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1 Arquitetura Paleocristã – Resumo - Na arquitetura, a grande preocupação foi a procura de uma tipologia para o templo cristão, que adotaria duas funções: ser a morada de Deus e recinto de culto e um local de encontro e reunião da comunidade dos fiéis, impondo assim novas exigências funcionais e de espaço; - As primeiras igrejas da arquitetura paleocristã obedeceram dois modelos principais: o de planta basilical, em cruz latina, com três ou cinco naves separadas por arcadas e/ou colunatas e cobertas por tetos de armação de madeira; e o de planta centrada, de influência oriental, com formas circulares, octogonais ou em cruz grega, e coberturas em cúpula e meias cúpulas. Em ambos os modelos sobressai a preocupação em destacar as linhas cruciformes (em forma de cruz), cuja simbologia se havia já começado a definir; - Os batistérios (edifícios sagrados destinados à celebração do batismo), tal como os mausoléus (túmulos), adotaram a planta centrada, com uma das portas orientada a leste e outra a poente, com enormes cúpulas sobre a sala central; - As primitivas igrejas cristãs eram exteriormente pobres e muito austeras. O seu modelo mais característico foi o de planta basilical de três naves, que só se impôs como dominante a partir do séc. V, no Ocidente, influenciando toda a evolução artística seguinte, até ao Românico. A basílica As novas igrejas, desenvolvidas a partir da basílica romana, vão revelar a base do que será a arquitetura religiosa da Europa ocidental ao longo dos séculos. A basílica clássica, um espaço amplo onde se possibilita o agrupamento de um grande número de pessoas, pode satisfazer várias necessidades (tribunal, mercado, audiências etc), mas nunca havia servido ao propósito de local de culto. Com a nova necessidade arquitetónica do cristianismo este espaço vai-se revelar como o indicado à nova procura de grandiosidade da nova religião e ao acolhimento dos fiéis, sem entrar em conflito com possíveis significados religiosos anteriormente atribuídos ao espaço. Arquitetura Bizantina – capital em Constantinopla (Oriente) - Foi herdeira do arco, da abóbada e da cúpula, do plano centrado, de forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula central e absides laterais; misturou 2 assim estes elementos construtivos da arte romana com o clima místico das construções orientais; - As construções, exteriormente, possuíam volumes irregulares que conferiam aos edifícios uma maior originalidade, e, interiormente, eram decoradas com mosaicos, pinturas e afrescos; - Foi no reinado de Justiniano, no séc. VI, que se definiu com grande clareza o estilo bizantino; - Após um período conturbado (invasões, lutas internas), Bizâncio voltou a adquirir nova fase de magnificência, sob a dinastia macedônia. A arquitetura tornou-se mais complexa e abandonou a construção de cúpulas sobre pendentes, passando a edifica-las sobre um tambor cilíndrico. Devido aos problemas técnicos resultantes desta alteração, reduziram-se as suas dimensões, cobrindo-se as restantes áreas com abóbada de berço. A cúpula continuou mesmo assim a ser o sistema de cobertura preferido, sendo empregado em igrejas de planta em cruz grega. Edificações de planta centralizada Contemporâneamente as edificações de Constantino surge o edifício religioso de planta centralizada (circular, poligonal ou em cruz) como a Basílica de Santa Constanza. O interior desenvolve-se à volta do núcleo com deambulatório concêntrico de cobertura em abóbada de berço, clerestório e coroação em cúpula. A esta estrutura podem surgir também anexados capelas funerárias e batistérios. Embora se tenha observado também no ocidente, este tipo de planta vai ter maior aderência no oriente.
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