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direito processual civil III

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Direito Processual Civil III
Processo
Conceito de processo: é uma série ordenada de atos tendentes ao final que é justamente a prestação da tutela jurisdicional. O processo é o veiculo/meio para se obter a resolução da lide.
Finalidade dos processos:
De conhecimento: ação de conhecimento tem como finalidade um pronunciamento de uma sentença que declara entre os litigantes quem tem o melhor direito.
Cautelar: esse processo busca uma proteção provisória, rápida e emergencial de bens jurídicos que estão envolvidos em processo que está em tramite (cautelar incidental) e no processo que será proposto (cautelar preparatório). Será sempre subsidiário ou do processo de conhecimento ou do processo de execução. O pedido cautelar pode vir antes ou depois do processo principal.
De execução: ocorre quando o credor já tem demonstrado seu crédito em um titulo executivo, por isso não há igualdade de condições, esse título poderá ser judicial (ex. cumprimento de sentença) ou extrajudicial (chama-se execução de titulo extrajudicial, ex. cheque, nota promissória, 595, CPC). Quando se pede que se cumpra uma sentença criminal é necessário fazer a liquidação de sentença, se for civil a sentença já estará liquidada.
Processo de conhecimento – ações: 
Ações meramente declaratórias: apenas declara a existência ou a inexistência de uma relação jurídica ou falsidade ou a autenticidade de um documento. (ex. paternidade, declaração de nulidade de casamento); TEM EFEITO EX TUNC.
Ações constitutivas ou desconstitutivas: além de declarar o direito da parte se cria, modifica ou extingue o estado ou relação jurídica. (ex. divórcio, rescisão de contrato).
Condenatória: além de declarar o direito da parte contém uma norma sancionadora em que encobre o réu por ter descumprido a condenação correspondente a uma obrigação de fazer, de não fazer ou de dar. 
Além dessas três classificações, alguns autores adicionam mais duas:
Ação executiva lato sensu do processo de conhecimento: misto de processo de conhecimento e de processo de execução. É uma ação que se auto executa.
Ação mandamental: pede-se ao juiz uma ordem ao réu (não confundir com pedir uma condenação), normalmente essa ordem é dirigida à órgãos ou entidades públicas, mas pode ocorrer o pedido á particulares. (ex. mandado de segurança).
Procedimento
Conceito de procedimento: modo e forma pelo qual os atos se movem dentro do processo. Está relacionado diretamente com o pedido formulado. O procedimento varia de acordo com o pedido formulado.
Classificação dos procedimentos
a) Procedimento comum:
- Sumário
- Ordinário
b) Procedimentos especiais
- Processos especiais (artigo 890, CPC);
- Leis esparsas (ex. lei de locação, lei de desapropriação, mandado de segurança, sumaríssimos: NÃO É PROCEDIMENTO COMUM, há apenas 3 casos: lei:9099/1995; lei: 10259/2001; lei 5476/68);
- Medidas cautelares (artigo 700, CPC);
- Processos de competência originária dos tribunais (tramita diretamente na segunda instancia ex. ação rescisória, alguns mandados de segurança);
c) Procedimentos de execução 
Procedimento no processo de execução.
Procedimento sumário (artigos 275 a 281, CPC)
O rito sumário é uma espécie de procedimento comum para as ações de conhecimento, mais simplificado do que o ordinário. Tudo o que for rito sumário estará elencado no artigo 275, CPC, o que não estiver será ordinário.
Hipóteses (275, CPC) de cabimento do procedimento sumário:
Se a causa for de valor até 60x o valor do salário mínimo (desde que a ação não verse sobre estado ou capacidade das pessoas);
A partir do inciso II não importa o valor e sim a situação
A) Locação rural e parceria agrícola (sociedade que se estabelece para desenvolvimento da atividade agropecuária).
B) Ações ajuizadas pelo condomínio em face do condômino (não importa o valor); (ex. taxas condominiais, multa);
C) Ressarcimento por danos em prédios urbanos e rurais (ex. vizinho construindo e abala o imóvel, caminhão que perde o controle e bate no imóvel; inquilino abandona o imóvel e deixa o imóvel depredado);
D) Ressarcimento por danos causados em acidentes com qualquer veiculo terrestre;
E) Cobrar o seguro. Tanto vale seguro obrigatório (DPVAT) quanto facultativo. (Quando a pessoa descumpre uma cláusula contratual que tem um seguro e se recusa a pagar);
F) Honorários de profissionais liberais (ex. advogado, médico, enfermeiro, engenheiro) salvo lei especial em contrário. Se o advogado tem contrato ele tem titulo, caso ele não tenha terá que entrar no sumário.
G) Revogação de doação(555, CC e seguintes)
H) Demais casos previstos em lei (ação de adjudicação compulsória, compelir o réu a outorgar escritura, ação de acidente do trabalho, ação de cobrança de comissão de corretagem [quando o corretor não foi pago], ação de cobrança de representante comercial).
Não pode o autor, nem mesmo com assentimento do réu, substituir o procedimento sumário pelo ordinário naqueles casos em que a lei ‘manda’ observar o primeiro.
Desenvolvimento do processo no procedimento sumário
Petição inicial: o processo começará com a petição inicial; os artigos 282 e 283 CPC elencam os requisitos básicos (que valerão também para o rito ordinário) e o artigo 276, CPC elenca os requisitos específicos para o procedimento sumário. Esses requisitos específicos consistem no ônus para o autor de produzir o rol de testemunhas e, se requerer pericia, formulará quesitos podendo indicar também assistente técnico; sob pena de preclusão.
O juiz verificando que a petição inicial não está nos termos mandará emendar ou completar no prazo legal de 10 dias. Caso o autor não cumprir a diligencia e verificando que há vícios e falhas graves o juiz poderá indeferir o processo (caberá apelação) o que o extinguirá sem julgar o mérito. Caso esteja tudo correto e nos conformes da lei o juiz designará uma audiência de conciliação.
Audiência de conciliação: deverá ser realizada no prazo de 30 dias e o réu deverá ser citado com antecedência mínima de 10 dias, se a Fazenda pública for o réu ambos os prazos citados dobram. Caso o réu não apareça e não se justifique acontecerá revelia, ou seja, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados na petição inicial, salvo se o contrário resultar das provas dos autos, proferindo o juiz a sentença; porém como se trata de rito sumário no caso de pessoa jurídica poderá ser preposto e for pessoa física não será necessário o comparecimento da parte, apenas o advogado. Caso o réu compareça e acontecer de fato à conciliação, o juiz extinguirá o processo com o julgamento do mérito. Se não obtida à conciliação caberá ao juiz: receber a contestação, escrita ou oral; decidir sobre as provas ainda cabíveis (testemunhas e perícia, principalmente); se couber pericia (o perito terá o prazo de 15 dias para apresentar o laudo), nomeará o perito e marcará o prazo de pelo menos 20 dias, antes da audiência de instrução e julgamento; e designará audiência de instrução e julgamento.
Audiência de instrução e julgamento: somente ocorrerá esta audiência se após a frustração da tentativa de conciliação haver necessidade de produção de prova oral e não ocorrer qualquer das hipóteses previstas nos artigos 329 e 330, I e II. 
Salvo se houver determinação de pericia a audiência de instrução e julgamento deverá ocorrer em data próxima não excedendo 30 dias.
Primeiro ouve-se as testemunhas do autor e depois do réu, terminando a instrução o juiz dará autoridade aos advogados para debater a causa. A parte pode também pedir um prazo para fazer as memoriais.
Poderá haver conversão para o rito ordinário quando o juiz se convencer de que, pela exposição dos fatos e fundamentos de direito, a solução da causa estiver a exigir prova pericial de maior complexidade.
O juiz pode proferir a sentença em audiência ou no prazo de dez dias.
OBS: reconvenção é um instituto do procedimento ordinário ou de procedimento especial (apresentada na petição autônoma). Pedido contraposto é formulado no próprio corpo da contestação pelo réu, conexo com os fatos alegados peloautor (conexo = quando existe identidade em dois elementos da ação, partes, pedido ou causa de pedir).
Inadmissibilidade do processo sumário
No processo sumário não são admissíveis ação declaratória incidental e a intervenção de terceiros (salvo assistência, o recurso de terceiro prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro).
Procedimento ordinário
Fase postulatória: tem inicio com a distribuição da petição inicial e se encerra com a resposta do réu ou com o decurso do prazo para resposta.
Tipo de defesas que o réu pode apresentar: contestação, exceções e reconvenção.
Fase intermédia do ordenamento ao processo: providências preliminares, saneamento do processo (caso a conciliação não dê certo, ter-se-á o saneamento do processo) e audiência de conciliação (artigo 331, CPC).
Fase instrutória: instruir é provar. Esta fase é destinada a produção de provas, que poderão ser orais (depoimento pessoal das partes, testemunhas, inquirição de perito e assistente e técnico) e não orais (ex. prova documental, inspeção judicial, pericia).
Decisão.
Petição inicial 
A petição inicial será sempre um documento escrito através da qual o autor vai indicar as partes em conflito, os fatos, o direito que ele tem e ele formulará o pedido. 
Será distribuída nas comarcas em que houver mais de uma vaga ou simplesmente despachada pelo juiz (comarcas em que houver só uma vara).
Como já visto no procedimento sumário, caso a petição tiver algum vicio (não preencher os requisitos, apresentar defeitos ou irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito) o autor deverá emendá-la ou completa-la em 10 dias. Caso o autor não cumprir a diligencia, a petição inicial será indeferida pelo juiz (petição inicial indeferida sem resolução da lide), o artigo 295, CPC elenca outros casos em que também será indeferida.
A petição poderá também ser indeferida com resolução do mérito: toda vez que estivermos diante de uma sentença terminativa, sanado o defeito poder-se-á revolucionar o mérito.
Caso a petição inicial for indeferida o autor poderá apelar requerendo o juízo de retratação (pedir que o juiz se ‘retrate’), o juiz poderá reformar sua decisão no prazo 48 horas, se for reformulada a outra sentença será tida como inexistente no processo, mas se ele não se retratar os autos serão encaminhados a tribunal competente.
 Os requisitos da petição inicial estão elencados nos artigos 282 e 293. São eles:
Primeiro deve se dirigir a petição ao juiz ou ao tribunal (atentar-se aqui às regras de competência estudadas no 1° e 2° ano)
Depois do endereçamento, colocam-se as partes envolvidas na demanda com as suas qualificações (nome, prenome, estado civil, profissão, domicilio e residência) quanto ao RG e o CPF não fala no código, mas deverá estar lá.
Colocar primeiro o fato (causa de pedir remota) e depois o fundamento (causa de pedir próxima) detalhar os fatos e fundamentos, para que a demanda não se confunda, ser sucinto na medida certa. Pela teoria da imprecisão que não é adotada pelo nosso código, bastaria ao autor expor de maneira sucinta os fatos sem detalhar.
Existem dois tipos de fundamento. A fundamentação jurídica (ato antijurídico praticado pelo réu) e a fundamentação legal (norma legal violada), na petição inicial basta colocar fundamentação jurídica.
O pedido e suas especificações. 
São dois tipos de pedido:
Imediato: prestação jurisdicional requerida;
Mediato: traduz o bem jurídico buscado;
O pedido poderá ser alterado até a efetiva citação do réu sem a sua anuência. Apos a contestação, poderá ser mudado apenas se o réu concordar.
Quando se tratar de juros e correção monetária, ainda que não tenha sido formulado expressamente, ele será considerado implícito no pedido.
Espécies:
Pedidos determinados x genéricos: o pedido em regra deve ser certo (pedido expresso) e determinado (pedido limitado). Exceção é o pedido genérico: somente poderá ser formulado nas situações previstas nos incisos do artigo 286, CPC.
Pedidos fixos x Pedidos alternativos: o pedido fixo é a mesma coisa que o determinado. Já o pedido alternativo (288, CPC) significa que pela natureza da obrigação o réu poderá cumpri-la de mais de uma forma, a opção caberá ao réu (ex. Ação de depósito).
Pedido subsidiário/sucessivo (artigo 289, CPC): é licito ao autor formular mais de um pedido sucessivamente, a fim de que o juiz conheça do posterior se não puder acolher o anterior, por impossibilidade material ou de improcedência. 
Pedido de prestações periódicas (artigo 290, CPC): quando houver prestações periódicas como: prestação de conta, plano de saúde, condomínio, aluguel, mensalidade escolar...
Pedido cominatório: cominar significa sancionar. O pedido cominatório sempre será acessório do principal, e o pedido principal sempre será uma condenação.
Depois do pedido, a petição inicial deverá apresentar o valor da causa.
Estabelece-se o valor da causa de acordo com os parâmetros do artigo 259, CPC.
Existem causas que não tem conteúdo econômico, quando isso ocorrer se dá um valor estimado.
Se o réu não concordar com o valor da causa ele poderá apresentar junto com a contestação, mas em prestação autônoma, a impugnação. Não confundir impugnar o valor da causa com impugnar o pedido, a impugnação do valor da causa é apenas para erros de cálculo.
Valor da causa é um indicativo para o recolhimento das custas. Na justiça comum o valor é 1% do valor atribuído à causa e no juizado 2%. 
Deverá conter as provas das alegações do autor.
O requerimento para que se cite o réu.
Por fim, na petição inicial deverá estar anexado os documentos indispensáveis para propor a ação.
Tutela antecipada
Tutela antecipada é o ato do juiz, por meio de decisão interlocutória, que adianta ao postulante, total ou parcialmente, os efeitos do julgamento de mérito, quer em primeira instância quer em sede de recurso. Sempre dependerá do requerimento da parte.
A tutela antecipada só será cabível no processo de conhecimento.
Nas ações do rito comum poderá ser pedida em qualquer um (sumário ou ordinário). Nas ações de rito especial dever-se-á ser analisado se é cabível em cada caso. No juizado especial será cabível.
Nas ações declaratórias e condenatórias poderá ser pedido sempre. Nas desconstitutivas e constitutivas também, mas aqui se pedirá a antecipação dos efeitos da sentença, e não da sentença. 
Revogabilidade da decisão: se a tutela antecipada estiver relacionada a algo irreversível ela não será cabível. Sempre que tiver a irreversibilidade o juiz deverá usar o princípio da proporcionalidade.
O tempo e o processo: muitas vezes a demora do processo é vista como forma negativa, porém em alguns casos ela pode beneficiar, já que com o tempo haverá o amadurecimento das partes em relação à lide.
Dar a tutela antecipada é faculdade ou dever do juiz? Uma vez preenchido os requisitos, o juiz DEVERÁ dar a tutela antecipada.
Requisitos para a tutela antecipada:
Juízo de verossimilhança: prova inequívoca (prova com alto teor de convencimento) + alegações plausíveis da parte (quando as alegações parecem ser verdadeiras).
Fundado receio de dano irreparável: temor certo e fundamentado de um prejuízo pessoal, social e/ou financeiro para o autor.
Momento processual para deferir: a tutela antecipada poderá ser deferida no inicio, durante o tramite e na fase recursal. É evidente que por se tratar de uma antecipação não poderá ser na sentença. Se for o autor quem requerer o momento ideal é na petição inicial, mas poderá pedir no decorrer da ação até a segunda instancia, caso for o réu quem requerer deverá ser na reconvenção.
Recursos cabíveis: o juiz pratica três atos no processo: despacho de mero expediente (implica em dar andamento ao processo), decisões interlocutórias (já está na carga de decisão, o juiz decide reincidentes processuais sem por fim ao processo, o recurso cabível contra a decisão interlocutória é o agravo, existem três tipos de agravo: retido, de instrumento e regimentar) e sentenças (aqui o juiz resolve/julga a lide, contra sentençacabe recurso de apelação).
O recurso cabível caso o juiz não conceda a tutela antecipada pedida ou conceder para uma parte e prejudicar a outra e ela quiser entrar com recurso será o AGRAVO. Se a tutela for concedida na primeira instância se afasta a hipótese de agravo regimental (que só ocorre na segunda instancia), se houver urgência na reversão dessa tutela entra-se com agravo de instrumento.
O prazo para entrar com o agravo é contado a partir do momento em que foi publicado ou depois que o réu for intimado.
Tutela antecipada contra o poder público (União, estados, distrito federal, munícipios, autarquias, fundações): sempre irá para o segundo grau de jurisdição para um exame necessário, ainda que as partes não requeiram o recurso.
Pode-se requerer a tutela antecipada em face do poder público, porém não em qualquer hipótese. Hipóteses em que não pode:
Reclassificação ou equiparação de servidores públicos;
Concessão de aumento ou extensão de vantagens pecuniárias aos servidores públicos;
Concessão ou acréscimos de vencimentos;
Pagamento de vencimento e vantagens pecuniárias ao servidor público;
Situações que resultem o esgotamento parcial ou total, com a perda do objeto da ação nas situações anteriores.
Diferenças entre tutela antecipada e medida cautelar:
A medida cautelar tem natureza subsidiária e seu objeto é preservar o direito discutido na ação principal, ou seja, existirão duas lides: o processo cautelar e a ação principal que poderá ser processo de conhecimento ou processo executivo.
São os requisitos para a medida cautelar:
a) “Fumus boni juris”, fumaça do bom direito, é uma demonstração tênue do direito da parte. 
b) “Perículo em mora”: perigo da demora e/ou perigo a um bem deve ser protegido. 
Enquanto os requisitos da tutela antecipada (como já visto) são mais rigorosos e possui uma lide apenas.
Citação do réu
Conceito: é o chamamento do réu ao processo para que ele possa fazer sua defesa no prazo legal, sob pena de sofrer os efeitos da revelia. Através da citação o réu tem o conhecimento formal da ação que lhe foi proposta. (artigo 213, CPC)
O processo para ser válido deverá ter a citação inicial do réu, porém ele poderá aparecer espontaneamente (o que suprirá a falta de citação).
Prazos:
Procedimento sumário: será a audiência (artigo 277, CPC)
Procedimento ordinário: o prazo para oferecer a contestação é de 15 dias.
Cautelar: 5 dias.
Pessoas que devem ser citadas:
Se pessoa natural: poderá ser capaz (citado pessoalmente ou na pessoa de seu procurador, mas nesse caso a procuração deverá ter poderes especiais para receber a citação), relativamente incapaz (citada pessoalmente e neste ato ela deverá estar assistida por seu representante); pessoa incapaz (citada na pessoa do seu representante legal);
Pessoa jurídica: poderá ser pessoa jurídica de direito privado (é citada na pessoa de seu sócio ou quem o estatuto social determinar, em alguns casos especiais será citado por carta e será válida desde que chegue ao endereço) e pessoa jurídica de direito público (quando de grande porte são citadas na pessoa de seus procuradores e quando se tratar de municípios pequenos será citado o prefeito; as autarquias serão citadas na pessoa de seus diretores).
Pessoa formal: massas patrimoniais sem personalidade jurídica. Exemplo: no caso da massa falida quem será citado será seu inventariante, no caso do condomínio o sindico, no caso da herança jacente se o juiz não achar herdeiros ela passará a ser vacante, e os bens da herança vacante são encaminhados para o município, o juiz nomeará um curador e ele será citado (herança vacante = que está vagando / herança jacente = que está em estado provisório na qual morto o autor deixou bens, mas não deixou herdeiros conhecidos ou os herdeiros renunciaram a herança, ou seja, patrimônio sem destinatário).
Obas. Quando se tratar de ações conexas (dois dos três elementos da ação iguais) tramitando em juízos diferentes, entende o legislador que é mais conveniente que elas sejam reunidas no mesmo juízo para não haver julgamentos conflitantes. Essas ações são reunidas no juízo provento.
Juízo prevento: quando se tratar de circunscrição territorial distinta é prevento o juízo onde a citação ocorreu em primeiro lugar. Mas se se tratar da mesma competência territorial será prevento o juízo onde foi determinada a citação em primeiro lugar.
Alienação: o bem do litigio poderá ser alienado. Quem adquire coisa litigiosa sofre as consequências da coisa julgada.
Mora do devedor: constitui mora do devedor quando a citação for ordenada por juiz incompetente.
Interrupção da prescrição: só a propositura da ação não interrompe a prescrição, para interrompê-la será necessário que se cite do réu. 
Se o réu não puder ser citado por motivos alheios à culpa do autor, o prazo de citação retroagirá ao dia da propositura da ação.
Além disso, segundo o artigo 219, §3° CPC o juiz poderá prorrogar o prazo em até 90 dias caso réu não seja citado.
Se o réu morrer no decurso do prazo, o autor será quem deverá saber quem são seus herdeiros.
O juiz pode reconhecer a prescrição de oficio. (artigo 219, §5°)
Modalidades de citação: a citação será ficta quando feita através de um órgão ou de um terceiro em que se presume que o citando ou o intimando a tenha recebido (citação por edital e citação por hora certa). Ou será real quando feita pessoalmente (correio, mandado, por meio eletrônico).
Correio (artigo 222, CPC):
A citação pelo correio é a regra geral e as demais exceções. Realiza-se por carta do escrivão, encaminhada ao réu pelo correio, com aviso de recepção e por meio de carta registrada.
Caso o réu seja pessoa física quando receber a citação deverá assinar o recibo, mas quando for pessoa jurídica será válida a citação postal quando realizada no endereço da ré, mesmo que o aviso de recebimento seja firmado por simples empregado, sendo desnecessária a assinatura do representante legal da empresa.
O prazo para a resposta do réu só começa a fluir a partir da juntada do aviso de recepção nos autos.
Oficial de justiça:
Para realizar o ato citatório o oficial deve portar o competente mandado.
O oficial de justiça localizará o réu e procederá da seguinte maneira: I- far-lhe-á a leitura do mandado e lhe entregará a contrafé, que é uma cópia do mandado e seus anexos; II- certificará, sob a fé de seu ofício, o recebimento ou a recusa da contrafé pelo réu; III- obterá a nota de ciente, ou certificará que o réu se recusou a apô-la no mandado.
A citação será por mandado nas hipóteses de: a) ações de estado; b) réu incapaz; c) pessoa de direito público; d) processo de execução; e) réu residente em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; f) quando o autor requerer; g) quando a citação postal ser frustrada.
O mandado poderá ser também:
B1. Citação com hora certa: quando, por malícia do réu, o oficial de justiça não conseguir encontrá-lo para dar-lhe pessoalmente a ciência do ato de cuja pratica foi incumbido, a citação poderá ser feita de forma ficta ou presumida, sob a citação com hora certa onde o oficial intimará qualquer pessoa da família, ou, em sua falta, qualquer vizinho, que no dia imediato voltará, a fim de efetuar a citação na hora que designar.
São requisitos para a citação com hora certa: I. O oficial terá se procurar o réu em seu domicilio, por três vezes, sem localizá-lo; II. Deverá ocorrer suspeita de ocultação.
B2. Comarcas contíguas: o oficial de justiça exerce seu ofício dentro dos limites territoriais da comarca em que se acha lotado. Permite, contudo, o artigo 230, CPC que nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região metropolitana, possa o mencionado serventuário efetuar citações me qualquer delas.
Edital:
Este modo de citação tem cabimento apenas nos casos especiais previstos no artigo 231, CPC: I. Quando desconhecido ou incerto o réu; II. Quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontra o réu; III. nos casos expressos em lei.
Quando o citado por edital deixarde comparecer e contestar a ação, o juiz nomeia lhe um curador especial para acompanhar o processo em seu nome e defender seus interesses na causa.
Citação eletrônica (lei 11.419/2006):
Só os réus que anteriormente já se acharem cadastrados no Poder Judiciário para esse tipo de comunicação processual que poderão receber a citação por meio eletrônico. É uma forma alternativa para agilizar o judiciário.
Efeitos da citação: 
Na sistemática de nosso direito processual civil, a citação válida produz os seguintes efeitos (artigo 219, CPC): I – torna prevento o juízo; II – induz a litispendência; III- faz litigiosa a coisa; IV – constitui em mora o devedor, e V – interrompe a prescrição.
Intimação do réu
Conceito: intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos ou termos do processo, para que se faça ou deixe de se fazer alguma coisa.
Destinatários da intimação: partes, testemunhas, terceiros interessados, advogados, Ministério Público, serventuários.
Modalidades da intimação: serão modalidades da intimação as mesmas da citação: correio, oficial de justiça, edital e meio eletrônico. 
Da contestação (Artigos 300 e seguintes, CPC)
Conceito: trata-se de uma defesa apresentada pelo réu. Segundo o artigo 300, CPC o réu alegará na contestação toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e diz as de provas que pretende produzir (no ordinário será genérico [protesta pela produção de todas as provas pelo direito admitida] e no sumário deverá ser especifico), é na contestação também que o réu vai requerer intervenção de terceiros.
A contestação divide-se em defesa processual (quando o réu limita-se a arguir os vícios da relação processual e ataca o processo) e em defesa de mérito (o réu ataca o pedido).
Depois da contestação protocolada nada mais poderá ser acrescentado, mesmo se ela for protocolada antes do término do prazo.
Principio da eventualidade ou principio da concentração da defesa na contestação: toda matéria de defesa (quer de ordem processual, quer de mérito) deve ser arguida na contestação sobre pena de preclusão.
Defesa processual: a defesa processual se divide em:
Peremptória: caso a alegação seja acolhida pelo juiz haverá a extinção do processo sem resolução do mérito. 
Defesa dilatória: caso a argumentação seja acolhida pelo juiz haverá a paralisação momentânea do feito, regularizada a situação o feito retoma o seu curso normal.
Defesa de mérito: a defesa de mérito se subdivide em:
Defesa de mérito direta: se a defesa for direta o réu deverá impugnar ponto a ponto, o que não for impugnado torna-se incontroverso.
Defesa de mérito indireta: aqui o réu admite como verdadeiros os fatos alegados pelo autor, mas nega as consequências jurídicas, opondo outros fatos que são: extintivos, modificativos ou impeditivos do direito do autor.
Fatos extintivos: prescrição (artigo 189 e seguintes, CC) e decadência (artigos 207 a 211, CC), pagamento (artigo 304, CC) e remissão (perdoar) (artigo 385, CC); a ação será julgada improcedente.
Fato modificativo: novação da divida (artigo 360, CC);
Fatos impeditivos: compensação (artigo 368, CC), exceção do contrato não cumprido (artigo 476, cc) e retenção por benfeitorias (artigos 1219 CC e 744 CPC).
O réu poderá apresentar uma defesa de mérito direta e indireta juntos. E também apresentar uma contestação com defesa processual e com defesa de mérito. Uma não excluirá a outra.
Prazo para apresentar a contestação: no rito ordinário o prazo será de 15 dias, no sumário será a audiência e, se tratando de processo cautelar o prazo será de 5 dias.
Mais de um réu com advogados diferentes, os prazos dobram.
Quando a parte for a Fazenda Pública ou o ministério público o prazo para contestar será o quadruplo.
Defensoria tem prazo em dobro (lei n° 1060/50)
Impugnação do valor da causa: é elaborada em petição autônoma e protocolada no mesmo prazo/momento da contestação.

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