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Empreendedorismo: Fator Chave para o Êxito Profissional 4. Plano de Negócio Adm. Valmir Severiano valmirlima17@gmail.com 4. Plano de Negócio Novos empreendimentos, em geral, são vulneráveis e sujeitos a muitas restrições e, por isso, a prudência e cautela devem ser redobrados desde o início do processo. Uma preocupação não adequada e superficial é pré-requisito a um provável insucesso, mesmo porque um processo de modelagem bem desenvolvido, na melhor das hipóteses, aumenta as chances, mas não garante o sucesso. Um bom plano de negócios deve responder e abranger basicamente seis quesitos: a) Sobre a empresa: Quem somos, o que vamos vender e a quem? 4. Plano de Negócio Um bom plano de negócios deve responder e abranger basicamente seis quesitos: b) Sobre o mercado, Quem são os concorrentes e qual será o diferencial da empresa? c) Sobre a estratégia: Para onde vai a empresa e como fazer para atingir? d) Sobre as finanças: Quanto será necessário? Como financiar? Que resultados se esperam? e) Sobre as pessoas: Qual a capacidade de gestão e conhecimento? f) Sobre os riscos: Quais são eles? 4. Plano de Negócio 4.1.1. Concepção do negócio Ao decidir-se por qualquer empreendimento, nove passos compreendem a preparação do planejamento: a) análise do perfil do empreendedor; origens, motivação; custos e benefícios: b) tipo de negócio; c) modelo do sistema; d) estratégia; e) modelo da empresa; 4. Plano de Negócio 4.1.2. Concepção do negócio Ao decidir-se por qualquer empreendimento, nove passos compreendem a preparação do planejamento: f) avaliação de equilíbrio; g) viabilidade econômica e fluxo de caixa; h) Financiamento e recursos; i) Contingências e hipóteses alternativas. 4. Plano de Negócio As motivações, além do entusiasmo natural, que levam alguém a empreender, muitas vezes ofuscam e interferem na análise, o que pode tornar o trabalho excessivamente otimista e pouco realista. É conveniente lembrar que, em essência, está-se “comprando um trabalho”, com recursos e economias próprios ou de terceiros, a um custo de oportunidade muitas vezes alto, o que demanda objetividade, realismo e profundo conhecimento do ramo, além das variáveis dos sistemas onde o negócio se insere, ao menos aquelas vitais. 4. Plano de Negócio Na maioria das vezes, a concepção e a modelagem de um sistema são feitas de forma até intuitiva; porém, uma boa dose de disciplina, lápis e papel são recomendáveis como método de trabalho. 4.1.3. Que tipo de negócio? Nesta etapa, por pesquisa, observação de necessidades especificas, derivações de experiências, contradições e deficiências observadas no mercado, inovação, melhoria, observação dos líderes de mercado, ou por outras afinidades, define-se o ramo de atividade. Uma idéia do bem ou serviço que pode ser oferecido, e em qual mercado ou nicho se pretende atuar, quem seria o cliente e o que se pretende atingir já pode ser delineada. 4. Plano de Negócio 4.1.4. Modelo do sistema “Erguer um fio de cabelo não é sinal de força. Ouvir o trovão não é sinal de boa audição. Ver o sol e a lua não é sinal de boa visão” (Sun Tzu) Nesta fase, definem-se de forma sistêmica e global todos os elementos aplicáveis e vitais que compõem o ambiente e as interações, para compreensão do ramo de atividade. Trata-se de uma fase trabalhosa do processo de modelagem do negócio, que exige muita pesquisa e observação, porém é o mínimo necessário para compreender o ramo e sua dinâmica: 4. Plano de Negócio 4.1.5. Modelo do sistema a) aspectos ambientais: sociais, tecnológicos, econômicos, ecológicos, políticas governamentais e setoriais que envolvem o ramo; principais variáveis e relações com clientes, concorrentes e fornecedores, bem como noção de interdependências entre os elementos, conceitos e valores entre as partes; b) mercado e clientes: potencial de mercado, o que o cliente quer, conceitos de valor, de utilidade, necessidades, expectativas de satisfação e atendimento; níveis de preços, condições, influências no nível de renda, aplicações dos bens ou serviços, sazonalidades, estágio de ciclo de vida do produto e tendências, formas de consumo, aplicação e distribuição; 4. Plano de Negócio 4.1.6. Modelo do sistema c) concorrência no mercado selecionado: participantes do mercado, quantidade, produtos que oferecem, diversidade, mercados a que atendem , serviços, atendimento; preços, estratégias, pontos fortes, pontos fracos, marketing e vendas, canais de distribuição; grau de desenvolvimento tecnológico, capacidade de produção ou de atendimento instalada; organização, tipo de cultura e comportamento; porte, grau de investimentos, tendência competitiva; reações possíveis com a entrada de mais um no mercado, interações e relações entre os concorrentes; 4. Plano de Negócio 4.1.7. Modelo do sistema d) fontes de fornecimento de insumos: estudo-se como é o sistema de fornecimento de insumos no mercado, aplicando-se, conceitualmente, o mesmo roteiro avaliado na concorrência; e) tecnologia: estágio em que se encontra e tendências, tanto para os bens e processos como para os insumos vitais que serão necessários; f) comportamentos empresariais: competitivos ou empreendedores; g) interações: entre os elementos do sistema e entre os elementos dos subsistemas e o peso relativo das variáveis e relações e interações; h) financiamento: como as fontes de crédito avaliam o ramo de atividade e como os concorrentes e fornecedores utilizam fontes de financiamento; que padrões patrimoniais e operacionais são considerados críticos no ramo; 4. Plano de Negócio 4.1.8. Modelo do sistema i) negócio segundo a Teoria dos Jogos: limites do jogo, regras, comunicações entre os participantes, táticas e valores do jogo; j) Teoria do Caos: estudo de variáveis críticas sob o enfoque de que mudanças em pequenas ou simples variáveis podem causar grandes turbulências; l) condições vitais de sucesso: parâmetros e padrões sobre o que o sistema considera um empreendimento bem- sucedido; o mercado, o cliente, os fornecedores e os financiadores; 4. Plano de Negócio 4.1.8. Modelo do sistema m) Riscos e atratividade: quanto ao ramo, ao mercado e à atratividade econômica, o que é um processo de análise lógica, porquanto maior concorrência, mercado menor, lucratividade baixa, poucos fornecedores de insumos, maiores riscos e menor atratividade do negócio; n) condições de equilíbrio: relações entre porte, estrutura, sistema, estratégias, barreiras, restrições e condições mínimas de entrada e permanência no sistema; o) Avaliação global: levantamento e balanceamento de todos os pontos que podem auxiliar o desenvolvimento do modelo da empresa. 4. Plano de Negócio 4.1.9. Modelo do sistema A expressão modelo de negócio é essencial para uma organização bem-sucedida, não importa seu estágio evolutivo. Modelos são narrativas de como um ramo funciona e como uma empresa funciona dentro desse contexto, respondendo a questões vitais que se podem resumir a quem é o cliente, como ser bem- sucedido nesse negócio, qual a lógica do sistema, entre outras. Qualquer empresa viável está estruturada sobre um modelo sólido, o que é confundido com estratégia. Como já demonstrado, o modelo mostra como as partes de um ramo se combinam e como as partes do negócio se combinam e se intregram, sem a preocupação da diferenciação. 4. Plano de Negócio 4.1.9. Modelo do sistema Modelo bem definido e delineado tem o poder de modificar o funcionamento de um ramo, conforme casos como a Wal-Mart e a Dell Computer mostram claramente. Embora poderoso, somente um bom modelo isoladamente não é bastante para o sucesso. É na estratégia, alinhadaao modelo, delineada de modo inovador e particular, que a empresa define como será diferenciada no mercado e será melhor do que seus concorrentes. O teste definitivo de um modelo está no seu funcionamento, quanto à lógica da narrativa, à estratégia e ao teste dos números, o que será estudado adiante. 4. Plano de Negócio 4.1.10. Estratégia Compreendendo o sistema global, o modelo do ramo e as condições gerais de atuação, definem-se objetivos qualitativos e alguns quantitativos de forma a gerar subsídios à modelagem da empresa: a) possibilidade de inovação no sistema; b) abordagem de mercado em todos os sentidos; c) produtos e diversidade; d) estratégias de foco ou diferenciação ou custos baixos; e) estratégias de excelência competitiva; f) estratégias apropriadas aos enfoques e encaminhamentos da empresa 4. Plano de Negócio 4.1.11. Estrutura da empresa Definidos o modelo do ramo e suas particularidades, e a composição da estratégia e adotar, podem-se definir e idealizar o modelo de empresa e a estrutura congruente que atende aos quesitos do mercado, equilibrando objetivos, estratégias. Tais definições ensejam os próximos desdobramentos de planejamentos operacionais e táticos: a) sistema de fornecimento; b) Sistema de venda e distribuição; c) Sistemas de processos; d) Sistema de organização, o que envolve estrutura e cultura; 4. Plano de Negócio 4.1.12. Estrutura da empresa e) Interações internas e externas, abordagem e comportamento. 4.1.13. Avaliação de equilíbrio Reavaliação de equivalência entre os sistema, a empresa, o porte, os objetivos, os recursos, a estrutura e a complexidade, observando-se que, até este ponto, as avaliações são mais de caráter qualitativo e essencial. Trata-se de testes de lógica da narrativa e um preâmbulo ao teste dos números, como descrito anteriormente. 4. Plano de Negócio 4.1.14. Viabilidade econômica “Com muitos cálculos pode-se vencer. Com poucos não se pode. Que chances tem quem não faz nenhum?” (Sun Tzu) Nesta fase, inicia-se a quantificação do resultado de todo o sistema idealizado, ou seja, o teste dos números, o que compreende: a) cronogramas de implantação e início de operação; b) objetivos – estimativa de volumes e cronogramas; c) quantificação dos investimentos necessários; investimentos fixos e de giro; d) Quantificação do custo do modelo da empresa e da estratégia; 4. Plano de Negócio 4.1.14. Viabilidade econômica e) Fluxo e cronograma de desembolsos para implantação e operação; f) Estimativa de resultados, partindo-se de preços de mercado dados ou possíveis; g) Levantamento do total de recursos necessários para financiamento; h) Estudo dos requisitos mínimos suportáveis e tempo; i) Estudo de metas necessárias, eventos, cronogramas e período. O fluxo e caixa e a necessidade de capital de giro estão fortemente relacionados aos cronogramas físicos e aos eventos que devem ocorrer, portanto é conveniente desenvolver um estudo realista, deixando algumas margens de segurança nos cronogramas e no dimensionamento. 4. Plano de Negócio 4.1.14. Viabilidade econômica A partir do dimensionamento do investimento, das possíveis receitas, custos e despesas projeta-se o resultado econômico esperado, para um período que varia de três a cinco anos, para as medições do retorno do capital investido. 4. Plano de Negócio 4.1.15. Financiamento De posse da quantificação global, dos investimentos e do cronograma dos desembolsos, o que inclui genericamente todos os custos, até que as primeiras vendas sejam recebidas, define-se a forma de financiamento. Isso pode ser feito mediante capitais próprios na totalidade, ou de parte em recursos de terceiros, de curto ou de longo prazo, como disponíveis. Uma vez iniciada a operação, a necessidade de capital de giro, quando não dimensionada no investimento global, será coberta por empréstimos a curto prazo ou desconto de duplicatas. Esse ponto é fundamental, uma vez que há uma tendência somente ao enfoque do capital fixo. 4. Plano de Negócio 4.1.16. Contingências Uma vez cumpridas as etapas anteriores, redefinem-se as fases d processo, casa haja mudança substancial em determinadas condições críticas, algo como plano B. Assim, é importante que se avaliem situações alternativas e algumas probabilidades de mudança em condições vitais. Por exemplo: e se o cronograma de início atrasar x dias em determinadas etapas? E se as vendas esperadas ficaram X% abaixo do esperado nos primeiros seis meses? Ou nos primeiros dois anos? Supondo que o crédito seja vital para vendas, quais são as chances de mudança na taxa de juro? E se mudar? Quais os impactos, na liquidez, na rentabilidade? 4. Plano de Negócio 4.1.16. Contingências Concluindo, um empreendimento bem preparado e fundamentado desde a concepção aumenta suas possibilidades de sucesso devido a: a) realismo nas análises; b) realismo nos objetivos e metas; c) conhecimento profundo do ramo e variáveis do sistema; d) idéia ampla e clara do negócio; e) equilibrio e encadeamento de todos os aspectos; f) Congruência entre visão, sistema, estratégia e estrutura; g) Testes de narrativa e números plausíveis e viáveis.
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