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Economia Industrial

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Universidade Federal Fluminense
Faculdade de Economia
Disciplina: Microeconomia IV – Noturno 
Professora: Nathalia Alves
Lista de questões 5
Questão 11. Identificar as principais diferenças do formato das “curvas de custo empíricas” consideradas nas abordagens da Organização Industrial em relação ao formato das curvas de custo da microeconomia tradicional, ressaltando, em especial, a diferenciação entre análises de curto e longo prazo destas curvas.
A teoria tradicional dos custos admite ser a curva de CMeLP a envoltória inferior das curvas de CMeCP. Admite o formato em U das curvas de CMeLP, assumindo que as economias de escala existem até um determinado tamanho de planta produtiva, que é conhecido como tamanho ótimo da planta, na qual todas as possíveis economias de escala são exploradas. Se a planta produtiva cresce acima do tamanho ótimo, passam então a existir deseconomias de escala, geralmente decorrentes das ineficiências gerenciais e administrativas. Ao postular uma curva de CMeLP em formato de U, a teoria tradicional de custos assume, implicitamente, a forte hipótese de que a planta produtiva é completamente inflexível, uma vez que qualquer aumento da produção acima do tamanho ótimo, por menor que seja, leva um crescimento substancial de custos. 
A abordagem de “Organização Industrial” critica os motivos das deseconomias de escala, mostrando que eles não são recorrentes. Admite uma CMeLP em formato de L, onde existe uma EME (escala mínima eficiente) da planta ao invés de um único tamanho ótimo de planta como apresenta a visão tradicional. A EME corresponde ao nível da planta onde todas as economias de escala possíveis foram exauridas, e representa a menor quantidade de produto possível de ser obtida de forma que o CMeLP seja maximizado. 
Questão 12. Identificar as principais diferenças entre os conceitos de Economias de Escala e Economias de Escopo, ressaltando as respectivas medidas de cálculo e exemplificando elementos relacionados à órbita da produção, e mais especificamente às estruturas de custo, que justificam a existência das mesmas. 
	 Economias de escala existem quando há um segmento decrescente da curva de CMeLP, o que significa que é possível aumentar a produção sem que a quantidade de insumos utilizada aumente na mesma proporção. Ou seja, C(tq) < somatório de Tx pi, sendo t > 0.
A existência de economias de escala pode ser justificada por ganhos de especialização (maior quantidade de produto, maior divisão do trabalho, trabalhador adquire maior habilidade e aumenta a sua produtividade, gerando menos custos); indivisibilidade técnica (um equipamento com grande capacidade gera possível subutilização que pode servir para uma futura expansão produtiva de pouco impacto nos custo); economias geométricas (os custos não crescem na mesma proporção que a capacidade de equipamentos) e economias relacionadas à lei de grandes números (quanto maior o tamanho da planta produtiva, maior o número de maquinas utilizadas, menores deverão ser o staff de manutenção e o número de peças de reposição necessário). 
Já o conceito de economias de escopo se refere a produção conjunta de duas ou mais mercadorias numa mesma planta, devido ao fato de que os produzir conjuntamente tem um custo menor do que os produzir separadamente. Ou seja, C (q1; q2) < C(q1) + C(q2).
As fontes de economias de espoco são: existência de fatores comuns, existência de reservas de capacidade (se existe capacidade ociosa para a produção da principal linha de produto, a empresa tem um incentivo para procurar outros produtos que possam utilizar essa reserva) e complementariedade tecnológica e comerciais (ocorre quando o produto tem similaridade em termos de base técnica ou de mercado). 
Questão 13. Discutir em que medida a noção de “preço limite” formulada por Bain representa um avanço em relação à análise da Microeconomia tradicional no tocante á análise de um processo de definição de preços que considere as condições objetivas da concorrência em Oligopólio. A partir de uma situação possível de Oligopólio, em que a função demanda do mercado e os custos totais de longo prazo sejam dados, avaliar os mecanismos subjacentes à fixação de um "preço limite", identificando possíveis faixas das relações entre os preços relevantes que ilustrariam as seguintes situações:1) Entrada fácil; 2) Entrada ineficazmente impedida; 3) Entrada eficazmente impedida; 4) Entrada bloqueada. 
	O conceito de preço limite se refere ao fato de que, quando as empresas estabelecidas têm alguma vantagem competitiva em relação à empresa entrante, existe uma faixa de preço tal que é possível a elas obterem lucros positivos, mesmo que não os máximos possíveis mesmo que no primeiro período e acabarem com os incentivos à entrada. O valor superior dessa faixa é conhecido como preço limite. A novidade introduzida por Bain foi a eleição da barreira à entrada como principal elemento de determinação de preço, deslocando o eixo da teoria de formação de preços da concorrência irreal (em função do número e do tamanho relativo das diversas empresas que formam a indústria) para a potencial (competição por lucros entre empresas já estabelecidas em determinada indústria e novas empresas interessadas em iniciar nessa mesma indústria).
	Para explicar quando o preço limite será escolhido pelas empresas, Bain introduziu o conceito de condição de entrada, uma margem sobre os custos médios de longo prazo que as empresas estabelecidas podem incluir no preço sem atrair entradas. Algebricamente, E=PL – PC / PC, onde E é a condição de entrada, PL o preço limite e PC o preço competitivo de longo prazo, que é igual ao CMe min de LP. Em relação a condição de entrada podem prevalecer quatro situações distintas: 
Entrada fácil: as empresas estabelecidas não têm vantagens em relação à entrada e não podem sustentar lucros extraordinários. Logo, não há barreiras à entrada e prevalece o preço competitivo. 
Entrada ineficiente impedida: as empresas estabelecidas têm pouca vantagem competitiva por isso preferem praticar o preço de maximização de curto prazo, obtendo lucros mais altos possíveis, no primeiro período apenas, porque ocorrerão entradas até que o preço retorne ao nível competitivo no segundo período. 
Entrada eficazmente impedida: as empresas estabelecidas têm vantagem competitiva significativas em relação à entrada, razão pela qual preferem praticar o preço limite e barrar as entradas.
Entrada bloqueada: as vantagens competitivas das empresas estabelecidas são tão grandes que mesmo o preço de maximização dos lucros no primeiro período é inferior ao preço limite. 
Lista de questões 6
Questão 3. Identificar as principais diferenças entre a diferenciação de produto “horizontal” e a “vertical”, considerando os diversos fatores mencionados pela literatura que funcionam como “condicionantes” do processo de diferenciação, correlacionado-as a problemas de informação que podem estar presentes no ambiente (mercado) no qual o consumidor toma suas decisões. Discuta também quais as principais alternativas para mensuração daquelas alternativas através da utilização de estatísticas industriais. 
	Duas variedades de um produto são consideradas verticalmente diferentes quando um dos produtos apresenta atributos mais desejáveis que o outro. Dessa forma, em condições de preços iguais, todos os consumidores escolhem apenas o melhor produto. Normalmente, em mercados com produtos verticalmente diferenciados, os diferencias de preços são elevados. 
	A diferenciação horizontal ocorre quando os produtos não podem ser considerados nem melhores e nem piores, quando em situação de preços iguais, nem todos os consumidores escolhem a mesma variedade, a escolha dependerá do gosto do consumidor. 
	Os produtos podem ser diferenciados por: especificação técnica, desempenho ou confiabilidade, durabilidade, ergonomia e design, estética, custo de utilização do produto, imagem e marca, forma de comercialização, assistência técnica, suporte ao usuário e financiamento ao usuário.Como produtos diferenciados são substitutos imperfeitos, a empresa pode fixar o preço acima dos demais e realizar vendas. Incorporar a diferenciação do produto como estratégia se torna importante, na medida que a maior parte das empresas produz uma grande variedade bens e serviços e que uma grande parte das empresas que utilizam a diferenciação possuem poder de mercado. 
Questão 5. Defina, suscintamente, os conceitos: 
Vantagens absolutas de custos
Quando os CME das empresas entrantes é maior que os das empresas estabelecidas, em qualquer nível de produção de um bem homogêneo, dessa forma as empresas estabelecidas possuem vantagens absolutas de custo. 
Preço limite
É o valor superior da faixa de preços, onde as empresas estabelecidas tem alguma vantagem competitiva em relação à entrante, ou seja, onde ela tem lucro positivo e não há incentivo para a entrante, ao mesmo tempo. 
Princípio da mínima diferenciação 
Significa que as empresas têm incentivos para oferecer produtos semelhantes e não para diferenciar seus produtos. 
Questão 6. Considere que numa determinada região existe apenas uma empresa produtora de chocolates, a empresa A. Nesta região existe uma população de consumidores cujas preferências por chocolate se encontram uniformemente distribuídas num intervalo (0,1), onde o zero representa o chocolate mais amargo, 1 o chocolate ao leite e 0,5 o chocolate meio-amargo. Suponha que qualquer empresa neste mercado tem um custo marginal de produção constante e igual a 0. Cada consumidor compra uma única unidade do bem e suporta um “custo de transporte” igual a t, relacionado a localização da empresa em termos de variedade escolhida e a localização do consumidor. O preço de reserva é igual a 2.
a) Explique, no contexto do problema, qual o significado da existência de um “custo de
transporte” para o consumidor.
b) Admita que a empresa A está na sua localização ótima. Qual é a variedade de chocolates escolhida por esta empresa, qual o preço praticado e o lucro obtido?
c) Suponha que exista uma outra empresa, empresa B, atuando no mercado e dada a localização da empresa A, a empresa B escolhe a melhor localização possível, ou seja a melhor variedade dada a variedade escolhida pela empresa A. 
Questão 7. Considere o modelo de produto diferenciado de Hotelling. Uma população de consumidores encontra-se uniformemente distribuída ao longo do segmento [0,2]. Existem 5 localizações possíveis para as empresas que desejem instalar-se no mercado: o meio, ambos os extremos do segmento, e posições 0,5 distantes de cada extremo. O custo marginal de produção nesta indústria é constante e igual a zero. Cada consumidor compra uma única unidade do bem e suporta um custo de transporte igual t = (v-x)2, onde v é a localização da empresa e x é a localização do consumidor. Os consumidores têm um preço de reserva igual a 10 e estão uniformemente distribuídos ao longo do segmento [0,2]. Qualquer empresa tem como objetivo cobrir todo o mercado. Supondo duas empresas inicialmente situadas da seguinte forma: a empresa A encontra-se a 0,5u.m. de distância do extremo esquerdo; a empresa B encontra-se a 0,5u.m. de distância do extremo direito. Responda aos itens abaixo.
Encontre a quantidade produzida por cada empresa.
Encontre o preço praticado por cada empresa.
Encontre os lucros auferidos por cada empresa.
Há incentivos para as empresas mudarem suas localizações? Justifique sua resposta. 
Lista de questões 7
Questão 1. Discuta os seguintes tópicos à luz do modelo teórico desenvolvido por Steindl:
A relação que se estabelece entre o montante de lucros gerados pela firma e o montante de investimento que ela pode realizar 
As definições e a importância conceitual da taxa de endividamento, da taxa de intensidade de capital, da taxa de utilização da capacidade interna e da taxa de expansão das vendas dentro do modelo teórico proposto do Steindl. 
A relação entra a taxa de expansão da indústria e a taxa de crescimento da firma.
As possibilidades que as "firmas progressivas" dispõem para ajustar dinamicamente o seu potencial de acumulação. 
A possibilidade de as “firmas progressivas” adotarem uma estratégia de diversificação.
Questão 3. O que são “custos de transação”? 
Custos de transação, para Ronald Coase, são os custos que resultam da divisão do trabalho, ou seja, da divisão do processo, logo, empresários enfrentam esse tipo de custo sempre recorrem aos mercados, seja para adquirir um produto ou serviço. 	
Para Oliver Williamson, o qual atualizou a teoria, são os custos de organizar o sistema econômico dada a divisão do trabalho, ou seja, são os custos que resultam de um ativo (um recurso produtivo) que atravessam uma etapa do processo de produção para outra. Isso acontece tanto no interior de uma empresa como em uma transação no mercado. Assim, há custos de transação tanto quando uma empresa decide internalizar uma etapa do processo produtivo – produzindo ela mesma o insumo – como quando ela decide adquirir o insumo já pronto de outra empresa.
Questão 4. Qual a principal contribuição de COASE para o desenvolvimento da Nova Economia Institucional (NEI)? Qual a diferença entre a “visão da firma” de Coase em relação à Teoria Neoclássica?
Antes de Coase, a Teoria Neoclássica tratava apenas dos custos de produção da firma e tratavam os custos de transação como negligenciáveis, logo, as empresas eram vistas apenas como funções de produção, pois bastava conhecer a relação matemática entre os insumos e o produto para, juntamente com o preço desses mesmos insumos e do produto final, calcular a quantidade a ser produzida que maximizaria o lucro da empresa, isto é, sua quantidade de equilíbrio.
Coase fez um estudo pela perspectiva de que empresas (organizações que decidem hierarquicamente a alocação dos fatores de produção no seu interior substituindo o mecanismo de mercado) existem porque os custos de transação desse tipo de organização devem ser menores do que os custos de transação no mercado para as mesmas transações. O autor deu início, dessa forma, ao estudo das condições sob as quais os custos de transação deixam de ser desprezíveis e passam a ser um elemento importante nas decisões dos agentes econômicos, contribuindo para determinar a forma pela qual são alocados os recursos na economia.
Questão 5. Coase centrou a análise em duas formas concorrentes de organizar a produção: o mercado e a firma. Como o autor explicou a existência destas duas formas? Como o autor define o escopo da firma? 
Coase diz que as empresas (organizações que decidem hierarquicamente a alocação dos fatores de produção no seu interior substituindo o mecanismo de mercado) existem porque os custos de transação desse tipo de organização devem ser menores do que os custos de transação no mercado para as mesmas transações, enquanto mercado é o local aonde os agentes transacionam produtos ou serviços.
Questão 6. Considerando a Economia dos Custos de Transação de acordo com a abordagem de Oliver Williamson: 6.1) Quais os pressupostos comportamentais? 6.2) Quais as consequências dos pressupostos comportamentais? 6.3) Defina Estrutura de governança. Quais tipos existem?
Os pressupostos da teoria dos custos de transações possuem como pressupostos a limitação da racionalidade dos indivíduos devido à fatores biológicos, mas a presença de racionalidade limitada em si não basta para que custos de transação se tornem importantes: racionalidade limitada não teria qualquer interesse analítico se o ambiente econômico onde se processam as transações fosse absolutamente previsível e simples. Dito de outra forma, racionalidade limitada só se torna um conceito relevante para a análise em condições de complexidade e incerteza, pois é impossível prever o que irá acontecer no futuro com uma grande quantidade de transações, como por exemplo, a incerteza de que uma transação no futuro não se torne altamente custosa ou a previsão de uma guerra.
 As consequências são a geração de assimetrias de informação, as quais são nadamais que diferenças nas informações que as partes envolvidas em uma transação possuem, particularmente quando essa diferença afeta o resultado final da transação e isto podem gerar movimentos oportunistas dos agentes, que são à manipulação de assimetrias de informação, visando à apropriação de fluxos de lucros.
Já estrutura de governança define-se como o arcabouço institucional no qual a transação é realizada, isto é, o conjunto de instituições e tipos de agentes diretamente envolvidos na realização da transação e na garantia de sua execução, sendo os três tipos: governança de mercado, trilateral e específica de transação.
Questão 7. Quais as 3 dimensões de governança das transações definidas por Williamson?
Governança pelo Mercado: forma adotada em transações não específicas, especialmente eficaz no caso de transações recorrentes. Não há esforço para sustentar a relação, e na avaliação de uma transação, as partes precisam consultar apenas sua própria experiência. É o caso que mais se aproxima da noção ideal de mercado “puro”.
Governança Trilateral: aqui é exigida a especificação ex-ante de uma terceira parte, tanto na avaliação da execução da transação quanto para a solução de eventuais litígios. É a mais adequada em transações ocasionais, sejam elas de caráter misto ou mesmo específico.
Governança Específica de Transação: neste caso, o fato de os ativos transacionados não envolverem padronização aumenta significativamente o risco da transação e a possibilidade do surgimento de conflitos de solução custosa e incerta. Ao mesmo tempo, quanto maior o grau em que as transações forem recorrentes, maior a possibilidade de cobrir os custos derivados da constituição de um arcabouço institucional específico para a transação, ou seja, se a transação acontece com frequência vale a pena constituir uma estrutura de governança para lidar com ela, apesar dos custos que isto envolve. Dois tipos de estruturas podem então surgir: (a) um contrato de relação, onde as partes preservam sua autonomia; e (b) uma estrutura unificada e hierarquizada, isto é, uma empresa. A probabilidade da opção por uma estrutura unificada e hierarquizada cresce com o caráter idiossincrático do investimento
Questão 8. O que são ativos específicos? Quais os tipos de especificidade existentes? Qual a importância (influência) da especificidade de ativo para a escolha da estrutura de governança? 
Ativos específicos são ativos cujas transações ocorrem em pequeno número por haver poucos vendedores e compradores para os ativos em questão.
1. Especificidade de localização: decisões prévias, visando minimizar custos de estocagem e transporte, podem gerar ativos com especificidade de localização, que uma vez estabelecidos o transporte pode ser difícil ou impraticável. Uma subestação de distribuição de energia elétrica ou um gasoduto seriam exemplos.
2. Especificidade física: características de design podem reduzir o valor do ativo em uma aplicação alternativa. Equipamentos sob encomenda se enquadram nesse caso.
3. Especificidade de capital humano: este tipo de especificidade surge fundamentalmente por meio de processos de “aprender fazendo” dos empregados de uma empresa. Isto é especialmente verdadeiro para a mão de obra alocada nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento das empresas.
4. Especificidade de ativos dedicados: surge nos casos em que o fornecedor faz um investimento que, exceto pela promessa da venda de uma quantidade expressiva de produto para um determinado cliente, não seria feito. Como exemplo, temos os investimentos de fornecedores de autopeças para atender a uma montadora.
Quando se é padronizado, ou seja, não específico o melhor tipo governança seria o tipo de mercado, pois este é o que ocorrem transações não específicas e recorrentes, então, assim não há esforço para sustentar a relação. Quando se possui caráter misto ou específico, o melhor seria a governança trilateral, a qual exige a especificação ex-ante de um a terceira parte, tanto na avaliação da execução da transação quanto para a solução de eventuais litígios.
Questão 9. Qual a definição de incerteza na ECT? Qual sua influência nos Custos de Transação?
A existência de incerteza nos eventos futuros demonstra é a responsável por não poder fazer previsões com exatidão e ela se trata de um fenômeno aleatório ao qual se atribui uma dada probabilidade. A presença de incerteza, mesmo que seja no sentido convencional de risco, combinada com racionalidade limitada, dificulta definir e distinguir as probabilidades as associadas às diferentes circunstâncias que podem afetar a transação. Dito de outra forma, mesmo que seja possível, em princípio, calcular as probabilidades dos eventos, isso pode ser muito difícil, dada a racionalidade limitada dos agentes que participam da transação e da incerteza. A combinação da incerteza, racionalidade limitada e complexidade geram a assimetria de informação.

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