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Ponto 1: Introdução à Ciência Política 1. Ciência Política e Teoria Geral do Estado 2.Relações com outras ciências 3.Fenômeno político e poder 4. Teorias do poder 5. Tipos de poder 6. Poder, ideologia e identidade 6.1 Direito, legalidade e legitimidade 7. Característica do poder político 1. Vista como a ciência que estuda as relações de poder e as formas de manifestações deste no Estado, também analisa como os seres humanos vivem imersos na política. Alguns autores dividem a Ciência Política em disciplinas zetéticas, quando englobam discussões e questionamentos, e dogmáticas, quando tratam de aspectos mais objetivos, como é o caso da Teoria Geral do Estado. 2. A Ciência Política discorre com outras ciências auxiliares, das quais recebe valiosos subsídios, como a Economia Política (infraestrutura da sociedade), História (origem dos sistemas políticos, origem das doutrinas ao longo da tradição Ocidental-Oriental), Sociologia Política (o fator político exercido na vida social), Filosofia (valores em uma sociedade), Psicologia (fundamentos do poder e da obediência). 3. O fenômeno político trata da aplicação, distribuição, detenção e exercício do poder, sendo poder conceituado como a aptidão de obter a produção dos efeitos desejados em determinada situação. 4. ➢ Substancialista (Hobbes): O poder consiste nos meios de que se dispõe para a obtenção de outro bem. ➢ Subjetivista (Locke): Poder não é coisa que serve para alcançar certos objetivos, mas a capacidade do sujeito em obter certos efeitos. Ex: A influência que o soberano tem em determinar a conduta dos súditos. ➢ Relacional (Norberto Bobbio): Poder é a relação entre dois sujeitos, de modo que o primeiro obtém do segundo um comportamento que, em caso contrário, não ocorreria. Ou seja, para exercer o poder é preciso ser mais forte. 5. Quanto às classificações do poder: ➢ Aristóteles • Familiar: exercido pelos pais sobre os filhos, em favor dos filhos. • Senhorial/Despótico: exercido pelo senhor sobre o servo em favor dos interesses do senhor. • Político: exercido pelos governantes sobre os governados em favor dos interesses dos governados, e portanto, de todos. • Domínio: a) Dominium: poder exercido sobre as coisas. b) Imperium: poder exercido sobre as pessoas e às vontades delas. ➢ Idade Média • Vis coativa: poder baseado na capacidade de coação do Estado, onde a legitimidade advém da força. • Vis directiva: poder de convencimento por meio da ação ideológica. Ex: Igreja Católica ➢ Ferdinand Lassalle • Orgânico: o poder estava fundamentado numa hierarquia, cujo centro era a organização do Estado. • Inorgânico: o poder do povo representava um poder desorganizado ➢ Michel Foucalt • Macropoderes: âmbito amplo do poder, cuja representação era o Estado. • Micropoderes: poder exercido pelas pequenas esferas de poder cotidiano. Ex: família ➢ Paulo Bonavides • Fato: poder calcado na força • Direito: poder calcado nas justificativas legais A crítica feita a este modelo fundamenta-se nos conceitos de legalidade e legitimidade, que já não são mais sinônimos. A comunidade de Canudos, por exemplo, era regulada por um poder de obediência social, onde não havia normas jurídicas, tampouco o uso da força. ➢ Max Weber • Tradicional: a poder é fundamento em crenças, tradições e costumes a) Origem divina do governante: governante como um deus encarnado. Ex: Egito b) Investidura divina dos governantes: governante escolhido por Deus. Ex: I. Média c) Investidura providencial: governante designado para uma missão divina. Ex: Hebreus • Carismático: o poder é fundamentado na habilidade para ser líder. Ex: Hittler, Lula, Getúlio • Racional-legal: o poder é fundamentado na razão e no ordenamento jurídico. Ex: I. Moderna 6. Quando o poder é fundamentado na força a tendência é que ele venha a sucumbir. Nesse sentido, a legitimidade emerge como uma necessidade de fazer aceitar o poder. A autoridade, por seu turno, remete ao reconhecimento de que alguém ocupa um lugar especial. Já o poder ideológico é aquele que em consonância com o poder político é legitimado. Portanto, o poder se respalda na crença de uma autoridade legítima. Com o advento do Iluminismo a legitimação teocêntrica perde seu espaço para legitimação por meio das normas, baseadas na razão humana. Parafrasenado o jurista Calmon de Passos, o direito domestica o poder. E assim sendo, percebe-se que a valorização da norma fez com que o poder do governante fosse limitado. No século a concepção de legalidade foi colocada à prova com a exposição dos crimes cometidos na Segunda Guerra Mundial. Todas as atrocidades nazistas eram legitimadas nas normas, embora representassem total desrespeito aos direitos humanos. Nesse aspecto, Hans Kelsen foi acusado de apoiar o nazifascismo, pois além de autríaco como Hittler, também defendia a neutralidade axiológica na ciência do Direito. 7. ➢ Imperatividade/coercibilidade: o poder político se impõe às vontades individuais ➢ Auto-organização: capacidade de organizar-se por meio da autolegislação ➢ Unidade: existe um único poder políticos; A Tripartição dos Poderes é a divisão das atribuições do poder uno ➢ Indelegável: o poder político delegado não poder ser transferido ➢ Imprescritibilidade/perpétuo: não extingue no transcurso do tempo
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