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A importância da família na esfera educacional do indivíduo

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A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA ESFERA EDUCACIONAL DO INDIVÍDUO
Diogo Murillo
Jonatan Azevedo
Kathleen Armani
Kelem Sousa
Luciane Bittencourt
Professor-Fernanda Ribeiro
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso Pedagogia (PED1914) – Prática do Módulo II
16/06/2018
 
RESUMO
O presente artigo abordará a importância do bom relacionamento entre família e escola para o efetivo desempenho escolar das crianças, considerando os vários fatores implicados neste desenvolvimento, temos o papel da família, inúmeras foram as transformações ocorridas no ambiente familiar desde a instituição matriarcal à atualidade, as implicações destas mudanças no processo de educar os filhos nos faz refletir que família, portanto, é adentrar na história e relembrar o passado, viver o presente, e pensar no futuro, é entender como o ontem interfere no hoje e como este direciona o amanhã, escrevendo assim a sua história.
Palavras-chave: Família; Educação; Escola;
ABSTRACT
The present article will address the importance of the good relationship between family and school for the effective school performance of children, considering the various factors involved in this development, we have the role of the family, numerous transformations occurred in the family environment from the matriarchal institution to the present, the implications of these changes in the process of educating the children makes us reflect that family, therefore, is to enter into history and remember the past, live the present, and think about the future, is to understand how yesterday interferes in today and how it directs tomorrow , thus writing its history.
Keywords: Family; Education; School;
1 INTRODUÇÃO
O homem, historicamente, desenvolve a educação por meio da aprendizagem mútua.
A forma e a intensidade das relações entre escolas e famílias variam consideravelmente, estando relacionadas aos mais diversos fatores (estrutura e tradição de escolarização das famílias, classe social, meio urbano ou rural, número de filhos, ocupação dos pais, etc.).
Abordaremos neste artigo a família e a escola, consideradas como instituições sociais responsáveis pela instrução e socialização do ser humano, que convivem das tensões e reciprocidade de suas relações, que se questiona e é questionada sobre a constituição dos conhecimentos e aprendizagens, bem como de sua transmissão e objetivos, apresentaremos algumas transformações pelas quais essas instituições passaram e vêm passando na atualidade.
 O discurso de que a família deve participar ativamente da vida escolar de seus filhos é frequente e necessário, sendo preciso considerar as famílias que não possuem base cultural e nem disponibilidade de tempo em razão de assegurar a sua subsistência. Portanto, é necessário atentar para o fato de que o aluno deve ser preparado de acordo com sua realidade histórica e social. 
A escola precisa aprender a conviver com as adversidades e as diversidades familiares, atendendo e auxiliando tanto as famílias que dispõem de tempo e participam de forma mais efetiva, quanto as famílias em que os pais não têm tempo disponível para acompanhar mais de perto a vida escolar de suas crianças.
Neste contexto, a família ao assumir também a responsabilidade educativa, que lhe é imposta pela sociedade, necessita de auxílio para desempenhar esta tarefa. Família e escola assumem a responsabilidade então, de preparar os membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida social. 
2 A EDUCAÇÃO ATRAVÉS DA HISTÓRIA
A educação entre os povos primitivos foi fundamental para o início do desenvolvimento educacional da humanidade, onde podemos citar tribos indígenas, aborígenes australianos, algumas tribos africanas, dentre outras populações isoladas, todas sociedades ágrafas, ou seja, não possuíam formas de escrita, neste contexto o processo educacional deu-se de forma difusa, também chamada de educação por imitação, processo em que os jovens e crianças repetiam os gestos praticados pelos adultos, desenvolvendo habilidades e técnicas necessárias ao seu dia a dia. Assim, o papel de educador era diluído entre os diversos membros destas comunidades.
Segundo Piletti (1997, p. 46) afirma que a educação neste período deu-se através da imitação:
 Uma das formas pelas quais a criança adquire os conhecimentos necessários entre os povos primitivos é a imitação. Nos primeiros anos de vida a imitação é inconsciente. As crianças brincam com pequenas reproduções dos instrumentos utilizados pelos adultos. Numa segunda etapa a imitação torna-se consciente. As crianças participam das atividades dos adultos e aprendem por imitação. Essa segunda etapa tem início quando se começa a exigir trabalho da criança. Ela vai aprendendo, pouco a pouco, as diversas ocupações da tribo: construção de utensílios; a pesca e a caça, entre os povos caçadores; guarda do gado, entre os pecuários; trabalhos agrícolas, entre os povos sedentários.
A antiguidade foi o período de desenvolvimento da escrita, o que proporcionou uma maior fidelidade nos registros históricos das civilizações antigas, também foi nesta época que se deu a formação das principais cidades estados da Grécia antiga, Esparta e Atenas, constituindo-se como princípio de organização social e educativa que serviu de modelo para diversas sociedades no decorrer dos séculos. Reconhecida por seu poder militar e caráter guerreiro, o modelo de educação espartano baseava-se na disciplina rígida, no autoritarismo, no ensino de artes militares e códigos de conduta, no estímulo da competitividade entre os alunos e nas exigências extremas de desempenho.
 Por outro lado, Atenas trazia no conhecimento seu ideal educativo mais importante. Como herança da educação ateniense surgiram os sofistas, que ensinavam a arte das palavras para que seus alunos fossem capazes de construir argumentos vitoriosos na arena política. Em oposição ao pensamento sofista, o filósofo Sócrates propunha ensinar a pensar mais do que falar, através de perguntas cujas respostas dependiam de uma análise lógica.
Neste período, “[...] surge, pois, a necessidade de formular teoricamente o ideal da formação, não mais de herói, submetido ao destino, mas do cidadão.” (ARANHA, 2006, p.38). 
Na Idade Média, sob grande influência religiosa a Igreja Católica assumiu a tarefa de disseminar a educação e a cultura. Existiam nesse período escolas que funcionavam anexas às catedrais ou junto aos mosteiros (Escolas Monásticas). Os estudantes viviam internos em colégios ou internatos que contavam com rígidas formas disciplinadoras estudantis. A metodologia de ensino baseava-se na leitura de textos e na exposição de ideias feitas pelos professores. As aulas muitas vezes eram animadas quando os debates entre mestres e alunos eram travados em público, discutiam sobre um tema determinado. Esse processo de estudo foi muito usado por São Tomás De Aquino e foi chamado de escolástica. Grande parte dos estudantes da Idade Média vinha da nobreza, pois esta camada social possuía recursos financeiros para manter os filhos nas escolas. Já os camponeses e seus filhos, sem recursos financeiros e presos às obrigações servis, não tinham acesso à educação escolar, ficando sem saber ler e escrever por toda vida. 
Tanto na antiguidade como na medievalidade, a família era o primeiro lugar de socialização da criança “[...] é o primeiro regulador da identidade física, psicológica e cultural do indivíduo e age sobre ele por meio de uma fortíssima ação ideológica [...]” (CAMBI, 1999, p. 80).
Na educação moderna, ocorre uma ruptura consciente com a Idade Média, a escola passa a ocupar lugar central para o desenvolvimento da sociedade moderna, criando figuras profissionais, as quais o sistema tem necessidade, onde a produção do conhecimento deixou de ser tutelada pela Igreja, o que vai favorecer os estudos de cunho científico e não mais sobre os dogmas religiosose questões teológicas, a preocupação era de que o processo educativo garantisse a formação do sujeito racional, autônomo e consciente. A partir desta época, os experimentos científicos, o uso de métodos, os processos de observação, a formulação de hipóteses e registros de deduções se fizeram cada vez mais presentes na produção do conhecimento, prevaleceu a visão científica e mecanicista do mundo. 
3 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
A Revolução Industrial foi um marco para a humanidade.
Junto a essa revolução, vieram também outras transformações, como o êxodo rural, em que grande parte da população deslocou-se para as cidades à procura de ofertas de emprego; a invenção de máquinas para fabricar mercadorias; o surgimento de novas classes sociais e a exploração do trabalho infantil nas fábricas.
Quanto ao trabalho infantil, Custódio (1999, p.04), afirma que:
O trabalho infantil tem registros que remontam à própria história da humanidade, sua utilização sempre variou conforme o grau de desenvolvimento civilizatório. No entanto, considerando a história recente da humanidade, com o início da Revolução Industrial o tema passou a ganhar maior importância em função da evidente degradação física que estava ocorrendo na infância, que alarmava, até mesmo, os mais conservadores.
Antes da Revolução Industrial, as famílias viviam nas áreas rurais. Nessa época, as crianças desde pequenas, auxiliavam os pais nas tarefas do campo. No entanto, elas não realizavam trabalhos repetitivos e exaustivos. O convívio entre pais e filhos era bem intenso, pois o trabalho não ocupava o dia inteiro das pessoas.
A vida nas cidades alterou completamente esse panorama, ao passar o dia nas fábricas, os pais perderam o convívio com seus filhos, que antes existia. As crianças, além de perderem o contato com a natureza e se depararem com um cenário urbano, também foram atingidas pelas transformações nas relações de trabalho.
Inicialmente, só as crianças abandonadas em orfanatos eram entregues aos patrões para trabalhar nas fábricas. Com o passar do tempo, as crianças que tinham famílias começaram a trilhar o mesmo caminho, trabalhando por longas e exaustivas horas, perdendo, assim, toda a sua infância.
Elas começavam a trabalhar aos seis anos de idade, a carga horária era equivalente a uma jornada de 14 horas por dia, pois começava às 5 horas da manhã e terminava às 7 horas da noite. Os salários também eram bem inferiores, correspondendo à quinta parte do salário de uma pessoa adulta. Além disso, as condições de trabalho eram precárias e as crianças estavam expostas a acidentas fatais e a diversas doenças.
O longo tempo de trabalho gerava cansaço nas crianças, o que acabava diminuindo o ritmo das atividades. Castigos e agressões eram aplicados para punir a desatenção. As crianças que chegavam atrasadas ou que conversavam durante o trabalho também eram castigadas. Dessa forma, a vida nas cidades trouxe grandes dificuldades para as crianças durante o processo de Revolução Industrial, que promoveu a exploração não só de adultos, mas também do trabalho infantil.
A sociedade, constituiu-se de duas classes sociais: a burguesia e o proletariado, baseada na exploração imposta pela primeira à segunda classe, surgindo tensões e conflitos entre elas, devido as diferenças e desigualdades econômico-sociais.
A entrada em cena da linha de produção, alterando sistematicamente os meios e modo de produção, foram imediatamente sentidos pela sociedade e por suas instituições. 
4 A FAMÍLIA E O PROCESSO EDUCACIONAL ATUALMENTE 
A família é considerada a primeira agência educacional do ser humano e é responsável pela forma com que ele relaciona-se com o mundo. No que diz respeito a família “um dos seus papéis principais é a socialização da criança, isto é, sua inclusão no mundo cultural mediante o ensino familiar, regras de convivência em grupo, englobando a educação geral e parte da formal em colaboração com a escola.” (POLONIA;DESSEN, 2005, p.304).
Esses dois sistemas tem objetivos distintos, mas que interligam-se uma vez que compartilham a tarefa de promover o aprendizado das crianças. A escola também é preparadora para o enfrentamento de problemas que a sociedade vivencia diariamente.
O papel dos pais como agentes de aprendizagem é fundamental, são as principais pessoas com quem as crianças identificam-se, esse fator contribui para a formação educacional de cada uma. A participação familiar em conjunto com a escola facilita o trabalho do professor, pois a criança tende a sentir-se acolhida e importante no local em que está inserida. Portanto, o aprendizado acontecerá de maneira significativa contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e moral da criança dentro da sociedade.
O modelo tradicional de educar os filhos, pelo menos aparentemente, parecia ser menos complexo, pois cada membro da família, pai, mãe e filhos tinham seus papéis definidos e inquestionáveis, a família atual tornou-se um sistema mais complexo, suas estruturas sofrem influências de fatores como a economia, progresso tecnológico, globalização, entre outros, provocando mudanças de valores e comportamentos nos mais diversos aspectos. Para isso também contribui, a conquista das mulheres no mercado de trabalho, pais assumindo afazeres domésticos, divórcios, novos casamentos, pais solteiros, pais homoafetivos. 
Eunice Fávero sintetiza com grande propriedade estas mudanças:
[...] O modelo de família nuclear, que se estabeleceu como padrão no ocidente, começou a mudar, ainda que de forma desigual, em suas diversas regiões. Embora não tenha afetado todas as partes do mundo igualmente, de maneira geral aumentou a tendência de famílias chefiadas por mulheres e de pessoas vivendo sozinhas. A mudança na relação entre os sexos, um dos pontos centrais da revolução cultural, foi marcada pelo direito ao divórcio, nascimentos ilegítimos, aumento de famílias com apenas um dos pais (uma maioria de mães solteiras), além do aumento das uniões consensuais – com predomínio dos laços afetivos em detrimento da formalização da união. Também se caracterizou pela ampliação da cultura juvenil, com acentuado abismo entre gerações, revelado pela desvalorização de regras e valores da geração mais velha, implicadoras de controle do comportamento humano. Em síntese, a família tradicional teve seus laços afrouxados nas várias classes sociais. (FÁVERO, 2007, p. 120).
Estes fatores mudaram o modo de educar e cuidar dos filhos, tornando esta tarefa desafio ainda maior para os pais. Como agente socializador, a família tem no amor e no apoio mútuo do casal a principal determinante para a educação dos filhos, pois é através destes fatores que os pais podem desempenhar a importante tarefa de formar hábitos, atitudes e valores. Existem outros fatores que interferem na educação das crianças, o aumento da pobreza, da marginalidade, da violência, da falta de acesso à educação, saúde, moradia.
[...] o peso da origem social sobre os destinos escolares. A partir desses indicadores tornou-se imperativo reconhecer que o desempenho escolar não dependia, tão simplesmente, dos dons individuais, mas da origem social dos alunos, de suas classes sociais, etnias, sexo, local de moradia, entre outros. (NOGUEIRA; NOGUEIRA, 2002, p. 16-17).
 Isto faz com que os pais muitas vezes se veem obrigados a mudar hábitos, aceitar situações adversas e enfrentar problemas para os quais não se sentem preparados. Para tornar esta tarefa eficaz, autônoma e autossuficiente, é preciso propiciar meios para o desenvolvimento de valores e habilidades para formar pessoas capazes de viver nesse mundo globalizado.
Conforme a (Constituição Federal de 1988, art.205). A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Já na (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB):
Título III - Do Direito à Educação e do Deverde Educar 
Art.4º - O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: 
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: a) pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio; 
II – educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; 
III – atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtorno os globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV – acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; 
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; 10 Lei de diretrizes e bases da educação nacional 
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; 
VIII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; 
IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem; 
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade; 
Art.6º - É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
No trabalho desenvolvido pode-se constatar que a globalização, os ajustes econômicos ocorridos, as dificuldades de acesso a bens e serviços, e a alta taxa de desemprego tem levado a família brasileira há um processo de empobrecimento e aumento da exclusão social, formando uma sociedade desigual. Isto causa alterações drásticas na família, afetando diretamente as crianças e adolescentes, que ingressam cada vez mais cedo no mercado de trabalho, para reforço da renda familiar, muitas vezes de forma irregular e clandestina, deixando os estudos para segundo plano, as imposições da vida cotidiana, em uma sociedade cada vez mais competitiva e excludente, produzem, por consequência, uma redução do tempo para que os pais acompanhem a educação dos filhos. Em contra partida, famílias com melhor condição econômico-financeira, possuem uma maior escolarização e a facilidade de verbalização, o que possibilita um maior diálogo e criticidade com relação à escola. 
O estabelecimento de um intercâmbio entre a família e a escola é imprescindível na complexa sociedade do século XXI. É importante considerarmos as diferentes formas de relações sociais propostas pelos vários contextos sociais pelos quais transitamos, para que seja possível estabelecer uma relação horizontal e dialógica entre a família e a escola.
O papel da criança também mudou, pois antigamente ela deveria obedecer e respeitar os mais velhos, sendo que hoje eles devem argumentar e lutar por suas ideias, anseios e interesses, este comportamento não é mais visto como falta de educação, e, sim, como uma expressão dos direitos da criança, a qual só é possível em virtude da mudança de valores e costumes ocorridos nas famílias. 
A educação dos filhos deve basear-se, entre outros fatores, no amor, respeito, liberdade com responsabilidade, procurando diminuir o individualismo em prol do sujeito coletivo. Só assim o ser humano poderá desenvolver-se em harmonia, com mais condições de vida digna, o que provavelmente nos levará a diminuir os fatores de risco social e aumentará a união entre os povos. 
Pode-se afirmar ainda que, a educação de hoje é o conjunto do desenvolvimento da educação do passado. Ela é fundamental para a transmissão dos valores das sociedades, pois qualquer nação que não prioriza a educação apresenta reflexos na vida social dos cidadãos.
6 REFERÊNCIAS 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. São Paulo: Moderna, 2006.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Artigo 205. Brasília: Senado Federal, 2016
_______. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394 de 1996. Título I - Da Educação (art.4 e 6). Brasília. Senado Federal, 2017. 
CAMBI, Franco. História da pedagogia. São Paulo: UNESP, 1999.
CUSTÓDIO, André Viana. O trabalho da criança e do adolescente: uma análise da capacidade jurídica e das condições para o seu exercício no direito brasileiro. Florianópolis, Monografia de Graduação, Centro de Ciências Jurídicas, Universidade Federal de Santa Catarina, 1999.
DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A família e a escola como contexto de desenvolvimento humano. Ribeirão Preto: Paideia, 2005.
FÁVERO, Eunice Teresinha. Questão social e perda do poder familiar. São Paulo: Veras, 2007.
NOGUEIRA, Claudio Marques Martins; NOGUEIRA, Maria Alice. A sociologia da educação de Pierre Bourdieu: Limites e contribuições. Revista Educação e Sociedade, São Paulo, ano 23, n.78, p.16-17, abr. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/es/v23n78/a03v2378.pdf>. Acesso em: 24 mai.2018.
PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História da Educação. São Paulo: Atica, 1997.

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