Buscar

Resumo expandido Eixo direitos fundamentais.2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

5
O PRINCÍPIO DA IGUALDADE E OS DIREITOS SOCIAIS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE DA LEI 8.213/91 – COTAS PARA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO AMBIENTE DE TRABALHO.
Adriano Santos de Lima[1: Acadêmico do Curso do Curso de Direito da Faculdade Metodista de Santa Maria. E-mail: adrianoslima2710@hotmail.com ]
Angélica Corrêa[2: Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade Metodista de Santa Maria. Membro da Cátedra de Direitos Humanos da FAMES. E-mail: angelicacorrea1418@gmail.com ]
Roberto Oliveira Weber [3: Professor Mestre do Curso de Direito da Faculdade Metodista de Santa Maria. E-mail: robertowebwe@terra.com.br ]
1 INTRODUÇÃO
Tendo em vista o princípio da igualdade e os direitos sociais como garantia fundamental prevista na Constituição Federal, este estudo irá analisar o respeito e a proteção legal dessas garantias quando se refere a pessoas com deficiência no mercado de trabalho. 
Todavia, pretende-se averiguar a legislação específica que protege a equidade e a inclusão de pessoas com deficiência à sociedade através do emprego. Sendo assim, tem como proposta, analisar a Lei 8.213/91, que prevê cotas para inserção dos PCD – Pessoas com Deficiência no ambiente de trabalho, assim como sua eficácia e validade na hora de garantir que uma pessoa deficiente irá conseguir uma vaga, viabilizando uma política pública de inclusão.
O estudo irá discorrer sobre o princípio constitucional e os direitos fundamentais em questão. Da mesma forma, irá abordar o conceito de pessoas com deficiência compreendidas pela Lei de Cotas, assim como as empresas que devem contratar, de acordo com os requisitos estabelecidos pela Lei.
2 OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivos gerais abordar o princípio da igualdade e dos direitos sociais das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Especificamente com base na Lei 8.213/91 – Cotas para Pessoas com Deficiência no ambiente de trabalho. 
Conceituar igualdade, direitos sociais e deficiência de forma geral, dentro do contexto de inclusão de portadores de deficiência no mercado de trabalho. Estabelecendo a importância social da ação afirmativa de cotas para PCD.
3 METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho será utilizado o método de pesquisa dedutivo, tendo como método de procedimento o bibliográfico, através de trabalhos científicos, artigos, pesquisas realizadas, autores em geral, a legislação vigente no país e as normas asseguradas pela ONU em relação aos direitos das pessoas com deficiência, por ser mais adequada à abordagem dos temas que se apresenta. Não se tem como objetivo, uma resposta sobre o assunto, pois se pretende conhecer e discutir sobre o principio da igualdade e os direitos sociais dos deficientes no mercado de trabalho, tendo como embasamento legal a Lei 8.213/91 - Cotas para PCD do ambiente de trabalho.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 O PRINCÍPIO DA IGUALDADE E OS DIREITOS SOCIAIS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.
O princípio da igualdade e os direitos sociais são garantias basilares da Constituição Federal de 1988. 
De acordo com o conceito de Silva sobre o princípio da igualdade:
[...] uniformidade de grandeza, de razão, de proporção, de extensão, de peso, de altura, enfim, de tudo que possa haver entre duas ou mais coisas. É a evidência de coisas perfeitamente similares ou idênticas, de modo que uma se apresenta como uma semelhança da outra, com os mesmos requisitos e elementos que se possam exibir. Em certos casos, porém, a igualdade não pode ser tomada em tamanho rigor, de modo que se exija um realismo absoluto, em relação a seu conceito jurídico. É assim que duas coisas podem não se apresentar materialmente iguais, e, no entanto, podem exprimir uma igualdade. [...] (VOCABULÁRIO JURÍDICO, 2005, p. 696).
No entanto, muitas vezes, a igualdade e os direitos sociais são desprezados e desconhecidos pela sociedade no que tange as pessoas com deficiência. Conforme garante a Constituição Federal: “todos são iguais perante a lei” (artigo 5º, caput), porém, as pessoas com algum tipo de limitação física ou psíquica enfrentam uma resistência para sua inclusão, tanto na sociedade como no mercado de trabalho.
Não obstante a garantia da igualdade na forma da lei, a Constituição Federal da mesma forma, consolidou no rol dos seus artigos taxativos, os direitos sociais estabelecidos pelo artigo 6º “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”, e o artigo 7º “proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência” (inciso XXXI) do texto constitucional. 
Sendo assim, esses fundamentos permitiram o legislador a criar normas para assegurar que os princípios e direitos constitucionais fossem estendidos e considerados também, às pessoas com deficiência, no que se refere a cotas para inclusão no mercado de trabalho.
Apresentada a discussão, passa-se ao segundo ponto de fulcral importância, qual seja um sucinto conceito de deficiência e a inclusão de PCD no ambiente de trabalho através da aplicabilidade da Lei 8.213/91.
4.2 A ESPECIFICAÇÃO DA LEI N° 8.213/91 E SUA APLICABILIDADE NO MERCADO DE TRABALHO.
Conforme (art. 3°§ I, decreto 3.298/99), que regulamentou a Lei 7.853 de 24 de outubro de 1989 “considera-se deficiência toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.
Baseado no preconceito existente, e também para amenizar a resistência de algumas empresas que não empregam pessoas portadoras de deficiência, foi criado leis de proteção ao deficiente. De acordo com o art. 93 da Lei 8.213/91 estabelecida e fiscalizada pelo Ministério Público do Trabalho.
Entre o conceito estabelecido acima, a Lei n° 8.213/91 garante aplicabilidade fundamentada na deficiência física ou mental moderada estabelecida de forma congênita, ou seja, doença e deficiência de formação corpórea ou psíquica adquirida antes do nascimento ou posterior a ele nos primeiros meses de vida. Esses diagnósticos interferem na vida social, afetiva e profissional do portador. Exigindo que lhe seja imposta a condição de “especial” perante a sociedade em geral.[4: A palavra está sendo utilizada na frase no sentido de ser uma pessoa com limitações para tarefas rotineiras, exigindo procedimentos adequados para que seja facilitada a sua sobrevivência.]
 Através deste fundamento, surgiram iniciativas que favorece os portadores de deficiência. Exigindo através da legislação brasileira e da Constituição Federal que sejam estabelecidas políticas públicas para os cidadãos PCDs ocupar um local no mercado de trabalho estabelecido pelo Ministério Público do Trabalho: 
No ano de 2006, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Convenção Internacional de Direitos Humanos com Deficiência. O Brasil estava presente na convenção e fez parte do comprometimento do primeiro documento assinado que atende às necessidades específicas desse grupo. (BRASIL, 2010, p.13).
Em 1991, foi sancionada pelo congresso uma lei para garantir e defender os direitos dos portadores de deficiência brasileiros, com ela surgiu o decreto n° 3.298/99 com especificação no acesso e oportunidade ao trabalho, tanto celetista quanto estatutário. 
Conforme (FEBRABAN, 2011, p.4), foram diversas as conquistas em defesa das pessoas com deficiência nos últimos anos. Hoje, elas são amparadas por lei no seu direito de acesso ao trabalho. 
Desta maneira, a Lei 8.213/91 prevê o direito a cotas para PCDs no mercado de trabalho. Desde 1991, a lei exige que as empresas com mais de 100 funcionários, contrate pessoas com deficiência. 
Conforme as especificações do Ministério Público do Trabalho:
Percentual a ser aplicado é sempre de acordo com número total de empregadosdas corporações, desta forma:
I - até 200 empregados: 2%.
II - de 201 a 500: 3%.
III - de 501 a 1000: 4%.
IV - de 1001 em diante: 5% (BRASIL, 2010, p.6). 
A lei estabelece igualdade entre todas as pessoas, sendo proibidos atos de discriminação em relação aos salários, admissão, ou benefícios concedidos no ambiente de trabalho em virtude de ser portador de deficiência. (BRASIL, lei 8.213/91 art. 93). 
De acordo com Ricardo Tadeu Marques da Fonseca procurador do trabalho: 
O direito ao trabalho está contido no artigo 27 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, cujo teor, sinteticamente, é o de assegurar a liberdade de escolha de trabalho, adaptação física e atitudinal dos locais de trabalho, formação profissional, justo salário em condição de igualdade com qualquer outro cidadão, condições seguras e saudáveis de trabalho, sindicalização, garantia de livre iniciativa no trabalho autônomo, empresarial ou cooperativado, ações afirmativas de promoção de acesso ao emprego privado ou público, garantia de progressão profissional e preservação do emprego, habilitação e reabilitação profissional, proteção contra o trabalho forçado ou escravo, etc.(CORDE, 2008. p. 94).
Cabe ainda lembrar que existem políticas públicas que garantem o direito a educação, lazer e tratamento médico adequado a pessoas com deficiência. 
5 CONCLUSÕES
Por meio da pesquisa realizada, observou-se que o princípio da igualdade e os direitos sociais, garantidos pela Constituição, foram o fundamento basilar para a criação da Lei 8.213/91- Cotas para pessoas com deficiência no ambiente de trabalho.
Mesmo com algumas habilidades reduzidas, os PCDs têm o direito de apresentar seu potencial diante da sociedade, desenvolver um talento, e mostrar que sua capacidade reduzida por alguma limitação física ou psíquica não os impede de trabalhar.
 A verdadeira função dos princípios da igualdade e dos direitos sociais, erigido no plano constitucional, condiciona uma visão inclusiva onde todos têm direitos e deveres iguais, sendo imprescindível tratar as pessoas deficientes com a mesma consideração e respeito instituído a todos.
REFERÊNCIAS
BRASIL Ministério do Trabalho e Emprego, 2010. Disponível em: <http:/www.mte.gov.br> . Acesso em 14 de nov. de 2012.
______. Organização da sociedade civil de interesse público Brasília, 2010.
Disponível em: < http:/ www.acessobrasil.org.br>. Acesso em: 14 nov. 2012.
______. Constituição da República Federativa do Brasil (1988), Brasília: Senado
Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2010.
______. Direitos e Garantias: Série Política Municipal para a Pessoa Portadora de
Deficiência. Brasília: CORDE, 2010.
______. Lei 8.213, Brasília 1991.
FEBRABAN A ação de Recursos Humanos e a Inclusão de Pessoas com Deficiência, São Paulo fev. de 2011.
GENEBRA Convenção OIT (Organização Internacional do Trabalho), agosto de 1983. Disponível em: < http:/ www.acessobrasil.org.br> acesso em 25 de nov. de 2012.
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 26. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.

Outros materiais