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DIREITO EMPRESARIAL III

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DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 Histórico do Crédito: 
Origem: 
1) Nômades  sedentarismo; 
2) Obrigações; 
3) Crédito; 
 
Crédito: 
- Expectativa de direito para receber algo; 
- Permissão para utilizar capital alheio, mediante uma contraprestação futura; 
- Saque contra o futuro; 
- Confere poder de compra a quem não dispõe de recursos para realizá-lo; 
 
O crédito tem como função dar vida e dinamizar as riquezas existentes. 
 
Circular as mercadorias; possibilita com que as pessoas desenvolvam a transformação dos 
produtos; 
 
Título de Crédito: 
- Surgiram para dar mais credibilidade as relações comerciais; 
- Nada mais é do que a formalização de uma obrigação pecuniária; 
 
Documento escrito que justificasse e desse credibilidade as relações comerciais. 
 
- Criação do bilhete de crédito (fenícios) que, evoluído, gerou a Letra de Câmbio. 
 
Existência de uma relação jurídica que permite exigir dentro do prazo o cumprimento a 
exigência da obrigação; 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Origem do Direito  deram-lhe dois atributos, para que tivessem Validade: 
I. Negociabilidade; 
Poderiam ser objetos de relações comerciais (negócio jurídico); alvo de todas e quaisquer 
relações jurídicas válidas / lícitas. 
 
II. Executividade; 
 
Ação de conhecimento (cobrança) 
Contestação; 
Produção de provas; 
... 
Sentença. 
______________________ 
 
Cumprimento da Sentença; 
 
.... 
 
Execução Artigo 585 CPC. (celeridade processual) 
 
Executar diretamente, 
os títulos extrajudiciais; 
Art. 585. São títulos executivos 
extrajudiciais: 
I – a letra de câmbio, a nota 
promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque; 
 
 
 
Conceito Título de Crédito: 
 1 Cartularidade; 
 2 Literalidade; 
 3 Autonomia; 
(Cesare Vivante) 
 
 
“DOCUMENTO NECESSÁRIO1 PARA O EXERCÍCIO DE 
UM DIREITO LITERAL2 AUTÔNOMO3 NELE 
MENCIONADO”. 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
- Asquini: 
“É o documento de direito literal destinado à circulação e idôneo para conferir, 
de modo autônomo, a titularidade do direito ao proprietário do documento, e 
necessário e suficiente para legitimar ao possuidor o exercício do direito nele 
contido.” 
Circulação  devido à negociabilidade; 
 
Titularidade  nome especificadamente definido; 
 
Legitimidade do possuidor  somente o possuidor do titulo pode de fato exercer o direito ao 
crédito; 
 
 
- Ascarelli: 
“É aquele documento escrito e firmado, nominativo, a ordem ou ao portador, 
que menciona a promessa unilateral de pagamento de uma soma em dinheiro 
ou de uma quantidade de mercadoria, com vencimento determinado ou 
determinável; ou de consignação de mercadorias ou de títulos especificados.” 
Títulos de créditos rurais; 
 
 
 
 Título de Crédito = Consagrar UM tipo de obrigação = PAGAR DINHEIRO! 
 
 
 
Esses conceitos justificam as características / princípios dentro dos títulos; 
 
 Cartularidade; 
 Autonomia; 
 Literalidade; 
 
 Legitimação; 
 Causalidade; 
 
 
Principais 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 CLASSIFICAÇÃO: 
I. Títulos Próprios: 
Aqueles que se adequam as características trazidas pelo conceito de Vivante. 
Ex.: Letra de Câmbio; Nota Promissória; Cheque; Duplicata. 
 Cartularidade; 
 Autonomia; 
 Literalidade; 
 
 
II. Títulos Impróprios: 
Escapam um pouco do conceito de Vivante, possuindo um, dois, ou nenhum dos atributos. E 
acabam congregando outras características. 
Ex.: Títulos de Legitimação (bilhete de loteria); Títulos de Financiamento; Títulos de 
Representação; Títulos de Investimento; 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO: 
 
 Cartularidade: 
Documento necessário; Para que o credor de um título de crédito exerça os direitos por ele 
representados é indispensável que se encontre na posse do documento (cártula). 
 
 
 Literalidade: 
É considerado somente aquilo que está expresso no título. 
O que não se encontra expressamente consignado no título de crédito não produz 
consequências na disciplina das relações jurídico-cambiais. 
Cláusula de juros embutida no título de crédito? 
Não há como cobrar juros nos títulos de credito, pois não é literal (é percentual). Deve-se 
saber especificamente quanto cobrar. 
 
 
 Autonomia: 
 
As obrigações representadas por um mesmo título de crédito são independentes entre si. 
 
Relaciona-se com a questão da negociabilidade; 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
∟ O princípio da autonomia se desdobra em dois subprincípios: 
- Abstração: 
Ignorada a partir do momento que o titulo circula; pois as relações passam a ser autônomas e 
independentes. 
 
Quando o título passa a circular, encontrando-se nas mãos de alguém estranho á relação 
originária, ele se desvincula totalmente do negócio jurídico que originou o TC. 
 
 
- Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé: 
Circunscreve as matérias que poderão ser arguidas como defesa pelo devedor de um título de 
crédito executado. 
Quando o devedor principal venha a ser cobrado a pagar o valor constante no título, não pode 
alegar exceções relacionadas com a relação que deu origem ao TC. 
 
- Boa-fé = o devedor em sua defesa só vai poder alegar Vícios do Título e Vícios 
Processuais (Ex.: prescrição); 
- Má-fé = qualquer tipo de exceção pessoal (Ex.: nulidade) pode ser alegado. 
 
Presente na Lei Uniforme da Duplicata (Dec. 57663/66), em seu Art. 17: 
 
“As pessoas acionadas em virtude de uma letra (título de crédito) não podem opor ao portador 
exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador (originou o título de crédito) 
ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido 
conscientemente em detrimento do devedor”. 
 
Exceções fundadas sobre as relações pessoais: são os vícios eventualmente existentes na 
relação originária que invalidam ou criam nulidades no negocio jurídico originário. 
 
Má-fé do portador em relação às pessoas = todas as exceções pessoais são cabíveis. 
 
 (Inexiste, pois é ilícito). 
A -----------------------------> B (fornecedor de drogas) ---------------------> C (padaria) 
 
 
 
(A) pode alegar qualquer exceção pessoal, se o portador (C) estiver de má-fé (sabendo da ilicitude do 
fornecedor) para executar o título de crédito. 
(C) não tinha como saber que (B) era fornecedor de droga = terceiro de boa-fé; não há como alegar 
exceções pessoais em razão do principio da abstração; 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Exemplo 1: 
Jonas adquire de Pedro um Escort Conversível, ano 88 e o paga com 5 cheques de R$ 1500,00, 
com apresentação programada para o dia 10 de cada mês. 
 
Como Pedro devia dinheiro para Camila, entregou os cheques a ela para quitar sua dívida. 
Enquanto isso, Jonas encontra-se em situação financeira instável e os cheques voltam por 
insuficiência de fundos (boa-fé do Jonas). 
 
Camila, no exercício de seu direito, executa os cheques, sendo que Jonas e Pedro estão no pólo 
passivo da demanda. 
 
Pergunta-se: O que poderia Jonas alegar em sua defesa? 
 
(Jonas = sacador = originou o TC); 
(Camila = tomador = credora); 
 
 
Resposta: Jonas de boa-fé poderá alegar vícios processuais, vícios do título e prescrição; 
 
 
Exemplo 2: 
Jonas adquire de Pedro um Escort Conversível, ano 88 e o paga com 5 chequesde R$ 1500,00, 
com apresentação programada para o dia 10 de cada mês. 
 
Como Pedro devia dinheiro para Camila, entregou os cheques a ela para quitar sua dívida. 
Enquanto isso, Jonas percebe que o carro somente serve para sucata e resolve sustar os 4 
últimos cheques (má-fé do Pedro em esconder os vícios do carro). 
 
Camila, no exercício de seu direito, executa os cheques, com Jonas e Pedro no polo passivo da 
demanda. 
 
Pergunta-se: Pode Jonas simplesmente alegar que sustou os cheques porque o carro só servia 
para sucata? O que poderia alegar em sua defesa? 
 
 
Resposta: 
Jonas poderá alegar os vícios processuais, vícios do título e prescrição; 
Camila: ex-mulher de Pedro sabia do estado do carro = Pedro pode alegar má-fé. Então Jonas 
poderá levantar as exceções pessoais da relação jurídica originária; 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 OUTRAS CARACTERÍSTICAS: 
 
 
I. CIRCULARIDADE: pois o TC tem como seu propósito a circulação, já que faz parte de 
uma série de negócios jurídicos correlacionados. 
 
II. LEGITIMIDADE: apenas aquelas pessoas cujo nome está descrito no título responderão 
por ele ou exercerão o direito ao credito nele descrito. 
 
III. TIPICIDADE: até 2002 só existiam os títulos criados pela lei (cheque, nota promissória, 
duplicata e letra de cambio). Porém o Código Civil de 2002 deu ao particular a 
possibilidade de criar novos títulos de crédito, desde que este siga suas regras 
básicas. 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO: 
 
I. QUANTO A CIRCULAÇÃO: 
a. Ao portador: 
Não apresenta, na cláusula nominativa, o nome do tomador do título. 
 
Não identificam o beneficiário! 
Collor de Melo: 1990: Vedou titulo ao portador. 
Somente põe a cláusula nominativa quando for pagar (efetivo exercício do direito ao crédito). 
 
 
b. Nominativos: 
Identificam o nome do beneficiário do direito ao crédito, na cláusula nominativa. 
 
Essência do TC = circulação; 
 
b.1. À ordem: 
Regra geral circula pela cláusula: “à ordem” (ou a sua ordem). 
Endosso. 
b.2. Não à ordem: 
Impedimento à circulação; 
Diante da inscrição da expressão “não”, este título não circula, e apenas o beneficiário descrito 
na cláusula nominativa receberá o valor correspondente. 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
II. QUANTO A HIPÓTESE DE CIRCULAÇÃO: 
(MOTIVO) 
a. Abstratos: 
Via de regra, todos os TC. 
Pois o motivo que os criou e que os fizeram circular não tem importância. Logo qualquer 
situação pode criar ou circular um TC. 
Ex.: Cheque, nota promissória, letra de câmbio; 
 
 
b. Causais: 
Necessitam de um motivo específico / determinado pela lei para serem criados e circularem. 
Ex.: Duplicata = compra e venda mercantil ou prestação de serviço – vinculada a fatura; 
 
 
 
III. QUANTO A NATUREZA DO CRÉDITO: 
 
a. Próprios – Ordem de pagamento: 
É verificado pelo mandamento “PAGUE”, pelo qual se obriga que o terceiro efetive a entrega 
da quantia respectiva. 
Ex.: cheque; letra de câmbio; 
**Cheque é uma ordem de pagamento à vista!** 
 
 
b. Impróprios – Promessa de pagamento: 
É verificado pelo mandamento “PROMETO PAGAR”, dando a entender que esse pagamento se 
dará apenas no futuro. 
Ex.: Duplicata; Nota promissória; 
**Em geral, promessas de pagamento não admitem a forma de pagamento à vista!** 
 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 INSTITUTOS PRÓPRIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: 
 
1) SAQUE: 
 
- É sempre a criação ou emissão do TC. 
 
- O ato de sacar é preencher todos os requisitos do TC, exceto a assinatura. 
 
 
1.1) SACADOR: 
 
Aquele que dá a ordem do pagamento; Preenche o TC, exceto a assinatura. 
 
 
1.2) SACADO: 
 
Para quem a ordem é dirigida; devedor; faz o pagamento; Assina o TC; 
 
 
1.3) TOMADOR: 
 
É o beneficiário da ordem; 
 
 
 
- Ex.1: 
A ------------------> B ---------------> C 
 
 
“A” deve para “B”; e emite uma letra de câmbio. 
 
Preenchimento do TC  “A”; 
 
“A” = Sacado e Sacador = pois preenche e é devedor ao mesmo tempo; 
 
“B” = primeiro Tomador; 
 
“C” = Tomador que irá ter acesso ao crédito; 
 
 
- Ex.2: 
 
Z ---------------------> X 
 
 
Banco emite uma letra de câmbio. 
 
Sacador = Banco (pois ele quem emitiu o TC); 
 
Sacado = “Z” = devedor; pagar; 
 
Tomador = “X”; 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
- Porém a lei admite que o Sacador e o Tomador sejam a mesma pessoa; 
 
Credor será: 
 
Ou Tomador; 
 E poderá emitir e receber o TC. 
Ou Sacador; 
 
 
∟ Pois as relações comerciais são instáveis / voláteis; 
 
 
 
 
 
2) ACEITE: 
 
Surgiu para garantir a Letra de Câmbio; 
 
No inicio a garantia era verbal, com o tempo, passou a ser escrita. 
 
Formalização de um comprometimento em pagar. 
 
 
**O simples fato de sacar o TC (preencher) não obriga o devedor** 
Precisa a assinatura. 
 
Sem assinatura o devedor não está ciente do que está escrito no TC, e portanto não é exigível! 
 
 
 Conceito: 
 
Sacado / devedor passa a participar da relação cambiária, tornando-se seu principal obrigado; 
 
Sacado / devedor percebe que o TC está ok e exigível, comprovado pela assinatura (em local 
específico). 
 
***Somente dentro do TC, e em lugar específico!*** 
 
Aceite realizado em qualquer outro lugar do título é considerado não escrito. 
 
 
 Características: 
 
- Declaração cambiaria facultativa, eventual e sucessiva por meio da qual o devedor se 
compromete ao pagamento, tornando-se seu devedor principal. 
 
Facultativa = o sacado não era obrigado a por a assinatura (aceitar) naquele exato momento. 
Eventual = pois a falta do aceite pura e simplesmente não desnatura o TC. 
Sucessiva = via de regra, existe uma ordem de sucessão de atos (saque  aceite). 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 Apresentação para Aceite: 
 
Para facilitar o transito de mercadorias, ideias, e também de títulos. 
 
Ato / mecanismo que o portador do titulo utiliza para fazer com que o TC seja efetivamente 
aceito pelo devedor. Para que manifeste sua vontade de aceitar (assina). 
 
 
Se assinar  obrigação POSITIVA  concretização da obrigação  perfeita  aguarda 
vencimento para ser exigível. 
 
 
Se não assinar  obrigação NEGATIVA  credor deve levar o título a protesto (cartório de 
títulos e notas)  para poder exigir do devedor / endossantes* / avalistas*; 
 
*Coobrigados e solidários 
ao devedor principal. 
 
 
 
A regra geral é a EVENTUALIDADE, mas... 
 
Em algumas hipóteses, a apresentação do aceite é OBRIGATÓRIA: 
 
a. Vencimento da letra é a certo termo da vista (aceite); artigo 23 da LUG; 
 
Ex.: aceite em 18/04, começa a contar 30 dias para o pagamento dessa data. 
 
 
b. Quando o sacado estipulou na letra que ela deve ser apresentada para aceite, 
fixando ou não um prazo para isso; artigo 22 da LUG; 
 
Ex.: Título emitido = 18/01 e deve ser apresentada para aceite em 25/01. 
 
 
 
Verso = frente do título; 
Anverso = parte de trás; 
 
 
 
Artigo 21 da Lei Uniforme: 
 
É possível o sacador estipular prazo para que seja efetuada a apresentação. 
 
 
Caso prazo não seja cumprido  sacador perde o direito de cobrar a divida dos devedores 
indiretos. 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 Limitação do Aceite: 
 
O aceite pode ser, 
 
 em relação ao valor: 
 
a. Total: 
Quando o devedor aceita tudo que está contido no titulo. 
 
 
b. Parcial: 
Quando o devedor se obriga por apenas parte da divida. 
 
∟ defesa do credor = protestoe execução pelo valor integral. 
 
Artigo 26 da Lei Uniforme: 
Mesmo aceite parcialmente, a letra tem seu vencimento antecipado. 
 
 
 
 
 Cancelamento do Aceite: 
 
Artigo 29 da Lei Universal de Genebra: 
 
“se o sacado, antes da restituição da letra, riscar o aceite que tiver dado, tal 
aceite é considerado como recusado. Salvo prova em contrário, a anulação do 
aceite considera-se feita antes da restituição da letra”. 
 ∟Fazer um “X” no aceite. 
Arrependimento do negócio jurídico; 
 
O ato desse cancelamento não implica necessariamente o não aceite. Na verdade é uma 
desvinculação; forma anômala de encerrar a relação jurídica entre o credor e devedor. 
 
Feito o aceite  ato de cancelar deve automaticamente  devolver o titulo ao devedor. Pois 
só assim pode se comprovar que a dívida foi extinta/concluída. 
 
 
 
 Recusa do Aceite: 
 
Momento no qual o devedor olha o titulo; recebe dentro do prazo o titulo, mas não aceita 
(pois não considera valido; não reconhece o valor contido; etc.). 
 
É comprovado pelo protesto. 
 
∟Um dos mecanismos para vincular o devedor em caráter definitivo 
ao titulo, quando é comprovado que existe a relação jurídica, mas não 
há o desejo de vinculação. 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Efeitos: 
- tonar o sacador o devedor principal; 
- vencimento antecipado do título; 
 
 
Via de regra, para se recusar o aceite, qualquer motivo é motivo justificável. Porém a lei 
determina que no caso da recusa das duplicatas a recusa é obrigatoriamente motivada. 
 
 
 
 
 
3) ENDOSSO: 
 
- Agrega um pouco mais de segurança à circulação dos TC; 
 
- Proteção para o credor. 
 
- Mecanismo de circulação: 
 
- Regra geral: quando eu saco um TC; preenchimento da clausula nominativa; mas não 
necessariamente ira ficar exclusivo a essa pessoa. 
 
Cheque: 
Fulano  Zé (1º credor)  Farmácia (2º credor)  Padaria (3º credor). 
 
Extrajudicial: 
Se o 3º credor não receber  irá cobrar a Farmácia  irá cobrar do Zé  irá cobrar do 
Fulano. 
 
Portanto é mais seguro para o cara da padaria se houver o endosso (para poder cobrar 
de todos). 
 
Se não houver o endosso só poderá cobrar do Fulano (pois não tem como provar que o 
Título passou pelo Zé e pela Farmácia). 
 
 
 Vantagem do Endosso: 
 
Quando se transfere o titulo com o endosso  transfere-se todos os direitos inerentes ao 
titulo de crédito (receber o crédito); 
 
 
 
 Assinatura do endossante: 
 
Sempre no verso do titulo de credito. 
 
Se for feito em documento separado = Nulo! 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 Possibilidade do endosso: 
 
Somente em títulos à ordem; 
 
Cláusula não à ordem = não é possível o endosso! 
 
 
 Conceito do endosso: 
 
 
 Fábio Ulhôa Coelho: 
 
“ato típico de circulação cambial e apenas não se admite na hipótese de letra 
com a cláusula não à ordem”. 
 
 
 João E. Borges: 
 
“é a declaração cambial lançada na letra de câmbio (ou em qualquer título à 
ordem) pelo seu proprietário, a fim de transferi-lo a terceiro”. 
 
 
 Marcelo Bertoldi e Marcia Carla Ribeiro: 
 
“instituto tipicamente cambial, por meio do qual ocorre a transferência do 
título ao endossante ao endossatário”. 
 
 
Endossante = primeiro credor e que transfere o titulo a outra pessoa. 
 
Endossatário = tomador efetivo do título; credor. 
 
 
Exemplo: 
 
 X -------------------------> Y ---------------------->Z ---------------------------> A ------>B------> C -----> D. 
Sacador Sacado / Devedor 1º Credor 2º Credor ..... 
 
 
Quando o titulo é transferido: 
Z = endossante. 
A = endossante. 
B = endossante. 
C = endossante. 
 
D = endossatário; credor; tomador. 
 
Se o D transferir para outra pessoa = se tornará endossante. E o ultima pessoa se tornará o 
endossatário. 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 Características: 
 
a) Ato abstrato; 
 
Pois não importa o motivo; não vincula; 
 
 
b) Formal; 
 
Não se faz endosso verbal; deve estar regulamentado; 
 
 
c) Declaração unilateral de vontade; 
 
Basta a declaração do endossante passando para o endossatário. 
 
 
d) Eventual; 
 
A falta do endosso não implica a perda da substancia do titulo de credito. Não é essencial ao 
titulo. 
 
 
e) Sucessivo. 
 
Não existe endosso antes do saque e do aceite. Cria uma cadeia de sucessão. 
 
 
 
 Efeitos: 
 
a) Transfere o título ao endossatário; 
 
Endosso  não fico com o titulo  há a transferência. 
 
Por conta do principio da Cartularidade que só é possível exercer os direitos inerentes ao titulo 
com a própria cártula. 
 
 
b) Vincula o endossante em seu pagamento de maneira solidária; 
 
Todos são obrigados ao pagamento em igual proporção; 
 
 
 
MAS NÃO BASTA O ENDOSSO PURO E SIMPLES. É PRECISO QUE HAJA A TRADIÇÃO DO 
TÍTULO (ART. 910, §2º CC). 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Responsabilidade do endossante NEM SEMPRE é solidária. 
 
Regras do CC = gerais. Portanto, não se aplicam a Letra de cambio, nota promissória, cheque 
e duplicata. 
 
Pois SEMPRE se vincula 
solidariamente (Artigo 903 do 
CC). 
 
Art. 914 do CC diz que “ressalvada cláusula em contrário, constante no endosso, não responde 
o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título”. 
 
 
É possível que o endossante escolha se se vincula de forma solidária ao título. 
 
Ex.: Por endosso, sem responsabilidade solidaria. 
 
De acordo com o CC = há como restringir a responsabilidade solidária, e escolher não 
responder em caráter solidário. 
 
De acordo com a Letra de cambio, nota promissória, cheque e duplicata = o endosso SEMPRE 
acarreta a responsabilidade solidária. 
 
A regra do 914 do CC será aplicada apenas nos títulos de credito que não possuem lei especial 
(ainda não existem esses títulos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 Requisitos: 
 
Basta a assinatura; 
 
É formal, pois deve ser lançada no: 
 
- No Titulo = nota promissória, cheque, letra de câmbio 
 
- Em folha anexa = títulos do CC. 
 
 
 
 Espécies: 
 
1. PRÓPRIO: 
 
Faz produzir todos os efeitos do endosso: 
 
Transferência (Tradição) 
 
Posição de solidariedade do endossante ao devedor principal. 
 
 
 Modalidades: 
 
 
1.1. EM BRANCO: 
 
Descrição em aberto; 
 
Apenas endosso, mas não traz no titulo quem é o endossatário. 
 
Lei 8.021/90 diz que no caso dos títulos endossados tem a restrição da transmissibilidade ao 
portador. 
 
Não se teria a possibilidade da transferência dos títulos “ao portador”. 
 
 
1.2. EM PRETO: 
 
Utilizado como sendo o ultimo endosso da cadeia; 
 
Pois identifica o beneficiário (credor); 
 
Consigo atrelar o credor do titulo para os poderes de recebimento. 
 
- clausula de transmissão (pague-se a ....) 
- nome do endossatário 
- Assinatura do endossante; 
 
 
2. IMPRÓPRIO: 
 
Transfere parte (parcela) do exercício ao credito contido no titulo. 
 
2.1. ENDOSSO MANDATO / PROCURAÇÃO: 
 
Valor a cobrar ou por procuração; 
 
Poder transferido: cobrança. 
 
DIREITO EMPRESARIAL III (Títulos de Crédito) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
2.2. ENDOSSO CAUÇÃO: 
 
Endosso pignoratício; penhor; 
 
Garantia de um negócio. 
 
 
2.3. ENDOSSO PÓSTUMO: 
 
Feito após o protesto; 
 
Dentro da lei das duplicatas existe a previsão do endosso póstumo 
sendo aquele que é realizado após o protesto. 
 
Os efeitos deste endossosão os mesmos que a cessão civil. 
 
Endosso perda a característica de endosso. 
 
 
 ENDOSSO x CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO: 
 
 
ENDOSSO 
 
 
CESSÃO CIVIL 
 
 
Sempre nos Títulos de Crédito; 
 
 
Sempre feita por Instrumento Público; No 
Cartório de Títulos e Notas; 
 
 
 
Simples (basta a assinatura); 
 
 
Precisa da formalidade do Instrumento 
Público; 
 
 
 
TC só admitem garantias pessoais (aval); 
 
 
 
 
Podem-se agregar garantias reais e garantias 
pessoais (fiança); 
 
 
Inoponibilidade de exceções a terceiros de 
boa-fé; 
 
 
Oponibilidades; o devedor quando é 
executado poderá alegar qualquer tipo de 
exceção pessoal.. 
 
 
Responsabilidade dos endossantes é pela 
SOLVÊNCIA (pagamento); 
 
Pois a responsabilidade do cedente é pela 
EXISTÊNCIA do direito ao crédito; ou seja é 
SUBSIDIÁRIA. 
 
O endosso no cheque, nota promissória, letra de cambio e duplicata é sempre solidário pela 
solvência (pagamento). 
 
Efeitos endosso: responsabilidade solidaria pela solvência;

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