Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
31/08/2014 1 Prof. GIL IGNACIO LARA CANIZARES Universidade do Estado de Santa Catarina Centro de Ciências Agroveterinárias – CAV Lages - SC Anatomia da Abelha � A abelha é estruturada por uma série de anéis endurecidos (esqueleto externo), conectados entre si por membranas e é coberta, na maioria das regiões, por uma camada densa de pelos. Função do exoesqueleto - Proteção contra predadores; - Previne a perda de água; - Estrutura de armação dos músculos - Movimentos rápidos e precisos Cabeça Tórax Abdome � O corpo da abelha é dividido em três partes distintas que suportam diferentes órgão e apêndices distintos. Cabeça Mandíbula Maxilas Palpo labial Probóscide Labro Antena Olho composto Ocelos � É uma região altamente especializada e sem defensas, é o centro sensível da abelha Ocelos. São três olhos dispostos triangularmente, cada um formado por uma lente simples e densa, não conseguem focar ou fazer imagens, servem para enxergar dentro da flor, no escuro e dentro da colmeia. Olhos compostos. São dois olhos que cobrem parte significativa da cabeça, formados por facetas hexagonais, cada uma com sua própria lente para receber a luz e o reconhecimento de formas. 13000 facetas6500 facetas3000 facetas Escapo Base Flagelo Pedicelo Antenas. São o nariz da abelha, cada uma consistindo de um flagelo com vários segmentos e placas olfativas. - A função é a percepção dos odores e o tato Placas olfativas Rainha – 10 segmentos ou 3000 placas olfativas. Operária – 10 segmentos ou 6000 placas olfativas. Zangão – 11 segmentos ou 30000 placas olfativas. 31/08/2014 2 Partes bucais. São classificadas como de mastigação e de sucção. � As mandíbulas são fortes, em forma de colher, côncavas e rígidas. � Funções: ingerir pólen para alimentação – cortar, moldar e manipular a cera e a própolis – fornecer alimento de crias para as larvas e néctar para as rainhas – tirar os detritos e abelhas mortas do ninho. G – Mandíbula Operaria; H- Mandíbula Zangão; I – Mandíbula Rainha adap – tendão do músc. Abdutor da mandíbula; d- canal da mandíbula; e – sulco mandibular; f- orifício da glândula mandibular; Fonte: Dadant , 1975. Probóscide. Serve para a ingestão de substâncias líquidas (mel e água), trocar comida entre as operárias, com a rainha e com os zangões. - Serve também para lamber os feromônios da rainha e distribui-los entre as operárias. � Probóscide da operária mede – 5,3 a 7,2mm (depende da raça de abelha) Tórax Suporta os órgãos da locomoção das abelhas e é dividido em: �Protórax – Mesotórax - Metatórax. Pernas. Seis pernas existente no tórax, um para cada segmento. - As pernas das operárias executam funções refinadas: formar amontoados, manusear pólen e própolis nas pernas traseiras e transporta-los ao ninho. a – Terceiro par de traseiras. b – Segundo par e patas. C – primeiro par de patas. 1 – Pelos limpadores. 2 – Prensa de pólen. � As pernas dianteiras possuem o limpador de antenas. Estrutura importante para manter limpa as antenas de qualquer material que possa interferir com suas funções sensoriais. Perna traseira. 1 – Coxa. 2 – Trocanter. 3 – Fêmur. 4 – Tíbia. 5 – Tarso. 6 – Corbícula. 7 – garra. 8- almofada. Limpador de antenas Perna dianteira Corbícula com pólen Perna traseira Asas. São extensões do exoesqueleto, adaptadas para possibilitar o voo. Os dois pares de assas estão ligadas ao mesotórax e metatórax. - As asas dianteiras são maiores do que as posteriores e podem ser presas entre si durante o voo, através de ganchos. - As operárias batem as asas em voo numa frequência superior a 200 ciclos/s graça a um mecanismo entre o sistema nervoso e os músculos torácicos. Asa anterior Asa posterior veias Abdome � Velocidade média de voo de uma operária: - 27km/h → sem carga; - 23,4km/h → com carga completa Composto por segmentos, cada um formado por uma placa dorsal e uma ventral conectadas através de membranas que permite que o abdome se expanda quando o estômago é enchido de néctar ou água. Segmentos ou anéis - Abdome de operária e rainha → 7 segmentos (seis visíveis) + 2 associado ao ferrão ou aos órgãos de reprodução. Espiráculos Glândulas de cera Ferrão 31/08/2014 3 Glândulas cerígenas - O ferrão da o operária evoluiu para funções defensivas e perde seu ferrão depois do uso, o que resulta na sua morte pouco tempo depois. - O ferrão é formado por dois lancetas farpadas que ficam presa na pele da vítima quando é ferroada. MORFOLOGIA DA ABELHA Sistema circulatório (SC) � O SC na abelha é um sistema aberto e consiste do coração dorsal (ventrículo) e da aorta que auxilia na circulação do sangue. � O sangue (hemolinfa) enche a cavidade do corpo da abelha de forma que os órgãos flutuam livremente. Funções: Transporte de nutrientes do ventrículo para as células do corpo – remoção dos restos das células – lubrificação das articulações e – defesa contra patógenos por meio de células sanguíneas. Sistema respiratório � As abelhas não tem pulmão para respirar, elas utilizam um sistema de tubos (traqueias) pelos qual levam O2 às células e delas retiram o gás carbônico. � As traqueias estão conectadas ao exterior através de uma serie de buracos no exoesqueleto chamados de espiráculos. Fonte: Winston, 2003 Gânglios Cérebro Sistema nervoso � É bastante simples e consiste de um cérebro e 7 gânglios ou centrais nervosas. � O controle nervoso exercido pela abelha é executado pelo cérebro e pelas centrais nervosas, que promovem o controle local da sua musculatura. Fonte: Winston, 2003 � Está localizado na sua maior parte no abdome e se conecta com a boca pelo longo esôfago. � A vesícula melífera é um reservatório para o néctar e a água coletados no campo pelas campeiras e levados ao ninho, também para armazenar o mel ingerido na colmeia e que é usado como fonte de energia durante o voo. � A vesícula melífera cheia ocupa a maior parte da cavidade abdominal. Sistema digestivo Sistema glandular Glândula Hipofaringeana Glândula Salivar Labial Cefálica Glândula Salivar Labial Torácica Glândula Mandibular Glândula de Arnhart Glândula Cerígenas Ferrão Glândula de Nasonov Saco do veneno Glândula de Dufour � As glândulas da operária são usadas para 4 funções básica: Produção de cera – comunicação – defesa e – processamento do alimento. 31/08/2014 4 Funções das glândulas de operárias. - Produção de cera → Glândulas Cerígenas. - Comunicação → Glândulas: de Nasonov, Mandibulares, do ferrão e de Arnhart. - Defesa → Glândula: do veneno. - Processamento de alimento. Digestão de comida → Glândulas Salivares. Produção de comida para as crias → Glândulas Hipofaringeanas, e rainha → Glândula Mandibular Defesa da colônia Alimentação das larvas Comunicação � A função principal do zangão é o acasalamento. � O zangão não executa nenhum trabalho para a colônia e é alimentado pelas operárias. � As estruturas relacionadas com o trabalho são reduzidas ou ausentes. � As estruturas relacionadas com a visão e a reprodução são altamente desenvolvida Funções do zangão Visão (Olhos compostos) Estrutura da reprodução Bulbo Sêmen e muco Zangão produz 1,7 µL3 de sêmen = 11 milhões de espermatozoides � O sistema reprodutor do zangão é projetado para colocar o órgão genital dentro da rainha durante o acasalamento. � O zangão só se acasala uma vez e morre em seguida, uma vez que perde parte do endofalo que fica preso na rainha após a cópula. Zangão Rainha Sêmen Oviduto Ovário Espermateca Endofalo Ferrão Estruturas e funções da rainha � A probóscide é menor e desprovida das estruturas coletoras de pólen. � As glândulas cerígenas,hipofaringeanas e de Nasonov estão ausentes. � O ferrão da rainha é utilizado somente na luta contra rinhas rivais. � Os ovários da rainha são enormes, comparado com a da operária. � A glândula mandibular é bastante desenvolvida para a produção de feromônio. Ovários de rainha e operária Arboitte, 2008 O: ovários Oa: ovariolos OI: ovidutos C: glândulas espermaticas Es: espermatéca Bc: bolsa copulatória F: aguilhão Bv: bolsa de veneno � Cada ovário é formado por 150 a 180 ovariólos → produtores de ovos (1 milhão ou mais durante a vida da rainha). � A espermateca pode conter até 87 milhões de espermatozoides e demora geralmente de 2 a 4 anos para todo o esperma ser usado. Fertilidade da rainha Ano Ano Ano Ano Ano
Compartilhar