conhecimento do estado geral de saúde e do dano hepático do paciente, fatores importantes para a elaboração do plano de tratamento odontológico Para portadores das hepatites virais agudas Para portadores das hepatites virais crônicas e candidatos a transplantesTratamento odontológico pós-transplante hepático SÓ EM CASOS DE URGÊNCIA DEVIDO A POSSIBILIDADE DE SEPSE - Recomenda-se que tratamentos odontológicos eletivos somente sejam realizados em portadores de hepatites virais agudas APÓS o período de recuperação clinica e bioquímica do individuo. Hepatites virais agudas Exames hematológicos, como plaquetometria, devem ser solicitados Tratamento odontológico em portadores das hepatites virais crônicas e candidatos a transplantes - Utilização de hemostáticos locais e de extrema importância para a realização de cirurgias odontológicas nesses pacientes. - Exames bioquímicos (dosagem de enzimas hepáticas) - Avaliação do sistema de coagulação é mandatória Risco de HEMORRAGIA a) Noticiar, orientar e encaminhar para atendimento medico todo individuo com suspeita diagnostica de hepatites virais; b) Cumprir as normas de biossegurança nos atendimentos; c) Realizar medidas de promoção a saúde bucal por meio de ações educativas; d) Manter a integralidade do tratamento em saúde bucal para os portadores das hepatites virais, de modo articulado com todos os níveis de complexidade da assistência; e) Atuar conjuntamente com a equipe multiprofissional; f) Identificar as manifestações orais relacionadas as hepatites virais; g) Atualizar-se permanentemente sobre as hepatites virais, quanto as suas características clinicas, comportamento epidemiológico, tratamento, aspectos éticos e psicossociais. Destacam-se como algumas das atribuições dos cirurgiões-dentistas e de toda a equipe de saúde bucal:
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