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Apostila Economia Política 2014

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Aula 02 – A Oferta
	Esta aula tem como objetivo desenvolver competências e habilidades que tornarão o aluno apto a conhecer o que é a demanda individual e de mercado, que fatores a determinam e como cada fator a influencia, além de poder diferençar o aumento (ou queda) da demanda do aumento (ou queda) da quantidade de demandada.
Introdução
 Nesta aula iniciaremos o estudo da Microeconomia, enfatizando dois objetos essências nessa ciência: a oferta e a demanda.
Oferta e Demanda são, talvez, as palavras mais comuns de que as pessoas se recordam ao falar do estudo de Economia. No entanto, poucos sabem o seu efetivo significado. São conceitos simples, mas que diferem do senso comum.
A Oferta e a Demanda são as forças fundamentais do mercado. Elas determinam o nível de preços e, como veremos mais adiante, o nível real da produção, das vendas e do emprego. Poucas coisas na economia real – aquela que afeta nossas vidas cotidianas – escapam do efeito dessas forças.
Demanda: conceitos e fatores determinantes
 Começaremos nosso estudo pela demanda, que esta diretamente ligada aos consumidores, isto é, àqueles que se dirigem ao mercado para adquirir bens e serviços de que necessitam.
Vamos observar algumas explicações na literatura especializada, sobre o que é a demanda e quais os fatores que a explicam. Leia atentamente as citações a seguir.
“A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. Essa procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor, são elas: o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para se estudar a influência isolada dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus, ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis afetando separadamente as decisões do consumidor. 
Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da demanda. Essa relação quantidade procurada/preço do bem pode ser representada por urna escala de procura (...), curva de procura ou função demanda.” 
“Tradicionalmente, a função demanda é colocada como dependente das seguintes variáveis, consideradas as mais relevantes e gerais, pois costumam ser observadas na maioria dos mercados de bens e serviços: qdi = f (pi, ps, pc, R, G)onde: 
qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i/t (t significa num dado período) 
pi = preço do bem i/t 
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes/t 
pc = preço dos bens complementares/t 
R = renda do consumidor/t 
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor/t 
São as variáveis mais freqüentes para explicar a demanda de qualquer bem ou serviço. Agora, o mercado de cada bem tem suas particularidades, e algumas dessas variáveis podem não afetar a demanda; ou, ainda, a demanda pode ser afetada por variáveis não incluídas nessa relação (por exemplo, localização dos consumidores, influência de fatores sazonais).
(texto extraído de: Vasconcellos, M. A. S. & Garcia, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2004 – pág. 38)
Para estudar o efeito de cada uma dessas variáveis sobre a procura de determinado bem ou serviço, recorremos a hipótese de coeteris paribus (todas as demais variáveis permanecem constantes).”
(texto extraído de: Vasconcellos, M. A. S. Economia – Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2002 – pág. 54).
Vamos agora estudar o mercado observando o comportamento dos compradores. Reflita: O que você acha que determina a quantidade demandada de qualquer bem? Qual é a quantidade do bem que você acha que os compradores desejam e podem comprar? Para respondermos essas questões, vamos tratar de um bem em especial: o sorvete.
Pense em sua demanda por sorvete. Como você decide quanto sorvete comprar todo mês e que fatores influem em sua decisão? Aqui estão algumas das respostas que você pode dar:
Preço: Se o preço do sorvete aumentar para US$ 20 a unidade, você comprará menos sorvete. Você poderá substituí-lo por iogurte congelado. Se o preço caísse para US$ 0,20 a unidade, você compraria muito mais. Uma vez que a quantidade demandada cai quando aumenta o preço e aumenta quando o preço cai, dizemos que a quantidade demandada se relaciona negativamente com o preço. Esta relação entre preço e quantidade demandada é válida para a maioria dos bens, e de fato é tão disseminada que os economistas a chamam de a lei da demanda: tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada cai.
Renda: O que aconteceria com sua demanda por sorvete se você perdesse seu emprego no verão? Muito provavelmente cairia. Uma renda menor significa que você tem menos dinheiro para seus gastos totais, de modo que você teria que gastar menos com alguns — e provavelmente com todos os — bens. Se a demanda por um bem cai, quando a renda cai, chamamos esse bem de bem normal. Nem todos os bens são normais. Se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai, diz-se que o bem é inferior. Um exemplo de bem inferior são as viagens de ônibus. Se sua renda cair, é mais difícil que você compre um carro ou ande de táxi, e é mais provável que você ande de ônibus.
Preços de produtos relacionados: Suponha que o preço do iogurte congelado caia. A lei da demanda diz que você provavelmente comprará menos sorvete. Uma vez que o sorvete e o iogurte congelado são, ambos, sobremesas frias, doces e cremosas, eles satisfazem desejos semelhantes. Quando a queda no preço de um bem reduz a demanda por outro bem, dizemos que se trata de bens substitutos. Outros pares de bens substitutos são, por exemplo, cachorros-quentes e hambúrgueres, suéteres de lã e casacos de moletom, ingressos para cinema e locação de fitas de vídeo. Suponha agora que o preço da cobertura de chocolate quente caia. De acordo com a lei da demanda, você comprará mais cobertura. Contudo, neste caso você também comprará mais sorvete, porque em geral a cobertura e o sorvete são usados em conjunto. Quando a queda no preço de um bem aumenta a demanda por outro bem, os bens são chamados de complementares. Outros pares de bens complementares são gasolina e automóveis, computadores e softwares, patins e ingressos para pistas de patinação.
Gostos: O mais óbvio determinante para a sua demanda são seus gostos. Se você gosta de sorvete, você compra mais. Os economistas, em geral, não tentam explicar os gostos das pessoas, porque estes se baseiam em forças históricas ou psicológicas que estão fora do campo de estudo da economia. Todavia, os economistas examinam o que acontece quando os gostos mudam.
Expectativas: Suas expectativas em relação ao futuro podem afetar hoje a sua demanda por um bem ou serviço. Por exemplo, se você espera um aumento em sua renda a partir do mês que vem, você pode estar disposto a gastar parte de sua poupança na compra de sorvetes. Outro exemplo, se você espera uma queda no preço do sorvete para amanhã, você pode estar menos disposto a comprar hoje um picolé.
Desenvolvimento
Os textos acima mostram várias definições semelhantes e complementares da demanda. Observe que o segundo texto de Vasconcellos traz uma formalização da demanda, em forma de função matemática. Isto é muito comum em Economia. Essa formalização permite elaborar modelos e testar hipóteses com eles.
(texto extraído de Mankiw, N. G. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 1999)
Porém, sempre é necessário estar atento para o conteúdo do que está sendo expresso nas fórmulas e equações. Os números não falam sozinhos. Eles expressam, no nosso caso, fatos sociais transformados em modelos (ou seja, simplificados ao extremo). É sempre importante recordar isso.
O primeiro texto reproduzido utiliza a expressão coeteris paribus (lê-se “céteris páribus”). Ela significa, em latim, “tudo o mais constante”. É uma hipótese fundamental usada em Microeconomia: faz-sevariar um item do modelo e supõe-se que os demais permaneçam constantes. No caso, somente o preço do bem se altera, enquanto os preços dos outros bens, a renda e os gostos do consumidor são mantidos constantes. É um procedimento freqüente na montagem de modelos microeconômicos. Na vida real, muitas coisas mudam ao mesmo tempo. A utilidade do modelo está em permitir uma avaliação das conseqüências de cada alteração separadamente.
A partir do texto de Manwich, tomando cada fator explicativo da demanda separadamente, podemos dizer que:
a relação entre preço e quantidade demandada é sempre inversa (se um sobe, o outro cai e vice-versa), conforme a lei da demanda
a relação entre os preços de bens substitutos e a quantidade demandada é sempre direta: se o Toddy aumentar de preço, a quantidade demandada de Nescau sobe (e vice-versa) a relação entre os preços de bens complementares e a quantidade demandada é sempre inversa: se o preço do leite aumentar, a quantidade demandada de achocolatados em geral cai, e vice-versa (pode-se usar também impressoras e cartuchos de tinta, café e açúcar etc.) a relação entre renda e quantidade demandada é direta para os bens normais e inversa para os bens inferiores: quedas na renda devem levar, em geral, a menores quantidades de produtos eletrônicos demandados (bens normais), mas também fazem aumentar a procura por passagens de ônibus, metrô e trem (bens inferiores); observe que o termo “inferior” não é uma desqualificação da sua importância, ao menos como regra geral a relação entre gostos (ou preferências) e quantidade demandada é sempre direta.
Questão: qual a diferença entre aumento da demanda e aumento da quantidade demandada?
A lei da demanda nos informa que as quantidades demandadas de um bem ou serviço aumentam quando seus preços caem (e vice-versa). É possível tabelar as respostas de um consumidor a cada preço possível de um bem, como abaixo:
	Preço
	Quantidade
	R$ 7,00
	0
	R$ 6,00
	5
	R$ 5,00
	10
	R$ 4,00
	15
	R$ 3,00
	20
	R$ 2,00
	25
	R$ 1,00
	30
Os dados da tabela acima podem ser reproduzidos graficamente, como segue:
Analisando o Gráfico
A partir do gráfico, você pode perceber que:
Aumentos ou quedas de preço provocam deslocamentos ao longo da linha (ou curva) de demanda. Essa curva tem inclinação negativa devido à lei da demanda (relação inversa entre quantidade e preço). Assim, o que se verifica são apenas mudanças na quantidade demandada.
Quando outro fator – exceto o preço – se altera, nesse caso toda a tabela (escala) de demanda do consumidor se altera. A cada preço, quantidades diferentes das anteriores serão demandadas. Nesse caso, a curva toda se desloca, como, por exemplo, de D para D’ no gráfico. Aí, sim, podemos falar de aumento ou queda da demanda e não apenas da quantidade demandada.
Se a renda do consumidor A cair, as quantidades demandadas da maioria dos bens – os bens normais – também cairão. Já os bens inferiores poderão ter acréscimo nas quantidades demandadas a cada preço, dependendo da intensidade de sua perda de renda. A curva representativa da demanda de A será alterada para a maioria dos bens e serviços. O mesmo pode ocorrer com alterações nos preços de bens substitutos e complementares, ou em seus gostos. Exemplo deste último caso é uma recomendação médica para evitar alimentos gordurosos e realizar exercícios físicos, devido a taxas elevadas de colesterol. Imagine o tipo deslocamento da curva de demanda por feijoada e da curva de demanda por academias de ginástica do consumidor A, se ele estiver preocupado com a possibilidade de doenças vasculares.
Demanda de Mercado
Podemos definir a demanda de mercado como a soma das demandas individuais (quantidades demandadas por todos os consumidores a cada preço). A demanda por CD Players, por exemplo, é a soma das quantidades demandadas a cada preço por José, João, Bárbara, ..., até atingir todo o mercado que se está estudando. Assim, a partir de dados anteriores sobre vendas das empresas pode-ser obter informações a respeito da demanda de mercado, porém devemos sempre estar prestando atenção nas condições que se alteraram, pois a vida real não respeita o princípio coeteris paribus. Outra forma de obter estimativas da demanda de mercado é através da realização de pesquisas de mercado. Você já participou de alguma em sua vida?
Aula 03 – A Oferta
	Nesta aula, você desenvolvera habilidades e competências sobre oferta, com as quais será capaz de diferenciar a oferta individual e de mercado, relacionar quais e como os fatores a determinam e ainda explicitar a diferença entre aumento (ou queda) da oferta e aumento (ou queda) da quantidade ofertada.
Introdução
 Na aula passada você estudou a Demanda (individual e de mercado). Agora, vamos observar o outro lado do mercado: a Oferta.
Enquanto a demanda se refere aos consumidores, a oferta trata dos produtores ou vendedores, isto é, daqueles que oferecem bens e serviços aos interessados em adquiri-los.
Vamos em frente?
Desenvolvimento
Conceitos Iniciais
Para iniciar o estudo da oferta, recorreremos à literatura especializada utilizando o texto abaixo. Leia-o com bastante atenção.
Oferta
Agora nos voltaremos para o outro lado do mercado e observaremos o comportamento dos vendedores. A quantidade oferecida de qualquer bem ou serviço é aquela que os vendedores estão dispostos e podem vender. Mais uma vez, para concentrar o foco de nossa análise, consideremos o mercado de sorvetes e os fatores que determinam a quantidade oferecida.
Determinantes da oferta individual 
Imagine que você administra a Sorvete do Estudante, empresa que produz e vende sorvetes. O que determina a quantidade que está disposto a produzir e colocar à venda? Há algumas respostas possíveis. 
Preço -> O preço do sorvete é um dos determinantes da quantidade oferecida. Quando o preço do sorvete é alto, a venda de sorvete é lucrativa e, portanto, a quantidade oferecida é grande. Sendo um vendedor de sorvete, você trabalhará muitas horas, comprará máquinas de fabricar sorvete e contratará muitos funcionários. Ao contrário, se o preço do sorvete for baixo, seu negócio será menos lucrativo e você produzirá menos sorvete. 
Se o preço cair mais ainda, você poderá achar mais conveniente encerrar as atividades da empresa e a quantidade oferecida cairá para zero. Uma vez que a quantidade oferecida aumenta à medida que o preço cresce e cai quando o preço se reduz, dizemos que a quantidade oferecida se relaciona positivamente com o preço do bem. 
A relação entre preço e quantidade oferecida é chamada lei da oferta: tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade oferecida do bem também. 
Preço dos Insumos -> Para produzir os sorvetes, a Sorvete do Estudante utiliza vários insumos: creme de leite, açúcar, essências, máquinas para fabricar sorvete, o prédio onde funciona a fábrica, o trabalho dos funcionários que misturam os ingredientes e operam as máquinas. Quando o preço de um ou mais desses insumos aumenta, a produção de sorvete se torna menos lucrativa e a empresa oferecerá menos sorvete. Se o preço dos insumos subir demais, pode ser preferível fechar a fábrica e não oferecer nenhum sorvete. Portanto, a quantidade oferecida se relaciona negativamente com o preço dos insumos usados na sua fabricação.
Tecnologia -> A tecnologia para transformar insumos em sorvete é outro determinante da quantidade oferecida. A invenção da máquina de sorvetes mecanizada, por exemplo, reduziu a quantidade de trabalho necessária para fabricá-lo. Ao reduzir os custos da empresa, os avanços tecnológicos aumentam a quantidade de bens oferecidos.
Expectativas -> A quantidade de sorvete que você oferece hoje pode depender de suas expectativas quanto ao futuro. Por exemplo, se você espera que o preço aumente no futuro, você estocará parte do sorvete que está sendo produzido e oferecerá hoje menos sorvete.
(extraído de Mankiw, N.G. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 1999)
Lei da Oferta
Como você estudou pela leitura do texto anterior, a lei da oferta diz que:
Tudo o mais constante (coeteris paribus), o preço e a quantidade ofertada relacionam-se positivamente, isto é, aumentos nos preços tornam mais atrativo produzir e estimulam aumentos na produção, enquanto quedas de preço exercem o efeito oposto.
Partindo desse princípio e agregando a ele todas as variantes da oferta, podemos matematicamente dizer que a oferta é:
qoi= f (pi, Bm, pn, Tecn, E)
onde:
qoi=quantidade ofertada do bem i no período t (i/t);
pi= preço do bem i/ t;
Bm= preço dos fatores e insumos de produção m/t (mão-de-obra, matérias-primas etc.);
Tecn = preço de outros n bens, substitutos na produção (concorrem pelos mesmos insumos e fatores de produção);
E = expectativas do empresário (inclui seus objetivos e metas e o que ele espera do comportamento do mercado de insumos e de bens finais).
Assim, a representação gráfica da oferta traçará uma curva com inclinação positiva, cujo formato padrão é o seguinte:
Então, vamos nos aprofundar um pouco mais sobre o que já vimos a respeito da oferta? Perceba que, além daqueles destacados no texto lido, um outro fator que irá influenciar na oferta de um produto refere-se ao preço dos bens alternativos que o empresário poderia produzir utilizando os mesmos insumos e fatores de produção. Imagine um fazendeiro ou sitiante às voltas com a definição de qual lavoura deverá desenvolver: milho ou soja? Quem sabe, arroz? Os fatores de produção serão os mesmos: a terra e os equipamentos agrícolas, a mão-de-obra contratada. 
Os demais insumos (adubos, defensivos agrícolas, combustível para o trator, etc.), na maior parte, não serão diferentes, exceto as sementes – eventualmente, poderá mudar a fórmula do adubo, mas os custos não devem variar muito. Assim, esses produtos alternativos concorrem entre si pelos mesmos insumos e fatores de produção. O produtor decidirá em função dos preços diferenciados deles no mercado.
Fatores de oferta e sua influência
Agora, que tal examinamos a relação entre a quantidade ofertada (oferecida) e cada um dos fatores listados acima? Da mesma forma que fizemos no estudo da demanda, aqui também utilizamos a hipótese coeteris paribus para simplificar e facilitar a análise, ou seja, cada fator é visto separadamente, mantendo todo o resto como uma constante. Lembrou?
1. Relação com o preço: é sempre direta (positiva), de acordo com Lei da Oferta, ou seja, se o preço aumenta a quantidade ofertada também irá aumentar e assim vale para a diminuição do preço, se ele diminuir a sua quantidade ofertada também cai.
2. Relação com o preço de insumos e fatores de produção: será sempre inversa (negativa), ou seja, aumentos nos insumos derrubam a quantidade ofertada e vice-versa. Pois, lembre-se que o aumento dos insumos irá causar uma diminuição no lucro.
3. Relação com o preço de bens alternativos: será sempre inversa ou negativa. Por exemplo, se eu sou um agricultor e o preço do feijão cair, irei decidir plantar mais milho, causando uma queda na oferta do feijão. Vale reforçar que estamos analisando considerando que todo o resto permanece constante, ou seja, estamos usando a hipótese coeteris paribus.
4. Relação com a tecnologia: sempre positiva (direta), isto quer dizer que com os aperfeiçoamentos tecnológicos existe um estimulo para o aumento da produção (ou até o início da produção de novos bens e serviços, antes inviáveis).
5. Relação com a expectativa: este fato irá variar dependendo dos objetivos do empresário, por isso não pode ser determinada de antemão. Assim, se você, como empresário, almejar um aumento em sua participação no mercado, essa expectativa poderá contrabalançar um eventual aumento nos custos de produção (insumos e fatores), que normalmente causariam uma redução na quantidade produzida, mas agora não exercerá esse efeito devido ao objetivo “mercadológico” de ampliar a quota da empresa nas vendas totais. Se seu objetivo for um aumento nos lucros, uma redução na produção poderá provocar aumento de preços e melhorar a lucratividade geral da empresa.
Os dois últimos fatores trazem muitas consequências importantes, que serão melhor trabalhados em aulas futuras nesta mesma disciplina, mas que já podem ser destacados em linhas gerais.
1. Os objetivos da empresa, tal como descritos acima, dependem do tipo (estrutura) de mercado em que ela atua. Assim, em um mercado de concorrência perfeita, o produtor individual não exerce influência significativa nos preços de mercado e aqueles objetivos ficam inviabilizados, mas existem outros tipos de mercado onde isso é possível. Todos estes mercados serão estudados na Aula 5 (Estruturas de Mercado);
2. A tecnologia tem uma importância enorme no desempenho de uma economia. O efeito citado acima, para uma única empresa, amplia-se ao extremo quando observamos o conjunto da economia de um país, ou em escala mundial. Assim, retornaremos a este ponto nas Aulas 7 (Contabilidade Nacional) e 15 (Teoria do Crescimento Econômico).
Ofertas de mercado
Para concluir o estudo da oferta, vamos definir a oferta de mercado. Ela é a soma das quantidades oferecidas, a cada preço, pelo conjunto dos produtores existentes naquele mercado (cidade, região, país).
Este dado pode ser obtido por meio de levantamentos estatísticos, ou por pesquisas junto aos empresários.
Então, eu pergunto: você acha que as mudanças na oferta e mudanças na quantidade ofertada são a mesma coisa?
Reflita comigo: da mesma forma que no caso da Demanda, quando mudam os preços a quantidade também se altera. Mas, nesse caso, estamos observando apenas um deslocamento ao longo da curva de oferta. Quando se altera qualquer outro fator, exceto o preço do bem em questão, aí podemos falar em aumento da oferta. Portanto, a cada preço os produtores oferecerão uma quantidade diferente (maior ou menor) do bem, em relação à situação anterior. A curva se desloca como um todo: se as quantidades aumentaram, o deslocamento é para a direita (como a curva tracejada no gráfico); se diminuíram, para a esquerda. Retorne ao gráfico e faça essa leitura.
Aula 04 – O Equilíbrio de Mercado
Nesta aula, você ficará sabendo:
- O que é o equilíbrio de mercado;
- Como as interações entre Oferta e Demanda dão origem ao equilíbrio de mercado;
- Como as mudanças nos fatores determinantes da Oferta e da Demanda causam alterações no equilíbrio de mercado.
Introdução
 Agora, você conhece a Oferta e a Demanda, seja no plano individual, seja na escala do mercado (Oferta e Demanda de mercado). Portanto, está apto a compreender o mecanismo que denominamos equilíbrio de mercado.
Desenvolvimento
O que é Equilíbrio e como ocorre
 À primeira vista, Oferta e Demanda parecem divergir sempre. Se o consumidor busca sempre o menor preço e o produtor deseja a maior remuneração possível pelo seu produto, como é possível um entendimento, uma harmonização entre esses dois lados do mercado, tão opostos entre si?
Embora pareça pouco provável, os mercados funcionam de uma maneira que leva à convergência entre Oferta e Demanda. Para compreender isso, voltaremos a nos apoiar na bibliografia especializada. Leia com atenção o seguinte texto:
O Equilíbrio
Equilíbrio em um mercado competitivo
É chegado o momento de juntar os dois lados do mercado, o da oferta e o da demanda, a fim de ver de que maneira o preço e a quantidade de equilíbrio são determinados. Nossa atenção estará voltada somente aos mercados do tipo competitivos, que são aqueles em que existem muitos compradores e vendedores, de forma tal que nenhum deles, agindo individualmente, consegue exercer influência significativa sobre os preços e quantidades praticados no mercado.
Existirá equilíbrio estável em um mercado de concorrência perfeita quando o preço corrente de mercado tende a ser mantido, se as condições de demanda eoferta permanecerem inalteradas.
Análise do Equilíbrio pelas Escalas de Oferta e Demanda
Nossa análise do equilíbrio será feita com o auxílio do Quadro 9, no qual encontramos as escalas de oferta e demanda de mercado para camisas.
Quadro 9
Escalas de Oferta e Demanda de mercado de camisas
A escala de demanda mostra a quantidade de camisas que os consumidores estão dispostos a comprar a cada preço alternativo; ao passo que a escala de oferta indica a quantidade que os produtores estão dispostos a vender a cada possível preço.
Se examinarmos atentamente as quantidades ofertadas e demandadas a cada nível de preço, descobriremos que existe apenas um preço — $ 50,00 — para o qual a quantidade demandada é exatamente igual à quantidade oferecida.
Um preço que faz com que a quantidade demandada seja exatamente igual a quantidade ofertada é chamado Preço de Equilíbrio (ou Preço de Mercado); a quantidade correspondente a esse preço é chamada Quantidade de Equilíbrio. Esse preço emerge espontaneamente em um mercado competitivo, em que a oferta e a demanda se confrontam.
O preço de equilíbrio é aquele que, uma vez atingido, tende a persistir. Sempre que o preço estiver acima do preço de equilíbrio, teremos excesso de oferta da mercadoria; esse excesso de oferta fará com que o preço diminua até atingir o equilíbrio. Por outro lado, sempre que o preço estiver abaixo do preço de equilíbrio, teremos excesso de demanda da mercadoria; esse excesso de demanda fará com que o preço aumente até atingir o equilíbrio. Vejamos, então, como o mercado caminha para o equilíbrio quando existe excesso de oferta e quando existe excesso de demanda.
O Excesso de Oferta (análise pelas escalas de oferta e demanda)
Observemos inicialmente as escalas de demanda e de oferta mostradas no Quadro 9. Suponhamos que, por um motivo qualquer, os produtores estabeleçam o preço da camisa em $ 70,00 por unidade. Nessas condições, o que ocorreria no mercado? 0 Quadro 9 mostra que, a esse preço, os produtores estão dispostos a oferecer mensalmente 8.000 camisas, ao passo que os consumidores estão dispostos a comprar somente 4.000 camisas/mês. Surge então um excedente (uma sobra) de 4.000 camisas no mercado. Esse excedente é chamado “Excesso de Oferta”. Se nada for feito, logo os fabricantes terão pela frente uma quantidade enorme de mercadoria encalhada. Certamente o acúmulo de estoques, período após período, não é uma coisa interessante para os produtores, uma vez que eles necessitam de dinheiro para pagar as despesas efetuadas na fabricação do produto. Com a intenção de realizar alguma receita e eliminar o excesso de mercadoria, os fabricantes passam a vender seu produto a preços mais baixos. Acontece que cada produtor acredita que, se vender a sua mercadoria por um preço inferior ao praticado pelos outros produtores, conseguirá atrair mais compradores e eliminar o seu excedente. Ocorre, entretanto, que os outros produtores pensam e agem do mesmo jeito, criando um incentivo para que os preços se reduzam ainda mais. Além disso, os consumidores percebem o acúmulo de estoques e passam a regatear no preço. Os preços começam a diminuir para $ 68,00, $65,00 e assim por diante. Essas reduções de preços provocam aumentos nas quantidades demandadas de camisas; paralelamente, as reduções de preços provocam reduções nas quantidades ofertadas do produto.
Suponhamos, então, que os preços, em função da competição, continuem baixando de tal forma que as camisas passem a ser vendidas a $ 60,00 a unidade. A esse preço os produtores colocam no mercado 7.000 camisas por mês. Os consumidores, entretanto, estão dispostos a comprar 5.000 camisas/mês a esse preço. Existe ainda excesso de oferta de 2.000 camisas/mês. Pelo mesmo processo, o preço continua diminuindo até atingir $ 50,00 por unidade. A esse preço, os consumidores estão dispostos a comprar a mesma quantidade — 6.000 camisas — que os produtores estão dispostos a vender. Já não existe excesso de oferta de camisas atuando no sentido de baixar o preço do produto. 0 preço de $ 50,00 é o Preço de Equilíbrio (ou Preço de Mercado), ao passo que a Quantidade de Equilíbrio é de 6.000 camisas/mês.
O Excesso de Demanda (análise pelas escalas de oferta e demanda)
Ainda tendo como referência as escalas de demanda e de oferta mostradas no Quadro 9, suponhamos que o preço da camisa inicialmente seja de $ 30,00 a unidade. A esse preço existirão muitas pessoas querendo comprar a mercadoria, em um total de 8.000 camisas por mês. A $ 30,00 por unidade, entretanto, os produtores estarão dispostos a oferecer apenas 4.000 camisas/mês. Isso acontece porque, a preço tão baixo, poucos serão os produtores interessados ou em condições de produzir o bem em questão. Muitos deles já terão abandonado o negócio, insatisfeitos com o preço praticado. Com a quantidade demandada superior a quantidade ofertada, haverá escassez de camisas, em um total de 4.000 camisas por mês. Essa escassez é chamada de “Excesso de Demanda”. Nessa situação, muitos consumidores — na tentativa de participar do mercado — se dispõem a pagar um preço mais elevado pelo produto. Surge entre eles uma disputa, uma verdadeira concorrência, cada qual querendo pagar mais para obter uma quantidade da mercadoria que o satisfaça. Por essa razão, o preço do produto aumenta. Com o aumento de preço, a quantidade demandada de camisas diminui, quer porque alguns consumidores não podem pagar um preço mais elevado pelo produto e saem do mercado, quer pelo fato de que preços mais elevados induzem os consumidores a reduzirem a quantidade demandada do produto. Por outro lado, em resposta a aumento de preço, os produtores expandem sua produção, aumentando a quantidade oferecida da mercadoria.
A redução na quantidade demandada e o aumento na quantidade ofertada reduzem a diferença entre elas. Trabalharemos, então, com a hipótese de que o preço aumente para $ 40,00 a unidade. Em resposta ao aumento de preço, os produtores aumentam a produção e a oferta para 5.000 camisas/mês. Mesmo assim, ainda haverá excesso de demanda de 2.000 camisas/mês, significando que existem pressões no sentido de elevar ainda mais o preço do produto. Suponhamos, então, que o preço aumente ate $ 50,00. A esse preço a quantidade de camisas que os consumidores estão dispostos a comprar — 6.000 — é igual a quantidade que os produtores querem vender. Já não existe excesso de demanda atuando no sentido de elevar o preço da camisa.
Ao preço de $ 50,00 não existe nem “Excesso de Oferta”, nem “Excesso de Demanda”. A esse preço a quantidade ofertada é exatamente igual à quantidade demandada. Não existe nenhuma tendência para que o preço mude. Esse é o “Preço de Equilíbrio”.
A Análise do Equilíbrio pelos Gráficos de Demanda e Oferta
Em termos gráficos, o equilíbrio ocorre na interseção das curvas de oferta e demanda de mercado.
A Figura 9 nos mostra as curvas de demanda e de oferta obtidas a partir das escalas que acabamos de analisar. 0 preço e a quantidade de equilíbrio correspondem ao ponto em que a curva de demanda e de oferta se cruzam (ponto E), com o preço de equilíbrio sendo de $ 50,00 e a quantidade de equilíbrio de 6.000 camisas/mês. 0 preço e a quantidade de equilíbrio são os preços e quantidades que atendem simultaneamente às aspirações dos consumidores e dos produtores.
[texto e gráfico extraídos de Passos, C.R.M. e Nogami, O.: Princípios de Economia. São Paulo: Pioneira-Thomson Learning, 2003. Págs. 97-101]
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Parece claro, que produtores e consumidores, cada um “puxando a brasa para a sua sardinha”, acabam definindo um ponto de entendimento. Esse ponto – o ponto de equilíbrio – tende a se formar sempre que o mercado específico do bem ou serviço em questão funcionar plenamente. Ou seja, se houver concorrência entre os produtores e também entre os consumidores, e se ninguém dispuser de informações privilegiadas que possa usar contra o outro lado na negociação. Mas, um mercado assim não será um modelo irreal?
Veremos, napróxima aula, que existem mercados onde essas regras funcionam em boa medida. Um mercado desse tipo chama-se concorrência perfeita. Evidentemente, há outros mercados onde tais condições não são preenchidas: produtores ou consumidores são poderosos e impõem preços ou regras de negociação ou ainda dispõem de informações privilegiadas que o outro lado não possui. Nesses casos, o equilíbrio não se estabelecerá no ponto mais adequado para ambos os lados, mas haverá um equilíbrio no qual uma das partes estará em vantagem sobre a outra.
O que importa é o caráter estável do equilíbrio. Ele só se altera quando ocorre uma mudança na Oferta ou na Demanda. Isso deve levar você a recordar as duas aulas anteriores: o que são mudanças na Oferta e na Demanda?
Relembrando: mudanças na Oferta ocorrem quando algum fator explicativo, exceto os preços dos bens e serviços considerados, sofre alteração. Se, por exemplo, o preço de algum insumo mudar, ou se houver uma nova tecnologia disponível no mercado, a curva de Oferta sofrerá um deslocamento por inteiro. O mesmo ocorre com a Demanda em casos de alteração de preços de bens substitutos ou concorrentes, ou ainda da renda dos consumidores.
Cada mudança do tipo citado acima provoca um desequilíbrio inicial, seguido dos ajustes descritos pelo texto reproduzido do livro de Passos e Nogami. O processo termina com o encontro num novo ponto de equilíbrio, representando uma quantidade e um preço de equilíbrio distintos daqueles existentes na fase anterior.
Vejamos dois exemplos gráficos do que ocorre quando aumentam a demanda (1º caso) e a oferta (2º caso).
Na Figura 1, a Demanda deslocou-se de D para D’ (um motivo possível para isso é o aumento da renda dos consumidores, supondo-se que o mercado representado refira-se a um bem normal). O novo ponto de equilíbrio mostra um preço pe’ superior ao antigo preço de equilíbrio pe , assim como uma nova quantidade de equilíbrio, qe’ , superior a anterior, qe . Isso significa que produtores e consumidores encontraram um novo acordo no mercado com preço e quantidade superiores ao acordo previamente existente.
Na Figura 2, a Oferta desloca-se de O para O’ e a reacomodação do mercado ocorrerá a um preço menor e uma quantidade maior que na situação de equilíbrio anterior: pe’ < pe ; qe’ > qe . Uma queda nos preços dos insumos pode ter provocado esta alteração no equilíbrio de mercado.
Aumentos de Ofertas causam mudança do equilíbrio para um preço menor e uma quantidade maior; reduções na Oferta levam a aumentar o preço e diminuir a quantidade de equilíbrio. No caso da Demanda, quando ela aumenta, o preço sobe e a quantidade cai; quedas na demanda levam a preço menor e quantidade maior no novo equilíbrio.
Reveja nas Aulas 2 e 3, como cada fator determinante da Oferta e da Demanda atuam no sentido de provocar aumentos ou quedas, respectivamente. Agora, imagine-os atuando em conjunto: os movimentos da Oferta e da Demanda podem ser simultâneos, provocando diversas oscilações no equilíbrio de mercado, algumas das quais podem até se anular mutuamente – mas também podem agravar-se mutuamente.
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