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O NASCIMENTO DA FILOSOFIA NA GRÉCIA ANTIGA- pré Socraticos e Socrates

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O NASCIMENTO DA FILOSOFIA NA GRÉCIA ANTIGA 
 
Filosofia advento da POLIS 
Periodização da história da Grécia Antiga – ver quadro 62
Os mitos gregos eram recolhidos pela tradição e transmitidos oralmente (não havia escrita) pelos aedos e rapsodos (cantores ambulantes) que davam forma poética aos relatos populares e os recitavam de cor em praças públicas. 
As epopeias (Ilíada e Odisséia) tiveram função didática porque descreveram o período de civilização Micênica e transmitiram os valores da cultura por meio das histórias dos Deuses e antepassados e concepção de vida.
O herói vive na dependência dos Deuses e do Destino, faltando a ele a nossa noção de vontade pessoal e de livre arbítrio. 
A virtude do herói se manifesta pela coragem e pela força sobretudo no campo da batalha, mas também na assembleia, no discurso, pelo poder de persuasão. 
TEOGONIA (Teo: Deus; Gonia; origem) obra de Hesíodo – final do séc. VIII e princípio do VII a.C. supera as poesia impessoal e coletiva das epopeias, mas mesmo assim ainda reflete a preocupação com a crença nos mitos.
Nela se relata as origens do mundo e dos Deuses, e as forças que surgem não são a pura natureza, mas sim as próprias divindades: Gaia é a terra; Urano é o céu, Cronos é o tempo, surgindo ora por segregação, ora pela intervenção de Eros, principio que aproxima os opostos. 
A CONCEPÇÃO FILOSÓFICA 
Período arcaico séc. VII a VI que surgem os primeiros filósofos Gregos, alguns autores chamam de o “milagre grego” a passagem do pensamento mítico para o pensamento crítico racional e filosófico X visão simplista e a-histórica – racionalidade crítica processo muito lento. O surgimento da filosofia grega não é um milagre, realizado por um ou uns privilegiados e tem sua divida com o passado mítico.
Na antiguidade clássica, o mito é considerado um produto inferior ou deformado da atividade intelectual. A ele é atribuído no máximo “verossimilhança”, enquanto a “verdade” pertencia aos produtos genuínos do intelecto (ponto de vista de Platão e Aristóteles).
A ESCRITA 
Entre os egípcios hieróglifos – sinais divinos 
Na Grécia, a escrita surge por influencia dos fenícios e já no séc. VIII a.C. se acha desligada de preocupações esotéricas e religiosas, enquanto os rituais religiosos são cheios de formulas e mágicas e não podem ser questionados. 
Os escritos deixam de ser reservados apenas aos que detém o poder e passam a ser divulgados em praça pública, sujeitos a discussão e critica, mas não acessível a todos e sim a ainda a uma minoria. 
Ocorre a dessacralização da escrita, ou seja, seu desligamento da religião; necessidade de mais rigor e clareza para sua transmissão, estímulo ao espírito crítico; uma reflexão da palavra e modificação da própria estrutura do pensamento. 
A MOEDA 
Sec. VIII a VI a. C houve o desenvolvimento do comércio marítimo decorrente da expansão do mundo grego com a colonização da Magna Grécia (atual sul da Itália ) e jônia (atual Turquia). O enriquecimento dos comerciante promoveu profundas transformações dos valores aristocráticos pelos valores da nova classe em ascensão. 
A MOEDA - Na época predominância da Aristocracia rural – riqueza terras e rebanho a economia era pré-monetária (objetos usados para troca carregados de simbologia afetiva e sagrada decorrente da posição social e do caráter sobrenatural que impregnava as relações sociais.
Moeda tinha sido inventada na Lídia aparece na Grécia o que tinha valor de uso passa a ter valor de troca, transformam-se em Mercadoria (valor universal equivalente a das mercadorias). 
A invenção da moeda esta vinculada ao nascimento do pensamento racional - passa ser emitida e garantida pela Cidade – revertendo benefícios para própria comunidade
Metal precioso que se troca por qualquer mercadoria – uma noção abstrata de valor que estabelece a medida comum entre valores diferentes. 
A LEI ESCRITA 
Séc. VII a VI a.C – Drácon, sólon, e Clístenes são os primeiros legisladores Justiça antes dependia da arbitrariedade dos Reis ou da interpretação da vontade divina é agora codificada numa legislação escrita – regra comum a todos, norma racional, sujeita à discussão e modificação.
Polis sobre uma base nova base – a antiga civilização tribal é abolida; consanguinidade da aristocracia por igualdade. 
O CIDADÃO DA POLIS 
Vernant vê no nascimento da Polis (VIII a VII a.C.) um acontecimento decisivo transformador da vida social e relação entre os homens. 
Ágora praça pública onde se debatem os problemas de interesse comum; separação do público (interesses da cidade) e do privado (grupo privilegiados em função de sangue ou fortuna). 
Novo ideal de justiça - Noção de justiça adquire caráter Político (atuação na comunidade ) e não apenas Moral (tradição familiar). 
Autonomia da palavra do conflito e da argumentação racional X palavra mágica dos mitos. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão. 
A expressão da individualidade por meio do debate faz nascer a política. 
Cidade – semelhantes – isonomia: igual participação de todos os cidadãos no exercício do poder . De inicio a igualdade era apenas entre os guerreiros – após ganha ao alcance de isonomia. 
Apogeu da democracia ateniense se dá no séc. V a. C., já no período clássico – Atenas possuía meio milhão de habitantes (300 mil escravos e 50 mil estrangeiros); excluídas as mulheres e crianças, apenas 10% eram considerados cidadãos capacitados para decidir tudo. 
O ideal teórico da nova classe dos comerciantes será elaborado pelos sofistas séc. V a.C. 
O NASCIMENTO DO FILÓSOFO 
Viveram por volta de VI a.C. nas colônias Gregas – classificados como pré-socráticos , agrupados em diversas escolas; 
Escola jônica – Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Empédocles; 
Escola itálica – Pitágoras; 
Escola Eleática – Xenófanes, Parmênides, Zenão; 
Escola Atmista – Leucipo, Demócrito. 
Escritos pré-socráticos foram perdidos no tempo – referencias feitas por filósofos posteriores; Eles escreviam em prosa abandonado a forma da epopeias dos relatos místicos. 
Os primeiros pensadores procuravam a racionalidade do universo – COSMOLOGIA – perguntavam como seria possível emergir do CAOS um COSMOS – como da confusão inicial surgiu o mundo ordenado 
Os pré-socráticos procuravam o principio (A ARCHÊ) de todas as coisas entendido este não como o que antecede no tempo, mas enquanto fundamento do ser; é explicar qual é o elemento constitutivo de todas as coisas. Para Tales é a água; para Anaxímenes é o ar; para Demócrito é o átomo; para Empédocles são os quatro elementos: água, ar, terra e fogo, teoria aceita até o séc. XVIII quando foi criticada por Lavoisier. 
MITO E FILOSOFIA: CONTINUIDADE E RUPTURA 
Enquanto o Mito é narrativa cujo conteúdo não se questiona, já a filosofia problematiza e portanto convida á discussão. A filosofia rejeita o sobrenatural, a interferência de agentes divinos na explicação dos fenômenos. Busca coerência interna, a definição rigorosa dos conceitos, o debate e a discussão, organiza-se em doutrina e surge, portanto como pensamento abstrato. 
Na Grécia antiga o filosofo é também o homem do saber científico, só no séc. XVII as ciências encontram seu próprio método e separam-se da Filosofia. 
O QUE É FILOSOFIA 
A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo (Merleau-Ponty) 
Atenas (450 a.C) desenvolvia uma democracia com assembleias populares e tribunais. As pessoas passaram a receber educação (particular) suficiente para participar dos processos democráticos – importante dominar a arte de bem falar e da retórica. Mestres e filósofos itinerantes vindos das colônias Gregas – SOFISTAS (ganhavam a vida ensinado aos cidadãos). 
Sofistas – como os filósofos naturais eram críticos a mitologia tradicional; rejeitavam tudo o que consideravam especulação filosófica desnecessária (ninguém seria capaz de encontrar respostas realmente seguras e definitivas para os mistérios da natureza e universo – CETICISMO). 
Sofistas resolveram dedicar-se a questão do homem e seu lugar nasociedade. 
SOFISTAS - Eram homens que tinham feito muitas e longas viagens e por isso conheciam diversos tipos de sistemas de governo. Iniciaram em Atenas uma discussão sobre o que seria natural e o que é criado pela sociedade – bases para uma crítica social. 
Discussão sobre o sentimento natural de pudor, se eram coisas naturais ou apreendidas. SOFISTAS Afirmação que não haviam normas absolutas para o certo e para o errado X SÓCRATES algumas normas são realmente absolutas e de validade universal.
SOCRATES (470-399 a.C.) – Personagem mais enigmático de toda história da filosofia, não escreveu uma única linha, mas está entre os que mais exerceu influencia no pensamento ocidental. Feio, baixo e gordo, mas quando falava exercia encantamento – procurado pelo jovens passava horas dialogando em praças públicas. 
O que se sabe de Sócrates foi escrito por Platão em diálogos de Platão: 
O que o mestre falava aos seus discípulos sobre a imortalidade da alma estão relatadas no Fédon; defesa e morte é contada no dialogo de Platão: apologia de Sócrates. 
A arte do diálogo – Sócrates não queria propriamente dito ensinar da maneira como fazemos hoje. Dava a impressão de apreender com seus interlocutores – dialogava e discutia 
Mãe de Sócrates era parteira e ele comparava o que ele fazia com o que sua mãe fazia. Se dizia Parteiro, que é quem da à luz ao bebe. Achava que sua tarefa era auxiliar as pessoas a parir uma opinião própria (parteiro de almas), pois o verdadeiro caminho é o que tem de vir de dentro e não espremendo-se os outros. 
Conceito de EDUCAÇÂO – trazer para fora o que já esta dentro de si. 
Mãe de Sócrates era parteira e ele comparava o que ele fazia com o que sua mãe fazia. Se dizia Parteiro, que é quem da à luz ao bebe. Achava que sua tarefa era auxiliar as pessoas a parir uma opinião própria (parteiro de almas), pois o verdadeiro caminho é o que tem de vir de dentro e não espremendo-se os outros. 
Conceito de EDUCAÇÂO – trazer para fora o que já esta dentro de si. 
Dizia-se ignorante (a única coisa que sei é que nada sei) e fazia perguntas aos que julgavam entender determinado assunto, até o interlocutor reconhecer que era ignorante (fez inimigos e também discípulos) ou reconhecer o certo ou errado do que havia dito. 
Método de Sócrates (refutação e Maiêutica) 1ª parte do método é a destruição da ilusão do conhecimento. 
1ª parte do método “destrutiva”, chamada ironia (em grego perguntar). Nas discussões afirma inicialmente nada saber diante de um interlocutor que se diz conhecedor de um assunto. Com hábeis perguntas, desmonta as certezas, até o outro reconhecer que não sabe.
2ª parte maiêutica (em grego, parto); “dava à luz” idéias novas. Esse processo parece bem relatado nos diálogos descritos por Platão. Nem sempre se chegava de fato a uma conclusão definitivas. 
Questões que Sócrates privilegia são referentes a Moral, daí perguntar em que consiste a coragem, a covardia, a piedade, a justiça... (Pede o LOGOS) 
Filosofia ainda é nascente, precisa inventar palavras novas ou usar as antigas dando-lhes significados diferentes . Termo “LOGOS” que no comum significa “PALAVRA OU CONVERSA” que no sentido filosófico passa a significar RAZÃO, ou mais propriamente “CONCEITO” 
DIA-LOGOS (DUAS RASócrates forçava pessoas a usar a razão – ironia expos a fraqueza do pensamento dos Atenienses. Dizia que Atenas era uma égua preguiçosa e ele um mosquito que lhe picava o flanco para dizer que ela ainda estava viva. 
Ele dizia sempre que ouvia uma voz divina dentro de si – protestava contra o fato das pessoas serem condenadas a morte. Além disso, recusava-se a denunciar os inimigos políticos.
Em 399 a.C. foi acusado de ter corrompido a juventude e de não reconhecer a existência dos Deuses. Poderia ter pedido clemencia mas considerava sua consciencia e a verdade mais importante que sua própria vida. 
Conhece a ti mesmo 
SOCRATES E JESUS 
Ambos mestres na autoconfiança e na oratória 
Desafiavam os que tinham poder, pois condenavam as formas de injustiça e abuso do poder. 
Coragem pessoal – não a violência 
SÓCRATES X SOFISTAS 
Contemporâneo, se ocupava das pessoas e das vidas das pessoas e não dos problemas dos filósofos naturais. 
Cícero disse que Sócrates havia trazido a filosofia do céu a terra.
Ele não se considerava um sofista (pessoa instruída e sábia) se auto denominava FILO-SOFO (amante da sabedoria) alguém cujo objetivo é chegar na sabedoria. Ao contrario ele não cobrava pelo que ensinava.
O conhecimento do que é certo leva a agir correto e só quem faz o certo pode transformar-se num homem de verdade. 
Os que questionam são sempre os mais perigosos. Responder não é perigoso. Uma única pergunta pode ser mais explosiva que mil respostas. 
Sócrates procurava encontrar claras definições e válidas universalmente, para o que é certoAcreditava ouvir uma voz divina dentro de si, e esta “consciencia” lhe dizia o que é certo, e só quem faz o certo pode se transformar num homem de verdade. Achava difícil alguém ser feliz se agisse contra suas próprias convicções. 
Contrariamente aos sofistas ele tinha certeza de que a capacidade de distinguir entre o certo e errado estava na razão e não na sociedade.
Diferença entre um professor e um educador. 
 Cenário de Atenas no momento anterior ao nascimento de Sócrates e no momento em estava vivo: 
Acrópole – significa “fortaleza” ou “cidade na colina”, em 480 a. C. Xerxes, o Rei Persa mandou saquear Atenas e atear fogo em todas as construções de madeira. No ano seguinte os persas foram derrotados e a Acrópole reconstruída para abrir uma enorme estátua de Atenas com doze metros de altura.
Teatro de Dionísio com apresentação das grandes tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. 
Cenário de Atenas no momento anterior ao nascimento de Sócrates e no momento em estava vivo:
Mercado de Atenas com templos imponentes, tribunais, e edifícios públicos, estabelecimentos de comércio, sala de concertos e grande ginásio de esporte, tudo ao redor da enorme praça quadrangular.
Palavras como política, democracia, economia, história, biologia, física, matemática, lógica, teologia, filosofia, ética, psicologia, teoria, método, ideia, sistema... 
Sócrates tinha a opinião de que um escravo tinha a mesma razão de um cidadão livre – comparação com a situação de hoje com as classes populares 
Atitude filosófica – a teoria do filósofo deve se constituir de um saber sobre os acontecimentos, sobre o cotidiano, um fazer e saber histórico a partir das necessidades da existência.

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