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- ANATOMIA HUMANA - PEITORAL, AXILA, Ms SUPERIOR E INFERIOR MEDICINA PUCRS / 2009 Maicon Cigolini, ATM 2013 – maiconcigolini@gmail.com PEITORAL A região peitoral, situada na região mais alta e anterior do tronco, limita-se principalmente ao contorno do músculo peitoral maior, mas inclui também os músculos peitoral menor, subclávio e serrátil anterior. Além desses, encontra-se na mulher seu órgão de aleitamento, a glândula mamária, limitada no homem a um grupo de cordões epiteliais. MAMA Estende-se, no sentido vertical, da segunda à sexta costela. Está divida em quadrantes: súpero- medial, súpero-lateral, ínfero-medial e ínfero-lateral. O quadrante súpero-lateral é o mais volumoso e, também por esse motivo, é mais acometido por malignidade (adenocarcinoma de mama). A glândula mamária é uma glândula sudorípara modificada, constituída por 15 a 20 lobos, cada um com seu ducto lactífero que se abre no ápice da mama, na papila mamária (geralmente localizada ao nível do IV espaço intercostal). A irrigação é feita principalmente por vasos superficiais da região: medialmente, os ramos laterais da artéria torácica interna; lateralmente, os ramos mamários da artéria torácica lateral (ramo da segunda porção da axilar). A drenagem linfática é realizada pelos plexo subareolar, plexo perilobular, linfonodos peitorais e linfonodos paraesternais; a via linfática geralmente leva metástases de câncer de mama para a axila. A inervação é realizada pelos intercostais originados de T2 a T6; a papila e a aréola habitualmente são inverdadas pelo IV nervo intercostal. MÚSCULOS PEITORAIS MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Peitoral Maior Adução, rotação medial e flexão do braço Peitoral Menor Abaixa e estabiliza o ombro Subclávio Puxa a clavícula para baixo (estabiliza junto ao externo) N. peitorais medial e lateral N. p/ o m. subclávio Serrátil anterior Protração da escápula + rotação lateral da escápula (agonista do trapézio) N. torácico longo SULCO E TRÍGONO DELTA-PEITORAIS A porção clavicular do peitoral maior contacta pela sua margem lateral com a margem medial da porção clavicular do deltoide, formando um sulco, que se encontra preenchido por gordura e contém em seu interior a veia cefálica e o ramo deltoide da artéria tóraco-acromial. O trígono limitado lateralmente pelo m. deltoide, medialmente pelo m. peitoral maior e superiormente pela clavícula, dá passagem à veia cefálica, que penetra na axila, e o ramo arterial deltoide, que a deixa. AXILA Trata-se de um compartimento, cuja forma é grosseiramente piramidal, situado entre a porção mais proximal do membro superior e a parede lateral do tórax, que dá passagem à maior parte dos vasos e nervos que se destinam a esse membro. LIMITES Medial: superfície externa das primeiras costelas e músculos intercostais, bem como pelas primeiras digitações carnosas do músculo serrátil anterior. Posterior: formada pelos músculos subescapular, redondo maior e pela parte carnosa do tendão do músculo grande dorsal, numa sequência crânio-caudal. Anterior: músculos peitoral maior (mais externo) e peitoral menor (mais interno), além das fáscias peitoral e clavipeitoral associadas a eles. Lateral: a menor das paredes, nada mais é que o estreito espaço existente no úmero ente as inserções dos músculos da parede anterior e posterior e corresponde – portanto – ao sulco intertubercular do úmero. Ápice: estreito triângulo ósseo (canal cervicoaxilar) por onde transitam os vasos e nervos do membro superior, é limitado anteriormente pela borda posterior da clavícula; posteriormente, pela borda superior da escápula; medialmente pela borda externa da primeira costela. Base: é formada pela fáscia axilar, espessa e curva membrana que se estende entre as bordas ínfero-laterais dos mm. Peitoral maior e grande dorsal, que por sua vez constituem as pregas axilares anterior e posterior, respectivamente. Externamente à fáscia, há fina camada de tecido adiposo e uma pele rica em glândulas sudoríparas e folículos pilosos. CONTEÚDOS Artéria e veia axilares, terceira parte do plexo braquial (fascículos) e seus ramos terminais, nervo intercostobraquial, nervo torácico longo, parte terminal da veia cefálica e numeroso linfonodos axilares. O espaço restante é preenchido por tecido conjuntivo frouxo e gordura. PLEXO BRAQUIAL A inervação do membro superior se origina, habitualmente, dos ramos ventrais dos nervos cervicais C5 a C8 e do nervo torácico T1. No pescoço, esses ramos passam entre os músculos escalenos anterior e médio, juntando- se C5 e C6 para formar o tronco primário superior, C7 seguindo como tronco primário médio e C8 e T1 fundindo-se no tronco primário inferior. Cada tronco produz, ainda no pescoço, atrás da clavícula, uma divisão anterior e outra posterior. As divisões anteriores, em última análise, irão inervar os músculos flexores dos compartimentos anteriores do braço e antebraço, ao passo que as divisões posteriores irão inervar os músculos extensores dos compartimentos posteriores do braço e antebraço. As divisões anteriores do tronco primário superior e do tronco primário médio juntam-se para formar o fascículo lateral. A divisão anterior do tronco primário inferior segue isolada como fascículo medial. As três divisões posteriores unem-se para formar o fascículo posterior. Os fascículos, produzidos no interior da axila, recebem sua denominação de acordo com a posição que ocupam em relação à segunda porção da a. Axilar. Ramos do plexo a) Ramos dos ramos ventrais: n. Escapular dorsal (C5); n. Torácico longo (C5, C6 e C7). b) Ramos dos troncos: n. para o músculo subclávio e n. Supra-escapular (ambos ramos do tronco primário superior). c) Ramos dos fascículos: lateral – n. Peitoral lateral, n. Musculocutâneo, raiz lateral do nervo mediano; Medial – peitoral medial, cutâneo medial do braço, cutâneo medial do antebraço, ulnar, raiz medial do mediano; posterior – subescapular superior, tóraco-dorsal, subescapular inferior, axilar e radial. ARTÉRIA AXILAR O suprimento sanguíneo chega pela artéria Subclávia (ramo do arco aórtico), que ao passar sob o terço médio da Clavícula, passa a se chamar a. Axilar, a qual é divida pelo músculo Peitoral menor em 3 porções: a primeira é medial ao músculo; a segunda é posterior; e a terceira é lateral em relação ao músculo. Obs: o “nome” da porção indica o número de ramos. RAMOS da a. Axilar: da primeira porção: a. Torácica suprema, a qual irriga o primeiro espaço intercostal; da segunda porção: a. Tóraco-acromial (que se divide de uma só vez nos seus ramos terminais que são, a saber, aa. Clavicular, Acromial, Deltóide e Peitoral) e aa. Torácica Lateral (a qual desce junto à borda lateral do m. Peitoral Menor, emitindo os ramos mamários laterais); da terceira porção: a. Subescapular (é o ramo mais calibroso da 3ª porção, a qual se divide num ramo que se dirige dorsalmente (a. Circunflexa da Escápula, que emerge no espaço triangular do ombro) e noutro ramo que continua infeiormente (a. Tóracica inferior), a. Circunflexa Anterior do Úmero (pequeno ramo que circunda anteriormente o colo cirúrgico do úmero) e aa. Circunflexa Posterior do Úmero (último ramo, que circunda posteriormente o colo cirúrgico do úmero, acompanhada no n. Axilar, para então emergirem no espaço quadrangular do ombro). A artéria Braquial é a continuação da a. Axilar, após esta cruzar a borda inferior do músculo Redondo Maior. A a. Braquial desce ao braço acompanhada dos nervos Mediano (lateralmente), Ulnar (medialmente) e Radial (posteriormente). Na fossa cubital, posiciona-se próxima ao centro de seu assoalho, medialmente ao tendão do músculo Bíceps Braquial (local onde pode ser palpada ecomumente é usada para a mensuração da pressão arterial). Com o nervo Mediano posicionado medialmente, termina seu trajeto no ápice da fossa cubital, quando divide-se nos seus ramos terminais, as aa. Radial e Ulnar. São ramos da a. Braquial as aa. Braquial profunda, Colateral ulnar superior e Colateral ulnar inferior. 1) BRAÇO MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Bíceps Braquial1 Flexão do braço e antebraço + supinação do antebraço Braquial1 Flexão do antebraço Coracobraquial1 Flexão e adução do braço N. musculocutâneo Tríceps Braquial2 Todas as fibras: extensão do antebraço + estabilização da cabeça do úmero. Porção longa: extensão e adução do braço N. Radial 1 = Vista anterior; 2 = vista posterior FOSSA CUBITAL Também denominada de Fossa Ulnar, trata-se de uma escavação muscular em forma de “V”, situada no aspecto ventral do cotovelo, cujos LIMITES são: Superior: linha imaginária traçada entre os epicôndilos do Úmero Lateral: borda medial do músculo Braquiorradial Medial: borda lateral do músculo Pronador Redondo Teto: fáscia do cotovelo, reforçada medialmente pela expansão aponeurótica do Bíceps Braquial Assoalho: formado pelos músculos Braquial (proximalmente) e Supinador (distalmente). RELAÇÕES SUPERFICIAIS: lateralmente, há a veia cefálica e o n. cutâneo lateral do antebraço (continuação do n. musculocutâneo); medialmente, há a veia basílica e o n. cutâneo medial do antebraço; no meio, há a veia mediana do cotovelo (a qual une a veia cefálica à veia basílica) e a veia mediana do antebraço (que drena para a veia mediana do cotovelo). CONTEÚDOS PROFUNDOS: encobertos pela fáscia do cotovelo e pela expansão aponeurótica do Bíceps Braquial, tem-se na sintopia látero-medial: o tendão do músculo Bíceps Braquial, a artéria braquial (que no ápice da fossa, divide-se nas aa. radial e ulnar) e o n. mediano. 2) VISTA ANTERIOR DO ANTEBRAÇO 8 músculos: 4 superficiaisa, 1 médiob e 3 profundosc Origem predominante: epicôndilo medial do úmero Inervação: nervo mediano (6 e ½) e nervo ulnar (1 e ½). MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Pronador Redondoa Pronação e flexão do antebraço Flexor Radial do Carpoa Flexão e abdução da mão (carpo) Palmar Longoa Flexão da mão + tensão da fáscia palmar N. Mediano Flexor Ulnar do Carpoa Flexão e adução da mão N. Ulnar Flexor Superficial dos Dedosb Flexão das falanges médias e proximais do 4 dedos mediais e do carpo N. Mediano Flexor Profundo dos Dedosc Flexão das falanges distais do 4 dedos mediais e do carpo Medial = N. Ulnar Lateral = N. Mediano Pronador Quadradoc Pronação do antebraço Flexor Longo do Polegarc Flexão da falange distal do polegar N. Mediano 3) VISTA POSTERIOR DO ANTEBRAÇO 12 músculos: 7 superficiaisa e 5 profundosb Origem predominante: epicôndilo lateral do úmero Inervação: nervo radial (ramo profundo e interósseo posterior) MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Braquiorradiala Flexão e supinação do antebraço Extensor Radial Longo do Carpoa Extensor Radial Curto do Carpoa Extensão e abdução da mão Extensor dos Dedosa Extensão dos 4 dedos mediais e da mão Extensor do dedo mínimoa Extensão da falange proximal do 5º dedo e da mão Extensor Ulnar do Carpoa Extensão e adução da mão Ancôneoa Extensão do antebraço Supinadorb Supina o antebraço Abdutor Longo do Polegarb Abdução do 1º metacárpico Extensor curto do polegarb Estende a falange proximal do polegar Extensor Longo do Polegarb Estende a falange distal do polegar Extensor do Indicadorb Extensão do 2º dedo (apontar) + auxilia na extensão da mão N. Radial 4) MÃO Regiões: tenar, palmar média e hipotenar (sentido látero-medial). 4.1) REGIÃO TENAR MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Abdutor Curto do Polegar Abdução e oposição do polegar Flexor Curto do Polegar Flexão do polegar Oponente do Polegar Oposição + rotação medial do polegar N. Mediano Adutor do Polegar Adução do polegar N. Ulnar 4.2) REGIÃO PALMAR MÉDIA Localizados sob o fáscia palmar, encontramos os seguintes músculos: 4 lumbricais (n. mediano [2L] + n. ulnar [2M]) 4 interósseos palmares (n. ulnar) 4 interósseos dorsais (n. ulnar) Além dos tendões dos músculos flexores superficial e profundo dos dedos. 4.3) REGIÃO HIPOTENAR MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Abdutor do Dedo Mínimo Abdução do 5º dedo Flexor Curto do Dedo Mínimo Flexão da falange proximal do 5º dedo Oponente do Dedo Mínimo Oposição do 5º dedo com o polegar Palmar Cutâneo N. Ulnar INERVAÇÃO SENSITIVA Região Dorsal ½ lateral = n. Radial ½ medial = n. Ulnar 3 ½ falanges distais laterais = n. Mediano 1 ½ falange distal medial = n. Ulnar Região Ventral Região hipotenar, dedo mínimo e ½ medial do anular = n. Ulnar região palmar média, tenar e 4 ½ dedos laterais = n. Mediano + n. Radial REGIÃO GLÚTEA MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Glúteo Máximo Extensão e rotação lateral da coxa + extensão do trono + auxilia o movimento de sentar (relaxamento gradual) N. Glúteo inferior Glúteo Médio Glúteo Mínimo Abdução e rotação lateral da coxa + báscula da pelve na marcha N. Glúteo Superior ROTADORES LATERAIS DA COXA MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Piriforme Obturador Interno Rotação lateral + abdução da coxa N. p/ m. piriforme N. p/ m. obturador interno Gêmeo Superior Gêmeo Inferior Rotação lateral + abdução + extensão da coxa N. p/ m. obturador interno N. p/ m. quadrado da coxa Quadrado da Coxa Rotação lateral + adução da coxa N. p/ m. quadrado da coxa Obturador Externo Rotação lateral + adução da coxa N. obturatório Obs: todos os músculos rotadores estabilizam a articulação da cabeça do fêmur no acetábulo. FORAME ISQUIÁTICO MAIOR Orifício limitado anterior e lateralmente pela incisura isquiática maior, inferiormente pela espinha isquiática e ligamento sacroespinhal e posteriormente pelo ligamento sacrotuberal. O músculo piriforme, ao sair da pelve, divide o forame em hiato suprapiriforme e hiato infrapiriforme. CONTEÚDOS: Hiato suprapiriforme – vasos e nervo glúteos superiores. Hiato infrapiriforme – vasos e nervo glúteos inferiores, n. Isquiático, n. Cutâneo posterior da coxa, n. Para o m. Obturatório interno, n. para o m. quadrado da coxa, vasos pudendos internos e o nervo pudendo. FORAME ISQUIÁTICO MENOR Limitado pelo ligamento sacroespinhal e espinha isquiática (acima), pelo corpo do ísquio (anteriormente) e pelo ligamento sacrotuberal (posteriormente). Pelo orifício passa o tendão do músculo obturatório interno (sai); o n. para o m. obturatório interno, o n. pudendo e os vasos pudendos internos (entram). TRATO ILIOTIBIAL E M. TENSOR DA FÁSCIA LATA O trato é um espessamento da fáscia lata que recobre o músculo vasto lateral (quadríceps); estende-se da crista ilíaca até o côndilo fibular (lateral). O músculo tensor da fáscia lata promove abdução + rotação medial + flexão da coxa; é inervado pelo n. Glúteo superior. INJEÇÕES INTRAMUSCULARES Uso dos músculos deltoide ou glúteo máximo (quadrante súpero externo). COXA A fáscia lata (fáscia profunda da coxa) possui um espessamento lateral (trato iliotibial) e também emite dois septos intermusculares (um lateral e um medial), que dividem a coxa em três lojas (compartimentos): anterior, medial e posterior. LOJA POSTERIOR DA COXA Músculos do jarrete: semitendíneo, semimembranáceo e porção longa do bíceps femoral → possuem uma origem comum no túber isquiático, profundamente ao glúteo máximo, inervados pelo ciático, cruzam as articulações do quadril e do joelho (realizam extensão da coxa e flexão da perna). MÚSCULO AÇÕES INERVAÇÃO Bíceps femoral (crural) Flexão e rotação lateral da perna + extensão da coxa Semimembranáceo Semitendíneo Extensão da coxa + flexão e rotação medial da perna + auxilia extensão do tronco N. fibular comum (p. Curta) N. tibial (p. longa) N. tibial FOSSA POPLÍTEAA fossa poplítea é um espaço em forma de losango, situado atrás do joelho. LIMITES: Súpero-lateral – tendão do músculo Bíceps femoral Súpero-medial – tendões dos músculos Semitendíneo e Semimembranáceo Ínfero-lateral – cabeça lateral do músculo Gastrocnêmio e músculo Plantar Ínfero-medial – cabeça medial do músculo Gastrocnêmio Teto – fáscia poplítea, subcutâneo e pele Assoalho: (sentido próximo-distal) face poplítea do fêmur, ligamento poplíteo oblíquo do joelho e fáscia do músculo poplíteo. CONTEÚDOS: na sintopia póstero-anterior (superficial → profundo) – nervos fibular comum e tibial, sendo este mais espesso e centralizado e tendo como ramo o n. Cutâneo medial da sura, e aquele mais lateral e inferior e tendo como ramo o n. Cutâneo lateral da sura; veia poplítea, formada pelas veias satélites da aa. Tibiais anterior e posterior, envolvida pela bainha fibrosa, que inclui a a. Poplítea, continua como veia femoral; linfonodos poplíteos, no número de quatro a seis; e artéria poplítea, que é a continuação da a. Femoral, está separada da face poplítea por gordura, emite 5 ramos para o joelho (duas geniculares superiores lateral e medial, duas geniculares inferiores lateral e medial e uma genicular média), termina dividindo-se na artéria tibiais anterior e posterior.
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