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Auditoria e Perícia Ambiental Prof. Rommel Feitosa, M.Sc. APRESENTAÇÃO 2 1Quem sou eu? 2Quem são vocês? 3O que nós estamos fazendo aqui? SINOPSE DA EMENTA Nesta disciplina o aluno irá se familiarizar com a Norma NBR ISO 14.001 – Sistemas de Gestão Ambiental, com objetivo de se preparar para realização de auditorias ambientais. Na área de Auditoria Ambiental, o aluno terá conhecimento para trabalhar com os requisitos da Norma NBR ISO 19.001 – Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental, para isso terá a oportunidade de estudar os princípios, objetivos, critérios, condução e documentos da auditoria. Ele será capacitado a compreender os requisitos necessários para realizar perícia ambiental. Todo este processo será realizado por meio de exposição dialogada, realização de exercícios práticos individuais e em grupo, visitas técnicas e estudos de casos que culminará na elaboração de relatório. 3 CRONOGRAMA DA DISCIPLINA 4 Data de Aula Conteúdo N 04/fev Apresentação da Disciplina - Principais Conceitos 1 11/fev Introdução a Auditoria e Pericia Ambiental - Perfil do Auditor, Legislação e Conceitos 2 18/fev Carnaval 3 25/fev Normas ISO e ABNT - Auditoria 4 04/mar Programa de Auditoria Auditorial Ambiental 5 11/mar Programa de Auditoria Auditorial Ambiental 6 18/mar Programa de Auditoria Auditorial Ambiental 7 25/mar Feriado - Data Magna 8 01/abr Revisão 9 08/abr Aplicação AP1 10 15/abr Programa de Auditoria Auditorial Ambiental - Estudos de Caso 11 22/abr Feriado - Tiradentes 12 29/abr Perícia Ambiental 13 06/mai Perícia Ambiental 14 13/mai Monitoramento Ambiental: Ar - Estudos de Caso 15 20/mai Valoração e Economia Ambiental 16 27/mai Estudos de Caso e Apresentação de Trabalhos 17 03/jun Revisão 18 10/jun Aplicação AP2 19 17/jun Aplicação de Provas Substutivas - AP1 e AP2 20 24/jun Aplicação EF 21 * Visita Técnica AVALIAÇÃO - REGRAS 5 • Avaliações Parciais – AP1 e AP2 • Apresentações de Estudos de Caso – Relatórios de Estudos Complementares – Atividades de Extensão – 1,0 na média de cada parcial • Direito a Substitutiva das APs • Nota menor que 7,0 - à Final e Superior a 7,0 Aprovado • Média inferior a 5,0 – Reprovado e Superior a 5,0 Aprovado • Faltas só serão abonadas com a devida justificativa na aula seguinte. • Atraso de 30 min levará falta no primeiro; • Evitar conversas e celulares na sala de aula; • Fiquem atentos as regras das avaliações que estarão descritas em cada prova, principalmente “não-pesque” • MA = Monitoramento Ambiental • Aula sem intervalo ou com intervalo? BIBLIOGRAFIA 6 Básica: TOCHETTO, Domingos. Perícia ambiental criminal. Campinas, SP: Milenium, 2010. SAROLDI, Maria José Lopes de Araujo. Perícia ambiental e suas áreas de atuação. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. CAMPOS, Lucila Maria de Souza; LERÍPIO, Alexandre de Ávila. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão. São Paulo: Atlas, 2008. Complementar: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO9001: sistemas de gestão da qualidade: requisitos. Rio de Janeiro, 2008. LA ROVERE, E. Lèbre. Manual de auditoria ambiental. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. RAGGI, Jorge Pereira; MORAES, Angelina Maria Lanna. Perícias ambientais: soluções de controvérsias e estudos de casos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005. GUERRA, Antonio J. Teixeira; CUNHA, Sandra B. Avaliação e pericia ambiental. São Paulo: Bertrand Brasil, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO14001: sistemas de gestão ambiental: requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA ORIGEM DA AUDITORIA AMBIENTAL • A origem da palavra auditoria vem do latim auditore, que significa aquele que ouve. A auditoria, como uma disciplina, surgiu no setor financeiro para o exame sistemático da contabilidade empresarial de acordo com as exigências legais e normas estabelecidas. • As auditorias ambientais ganharam importância em virtude da abordagem multidisciplinar do gerenciamento ambiental, baseado em leis, normas, regulamentos, relações com as partes interessadas - principalmente as comunidades – exigências de mercado e tantas outras questões associadas ao tema. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA ORIGEM DA AUDITORIA AMBIENTAL • As auditorias permitem uma constatação efetiva dos níveis de conformidade da atividade produtivas aos requisitos aplicáveis, notadamente aqueles de natureza legal e relativos à política da organização, o que induzirá a uma abordagem gerencial mais pragmática, adequada aos objetivos e metas organizacionais. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL • A auditoria ambiental surgiu nos Estados Unidos no final da década de 70, por meio de auditorias voluntárias, com o objetivo principal de verificar o cumprimento da legislação. • Ela era vista pelas empresas norte-americanas como uma ferramenta de gerenciamento utilizada para identificar, de forma antecipada, os problemas provocados por suas operações. • Essas empresas consideravam a auditoria ambiental como um meio de minimizar os custos envolvidos com reparos, reorganizações, saúde e reivindicações. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL • Muitas empresas aplicavam, também, a auditoria para se prepararem para inspeções da Environmental Protection Agency - EPA e para melhorar suas relações com aquele órgão governamental. • Na Europa, a auditoria ambiental começou a ser utilizada na Holanda, em 1985, em filiais de empresas norte-americanas, por influência de suas matrizes. • Em seguida, em outros países da Europa, a prática da auditoria passou a ser disseminada em países como Reino Unido, Noruega e Suécia, também por influência de matrizes americanas. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL • É na Europa, em 1992, no Reino Unido, que surgiu a primeira norma de sistema de gestão ambiental, a BS 7750 (BSI, 1994), baseada na BS 5770 de Sistema de Gestão da Qualidade, onde a auditoria ambiental encontra-se ali Normalizada. • Na sequência, outros países, como, por exemplo, França e Espanha, também apresentam suas normas de sistema de gestão ambiental e de auditoria ambiental. • Em 1993, começou a ser discutido o Regulamento da Comunidade Econômica Européia - CEE nº 1.836/93, em vigor a partir de 10 de abril de 1995, que trata do sistema de gestão e auditoria ambiental da União Européia (Environmental Management and Auditing Scheme - Emas). AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA H I S T Ó R I C O D A A U D I T O R I A AMBIENTAL: BRASIL No Brasil, a auditoria ambiental surgiu, pela primeira vez, por meio da legislação, no início da década de 90, quando da publicação de diplomas legais sobre o tema, citados a seguir: – Lei no 790, de 5/11/91, do Município de Santos-SP; – Lei no 1.898, de 16/11/91, do Estado do Rio de Janeiro; – Lei no 10.627, de 16/1/92, do Estado de Minas Gerais; – Lei no 4.802, de 2/8/93, do Estado do Espírito Santo; – Projeto de Lei Federal no 3.160, de 26/8/92; e – Anteprojeto de Lei do Estado de São Paulo; - Lei Complementar 272, de 03 março de 2004, Rio Grande do Norte AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA NORMALIZAÇÃO DA AUDITORIA AMBIENTAL NO BRASIL Internacionalmente,a auditoria ambiental sobre base normalizada começou a ser discutida em 1991 com a criação do Strategic Advisory Group on Environment – Sage no âmbito da ISO. A discussão se amplia mundialmente, em 1994, com a divulgação dos projetos de norma dentro da série ISO 14000. Em 1996, tais projetos de norma são alçados à categoria de normas internacionais, sendo adotadas pelos países participantes da ISO. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT apresentou, em dezembro de 1996, as NBR ISO 14010, 14011 e 14012, referentes à auditoria ambiental. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA SURGIMENTO DA NORMA 19011:2002 Em 2002 as Normas NBR ISO 14010, 14011 e 14012, foram revogadas com o lançamento da Norma ISO 19011 que estabelece diretrizes para auditoria em Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental. ■ Seções 1, 2 e 3: Escopo de uma Auditoria, Referências Normativas, Termos e Definições ■ Seção 4: Princípios da Auditoria ■ Seção 5: Gerenciando um Programa de Auditoria ■ Seção 6: Atividades de Auditoria ■ Seção 7: Competência e Avaliação de Auditores AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA OBRIGATORIEDADE DA AUDITORIA AMBIENTAL NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Desde 2003, encontra-se, em tramitação na Câmara dos Deputados, o PL nº1.254/2003 (CÂMARA, 2010c), que altera a Lei nº 6.938/81 com o objetivo de inserir os conceitos de auditoria ambiental, sistema da gestão ambiental, ativos e passivos ambientais na Política Nacional do Meio Ambiente e estabelecer, como um de seus instrumentos, a auditoria. Arquivos PDF AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA OBRIGATORIEDADE DA AUDITORIA AMBIENTAL NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA O PL nº 1.254/2003 estabelece que a AA seja periódica, realizada por entidade acreditada pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia) e que seus custos corram por conta da organização auditada. Deverá, em linhas gerais, aferir o desempenho ambiental da organização como um todo, avaliando os passivos ambientais e os custos a eles relacionados, bem como as medidas necessárias para sua correção e as responsabilidades dos agentes envolvidos. Por fim, determinada a publicidade dos resultados da AA. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA OBJETIVOS Identificar se uma determinada empresa ou órgão público cumpre certos requisitos estabelecidos em lei para a proteção e preservação do meio ambiente, visando: ■ facilitar o controle da gestão das práticas com eventual impacto ambiental; ■ avaliar a observância das políticas de ambiente da empresa; ■ a adoção de políticas, programas e sistemas de gestão ambiental; ■ a avaliação sistemática, objetiva, documentada e periódica das políticas, programas e sistemas de gestão; ■ a divulgação pública da informação sobre a performance ambiental da empresa. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA MOTIVAÇÕES PARA AUDITORIA § Desenvolver uma política ambiental corporativa; § Buscar conformidade legal; § Analisar as práticas gerenciais e as operações existentes; § Estimar os riscos e as responsabilidades; § Analisar procedimentos de respostas a emergências; § Melhorar a utilização dos recursos; § Aumentar a competitividade; § Criar vantagens competitivas estratégicas. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA FUNDAMENTOS DA AUDITORIA AMBIENTAL DEFINIÇÃO ■ É uma ferramenta que compreende uma avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva do desempenho de uma organização, do sistema de gestão e dos impactos ambientais, com fim de auxiliar a proteção ambiental por: ■ Facilitar o controle gerencial das práticas ambientais; ■ Avaliar a conformidade com as políticas da empresa, que devem incluir o atendimento aos requisitos regulatórios. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA DEFINIÇÃO SEGUNDO A NORMA BS 7750 (1992). ■ “Avaliação sistemática para determinar se o SGA e o desempenho ambiental estão de acordo com as providências planejadas, se estas providências estão efetivamente implementadas, e se são adequadas para atender a Política e Objetivos Ambientais da Organização”. FUNDAMENTOS DA AUDITORIA AMBIENTAL AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Auditor - Pessoa com competência para realizar uma auditoria. Cliente da Auditoria - Organização ou pessoa que solicita uma auditoria. Auditado - Organização que está sendo auditada. Constatação de Auditoria - Resultados da avaliação de evidências de auditoria coletada e comparada com os critérios de auditoria. Evidência de Auditoria - Registros, apresentação de fatos ou outras informações pertinentes aos critérios de auditoria, e verificáveis. Critério de auditoria - Conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos. IDÉIAS E CONCEITOS COMUNS PARA AS NORMAS ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 E BS 8800 AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS § QUANTO À APLICABILIDADE § QUANTO AO TIPO § QUANTO A EXECUÇÃO AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS QUANTO À APLICABILIDADE 1) AUDITORIAS DE PRIMEIRA PARTE § São auditorias internas realizadas e conduzidas pela própria organização para determinar se o sistema e os procedimentos estão possibilitando, e melhorando progressivamente, o desempenho ambiental da organização de acordo com seus objetivos. § Esta auditoria é iniciativa da própria organização para melhorar a eficiência e deve ser vista como oportunidade positiva para que cada área se beneficie do trabalho da equipe de auditoria, com ênfase nas questões ambientais. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 2) AUDITORIAS DE SEGUNDA PARTE § São realizadas por partes que têm um interesse na organização, a exemplo do fornecedor. A finalidade dessas auditorias pode ser exercer pressão para melhorar o desempenho ambiental da cadeia produtiva como um todo além de proporcionar a identificação e estimativa dos efeitos de uma organização no ciclo de vida do produto. 3) AUDITORIAS DE TERCEIRA PARTE § São consideradas como serviços, uma vez que são realizadas por organização externa de auditoria independente, tais como organizações que provêem certificados ou registros de conformidade com os requisitos da Norma NBR ISO 14001. TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA QUANTO AO TIPO 1) AUDITORIA OU ANÁLISE CRÍTICA AMBIENTAL • É um tipo normalmente empreendido por organizações que não possuem SGA formal ou abrangente, constituindo-se em uma análise interna relacionada às próprias operações ambientais da empresa com a finalidade de avaliar o nível de atendimento às conformidades e de desempenho ambiental. • Uma das principais motivações é o gerenciamento de risco da atividade através da abordagem pró-ativa. (Campos, Lerípio, 2009) TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA • QUANTO AO TIPO 2) CONFORMIDADE (COMPLIANCE) § As auditorias de conformidade podem ser realizadas em vários níveis, dependendo do escopo definido entre as partes interessadas. Podem incluir avaliaçõesde diferentes origens, como: § exigências legais atuais ou futuras; § normas e diretrizes do setor industrial; § políticas ambientais e normas internas; § melhores práticas ambientais, entre outras. TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA QUANTO AO TIPO 3) FASE I E FASE II § A auditoria ambiental de Fase I geralmente é genérica, envolvendo uma ampla variedade de questões. È importante na identificação de possíveis fraquezas nas práticas e controles relacionados a cada uma das questões ambientais em pauta. § Já as auditorias ambientais de Fase II investigam questões específicas que causam preocupação ou os benefícios potenciais destacados durante a Fase I. Como exemplo, uma auditoria de Fase I poderia identificar uma possível contaminação no solo, causada por infiltração de material oleoso. A auditoria de Fase II seria responsável por investigar o local, coletando amostras e realizando análises físico-químicas com o objetivo de comprovar se houve ou não real contaminação. TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA QUANTO AO TIPO 4) AQUISIÇÃO, FUSÃO E ALIENAÇÃO (DUE DILIGENCE) § Este tipo de auditoria ambiental é normalmente solicitada por um comprador, intermediário ou cessionário em uma transação comercial, tal como fusão, aquisição ou ainda compra de ações. § A principal motivação para uma auditoria de due diligence é a de querer evitar que se assuma uma responsabilidade por riscos ambientais em potencial ou algum tipo de passivo ambiental. TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA QUANTO AO TIPO 4) AQUISIÇÃO, FUSÃO E ALIENAÇÃO (DUE DILIGENCE) • Normalmente ocorre em três fases: • Fase I: uma investigação e avaliação sistemática de todos os problemas ambientais reais e potenciais associados à instalação. • Fase II: um estudo intrusivo, utilizando técnicas de amostragem e estimativas científicas, visando confirmar e/ ou descobrir a extensão dos possíveis problemas descobertos na fase I. • Fase III: ações corretivas para remover ou reduzir os riscos ambientais identificados (quando necessário e acordado). TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA QUANTO AO TIPO 5) SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL § São recomendadas para as organizações que possuam ou estejam implementando um Sistema de Gestão Ambiental – SGA, conforme a norma ISO 14001. § As auditorias do SGA podem ser: § auditoria de pré-certificação ou auditoria inicial: visa identificar algum ponto no sistema que ainda necessita de ajustes; § auditoria de certificação: É o resultado desta auditoria que vai conferir a recomendação ou não do sistema para certificação. § auditoria de manutenção: Recomenda-se que seja feita de 6 em 6 meses ou pelo menos uma vez ao ano entre a auditoria de pré-certificação e a de certificação. § auditoria de recertificação: normalmente ocorre de 2 a 3 anos após a auditoria de certificação. TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA QUANTO AO TIPO 6) AUDITORIAS DE QUESTÕES ISOLADAS OU DE DESEMPENHO • Constitui-se por análises críticas do desempenho ambiental em uma área particular, e podem ser divididas em: – auditoria de atividade: realiza a análise crítica em uma atividade particular, mesmo que envolva outras instalações. – auditoria de processo: avalia a tecnologia e as técnicas de controle de um processo para verificar se seu desempenho ambiental pode ser melhorado. – auditoria de questões emergentes: antecipação de um cenário futuro com a finalidade de avaliar a extensão da capacidade da organização para responder a novos desafios. TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA QUANTO A EXECUÇÃO 1) AUDITORIA INTERNA § Busca o aperfeiçoamento e o monitoramento das normas traçadas pela empresa. Pode ser executada por pessoas pertencentes à própria organização auditada ou independentes da unidade auditada e especializadas no objeto de auditagem. § Auto-avaliação periódica, visando obter informações gerenciais para orientar e regenerar o SGA ou o desempenho ambiental. § É vista como auditoria de primeira parte. TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA QUANTO A EXECUÇÃO 2) AUDITORIA EXTERNA § É executada por pessoas independentes da empresa, isto é, sem qualquer subordinação à empresa que está sendo auditada. § É utilizada pela organização no caso de certificação do seu SGA (3ª parte) ou para auditoria efetuada por uma parte interessada (2ª parte). É vista como auditoria de segunda e terceira parte. § Exemplos: auditoria de fornecedor é uma auditoria externa de segunda parte e auditoria de certificação é uma auditoria externa de terceira parte. TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA CARACTERÍSTICAS DAS AUDITORIAS LEGITIMIDADE. • Trata-se de uma atividade autorizada pela administração da empresa, no caso de auditorias internas, e são previstas em cláusulas contratuais, autorizadas mediante perspectiva de fornecimento, ou previstas em legislação, no caso de auditorias externas. PLANEJAMENTO / PROGRAMAÇÃO. • São programadas com antecedência, pois não seriam realizadas somente em época de crise. Portanto, são realizadas com o prévio conhecimento e na presença das pessoas cuja atividade esteja sendo objeto de auditoria. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA MÉTODO CONSISTENTE. • Por serem um estudo de práticas e experiências reais e evidentes comparadas com os preceitos da boa prática, as auditorias se constituem em uma investigação metódica com objetivo definido. • A prática das auditorias devem ser realizadas por pessoal experiente, bem treinado e independente da área / atividade auditada. TRANSPARÊNCIA. • O levantamento das evidências durante a auditoria deve ser feita de forma franca e os pontos deficientes são discutidos previamente, antes do envio do relatório à alta administração. CARACTERÍSTICAS DAS AUDITORIAS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA EFEITO RETROALIMENTAÇÃO • Os resultados e recomendações são analisados de modo construtivo, e a verificação do cumprimento das ações corretivas demonstra o ciclo de evolução do sistema. Fica claro que a auditoria não tem ação disciplinar ou punitiva, mas tem ação corretiva de aprimoramento. • A característica fundamental das auditorias, que é a sua independência em relação ás atividades áreas a serem auditadas. • Pressupõe-se, dessa maneira, a isenção de qualquer envolvimento do grupo auditor com as referidas atividades ou áreas. CARACTERÍSTICAS DAS AUDITORIAS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA § Auditorias são caras; § Auditorias devem ser bem planejadas; § Auditorias não devem ser “de surpresa”; § Sempre ajuste as datas de forma conveniente para ambas as partes. CARACTERÍSTICAS DAS AUDITORIAS RESUMO GERAL – AULA 01 AUDITORIA AMBIENTAL APLICABILID ADE AUDITORIAS DE PRIMEIRAPARTE AUDITORIAS DE SEGUNDA PARTE AUDIITORIA S DE TERCEIRA PARTE TIPO ANÁLISE CRÍTICA AMBIENTAL CONFORMID ADE FASE I E FASE II AQUISIÇÃO SGA QUESTÕES ISOLADAS OU DE DESEMPENH O EXECUÇÃO INTERNA EXTERNA AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA BOAS PRÁTICAS NOS PROCESSO DE AUDITORIAS § As avaliações devem ser realizadas, preferencialmente, nos locais onde os trabalhos são executados; § Não concluir antes de se certificar do fato constatado; § Uti l izar l inguagem direta tanto para qualquer questionamento ou para expor suas conclusões; § Ter um tratamento interpessoal; § Não interromper ou mandar interromper os serviços em execução; § Seguir a orientação do auditor líder; AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA § Desenvolver as ações de sua responsabilidade de forma organizada; § Nunca dirigir qualquer crítica às pessoas, e se o fizer que seja somente aos fatos; § Reportar-se somente ao pessoal responsável pela atividade; § Comprovar pessoalmente qualquer informação recebida. BOAS PRÁTICAS NOS PROCESSO DE AUDITORIAS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA COLETA E AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS Ø Por definição, evidências objetivas são todas as informações colhidas durante a realização de uma auditoria. As evidências objetivas podem ser classificadas da seguinte forma: Ø Evidências físicas: quando se trata de objetos físicos que podem ser tocados ou quando há observações referentes à desorganização, negligência, impacto negativo ao meio ambiente etc. Alguns exemplos: a descarga de efluentes líquidos não controlados adequadamente, emissões atmosféricas tóxicas, resíduos sólidos dispostos em lugares impróprios, equipamentos descalibrados, atividades realizadas incorretamente e outros. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Ø Evidências documentais : que podem ser comprovadas por documentos ou através de materiais impressos que possam ser rastreados. Ø Como exemplos podem ser citados: a realização de procedimentos que possam causar impactos ambientais, mas não documentados, manuais com interpretações incorretas, falhas nos documentos do sistema, deficiências nos cadastros, mapas, registros do sistema etc COLETA E AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Ø Evidências comportamentais: essa modalidade não pode ser considerada como evidencia objetiva de auditoria, mas pode ser usada como uma observação a partir da qual se busquem mais informações. Ø Evidências verbais: referem-se às declarações obtidas em entrevistas com os operários, gerentes, supervisores, quando questionados a respeito de situações reais, ocasionais ou hipotéticas. A evidência verbal, a exemplo da evidência comportamental, deverá ser complementada por outras para se tornar uma evidência objetiva. COLETA E AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA COMPORTAMENTO DO AUDITOR O sucesso de uma auditoria está diretamente ligado ao comportamento do auditor, e, portanto, devem ser seguidas algumas premissas: § Estar preparado de forma a executar a auditoria. Tentar prever ao máximo situações possíveis; § Evitar apresentar surpresas ao auditado. Discutir de forma a solucionar qualquer impasse; § Buscar objetividade e obter dados reais, evitar opiniões pessoais e só se basear em fatos concretos que possam ser evidenciados. § Negociar os limites de interferência e intrusão. Discutir com o auditado a necessidade de quebra de eventuais procedimentos de segurança industrial ou equivalentes; AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA § Opinar em bases éticas e de confiança. Não atacar as pessoas, e sim fatos concretos. Ser claro em suas explicações e não ter medo de falar a verdade; § Motivar as pessoas das áreas auditadas para a melhoria; § Mostrar ao auditado que a identificação das não conformidades tem como objetivo propiciar uma melhoria do sistema, e não uma punição; § Persuadir, não impor. Mostrar ao auditado os riscos de não conformidades dentro do SGA e, portanto, a necessidade de correções no Sistema. COMPORTAMENTO DO AUDITOR AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA DEVERES DO AUDITOR Conhecer os objetivos. § Caso os objetivos não sejam compreendidos, a auditoria não cumprirá a sua missão. O esforço de saber o que tem a realizar é uma característica marcante do auditor. COMPORTAMENTO DO AUDITOR AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA DEVERES DO AUDITOR Conhecer os Controles. § Uma empresa trabalha em atividades básicas; Planejamento, Organização e Controle. § Para o auditor, o controle tem particular importância, pois é uma ferramenta que indica como deve ser avaliado o nível de satisfação ao atendimento a um determinado processo em relação aos seus requisitos. § Ele deve conhecer como lidar com estes valores e saber quais são estes controles existentes na empresa. COMPORTAMENTO DO AUDITOR AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA DEVERES DO AUDITOR Conhecer o Escopo (Alcance da Auditoria) § É preciso compreender que só pode opinar a respeito da população, ou da parte que acaba de testar. Não se pode manifestar sobre o que não examinou. Conhecer os Fatos § Um fato concreto é uma ocorrência real, ou condição efetiva (algo que, indiscutivelmente, aconteceu) uma realidade absoluta, ao contrário de uma simples suposição ou opinião. E para não dizer inequivocadamente “eu verifiquei”, o auditor deve ter certeza de que de fato “verificou”. COMPORTAMENTO DO AUDITOR AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA COMPORTAMENTO DO AUDITOR • COMPORTAMENTO DO AUDITOR • Conhecer os Efeitos. • A tendência de atribuir valor a banalidades deve ser evitada. Pra isto ao deparar com um desvio, o auditor deve fazer a pergunta “Qual é o efeito disso?” • Se for desfavorável, significativo, e continuado, sem dúvida ele deve chamar a atenção da pessoa que tem o dever de corrigir o problema e que deve verificar se a correção foi feita. • Conhecer as Pessoas. • Nas relações de trabalho, deve-se praticar a empatia para com os auditados colocando-se efetivamente no lugar destes. Eles perceberão sua empatia, a apreciarão, e isso facilitará a obtenção das informações necessárias. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA COMPORTAMENTO DO AUDITOR • Comportamento na Fase de Conclusões • Ao final da auditoria, comentários adicionais devem ser efetuados quanto ao comportamento do auditor líder: Ø Agradecer a assistência e hospitalidade recebida no Setor; Ø Explicar que a avaliação foi efetuada com base em amostras significativas das atividades executadas no Setor; Ø Explicar que somente as discrepâncias observadas e testemunhadas pelos funcionários do Setor serão reportadas e que o relatório virá em breve; AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Ø Explicar que a ênfase necessária nos aspectos negativos não significa que não foram identificados aspectos positivos; Ø Fornecer um resumo das observações de forma impessoal, precisae direta; Ø Permitir o benefício da dúvida; Ø Discutir e acordar ações apropriadas para o follow-up; Ø Apresentar relatório com as observações e recomendações apresentadas, em linguagem impessoal, direta, clara e precisa, sem surpresas. Atenção deve ser dada a precisão de números constatados. COMPORTAMENTO DO AUDITOR AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Ø Para o bom andamento da auditoria, o auditado também deverá atuar de forma a tender alguma premissas básicas que são: Ø Colaborar para o bom andamento da execução da auditoria; Ø Manter-se isento de discriminação ou receios indevidos; Ø Prestar explicações que lhe forem solicitadas; Ø Não entrar em outros assuntos que forcem uma apresentação de atividade ou documentos reservados de sua empresa, ou não ligados à auditoria COMPORTAMENTO DO AUDITOR AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Ø Saber ouvir, ou seja, não se adiantar; ter certeza de que entendeu o que o auditor solicitou; Ø No caso de qualquer dúvida em relação ao escopo da auditoria ou à validade de solicitações feitas pelos auditores, solicitar imediatamente, e antes de tomar qualquer ação, as explicações necessárias. COMPORTAMENTO DO AUDITOR AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA PROBLEMAS CAUSADOS PELO AUDITOR • Eis os principais problemas causados pelo Auditor: Ø Objetivo da Auditoria mal definido ou mal entendido; Ø Auditoria mal preparada em termos de conteúdo e desenvolvimento ao longo do tempo; Ø Capacitação inadequada dos auditores; Ø Ausência de follow-up após a auditoria; Ø Insuficiência de tempo para condução da auditoria. AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL – 2015.1 ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA PROBLEMAS CAUSADOS PELO AUDITADO Eis algumas situações que o Auditado pode comprometer a auditoria: Ø Informações espontâneas; Ø Auto recomendação; Ø Os conflitos políticos internos; Ø As divagações de ambas as partes; Ø A ocultação ou camuflagem de informações.
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