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16/08/2014 1 Prof. GIL IGNACIO LARA CANIZARES Universidade do Estado de Santa Catarina Centro de Ciências Agroveterinárias – CAV Lages - SC Classificação científica Reino → Animalia Filo → Arthropoda Classe → Insecta Ordem → Hemynoptera Subfamília → Apinae Superfamília → Apoidea Tribu→ Apini (abelhas melíferas ou produtoras de mel) Tribu→ Meliponini (abelha sem ferrão) Gênero→ Apis Família → Apidae � As abelhas sociais utilizadas comercialmente pertencem ao gênero Apis, com quatro espécies conhecidas: - A. florea ou abelhas anãs da Ásia. - A. dorsata ou abelhas gigantes do Sul da Ásia. - A. cerana ou índica, encontrada no Sul da Ásia. - A. mellifera ou abelhas produtoras de mel. � Além destas últimas, tem-se descoberto novas espécies: A. andreniformis, A. laboriosa, A. koschevnicovi, A. nigrocinta e A. nulvensis. � Originária da Índia. � De pequeno tamanho (10 a 11 mm). � Semelhante às Apis melífera. � Muito enxameadora. � Colônias pouco numerosas (6000 a 7000 indivíduos). � Colheita de mel de 5 a 6 kg por ano � Originária da Índia. � De pequeno tamanho (10 a 11 mm). � Semelhante às Apis melífera. � Muito enxameadora. � Colônias pouco numerosas (6000 a 7000 indivíduos). � Colheita de mel de 5 a 6 kg por ano Apis cerana � Chamada abelha gigante da Índia. � Nidificam ao ar livre. � Colônias com cerca de 20.000 abelhas. � Mede de 17 a 19 mm de comprimento. � Constrói um só favo podendo armazenar até 10 kg de mel. � O mel fermenta com facilidade (34% de umidade). � Abelhas altamente defensivas. � Chamada abelha gigante da Índia. � Nidificam ao ar livre. � Colônias com cerca de 20.000 abelhas. � Mede de 17 a 19 mm de comprimento. � Constrói um só favo podendo armazenar até 10 kg de mel. � O mel fermenta com facilidade (34% de umidade). � Abelhas altamente defensivas. Apis dorsata � Originária da Ásia. � Espécie mais pequena das abelhas. � Mede 7 mm de comprimento. � As abelhas não são agressivas. � Colônias pouco numerosas (5000 indivíduos). � O enxame cabe na palma da mão. � São abelhas eficientes na polinização. � Originária da Ásia. � Espécie mais pequena das abelhas. � Mede 7 mm de comprimento. � As abelhas não são agressivas. � Colônias pouco numerosas (5000 indivíduos). � O enxame cabe na palma da mão. � São abelhas eficientes na polinização. Apis florea � Constroem um único favo que pendura de um galho horizontal de alguma árvore pequena. � Constroem um único favo que pendura de um galho horizontal de alguma árvore pequena. 16/08/2014 2 � Também chamada de Apis melifica (fazer mel). � Espécie do gênero Apis, mais evoluída, conhecida e utilizada comercialmente no mundo. � Mede de 12 mm. � Nidificam em recintos fechados como ao ar livre. � Prolífera, até mais de 100000 indivíduos. � Também chamada de Apis melifica (fazer mel). � Espécie do gênero Apis, mais evoluída, conhecida e utilizada comercialmente no mundo. � Mede de 12 mm. � Nidificam em recintos fechados como ao ar livre. � Prolífera, até mais de 100000 indivíduos. Apis mellifera Subespécies ou raças de Apis mellifera Apis melífera melífera. (Abelha preta ou alemã). � Originárias do Norte da Europa e Centro-oeste da Rússia. � Abelhas grandes e escuras com poucas listras amarelas. � Possuem língua curta (5,7 a 6,4 mm), o que dificulta o trabalho em flores profundas. � Nervosas e irritadas, tornam-se agressivas com facilidade. � Produtivas e prolíferas, adaptam- se com facilidade a diferentes ambientes. � Propolizam com abundância, principalmente em regiões úmidas. � Originárias do Norte da Europa e Centro-oeste da Rússia. � Abelhas grandes e escuras com poucas listras amarelas. � Possuem língua curta (5,7 a 6,4 mm), o que dificulta o trabalho em flores profundas. � Nervosas e irritadas, tornam-se agressivas com facilidade. � Produtivas e prolíferas, adaptam- se com facilidade a diferentes ambientes. � Propolizam com abundância, principalmente em regiões úmidas. Apis melífera ligústica. (Abelha italiana). � Originárias da Itália. � Abelhas de coloração amarela intensa; produtivas e muito mansas, são as abelhas mais populares entre os apicultores.. � Têm a língua mais comprida (6,3 a 6,6 mm). � Possuem sentido de orientação fraco, entrando com frequência em colmeias erradas. � Constroem favos rapidamente e são mais propensas ao saque do que abelhas de outras raças europeias. � Originárias da Itália. � Abelhas de coloração amarela intensa; produtivas e muito mansas, são as abelhas mais populares entre os apicultores.. � Têm a língua mais comprida (6,3 a 6,6 mm). � Possuem sentido de orientação fraco, entrando com frequência em colmeias erradas. � Constroem favos rapidamente e são mais propensas ao saque do que abelhas de outras raças europeias. Apis melífera cárnica. (Abelha carnica). � Originárias do Sudeste dos Alpes da Áustria, Nordeste da Iugoslávia e Vale do Danúbio. � Assemelham-se muito com a abelha negra (abdome cinza ou marrom). � Pouco propolisadoras, mansas, tolerantes a doenças e bastante produtivas. � Coletam “honeydew” em abundância. � São facilmente adaptadas a diferentes climas e possuem uma tendência maior a enxameação. � Originárias do Sudeste dos Alpes da Áustria, Nordeste da Iugoslávia e Vale do Danúbio. � Assemelham-se muito com a abelha negra (abdome cinza ou marrom). � Pouco propolisadoras, mansas, tolerantes a doenças e bastante produtivas. � Coletam “honeydew” em abundância. � São facilmente adaptadas a diferentes climas e possuem uma tendência maior a enxameação. Apis melífera caucásica (abelha da Rusia). � Originárias do Vale do Cáucaso, na Rússia. � Possuem coloração cinza- escura, com um aspecto azulado, pelos curtos e língua comprida (pode chegar a 7 mm). � Considerada a raça mais mansa e bastante produtiva. � Enxameiam com facilidade e usam muita própolis. � Sensíveis à Nosema apis. � Originárias do Vale do Cáucaso, na Rússia. � Possuem coloração cinza- escura, com um aspecto azulado, pelos curtos e língua comprida (pode chegar a 7 mm). � Considerada a raça mais mansa e bastante produtiva. � Enxameiam com facilidade e usam muita própolis. � Sensíveis à Nosema apis. Apis melífera scutellata (abelha africana). � Originárias do Leste da África, são mais produtivas e muito mais defensivas. � São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas europeias. � A operárias possuem um ciclo de desenvolvimento precoce (18,5 a 19 dias) em relação às européias (21 dias). � Possuem visão mais aguçada, resposta mais rápida e eficaz ao feromônio de alarme. � Originárias do Leste da África, são mais produtivas e muito mais defensivas. � São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas europeias. � A operárias possuem um ciclo de desenvolvimento precoce (18,5 a 19 dias) em relação às européias (21 dias). � Possuem visão mais aguçada, resposta mais rápida e eficaz ao feromônio de alarme. 16/08/2014 3 � Os ataques são, geralmente, em massa, persistentes e sucessivos. � Ao contrário das europeias que armazenam muito alimento, elas convertem o alimento rapidamente em cria, aumentando a população e liberando vários enxames reprodutivos. � Migram facilmente se a competição for alta ou se as condições ambientais não forem favoráveis. � Essas características têm uma variabilidade genética muito grande e são influenciadas por fatores ambientais internos e externos. � Os ataques são, geralmente, em massa, persistentes e sucessivos. � Ao contrário das europeias que armazenam muito alimento, elas convertem o alimento rapidamenteem cria, aumentando a população e liberando vários enxames reprodutivos. � Migram facilmente se a competição for alta ou se as condições ambientais não forem favoráveis. � Essas características têm uma variabilidade genética muito grande e são influenciadas por fatores ambientais internos e externos. Abelha africanizada � A abelha, no Brasil, é um híbrido das abelhas europeias com a abelha africana. + A. m. scutellata A. m. mellifera A. m. caucasica A. m. cárnica A. m. ligústica Abelha africanizada � A abelha africana foi introduzida no Brasil em 1956 pelo Prof. Dr Warwick Estebam Kerr, com o objetivo de pesquisar uma nova raça produtiva de abelhas. � 30 rainhas foram trazidas para o interior de São Paulo, procedente de Pretória na África do sul. � Por um descuido, 26 enxames fugiram das colmeias. � Isto deu inicio a um processo de cruzamentos naturais com abelhas europeias existentes na região. Formou-se um híbrido Abelha africanizada � As abelhas híbridas eram agressivas e produtivas. � Os apicultores começam a reunir-se em associações e conjuntamente com técnicos e pesquisadores, na busca de meios e técnicas para lidar com as abelhas africanizadas. Migração das abelhas africanas ou africanizadas � A abelha africanizada do Brasil tem grande facilidade de enxamear, alta produtividade, tolerância a doenças e adapta-se a climas mais frios, continuando o trabalho em temperaturas baixas, enquanto as europeias se recolhem nessas épocas. Características das abelhas africanizadas � As abelhas africanizadas são altamente pilhadora ou saqueadoras de mel. � São mais propolizadora devido a seu instintos defensivos. � A capacidade de carga é de 40 mg/mel por carga normal. Enxameadoras Defensivas ou agressivas Saqueadoras Diferença entre abelhas de clima tropical e temperado. Características Tropical Temperado Exposição do ninho Frequente Rara Tamanho dos alvéolos 4,8 – 4,9 mm (operária) 6,0 – 6,3 mm (zangão) 5,2 – 5, mm (operária) 6,2 – 6,4 mm (zangão) Enxameação Frequente Rara Defesa da colmeia Intensa Moderada Tempo de desenvolvimento das crias 19 – 20 dias 21 dias Longevidade das operárias Curta 30 – 42 dias Longa (150 dias no inverno) Produção de cria pela rainha Continua, reduzindo na escassez de alimento Aumenta na primavera, reduz no inverno, pouco ou nada no inverno Atividade de coleta das operárias Inicio da manhã ao entardecer Período mais quente do dia Nº de viagens/hora Maior Menor Sensibilidade à varroa Resistente susceptível 16/08/2014 4 Características desejáveis das abelhas Mansidão Resistentes a enfermidades Baixa enxameação Prolíficas Ligústica Cárnica Caucasica Ligústica Adansonii Scutellata Ligústica Mellifera Caucasica Ligústica Cárnica Mellifera adansonii Caucasica Scutellata
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