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Agua I

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CONCURSO “AGUA – IDÉIAS INOVADORAS: SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS”
PROPOSTA PARA CONSUMO DE ÁGUA EM CONSTRUÇÕES CIVIS
É comum observar-se na metrópole paulista a quantidade de obras civis de edifícios de apartamentos, pontos comerciais, grandes reformas e obras públicas. Observa-se também nessas obras a grande e necessária utilização de água em seus processos, os quais, invariavelmente, duram anos. 
O benefício social dessas obras é indiscutível para a comunidade e o país, é um dos setores mais importantes do atual momento econômico brasileiro. Os processos de desenvolvimento desses projetos são acompanhados de estudos, planejamento e procedimentos não só burocráticos, mas também operacionais que obrigam seus responsáveis uma esforço para evitar que tais regras sejam descumpridas e desatendidas. Trânsito, barulhos, movimentação de maquinas e pessoal, problemas causados ao transito são uma constante preocupação desses empreendedores, principalmente em obras realizadas dentro das áreas urbanas da metrópole.
Um dos grandes problemas que enfrentam se refere à qualificação da mão de obra. Conforme a CNI Confederação Nacional da Indústria, em pesquisa realizada em janeiro de 2011�, 89% das empresas declaram dificuldades em obter mão de obra especializada para suas atividades de campo, e esse perfil de trabalhadores reflete diretamente na gestão das atividades dos canteiros de obras de uma forma geral.
Outro fator que dificulta os processos nessas atividades é a obtenção do Alvará de Construção dos edifícios. Nesse processo, os profissionais e as empresas de construção têm de preparar documentação e obras no canteiro que atendam as determinações legais e as normas regidas pelos órgãos públicos e seus conselhos profissionais.
Uma das providências solicitadas é a que determina os passos para a ligação de água ao canteiro para a realização das obras. Essas ligações, normalmente temporárias, chegam a durar anos dependendo da dimensão das obras programadas e as regras estabelecidas objetivam procedimentos técnicos e não uma gestão sobre a utilização adequada. 
Na quase totalidade dos casos utiliza-se exclusivamente água das redes públicas, tratadas para atender o consumo humano e à custa do erário público.
As mesmas preocupações com a utilização de energia elétrica, com suas tensões, picos e consumos, deveriam ser aplicadas no consumo da água e na utilização das redes de esgotos. Não considerando apenas valores diferenciados de consumo e redução de desperdícios, mas também a busca desse insumo em outras fontes sem tratamento ou de processos de reuso industrial tão em voga ultimamente.
Estruturas de armazenagem, caixas, cisternas, coletores de chuva, sistemas de filtragem, abastecimento por caminhões tanque são algumas das providências que as construtoras podem providenciar para suas atividades sem utilizar as redes públicas de água e esgoto. Essas providências e um forte treinamento interno à sua mão-de-obra com relação ao desperdício e o adequado manejo da água, podem ajudar significativamente a comunidade.
Conforme o Prof. Luiz Alexsandro L. Cavalcante, professor do Centro Paula Souza e atualmente Engenheiro Civil da Aeronáutica, em seu material sobre montagem do canteiro de obras� determina a necessidade de respeitar o código de obras do município, a manutenção dos passeios, danos às edificações existentes, acessos e transito locais, entrada e saída de materiais e equipamentos e segurança e saúde do trabalhador. No entanto, com relação às instalações de água e de esgotos, já se subentende a utilização das redes locais que muitas das vezes são insuficientes para a dimensão das operações.
Vários trabalhos a respeito do assunto já foram publicados, no entanto observa-se até o momento que pouco foi feito em relação a esse assunto, que possa resultar em uma política ecológica e sustentável justa na utilização da água potável na construção civil ao menos para as áreas urbanas.
ESTRUTURAÇÃO DA PROPOSTA
O jornal Folha de São Paulo em matéria sobre o consumo de água na Grande São Paulo informa que devido ao aumento da população e aos padrões de utilização, o consumo de água atualmente chega a 175 litros por dia por habitante, totalizando 5,2 m3/mês, volume este 60% maior que o recomendado pela ONU�.
A Revista Sustentabilidade em artigo publicado em 24 de março de 2008� apresenta o consumo médio das obras civis de grande porte em torno de 2.200 m3/mês, o que corresponde a um consumo mensal de 440 habitantes de água tratada exclusivamente para consumo humano para obras civis.
Desta forma, neste período crítico de escassez de água pretende-se propor medidas para liberação de uso de água tratada em obras civis para aplicação em curto e médio prazo. As medidas devem ser implantadas de imediato em obras que solicitem Alvará de Construção ou sua renovação, obrigando-as a construir e disponibilizar nos canteiros, reservatórios de água não potável ou de reuso para a aplicação nas obras civis, liberando para consumo humano conforme o número de trabalhadores com quotas individuais a ser definida pelas autoridades.
Às obras em andamento deverá ser estipulado prazo para que as mesmas se enquadrem às determinações estabelecidas sob pena de multa e a suspensão do alvará. 
De acordo com o capitulo IV do decreto 7.217 de 21 de junho de 2010, que estabelece normas para planejamento, regulação e fiscalização sobre a utilização de recursos hídricos, verifica-se que tais medidas são de competência do estado e do município. Desta forma, em nosso ver, a implantação fica a cargo do poder executivo nos casos de urgência com objetivo de viabilizar a manutenção e continuidade do serviço público.
De nenhuma forma essa proposta determina ou propõe a não aplicação de campanhas e ações junto à população e a comunidade no sentido da redução drástica dos consumos domiciliares. Abaixo quadro em nível de proposta considerando a liberação da utilização de água potável em relação à metragem quadrada a construir dos projetos.
PROPOSTA PARA USO DE AGUA POTÁVEL E ESGOTO
EM OBRAS CIVIS EM GERAL
	Metragem Construída
	Proposta de Abastecimento
	Proposta Financeira
	Penalidades
	Até 1000 m2
	Rede Pública
	Valor acrescido para água e esgoto
	Suspensão do Alvará
	De 1.000 a 5.000 m2
	Água Transportada
	Valor acrescido para esgoto.
	Suspensão do Alvará
Multa Administrativa
	De 5.000 m2 acima
	Água Transportada ou de reuso. Tratamento da descarga (esgoto)
	-
	Suspensão do Alvará
Multa Administrativa
a) Para empresas fornecedoras de concreto (usinas) medidas especiais devem ser aplicadas, obrigando em caráter definitivo a utilização de água de reuso ou não tratada transportada. No caso da necessidade de água tratada no processo, as empresas deverão implantar seu próprio tratamento. Aos efluentes do processo, obrigatória a construção de estação de tratamento antes da descarga na rede pública.
b) Sistemas de aproveitamento de água da chuva ou resultantes de rebaixamento de lençol freático devem ser utilizados na obra e não ser lançadas na rede pública de esgoto. No caso de descarte do volume de água, atender indicação antecipada dos órgãos públicos.
c) Fornecimento de um selo de sustentabilidade pelos órgãos municipais e estaduais às empresas que aderirem ao processo.
A busca atual de certificações que demonstram preocupação pelo impacto ambiental que possam causar e o interesse das empresas na sustentabilidade de suas atividades, passa pela proposta acima que em conjunto ao momento crítico de nossas reservas hídricas pode antecipar as providências de obtenção do Selo Verde para construção civil na gestão da água.
Conforme informação do Prof. Roberto Carlos Olivetti do SENAI-SP�, o WBCSD (World Bussiness Council for Sustainable Development) comunica que o setor de construção civil responde por 40% do consumo mundial de energia e recomenda uma redução de 77% do impacto ambiental causado por essa atividade. Informa ainda, que a Eletrobrás e o Inmetro lançaram em julho de 2010 a Etiqueta deEficiência Energética para edifícios comerciais, de serviços e públicos. Tais promoções e medidas é um incentivo a imediata aplicação de nossa proposta, que pode ser considerada como um início aos processos necessários de melhoria e mais um capítulo para o Brasil estabelecer sua metodologia de certificação ambiental. 
� Publicação “Sondagem Especial Construção Civil” CNI Ano I, nº 1, abril de 2011 – www.cni.org.br
� � HYPERLINK "HTTP://pt.slideshare.net/alansantos737448/canteiro-de-obras-20290944" �HTTP://pt.slideshare.net/alansantos737448/canteiro-de-obras-20290944� acessado em 30/08/2014
� Jornal Folha de São Paulo; edição de 31/08/2014.
� � HYPERLINK "HTTP://revistasustentabilidade.com.br/consumo-de -agua-nos-canteiros/" �HTTP://revistasustentabilidade.com.br/consumo-de -agua-nos-canteiros/� acessado em 30/08/2014
� � HYPERLINK "HTTP://www.sp.senai.br/portal/refrigeracao/conteudo/sustentabilidadeenergiacertifica%C3%A7%C3%A3o_prof.roberto.pdf" �HTTP://www.sp.senai.br/portal/refrigeracao/conteudo/sustentabilidadeenergiacertifica%C3%A7%C3%A3o_prof.roberto.pdf� acesso em 31/08/2014
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