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RESUMO DE GEOLOGIA – PROVA 2 CAPÍTULO IV – ROCHAS SEDIMENTARES Introdução Intemperismo: é o conjunto de transformações de origem física (desagregação) ou química (decomposição), atuantes nas rochas; As rochas sedimentares são formadas por: Material detrítico: intemperismo sobre as rochas; Precipitado químico: evaporação ou precipitação dos sais solúveis provenientes da alteração química das rochas; Detritos orgânicos. Diagênese: é o nome dado às transformações que o depósito sedimentar sofre após a deposição (pressão, temperatura, pH), ocorrendo dissoluções e precipitações a partir das soluções aquosas existentes nos poros. Litificação: transformação do depósito sedimentar inconsolidado em rocha; Processos diagenéticos Compactação: pode ser química, com a dissolução de minerais sob pressão, ou física, pela mudança no empacotamento intergranular e a deformação/quebra de grãos individuais; Dissolução: pode ser sob efeito da pressão (compactação química) ou não (reação entre a solução e o material depositado); Cimentação: cristalização de minerais em conjunto com a dissolução diagenética. Tipos comuns de cimentos: Silicosos (quartzo); Carbonáticos (calcita); Ferrosos (pirita, hematita); Aluminossilicáticos (caulinita, ilita). Componentes das rochas sedimentares Componentes do arcabouço de uma rocha sedimentar: grão, matriz, cimento, porosidade primária e secundária; Texturas e estruturas das rochas sedimentares Texturas: dizem respeito aos grãos, nos aspectos relativos ao tamanho, forma, arranjo e distribuição e constitui um critério de avaliação da capacidade e efetividade de transporte: Texturas clásticas: caracterizadas por sedimentos detríticos. Constitui um critério de avaliação da capacidade e efetividade de transporte (água corrente, ondas ou ventos – depósitos bem selecionados e corridas de lama); Texturas não clásticas: caracterizadas por depósitos químicos. Estrutura: permitem a interpretação do ambiente de sedimentação Estruturas inorgânicas: um dos aspectos mais característicos das rochas sedimentares é a sua deposição em estratos ou camadas. A estratificação é salientada pelas diferenças de composição, textura, dureza, coesão, cor, dispostas em faixas aproximadamente paralelas; Estratificação cruzada: a estratificação é dita cruzada quando os estratos apresentam-se com diferentes ângulos em relação ao plano horizontal. Permite determinar com precisão a direção de transporte nos mares rios e desertos; Estrutura de fluxo: são as estruturas produzidas por erosão e escavação das camadas subjacentes durante a deposição; Estratificação gradacional: mudança progressiva da granulação do sedimento numa mesma camada; Marcas ondulares: as marcas ondulares são produzidas pelos fluidos em movimento (água ou ar); Gretas de contração: freqüentes nos depósitos siltico-argilosos e nos calcários, estão ligadas à perda de água pelo sedimento. Estruturas químicas e orgânicas: nódulos e concreções. Estruturas orgânicas: Entre as estruturas de origem orgânica citam-se as perfurações por animais, as pegadas e os fósseis. Classificação das rochas sedimentares Quanto ao modo de origem: clásticas, quimicamente precipitadas ou orgânicas; Quanto à composição: arenosas, argilosas ou calcárias; Depósitos rudáceos: sedimentos grosseiros de tamanho maior que 2 mm; os constituintes grosseiros são denominados de fenoclastos; Brechas: fragmentos angulosos; Conglomerados: fenoclastos subarredondados a arredondados; Depósitos arenáceos: constituídos por material clástico de tamanho de areia; Arenitos: textura comum, bem selecionados e estratificados (geralmente estratificação cruzada), sendo o quartzo o material principal. Os grãos podem estar cimentados por uma matriz argilosa ou por sílica; Arenitos Arcosianos: possuem granulação que varia de média a grosseira e textura com grãos angulares a subangulares; Arenito lítico: caracterizados por conter mais de 25% de partículas detríticas e pouca/nenhuma matriz; Grauvaca: formada por fragmentos de outras rochas e mais um cimento (geralmente de natureza silicosa), estrutura gradacional, considerada uma rocha clástica; Depósitos síltico-argilosos: são os mais abundantes dentre as rochas sedimentares; granulação muito fina, originados de intemperismo; Siltitos: pelo menos 50% de partículas de silte; Argilitos: granulação finíssima; principais constituintes: minerais argilosos; quando apresentam fissilidade → folhelhos; Folhelhos: normalmente derivam de ambientes aquáticos. O folhelho oleígeno é uma fonte potencial de hidrocarbonetos; Depósitos de origem química e orgânica: a precipitação de soluções origina rochas de granulação muito fina. Classificação dos precipitados químicos quanto aos depósitos: silicosos, carbonatados, ferruginosos e salinos; Rochas de origem bioquímica: já sólidos (ex.: recifes de corais) ou resultantes da acumulação de detritos orgânicos; Calcários: constituída predominantemente por calcita (> 50%); rocha poligenética (origem clástica, química e/ou orgânica); Dolomitos: normalmente compactos, maciços ou estratificados; textura variada, com predomínio de dolomita (> 50%); Depósitos de origem orgânica: Carvão mineral: formado a partir de determinados vegetais que sofreram soterramento/compactação e se acumulam em ambientes anaeróbicos; a decomposição dessa matéria faz com que ocorra um processo de cabonificação. Classificação quanto ao poder calorífico: turfa < linhito < carvão betuminoso < antracito; Camadas de carvão no Brasil: os depósitos de carvão fóssil do Brasil estão situados nos estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. CAPÍTULO V – ROCHAS METAMÓRFICAS Introdução Rocha metamórfica é aquela que sofreu mudanças na sua constituição mineral e na textura, em consequência de importantes transformações nos ambientes físico e químico do interior da crosta. Principais agentes: Altas temperaturas, grandes pressões, ambientes químicos reinantes no interior da crosta terrestre; Desse modo, o metamorfismo tem lugar entre as temperaturas de 200 e 1000 °C. Fonte de calor: aumento natural de temperatura com a profundidade ou de câmaras magmáticas adjacentes; Tipos de pressões: 1) peso do material sobrejacente que aumenta com a profundidade; 2) pressão direcional, dos esforços tectônicos; Papel da parte fluida: veículo das transformações químicas é a matéria líquida ou volátil que ocupa as fissura e todas as porosidades e interstícios das rochas. Textura e estrutura das rochas metamórficas Textura: diz respeito aos aspectos relacionados com os grãos, sendo observadas em amostras de mão; Granoblástica: grãos ou cristais recristalizados de tamanhos semelhantes; Lebidoblástica: minerais de forma lamelares e que estão orientados quase que paralelamente; Porfiroblástica: presença de cristais que se destacam entre os demais; Cataclástica: textura resultante do esmagamento e fragmentação dos grãos das rochas. Estrutura: a estrutura corresponde às feições maiores, megascópicas de uma rocha metamórfica, identificadas em afloramentos ou pedreiras. Tipos: Estrutura granulosa: predominância de minerais equidimensionais, de forma que a rocha apresenta aspecto maciço; Estrutura xistosa: predominância de minerais lamelares, tabulares ou prismáticos altamente cliváveis, correspondendo a um plano de fraqueza da rocha. Quando britada a rocha pode apresentar problemas com o índice de forma do agregado e problema de instabilidade de túneis; Estrutura bandeada: caracterizada por bandeamento composicional e constitui-se em um plano de fraqueza da rocha. Tipos: paralelo, lenticular e nebulítico. Formas de metamorfismo As formas de metamorfismo variam de acordo com o ambiente e a predominância deste ou daquele agente de metamorfismo: Metamorfismo de contato: ocorre nas adjacências das grandes massas ígneas, mais intenso na zona de contacto entre o magma e a rocha encaixante; Metamorfismo dinâmico: ocorre em ambiente de profundidade moderada, sob condições de alta pressão e baixatemperatura; Metamorfismo regional: forma grande parte dos escudos cristalinos e em grandes profundidades, sob pressão e altas temperaturas e relaciona-se aos movimentos da crosta. Classificação das rochas metamórficas Simplificadamente pode-se classificar as rochas metamórficas nas sequências argilosas, quartzosas, carbonáticas e básicas; Sequência argilosa: o metamorfismo sobre estas rochas as transformará em ardósia, filito, xisto e gnaisse: Ardósia: tem boa divisibilidade, de modo a formar grandes placas, usadas para revestimentos de piso e paredes ou para telhados; Gnaisse: no Brasil, estas rochas são muito comuns e constituem parte dos terrenos Pré-Cambrianos. São utilizadas como material ornamental ou de revestimento. Sequência quartzosa: esta sequência é formada por rochas derivadas de arenito com mais de 80 % de quartzo. Quartzito: distinguem-se facilmente dos arenitos porque, quando estes últimos se partem, a fratura dá-se pelo cimento, ficando os grãos do quartzo salientes, enquanto nos quartzitos a fratura corta toda a massa da rocha. Sequência carbonática: representada predominantemente pela recristalização sobre rochas calcárias e dolomitos. Rochas calcárias e mármores: os mármores derivam do metamorfismo regional das rochas calcárias, apresentando baixa dureza e sensibilidade ao ataque ácido. CAPÍTULO VI – ÁGUAS SUBTERRÂNEAS “É toda a água que se encontra em repouso ou em movimento abaixo da superfície do terreno”; Distribuição da água subterrânea Zona de aeração: é a zona que não está saturada de água e o espaço intergranular está preenchido com água e ar; Tipos de água: água higroscópica (envolve os grãos); água peculiar (podem migrar de um grão para outro) e água capilar (retidas no interior de pequenos capilares do solo); Fenômeno de ascensão capilar: quando um tubo capilar é colocado em contato com a superfície livre da água, esta sobe por capilaridade até atingir uma posição de equilíbrio, conhecida como altura capilar. Zona de saturação: região onde os poros do solo passam a estarem completamente preenchidos por água (ocorre movimento da água conhecido como percolação). A linha limite que separa a zona de aeração e de saturação é denominada de nível freático. Escoamento subterrâneo A água que percola no interior do solo é apenas a parcela correspondente a água livre, situada abaixo do nível freático; A água só se movimenta quando ocorrem variações no potencial hidráulico. Este movimento ocorre no sentido do maior potencial para o menor potencial; Algumas propriedades hidráulicas Porosidade: propriedade definida pela relação entre o volume de poros e o volume total de um dado material; Porosidade primária: o fluxo de água ocorre nos vazios existentes entre os agregados; Porosidade secundária: o fluxo de água ocorre nas descontinuidades presentes nas rochas. Permeabilidade: o principal fator que determina a disponibilidade de água subterrânea não é a quantidade de água que os materiais armazenam, mas a capacidade em permitir o fluxo de água através dos poros; A permeabilidade está relacionada aos tamanhos dos poros e à conexão entre eles, sendo que o coeficiente de permeabilidade é um dos mais importantes parâmetros hidráulicos e exprime a maior ou menos facilidade com que a água percola através de um maciço poroso. Aquiferos: reservatórios de água subterrânea São rochas ou sedimentos, porosos e permeáveis, que armazenam e transmitem volumes significativos de água subterrânea passível de ser explorada. Bons aquíferos: materiais com média/alta permeabilidade (sedimentos inconsolidados, rochas sedimentares, rochas ígneas/metamórficas com alto grau de fraturamento); Aquífero de porosidade intergranular: ocorrem em rochas sedimentares que apresentam porosidade primária (excelentes para o armazenamento de água); Aquífero de fratura: forma-se em consequência de deformações tectônicas que geram sistemas de fraturas; Aquífero de conduto: possui porosidade cárstica constituída por uma rede de condutos com diâmetro milimétrico a métrico (dissolução de rochas carbonáticas); Tipos de aquíferos: livre (topo demarcado pelo nível freático); suspenso (sobre material impermeável) e confinado (entre duas unidades pouco permeáveis/impermeáveis); Aquífero Guarani: É do tipo regional confinado (90% de sua área está recoberta por espessos derrames de lavas basálticas); Alimentação do aquífero se dá por: a) infiltração direta das águas de chuva nas áreas de recarga e b) ao longo de descontinuidades nas áreas de confinamento; Possui água de excelente qualidade, extraída através de poços artesianos/semi-artesianos (até 700.000 litros.água/hora). Aquífero Serra Geral: Formado pela água que se acumula nas fraturas e das zonas vesiculares interconectadas da Bacia do Paraná; É o aquífero mais utilizado de Santa Catarina, e sua recarga ocorre através da pluviometria. Fonte e exudação: fontes são afloramentos de água subterrânea em áreas restritas, enquanto a exudação se dá em grandes áreas. Mapas piezométricos: nestes mapas estão representadas as formas das superfícies piezométricas (padrão de fluxo subterrâneo, gradientes hidráulicos e volumes de escoamento).
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