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06/11/2018 1 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Distribuição de tempo de residência em reatores não ideais Aula 05 112 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES O que torna um reator não ideal? As condições de mistura e escoamento determinam a não idealidade 113 06/11/2018 2 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Em um reator ideal temos dois limites de mistura: CSTR: mistura perfeita até o nível molecular PFR: fluxo empistonado, não há mistura na direação do escoamento O afastamento da idealidade pode ser causado por: • falhas no projeto e/ou construção (PFR com by-pass e CSTR com mistura incompleta (volume morto)); • natureza do escoamento através do reator (escoamento laminar num PFR, o perfil de velocidade e de concentração será parabólico). 114 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Caracterização dos desvios de idealidade Os reatores não-ideais podem ser caracterizados de duas maneiras: 1) Analisando os efeitos de dispersão que causam o desvio do comportamento ideal, determinando-se a distribuição do tempo de residência segundo os modelos segregados (micromistura) e não segregados (macromistura); 2) Analisando, pelas equações básicas de quantidade de movimento, de energia e massa, os efeitos de difusão e convecção radial e axial, determinando os parâmetros que causam o desvio do comportamento ideal. 115 06/11/2018 3 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Caracterização dos desvios de idealidade Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Os modelos não ideais incorporam desvios da idealidade ocasionados por fenômenos de escoamento que podem ocorrer no interior dos equipamentos. Alguns fenômenos são descritos a seguir: a) Escoamento preferencial – ocorre quando grandes quantidades de elementos do fluido escoam através do equipamento em tempo menor que outros; b) Curto circuito – ocorre quando elementos do fluido escoam através do equipamento sem percorrer todo seu interior. Este fenômeno indica deficiência de projeto e não é desejável, uma vez que diminui a eficiência do dispositivo; c) Zonas mortas – são regiões do equipamento isoladas ou inacessíveis, onde o fluido nelas aprisionados não interage com as regiões ativas. Ou seja, não há troca de matéria entre as regiões mortas e a fração ativa do equipamento; 116 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES d) Reciclo – ocorre quando parcelas do fluido são recirculadas para a entrada ou ao interior do equipamento; e) Retromistura - ocorre quando parcelas do fluido apresentam movimento na direção contrária ao fluxo principal. Caracterização dos desvios de idealidade Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 117 06/11/2018 4 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Distribuição do tempo de residência As moléculas de um fluido não permanecem exatamente o mesmo tempo dentro do reator: a distribuição de tempos nos quais essas moléculas permanecem no reator pode ser feita pela injeção de marcadores (traçadores). Injeta-se o traçador na entrada do reator no tempo t=0 e mede-se a sua concentração na saída do reator em função do tempo. Como o marcador tem que se deslocar através do reator exatamente como o fluido como um todo, ele deve apresentar algumas propriedades físicas similares às do fluido: 118 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES • Ser completamente solúvel na mistura; • Não pode se depositar no reator; • Não pode separar-se em fases, reagir, adsorver-se nas paredes do reator ou em qualquer componente interno, difundir-se em relação ao fluido e influenciar o escoamento do fluido de qualquer forma. • O traçador também tem que ser fácil de medir. Algumas técnicas de medida normalmente utilizadas são: radioatividade, condutividade elétrica, absortividade e índice de refração. Os dois métodos mais usados de injeção são: 1) Perturbação em pulso; 2) Perturbação em degrau 119 06/11/2018 5 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Pertubação em pulso Uma quantidade de traçador é repentinamente injetada de uma só vez na corrente de alimentação que entra no reator, em um tempo tão curto quanto possível. A concentração de saída é então medida em função do tempo. Pertubação em degrau Em t < 0 tem-se C0 (t) = 0 Em t ≥ 0 tem-se C0 (t) = C0 = constante A concentração de traçador na alimentação é mantida nesse nível até que a concentração no efluente seja indistinguível daquele da alimentação. 120 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Injeção por pulso x injeção tipo degrau 121 06/11/2018 6 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Características da injeção tipo degrau Vantagens de Injeção em Degrau: • Fácil execução; • Não necessita conhecer a quantidade total de traçador na alimentação ao longo do teste. Desvantagens de Injeção em Degrau: • Manter a concentração do traçador constante ao longo do teste; • O uso de técnicas de diferenciação dos dados que conduz a erros e a grande quantidade de traçador requerido para esse teste. 122 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Curvas de resposta do traçador: PFR Não há mistura de fluido na direção do escoamento. Cada elemento do fluido gasta exatamente o mesmo tempo no reator. O tempo que o traçador gasta em um PFR ideal (na ausência de dispersão e para uma vazão volumétrica constante) é: 123 06/11/2018 7 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Curvas de resposta do traçador: PFR Se houvesse uma pequena quantidade de mistura na direção do escoamento, todo o traçador não sairia exatamente no mesmo tempo. Uma pequena quantidade se misturaria com elementos do fluido injetados um pouco antes e uma pequena quantidade com elementos injetados mais tarde. 124 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Curvas de resposta do traçador: CSTR A concentração do traçador na corrente deixando o CSTR ideal tem um máximo em t=0 e diminui continuamenteao longo do tempo. 125 06/11/2018 8 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Curvas de resposta do traçador: reator tubular de escoamento laminar (PFR de verdade!) O escoamento é bem caracterizado com um perfil de velocidade parabólico (velocidade máxima no centro e mínima nas paredes). Se o traçador for injetado em t=0, não haverá nenhum traçador na saída até que o traçador injetado na linha central do reator (r=0) apareça na saída, após um tempo t0. A concentração do traçador diminuirá com o tempo porque a velocidade do fluido é progressivamente menor quando o raio aumenta. 126 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Curvas de resposta do traçador: reator tubular de escoamento laminar 127 06/11/2018 9 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Curvas de resposta do traçador: reator tubular com bypass Este tipo de reator pode representar o reator tubular de leito empacotado, no qual podem surgir caminhos preferenciais Em função da diferença na resistência devido ao atrito entre as duas regiões do leito, a velocidade do fluido na região do caminho preferencial será maior do que na região do leito catalítico. 128 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Curvas de resposta do traçador: reator tubular com bypass Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 129 06/11/2018 10 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Função de distribuição de tempo de residência Para uma injeção do tipo pulso, define-se: v é a vazão volumétrica do efluente; C(t) a concentração do traçador que sai entre os tempos t e t+dt e N0 a quantidade de traçador injetada no reator. E(t) Pode ser calculada a partir do balanço da quantidade de traçador que deixa o reator. 130 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Função de distribuição de tempo de residência E(t) representa a fração do fluido deixando o recipiente no tempo t que teve um tempo de residência (que ficou) no reator entre t e t+dt. A fração que deixa o recipiente em todo o tempo, isto é, entre t=0 e t=∞ tem que ser 131 06/11/2018 11 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Função de distribuição de tempo de residência No caso de uma injeção do tipo degrau, define-se F(t) como a função de distribuição de tempo de residência na saída cumulativa 132 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Função DTR normalizada Usualmente a função DTR é definida na forma normalizada, a fim de permitir a comparação de reatores de diferentes tamanhos diretamente. A grandeza normalizada Θ representa o número de volumes de fluido do reator, baseado nas condições de entrada 133 06/11/2018 12 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Tempo de residência médio Leva em consideração o tempo em que cada elemento fluido passa no reator e depende da velocidade das moléculas, isto é, depende do fluxo no reator Condição para o tempo de residência ser o tempo espacial 134 se tm > � há indício de maior presença de desvios de fluido; se tm < � há indício de maior presença de zonas mortas. Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Variância A variância permite avaliar o grau de mistura no reator. Quanto mais próximo de zero, menor o grau de mistura. Por outro lado, quanto mais próximo de τ2, mais próximo da mistura perfeita! 135 06/11/2018 13 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 136 Aproximações numéricas para E(t) REGRA DO TRAPÉZIO REGRA 1/3 DE SIMPSON REGRA 3/8 DE SIMPSON Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais � �� �� = �0� Reator CSTR: O balanço de massa para o traçador é: �� �� = 1 τ � 137 06/11/2018 14 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais O reator CSTR operando de modo ideal apresenta o seguinte comportamento 138 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais CSTR com desvio: uma vazão υb desvia do reator, enquanto uma vazão υsb entra no sistema (υ0= υb+υsb). Uma vez que parte do fluido desvia, o escoamento será menor que a vazão volumétrica total. Por exemplo, se a vazão que entra no sistema é 75% do total, υsb=0.75 υ0. Assim: Como τsb é maior que τ sem desvio, o decaimento de C(t) e E(t) será mais lento 139 06/11/2018 15 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais CSTR com volume morto: O volume morto resulta num menor volume útil do sistema. Assim, o fluido passa mais rapidamente no reator em relação à operação perfeita. Por exemplo, para um volume morto de 20%, teremos então 80 % de volume útil. Assim: O decaimento de C(t) e E(t) será mais rápido do que para operação perfeita 140 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais Em resumo! P – perfeito / VM – volume morto / D - desvio 141 06/11/2018 16 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais O reator PFR operando de modo ideal apresenta o seguinte comportamento 142 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais PFR com caminhos preferenciais: nesse caso, a vazão volumétrica no sistema é menor do que quando comparado com o reator ideal. Assim, o tempo espacial é maior. 143 06/11/2018 17 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinéticae Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais PFR com volume morto: esse caso pode acontecer quando há recirculação na entrada do reator. Nesse caso, como o volume útil é menor, o tempo de residência é menor quando comparado com a operação ideal 144 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Usando a DTR para reatores ideais Em resumo! 145 06/11/2018 18 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES O reator CSTR visto de uma forma mais justa! Existem zonas de alto grau de mistura e zonas de baixa mistura. Assim, um CSTR real poderia ser imaginado como um CSTR e um PFR ideais combinados! 146 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES O reator CSTR visto de uma forma mais justa! Se pensarmos num sistema de um PFR + CSTR em série para representar o CSTR real, teremos a mesma DTR, seja lá qual for a sequência dos reatores MAS A HISTÓRIA NÃO É BEM ASSIM! 147 06/11/2018 19 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES A DTR não é suficiente para compreender o funcionamento do reator! A DTR é única para um reator em particular, mas o reator ou o sistema de reação não é único para uma DTR em particular! A DTR não é suficiente para descrever o comportamento do reator. É preciso também: • Modelo do padrão de escoamento; • Conhecimento do grau de mistura (grau de segregação); 148 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Modelagem do reator usando DTR DTR + equação de projeto + dados cinéticos = conversão e concentração de saída A DTR diz quanto tempo os elementos fluidos permanecem no reator (MACROMISTURA), mas não diz nada como eles interagem (MICROMISTURA) Em reações de primeira ordem, só a DTR basta, pois a conversão não depende da concentração (micromistura)! 149 Para reações de ordem superior a 1, para uma dada distribuição de tempo de residência, teremos dois limites de conversão: mais elevada (macromistura) e mínima conversão (micromistura) 06/11/2018 20 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Prevendo a conversão a partir de dados de DTR Os modelos para prever a conversão são classificados de acordo com o número de parâmetros ajustáveis 150 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Modelo segregado – sem parâmetro Considerando o reator CSTR, podemos ter dois extremos: • Elementos (glóbulos) de diferentes idades que se misturam completamente: micromistura total • Elementos (glóbulos) de diferentes idades que não se misturam: segregação completa Para se determinar a conversão média na corrente efluente, temos que encontrar uma média entre as conversões de todos os glóbulos na corrente de saída Como cada glóbulo não se mistura, considera-se que cada qual é um reator batelada dentro do reator no qual o glóbulo está contido!!! 151 06/11/2018 21 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Conceitos sobre macro e microfluido Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 152 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Modelo segregado – sem parâmetro 153 06/11/2018 22 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Modelo segregado – sem parâmetro Para calcular a conversão em uma situação de escoamento segregado, basta apenas conhecer a DTR e a cinética da reação Para uma reação de 1ª ordem em um reator batelada 154 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Conversão média em um PFR usando o modelo de segregação Exemplo: A R, primeira ordem, densidade cte. ( ) 1 ktx t e 00 _ )(1)()1( dttEedttEex ktkt kkt edttex 1)(1 0 _ A conversão média predita pelo modelo de segregação é igual ao do PFR ideal Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 155 06/11/2018 23 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Conversão média para o CSTR usando o modelo de segregação Exemplo: A R, primeira ordem, densidade cte 0 / 0 _ /)(1 dteedttEex tktkt k k x 1 _ A conversão média predita pelo modelo de segregação é igual ao do CSTR ideal. Por quê? Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 156 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Modelo de mistura máxima – sem parâmetro Escoamento segregado: condição de mistura mínima. Por que então mistura máxima? Glóbulos alimentados à esquerda: maior tempo de residência; Glóbulos alimentados a direita: representam as moléculas que percorrem caminhos preferenciais Logo que o glóbulo entra no reator é completamente misturado no sentido radial, axialmente não 157 06/11/2018 24 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Modelo de mistura máxima – sem parâmetro O fluido leva um tempo λ (expectativa de vida) para se mover no reator. 158 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Modelo de mistura máxima – sem parâmetro A taxa de geração no elemento de volume de controle será: 159 06/11/2018 25 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 160 Modelo de tanques em série: um parâmetro ajustável Esse modelo ajusta a distribuição de tempo de residência similar a de um conjunto de CSTR em série. Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 161 Modelo de tanques em série: um parâmetro ajustável 06/11/2018 26 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 162 Modelo de tanques em série: um parâmetro ajustável Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 163 Modelo de tanques em série: um parâmetro ajustável 06/11/2018 27 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 164 Modelo de tanques em série:um parâmetro ajustável Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 165 Modelo de tanques em série: um parâmetro ajustável 06/11/2018 28 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 166 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 167 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável parametrização 06/11/2018 29 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 168 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 169 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável 06/11/2018 30 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 170 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 171 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável 06/11/2018 31 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 172 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 173 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável 06/11/2018 32 Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 174 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável Cinética e Cálculo de Reatores II Prof. Fabrício Thiengo Vieira Engenharia Química - UFES 175 Modelo de dispersão – um parâmetro ajustável Cálculo da conversão após determinação de Peclet Lembrando que o balanço de massa para um reator tubular é dado por � �� ��� �� + �� = 0 Considerando que num reator real ocorre a dispersão e ocorre também transporte difusivo �� � �� � �� � �� �� + � � = 0 Para o caso de uma reação de primeira ordem (� = ��A), a solução analítica para a conversão será: � = 1 4� ��� �� 2 1 + � ���� �� � 2 1 � ���� �� � 2 � = 1 + 4�� ��
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