Buscar

Artigo aprender brincando

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ARTIGO:
 BRINCANDO E APRENDENDO
Sobradinho-DF 
2016
 
PROJETO DE PESQUISA
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado á banca examinadora da Faculdade de Pedagogia da Anhanguera Educacional , como requisito obrigatório par obtenção do grau de Graduação em Pedagogia orientada pelo professor tutor a distância Rosane de Assis Rodrigues e professor tutor presencial Camila Policena de A. Nunes Amorim.
Sobradinho-DF
2016
Brincando e Aprendendo
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo mostrar a analise de como o brincar pode ser um facilitador da aprendizagem na sala de aula. As brincadeiras contribuem como instrumento pedagógico no desenvolvimento e na aprendizagem da criança. Estas atividades ajudam a construir conhecimento e ainda proporcionam momentos prazerosos tornando também fundamental, compreender o universo lúdico, por meio do qual a criança se comunica consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente, e ainda, os benefícios que o brincar proporciona.
Palavras-chave: BRINCAR, APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO.
Brincando e Aprendendo
ABSTRACT
This article aims to show the analysis of how the play can be a facilitator of learning in the classroom. The games contribute as an educational tool in the development and child learning. These activities help to build knowledge and still provide pleasant moments making also important to understand the playful universe, through which the child communicates with itself and the world, accept the existence of others, establishes social relationships, build knowledge, developing fully and also the benefits that playing provides.
Keywords: PLAYING, LEARNING, DEVELOPMENT.
SUMÁRIO 
Introdução ------------------------------------------------------------------------- 6
Etimologia das palavras ------------------------------------------------------------- 7 
Conceituando brinquedo, brincadeira e jogo -------------------------------------- 8
Aprender e o brincar -------------------------------------------------------------------9
Concepção sobre o desenvolvimento ---------------------------------------------- 11
Estágios do desenvolvimento humano ---------------------------------------------12
Papel do professor ------------------------------------------------------------------ 14
Classificação dos tipos de brincadeiras ------------------------------------------- 18
A escola --------------------------------------------------------------------------------19
Tipos de brincadeiras e o que podem ensinar ------------------------------------ 21
Jogos educativos computadorizado -------------------------------------------------22
Condiderações finais --------------------------------------------------------------- 25
Referências ------------------------------------------------------------------------------26
Brincando e Aprendendo
INTRODUÇÃO
O presente estudo aborda a importância do brincar da criança, enfocando o processo de desenvolvimento e aprendizagem.
 Visa também analisar e conhecer o significado do brincar, conceituar os principais termos utilizados para designar este ato.
As brincadeiras não são apenas uma forma de divertimento. Mas são meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Sabemos que para manter o seu equilíbrio a criança necessita de brincar, jogar, criar e inventar.
 Neste contexto, o brincar na educação infantil proporciona a criança estabelecer regras constituídas por si e em grupo, contribuindo na integração do indivíduo na sociedade.
 O brincar promove alegria e satisfação, isso em qualquer parte do mundo. Busca-se, então, com este estudo, refletir sobre a predominância do lúdico e sua importância no processo de desenvolvimento e aprendizagem.
Segundo os autores pesquisados, este é um período fundamental para a criança no que diz respeito ao seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa.
Para realizar este trabalho, utilizamos de pesquisa bibliográfica, onde foram examinadas as literaturas atuais, por meio de textos eletrônicos, artigos, revistas. Os dados coletados foram analisados para um aprofundamento sobre o tema.
Brincando e Aprendendo
 ETIMOLOGIA DAS PALAVRAS 
 JOGO
Tem origem no termo latino, que significa jocus, que significa “gracejo, graça, pilhéria, escárnio, zombaria”. Em latim, essa palavra originalmente reservada para as brincadeiras verbais: piadas, enigmas, charadas etc.
LÚDICO
Vem de ludus, que significa “jogo, divertimento, recreação” e deu origem às palavras aludir, iludir, ludibriar, eludir, prelúdio etc. Mas, originalmente, refere-se ao brincar não – verbal, à ação propriamente dita.
No século XIII, as palavras jocus e ludus eram usadas como sinônimas: “As palavras ou ações”- diz Tomás Aquino - “nas quais só se busca a diversão chamam-se lúdicasou jocosas, e a distração se faz pelas brincadeiras (ludicra) de palavra e ação (verba et facta)”. Com o tempo, no entanto, jocus “desbancou” luduse passou a significar também “jogo, divertimento, recreação”.
BRINCADEIRA
É o ato ou efeito de brincar. Etimologicamente, “brincado + eira”: significa divertimento, passatempo, distração.
BRINCAR
Etimologicamente, é “brinco + ar”. Brinco vem do alemão Blinken, de “brilhar, cintilar”, cujo sentido teria passado ao de “agitar-se”. Springen, por sua vez, é “pular, saltar; divertimento jogo de crianças”.
CONCEITUANDO BRINQUEDO, BRINCADEIRA E JOGO.
Termos brinquedo, brincadeira e jogo são definidos quanto à referência que se faz, como: brinquedo dá- se a ideia de objeto; brincadeira é o ato do brincar; e jogo, a brincadeira constituída de regras.
As definições a seguir foram contribuições de Oliveira e Silva (2007).
BRINQUEDO
O brinquedo é considerado um suporte da brincadeira. Diferente do jogo, o brinquedo não necessita de um sistema de regras que organizam sua utilização, e tem como finalidade estimular a representação, a expressão de imagens que enfocam aspectos da realidade.
BRINCADEIRA
A brincadeira, uma atividade dominante na infância, é a forma pela qual a criança começa a aprender secundariamente, é onde tem início a formação de seus processos de imaginação ativa e, também, onde ela se apropria das normas de comportamento que corresponde a certas pessoas. É considerada uma forma de atividade social infantil que fornece uma ocasião educativa única para as crianças. Durante a brincadeira as crianças podem “pensar e experimentar situações novas ou mesmo do seu cotidiano, isentas das pressões situacionais”.
JOGO
É definido como a brincadeira com regras, não as previamente formuladas e que mudam durante o jogo, mas aquela que tem origem na própria situação imaginária. A Figura 2 ilustra o “Jogo da Velha” que pode ser utilizado para socialização e concentração, entre outras finalidades.
APRENDER E O BRINCAR
Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser.
O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, as crianças desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestimas, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade finae ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc. (CAMPOS)
Diversos autores que se interessaram, direta ou indiretamente, pela questão do brincar, do jogo, do brinquedo e da brincadeira. O lúdico é para a criança um dos momentos mais prazerosos. Esses momentos devem ser constantes na vida enquanto criança e fazer parte também na dos adultos.
O QUE PENSAM ALGUNS AUTORES SOBRE O ATO DE BRINCAR
Vygotsky (1987), aponta que, “o brincar como uma atividade humana criadora, e que a imaginação e a fantasia interligam-se, gerando novas possibilidades, novas ações, novas formas de construir relações sociais com outras crianças e até mesmo, com adultos”.
Para Piaget (1998), o jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.
Wajskop (1997) questiona, mas o que é exatamente a brincadeira infantil?
Para defini-la tomamos como base a concepção sócio-antropológica [...]. Esta concepção entende que a brincadeira é um fato social, espaço privilegiado de interação infantil e de constituição do sujeito-criança como sujeito humano, produto e produtor de história e cultura. [...] trata-se de uma atividade social, humana, que supõe contextos sociais e culturais, a partir dos quais a criança recria a realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios. [...] é uma atividade específica da infância [...] (p. 28)
Do ponto de vista de Oliveira (2000, p.22), “o brincar não significa apenas recrear, mas sim desenvolver-se integralmente. Caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo”, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida. Todavia, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
É através da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social, a respeitar a si mesma e ao outro exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar.
Zanluchi (2005, p.91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia.”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.
De acordo com Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz de conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz de conta é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento.
O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e confiável.
Permite assumir comportamentos mais avançados que aqueles vivenciados no cotidiano, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social.
O lúdico pode ser utilizado como uma estratégia de ensino e aprendizagem. No cotidiano escolar, o brincar tem sido pouco presente e é essa questão que os estudiosos da área do lúdico querem resgatar.
CONCEPÇÃO SOBRE DESENVOLVIMENTO
Para Piaget, o conhecimento é construído através da interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como da relação dele, sujeito, com o objeto.
Ainda de acordo com Piaget, o desenvolvimento e a inteligência humana passam por processos e estágios progressivos para a aprendizagem, que decorrem de fases de assimilação e acomodação que vai determinar o desenvolvimento cognitivo, afetivo social e motor da criança. A ordem destes estágios seria invariável, embora os intervalos de tempo de cada um deles não sejam fixos, podendo variar em função do indivíduo, do ambiente e da cultura.
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Para Piaget, a construção da inteligência acontece em etapas sucessivas com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras chamadas por ele de construtivismo seqüencial.
SENSÓRIO-MOTOR
(Do nascimento aos 2 anos) - Nessa fase a inteligência trabalha por meio das percepções (simbólico) e das ações (motor)através do deslocamento do próprio corpo. A linguagem está sendo formada e vai da repetição de sílabas à formação de palavras frase, já que a criança não representa mentalmente o objeto e as ações.
Ações: repetição, reconhecimento sensório-motor, generalização sensório-motora e raciocínio prático.
SIMBÓLICO
(Dos 2 aos 4 anos) - a criança inicia a construção da relação de causa e efeito, bem como das simbolizações. Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação, é a chamada idade dos porquês e do faz de conta.
Ações: evocações simbólicas, ligações imagens/palavras, expressão verbal e pensamento representativo.
INTUITIVO
(Dos4 aos 7 anos) - Instala-se o desejo de explicação dos fenômenos, a fase dos porquês. A criança começa a distinguir a fantasia do real, e o pensamento continua centrado no próprio ponto de vista.
Ações: triagem, pareamento, discriminações de cores, tamanhos, formas, texturas temporal, espacial, associação de ideias e raciocínio intuitivo.
PERATÓRIO CONCRETO
(Dos 7 aos 11 anos) - O indivíduo já é capaz de ordenar o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é feita em grupos, e ele já pode compreender regras.
Ações: classificação, seriação, correspondência de agrupamento, relação imagem/palavra, enumeração, operação numérica, conservação de quantidades físicas, relações espaciais e temporais, coordenadas simples e raciocínio concreto.
PERATÓRIO ABSTRATO
(Após os 11 anos) - Corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. Nessa fase o indivíduo está se liberando do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro.
Ações: raciocínio hipotético, dedutivo combinatório, sistema representações complexas e sistemas de coordenadas complexas.
PAPEL DO PROFESSOR
A escola é um espaço que deve promover o desenvolvimento da criança, promover uma aprendizagem significativa, mas esta não precisa ser forçada, pode ocorrer através do prazer e da alegria que os jogos e brincadeiras proporcionam.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23):
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social ecultural.
Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Nessa perspectiva, segundo o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30):
O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.
E muitos educadores têm a concepção que se aprende através da repetição, não tendo criatividade e nem vontade de tornar a aula mais alegre e interessante, fazendo com que os alunos mantenham distantes, perdendo com isso a afetividade e o carinho que são necessários para a educação.
O afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a ludicidade em parceria com professor-aluno, ajuda a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. E quando o educador dá ênfase às metodologias que alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois se aprende brincando.
A rotina na Educação Infantil tem uma sequência das diversas atividades do dia-dia de uma criança, como o horário de chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras como o faz-de-conta, os jogos imitativos e motores, de exploração de materiais gráficos e plásticos, os livros de história, entre outras.
O brincar é a primeira linguagem da criança, a partir das atividades lúdicas é que ela irá se desenvolver facilitando seu processo de socialização, comunicação, construção de pensamentos. No primeiro momento a criança brinca sozinha, representando vários papéis, dando vida aos objetos, atribuindo-lhes sensações e emoções. Aos poucos ela começa a sentir necessidade de interagir com as outras crianças e a partir disto, a brincadeira começa a se tornar mais complexa. O educando começa a ter que respeitar a vontade do outro. E assim a brincadeira evolui na sua estruturação, fazendo com que haja uma evolução mental da criança.
O educador tem como papel ser um facilitador das brincadeiras, sendo necessário mesclar momentos onde orienta e dirige o processo, com outros momentos onde as crianças são responsáveis pelas suas próprias brincadeiras.
Não basta apenas deixar as crianças brincarem, é importante que em alguns momentos, esta brincadeira seja direcionada para que ampliem suas capacidades dos conhecimentos necessários ao seu pleno desenvolvimento.
Dirigir uma atividade é colocar condições e regras para serem cumpridas. E dentro de cada brincadeira existem conteúdos e objetivos a serem alcançados.
O brincar dirigido é importante tanto quanto o brincar livre. Através dele a criança desenvolve habilidades específicas como: percepção, atenção, concentração, identificar a voz de comando, etc.
Pode-se observar através de uma atividade dirigida se a criança tem a capacidade de organizar seu pensamento, o nível de concentração, e se dentro das regras impostas consegue resolver situações problemas. Com isto estará desenvolvendo seu raciocínio lógico, a memorização e a capacidade de observação.
E em uma brincadeira é possível trabalhar inúmeros conceitos como as cores, as formas geométricas, dentro/fora, grande/pequeno, cheio/vazio e outros. Criança brincando com o bambolê aprendendo o conceito dentro/fora. Criança brincando com o bambolê aprendendo o conceito dentro/fora.
O professor precisa estar atento à idade e às capacidades de seus alunos para selecionar e deixar à disposição materiais adequados, organizar os espaços de modo a permitir as diferentes formas de jogos, de forma, por exemplo, que as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos, perceber seu desenvolvimento, acompanhar sua evolução, suas novas aquisições, as relações com as outras crianças e com os adultos.
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE BRINCADEIRAS
BRINCADEIRAS SOLITÁRIAS
Tudo deve ser explorado, pois no início brincar significa isto, a presença de outra pessoa não há interesse, brinca com diferentes coisas e pode estar em silêncio ou falar sozinha;
BRINCADEIRA EM PARALELO
Brinca ao lado de seus colegas, sem esforço para fazer contato, absorve-se na sua própria atividade, defendendo seus brinquedos se necessário;
BRINCADEIRA COM OUTROS DO GRUPO
Pode ser tranquilos ou tempestuosos de acordo com o grupo a qual se insere. No primeiro momento envolvem-se em fazer o que os outros do grupo estão fazendo para tornar-se membro do mesmo. Em outro momento, o interesse principal é conversar uns com os outros, o assunto da conversa pode distanciar-se completamente da atividade, pode até ser mencionada, mas outra vez serão relacionadas com o que as vivências sociais da criança, contando até mesmo o que elas gostam ou não gostam.
BRINCADEIRAS COOPERATIVAS
Cooperação Simples
Podem constituir apenas a atividade conjunta para as crianças montarem objetos com peças de encaixe ou fazer castelos de areia. A criança toma parte de atividades compartilhadas, fazendo as mesmas coisas, dividem brinquedos, espera a sua vez, trabalha com os outros. A conversa é a principalmente em torno da própria atividade
Cooperação Complexa
Neste tipo de brincadeira a criança assume diferentes papéis, esperam a vez, e toda a atividade depende mais do desempenho conjunto do grupo. A criança brinca de faz de conta, participa também de jogos com regras complexas, a conversa gira em torno dos papéis representados.
Conhecer a criança é buscar suportes teóricos - metodológicos além de suas fases de desenvolvimento, respeitar o ambiente no qual ela se insere, conhecer as suas atividades com o grupo, mediar seus conflitos em prol de um resultante humanístico torna o trabalho pedagógico intrínseco a valores para uma cultura de vida igualitária e respeitosa entre nós.
Na concepção de Wallon (1995), infantil é sinônimo de lúdico. Toda atividade da criança é lúdica, no sentido que se exerce por si mesma antes de poder integrar-se em um projeto de ação mais extensivo que a subordine e transforme em meio.
Deste modo, ao postular a natureza livre do jogo, Wallon (1995) o define como uma atividade voluntária da criança. Se imposta, deixa de ser jogo; é trabalho ou ensino.
Wallon (1995), ao classificar os jogos infantis, apresenta as seguintes categorias:
Jogos Funcionais- Caracterizam-se por movimentos simples de exploração do corpo, através dos sentidos. A criança descobre o prazer de executar as funções que a evolução da motricidade lhe possibilita e sente necessidade de pôr em ação as novas aquisições, tais como: os sons, quando ela grita, a exploração dos objetos, o movimento do seu corpo. Esta atividade lúdica identifica-se com a “lei do efeito”. Quando a criança percebe os efeitos agradáveis interessantes obtidos nas suas ações gestuais, sua tendência é procurar o prazer repetindo suas ações.
Jogos de Ficção - Atividades lúdicas caracterizadas pela ênfase no faz-de-conta, na presença da situação imaginária. Ela surge com o aparecimento da representação e a criança assume papéis presentes no seu contexto social, brincando de “imitar adultos”, “casinha”, “escolinha”, etc.
Jogos de Aquisição - Desde que o bebê, “todo olhos, todo ouvidos”, como descreve Wallon, se empenha para compreender, conhecer, imitar canções, gestos, sons, imagens e histórias, começam os jogos de aquisição.
Jogos de Fabricação - São jogos onde a criança se entretém com atividades manuais de criar, combinar, juntar e transformarobjetos. Os jogos de fabricação são quase sempre as causas ou consequências do jogo de ficção, ou se confundem num só. Quando a criança cria e improvisa o seu brinquedo: a boneca, os animais que podem ser modelados, isto é, transforma matéria real em objetos dotados de vida fictícia.
A ESCOLA
Na escola é possível planejar os espaços de jogo. Na sala de aula, o espaço de trabalho pode ser transformado em espaço de jogo, podem ser desenvolvidas atividades aproveitando mesas, cadeiras, divisórias etc. como recursos. Fora da sala, sobretudo no pátio, a brincadeira “corre solta” e a atividade física predomina.
Para Montessori (1965, p.57), faz-se necessário “que a escola permita o livre desenvolvimento da atividade da criança para que a pedagogia possa agir”.
Também considera o ambiente educativo de fundamental importância, por conduzir o desenvolvimento social das crianças de forma estimulante e prazerosa para a realização de certas atividades. As atividades lúdicas não substituem os conteúdos escolares, mas auxiliam no desenvolvimento dos aspectos motor, social, afetivo e cognitivo. Vale ressaltar  que o lúdico não se limita simplesmente ao jogo ou à brincadeira, mas, por meio delas, a criança desenvolve sua psicomotricidade e sua capacidade de estabelecer relações.
O brincar deve ocorrer de forma a agregar aprendizagem na sala de aula, e quem deve criar oportunidades é o professor, mas não somente em recreios ou outros momentos semelhantes, deve ser feito de maneira a integrar a disciplina e o brincar, ambas são importantes para se chegar ao objetivo maior que é o ensinar de maneira a enriquecer seus conhecimentos. 
“As ludotecas são espaços de jogos, onde crianças, jovens e adolescentes vão brincar”. “No Brasil se costuma denominar de brinquedoteca, termo adequadamente justificado, uma vez que na língua portuguesa se utiliza habitualmente o vocábulo “brincar”, quando se faz referência ao jogo infantil. A palavra Ludo tem origem na palavra latina “ludu”, com o sentido de jogo, divertimento” (NEGRINE, Airton, 1994, 62).
Antes o que se percebia na escola, era uma aprendizagem apoiada em métodos mecânicos e abstratos, totalmente fora da realidade da criança. Predominava sempre durante as aulas a mobilidade, o silencio e a disciplina rígida. O professor comandava toda a ação do aluno, preocupando-se excessivamente em colocá-los enfileirados, imóveis em suas carteiras comandando os olhares das crianças para que ficassem com os olhos no quadro – negro.
As atividades lúdicas eram descartadas, ou tinham distorções sobre a sua função. O jogo era visto apenas como disputa, competições, fruto da imaginação das crianças, deixando de lado o valor pedagógico, a sua importância para o desenvolvimento cognitivo.
Outra questão muito comum é a fase na qual o jogo é aceito nas salas de aulas. Quando falamos em educação infantil o assunto é natural e procurado. Já nas primeiras séries do ensino fundamental começa a polêmica: brincar ajuda ou distrai? 
 E quando falamos nas demais séries, no segundo e terceiro grau o lúdico fica absolutamente esquecido, pois agora todos têm que trabalhar muito seriamente!
O curioso é que, nos dias de hoje e nos países mais adiantados do mundo, os melhores cursos para executivos exploram as atividades lúdicas para a apreensão de conceitos e de atitudes como: formação de liderança, cooperação e, até, reflexão sobre valores. Será que o brincar tão bem aceito para trabalhar com os pequenos, tem uma fase de impedimento para as crianças mais velhas, adolescentes e jovens para retornar na idade adulta? E por quê? Porque os adultos sabem melhor diferenciar o trabalho sério da brincadeira? Certamente que não, o uso do lúdico explica-se em programas de treinamento avançados porque é a melhor forma de transmissão de conhecimentos, auxilia no interesse, motivação, engajamento, avaliação e fixação.
Contudo é bom observar que precisa ter um cuidado muito importante da parte do professor, pois, antes de trabalhar com jogos em sala de aula, é necessário testá-los, analisando e refletindo sobre os possíveis erros; assim, terá condições de entender as dificuldades que os alunos irão enfrentar. Além disso, devemos ter um cuidado especial na hora de escolher jogos, que devem ser interessantes e desafiadores. O conteúdo deve estar de acordo com o grau de desenvolvimento do aluno. Portanto, o jogo não deve ser fácil demais e nem tão difícil, para que os alunos não se desestimulem.
Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início, também não tinham a conotação que têm hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio.
E com varios estudos sobre os jogos e brincadeiras já podem ser ultilizados em vários momentos, não somente mais nos recreios e como distrações e logo abaixo daremos exemplos de brincadeiras que podem ser trabalhadas em salas de aula.
TIPOS DE BRINCADEIRAS E O QUE PODE ENSINAR
BRINCADEIRA DE RODA
Desenvolve as áreas efetivas, social e a cognitiva, alem da memorização de letras de músicas. Trabalha a linguagem oral ao recitar ou cantar os versos da música.
CHICOTINHO QUEIMADO
Estimula a rapides de reação, atenção, audição, estruturação espacial e rimas. Em círculos as crianças a cantam a música do chicotinho queimado e desenvolve a brincadeira.
JOGO DE PALAVRAS
Envolve várias matérias, como, ciências físicas e biológicas, geografia, história e outras. Trabalha a conceptção visual, além de enriquecer o repertório lingüistico.
TELEFONE SEM FIO
Desenvolve o pensamento crítico, estimula as contextualizações, inteligência e a linguagem verbal.
JOGO DE CAÇAERRO
Pode ser feitos em anúncios, avisos, recados, frases entre outras. Estimula a concepção visual, a escrita, trabalha a linguagem oral, o raciocínio rápido, incentiva a busca de novas palavras.
JOGO DE MEMÓRIA
Pode ser jogado em dupla. Adapta a várias faixas etárias. Desenvolve a coordenação visamotora, a atenção e a concentração, a aceitação de regras e limites, desenvolve a memória visual, trabalha a ansiedade, além de proporcionar excelenteoportunidade de desenvolver e fixar conteúdo.
JOGOS EDUCATIVOS COMPUTADORIZADOS
Os Jogos educativos computadorizados são criados com a finalidade dupla de entreter e possibilitar a aquisição de conhecimento.
Nesse contexto os jogos de computador educativos ou simplesmente jogos educativos devem tentar explorar o processo completo de ensino-aprendizagem. E eles são ótimas ferramentas de apoio ao professor na sua tarefa. Basicamente bons jogos educativos apresentam algumas das seguintes características (PIAGET apud RIZZI, 1997):
Trabalham com representações virtuais de maneira coerente.
Dispõem de grandes quantidades de informações que podem ser apresentadas de maneiras diversas (imagens, texto, sons, filmes, etc.), numa forma clara objetiva e lógica.
Exigem concentração e uma certa coordenação e organização por parte do usuário.
Permite que o usuário veja o resultado de sua ação de maneira imediata facilitando a auto correção (afirma a autoestima da criança);
Trabalham com a disposição espacial das informações, que em alguns casos pode ser controlada pelo usuário.
Permitem um envolvimento homem-máquina gratificante.
Têm uma paciência infinita na repetição de exercícios.
Estimulam a criatividade do usuário, incentivando-o a crescer, tentar, sem se preocupar com os erros.
Segundo Battaiola (2005), os jogos de computador podem ser classificados em:
ESTRATÉGIA
São jogos idealizados com o objetivo de o usuário tomar decisões de grandes consequências.
SIMULADORES
São, normalmente jogos de âmbito tático, com uma visão em primeira pessoa. São jogos que, salvo os de ficção científica, buscam levar em consideração a física do ambiente, sendo seu principal objetivo a imersão do usuário no ambiente proposto.
Aventura
É uma classe de jogos que combina ações baseadas em raciocínio e reflexo. O objetivo do jogador éultrapassar estágios que envolvam a solução de enigmas e quebra-cabeças para chegar ao final.
INFANTIL
São jogos que tem com o público alvo as crianças e enfocam quebra-cabeças educativos ou histórias simples com o objetivo de divertir a criança. Estes jogos são caracterizados por imagens bonitas e coloridas, tendo visual próximo ao de desenhos animados.
 PASSATEMPO
São programas simples, com quebra-cabeças rápidos e sem nenhuma história relacionada, cujo objetivo essencial é atingir uma pontuação alta. Os jogos de passatempo podem imitar jogos de tabuleiro, de cartas ou de qualquer outra forma de jogo onde o objetivo é simplesmente o entretenimento puro.
ESPORTE
São programas que simulam esportes populares, como os jogos de futebol, futebol americano, vôlei, basquete, boxe, basebol, etc. 
O jogo computadorizado dentro de um processo de ensino e aprendizagem deve ser considerado não apenas o seu conteúdo senão também a maneira como o jogo o apresenta, relacionada é claro à faixa etária que constituirá o público alvo. Também é importante considerar os objetivos indiretos que o jogo pode propiciar, como: memória (visual, auditiva, sinestésica); orientação temporal e espacial (em duas e três dimensões); coordenação motora visomanual (ampla e fina); percepção auditiva, percepção visual (tamanho, cor, detalhes, forma, posição, lateralidade, complementação), raciocínio lógico-matemático, expressão lingüística (oral e escrita), planejamento e organização.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Resume-se então, através deste trabalho que as atividades lúdicas são uma mídia privilegiada para a aplicação de uma educação que vise o desenvolvimento pessoal e a cooperação. Apoiada sempre na qualidade do suporte de como planejar, preparar e dirigir atividades lúdicas exitosas, e também na qualidade da mensagem, procurando transmitir para as crianças um conteúdo educacional adequado e desejável. Podendo assim, entrelaçar suporte e mensagem, de forma a produzir um veículo adequado à formação de cidadãos plenos, autoconfiantes, éticos e construtivos.
Brincar e jogar são coisas simples na vida das crianças. O jogo, o brincar e o brinquedo desempenham um papel fundamentalmente na aprendizagem, e negar o seu papel na escola é talvez renegar a nossa própria história de aprendizagem. O brincar existe na vida dos indivíduos, embora ao passar dos anos tenha diminuído o espaço físico e o tempo destinado ao jogo, provocado pelo aparecimento de brinquedos cada vez mais sofisticados e pela influência da televisão. Com toda essa questão chegou-se a conclusão da necessidade de se retornar aos estudos dos jogos.
É importante salientar nesse momento os benefícios que o jogo fornece à aprendizagem das crianças no que diz respeito ao desenvolvimento físico–motor envolvendo as características de sociabilidade, como trocas, as atitudes, reações e emoções que envolvem as crianças e os objetivos utilizados.
Apesar de tantas teorias defenderem uma aprendizagem por meio dos jogos e dos movimentos espontâneos da criança, elas estão longe de usufruir de uma pedagogia fundamentada na ludicidade, criatividade e na expressividade livre dos atos. Para que isso ocorra de maneira proveitosa torna-se necessário aperfeiçoar e instruir professores, sendo que a utilização dos jogos de forma errônea é o principal ponto negativo deste recurso, por isso, é necessário salientar que o sucesso pedagógico de qualquer trabalho vai depender da postura do professor durante as atividades didático–pedagógicas, propondo uma pedagogia baseada na interação coletiva, na criatividade, na ludicidade envolvendo todo o contexto escolar.
O jogo implica para a criança mais que o simples ato de jogar, é através dos jogos que ela se expressa e consequentemente se comunica com o mundo; ao jogar a criança aprende e investiga o mundo que a cerca, toda e qualquer atividade lúdica deve ser respeitada.
O papel do professor durante o processo didático-pedagógico é provocar participação coletiva e desafiar o aluno a buscar soluções. Através do jogo que pode-se despertar na criança um espírito de companheirismo, cooperação e autonomia. A criança precisa interagir de forma coletiva, ou seja, precisa apresentar seu ponto de vista, discordar, apresentar suas soluções é necessário também criar ambiente propício e incentivar as crianças a terem pensamento crítico e participativo, fazendo parte das decisões do grupo.
Os jogos, segundo Piaget, tornam-se mais significativos à medida que a criança se desenvolve, pois, a partir da livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos e reinventar as coisas, o que exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação deve ser realizada ao longo da infância e consiste numa síntese progressiva da assimilação com a acomodação.
Em relação ao jogo, a criança passa por diversas etapas, sendo que cada uma delas possui esquemas específicos para assimilação do meio. O jogo representa sempre uma situação-problema a ser resolvida pela criança, e a solução deve ser construída pela mesma, sendo, portanto, uma boa proposta o jogo na sala de aula, pois propicia a relação entre parceiros e grupos, e nestas relações, podemos observar a diversidade de comportamento das crianças para construir estratégias para a vitória, e as relações diante das derrotas.
Diante da pesquisa e do embasamento teórico utilizado, pode-se concluir que o jogo é uma ferramenta de trabalho muito proveitosa para o educador, pois através dele o professor pode introduzir os conteúdos de forma diferenciada e bastante ativa. Com um simples jogo o professor poderá proporcionar apreensão de conteúdos de maneira agradável e o aluno nem perceberá que está aprendendo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes Necessários à Prática Educativa. 18ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
Galvão, Izabel. Henri Wallon: Uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
MONTESSORI, Maria. Pedagogia Científica: a descoberta da criança. Rio de Janeiro:Flamboyant,1965.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Prodil, 1994.
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
RIZZI, Leonor e Haydt, Regina Célia. Atividades lúdicas na educação da criança. Ed. Ática, 6º edição, Série Educação. 1997.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes Editora LTDA, 1998.
ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. 2. End. São Paulo: Cortez, 1997.
27

Outros materiais