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Questões para Prova1

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
INSTITUTO DE FLORESTAS 
DEPTO. DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS 
 
Manejo de Paisagens – IF129 Primeiro semestre de 2013 
 
ALUNO: MATRÍCULA: 
ASSINATURA: 
 
Questões 
Dissertar sobre: 
1- O Plano de Ação e as suas etapas. 
2- Os tipos de energia que alteram a superfície da Terra. 
3-Os processos de alteração da superfície da Terra: erosão. 
4- A evolução da paisagem. 
5- A exposição de vertentes à gravidade, à energia solar e ao ciclo hidrológico. 
6- Sítio, unidade territorial e sistema territorial. 
7- Fragmentos, corredores e matriz. Estruturas e seus descritores na Ecologia da Paisagem. 
8 - As características plásticas da árvore. 
9 - Os tipos composicionais da paisagem. 
10 - Os fatores de observação e análise cênica dependentes do observador. 
11 – O método de elaboração de projeto de arborização. 
12- Os princípios da composição. 
 
Respostas: 
 
1- Plano de ação é o conjunto de atividades realizadas para a intervenção e o manejo, visando o uso e 
a conservação de determinado recurso. 
1º Passo Objetivo: saber com clareza o objetivo a ser alcançado, não sendo somente de visão 
técnica. 
2º Passo Planejamento: envolve uma série de subfases de instrumentalização, como: 
Levantamento de informações; (análise dos componentes: solo, organismos, geologia, etc) - 
estudos (diagnose-método que confronta restrições com o potencial de uma área), zoneamento, 
mapa de uso do solo (prognose – o que terá como reflexo determinada atividade), mapas 
temáticos, relatório de impacto ambiental; Coordenação - construção de instrumento de 
planejamento (planos, que inclui organizar e definir o melhor procedimento para alcançar os 
objetivos, os planos delineiam as decisões de caráter geral, as suas grandes linhas políticas, suas 
estratégias e suas diretrizes; programas, que inclui basicamente um aprofundamento do plano: os 
objetivos setoriais do plano irão constituir os objetivos gerais do programa, é a setorização do 
plano; e projetos que são instrumentos que permitem que um engenheiro de campo execute, 
incluindo detalhes, o projeto é o documento que sistematiza e estabelece o traçado prévio da 
operação de uma unidade de ação, a elaboração de projetos, em geral , acompanha um roteiro 
predeterminado, o qual , via de regra, é definido de acordo com as necessidades e exigências.) 
3º Passo Execução – realização do projeto. 
4º Passo Controle – verificação se a execução do projeto se deu de acordo com o que foi 
planejado. 
5º Passo Avaliação – verificação se o que foi planejado (e executado conforme o planejado) 
deu certo. Caso contrário, voltar para o planejamento. 
 
 
2- (BLOOM, A. L. – SUPERFÍCIE DA TERRA) 
Exógenas (energias não desenvolvidas na Terra): Solar (cal/min./cm²) – hídrica: todos os 
aspectos do ciclo hidrológico se relacionam a geomorfologia, ressaltando o escoamento que pode 
erodir e transportar detritos rochosos para o mar muito rapidamente. Também os ventos; 
Gravidade da lua (marés) e do sol: Este dois corpos formam marés não só na água, mas também 
em rochas. As variações cíclicas causadas pelas marés permitem o ataque das costas que se somam 
as ondas oceânicas numa amplitude vertical de até vários metros. Com isso, a energia do impacto 
das ondas é aplicada a maior área de rochas costeiras do que seria, se o nível do mar fosse fixo, 
formando o contorno das costas. 
Endógenas (energias geradas na Terra): Gravidade da terra: As partículas rochosas, tanto quanto 
as gotas de chuva são atraídas para o centro da Terra pela força da gravidade. Quando o material 
rochoso se move encosta abaixo sob influência da gravidade, mas sem agente de transporte de 
água corrente ou gelo de geleira, o processo é denominado movimentos do regolito, este incluem 
não só eventos espetaculares, como deslizes de terra e avalanches, mas também processos lentos. 
Calor interno: A maioria das grandes formas de relevo provavelmente com concentrações de 
calor interno, como os vulcões. Um segundo aspecto influencia no processo geomórfico: o 
derretimento da base de geleiras temperadas, com isso, a presença de uma delgada película de 
água mudará radicalmente a velocidade do movimento da geleira e a ação da geleira na sua base 
(embasamento rochoso) causando erosão e deposição. Tectônica: associado aos movimentos 
tectônicos, que são provocados por forças do interior da Terra, tem-se vários padrões de 
relevo. Os movimentos que ocorrem no interior da Terra de forma lenta e prolongada são 
chamados de diatrofismos. Podem ser classificados em epirogênese e orogênese. Na 
epirogênese, os movimentos da crosta são lentos e verticais. Como as rochas são resistentes 
e de pouca plasticidade, os blocos continentais podem se fraturar, sofrendo levantamentos (o 
bloco levantado chama-se horst) ou abaixamentos (o bloco rebaixado chama-se graben). 
Podem formar bacias sedimentares e terraços fluviais. Na orogênese, as pressões são 
exercidas de forma horizontal, são movimentos intensos e compressivos sobre rochas de 
maior plasticidade que se encurvam, enrugam, são os dobramentos que dão origem a 
montanhas e cordilheiras como as Montanhas Rochosas, Andes, Apalaches, Pirineus, Atlas, 
Alpes, Cárpatos e Himalaia. 
 
 
3- Transporte de partículas soltas através da água e do vento que causamobilização, arraste e 
deposição de partículas de solo. O desmatamento reduz a infiltração da água da chuva, ao mesmo 
tempo em que favorece a erosão dos solos (fluxo por terra) com inumação dos talvegues. O 
assoreamento da calha fluvial ou elevação do talvegue em função do assoreamento diminui a 
capacidade de vazão de um rio. Com o acréscimo das intensidades pluviométricas (chuvas 
torrenciais), o aumento do escoamento pluvial ou do fluxo por terra leva ao transbordamento do 
canal fluvial, dando origem às enchentes. Deve-se acrescentar, ainda, que a erosão pode também 
se dar pelo fenômeno de eustatismo, que resulta da elevação (eustatismo positivo) ou abaixamento 
(eustatismo negativo) do nível da água oceânica em relação ao continente, o que pode estar 
associado tanto a mudanças climáticas como aos fenômenos tectônicos. Geralmente esse processo 
acontece nas fases glaciais e interglaciais. 
 
 
 
4- (FONTE: GEOMORFOLOGIA - VALTER CASSETI WWW.FUNAPE.ORG.BR) 
 Linha Davis: Para ele, o relevo se definia em função da estrutura geológica, dos processos 
operantes e do tempo, O sistema de W.M Davis (1889), fundamentado no conceito de nível de 
base de Powell (1875), sugere que o processo de denudação inicia-se a partir de uma rápida 
emersão da massa continental. Diante do elevado gradiente produzido pelo soerguimento em 
relação ao nível de base geral, o sistema fluvial produz forte entalhamento dos talvegues, 
originando verdadeiros canyons , que caracterizam o estado antropomórfico denominado de 
juventude. A idéia mais importante é a de que os rios não podem erodir abaixo do seu nível de 
base. Davis, portanto, se viu obrigado a completar o conceito de nível de base com outro 
fundamental, o de “equilíbrio'', para o que se utilizou da idéia de balanço entre a erosão e a 
deposição. O trabalho comandado pela incisão vertical do sistema fluvial desaparece com o 
estabelecimento do perfil de equilíbrio ( Fig. 1.2 ), quando a denudação inicia o rebaixamento dos 
interflúvios, marcando o fim da juventude e o começo da maturidade. Alguns escritos em alemão 
de Davis abordam os possíveis efeitos de levantamento e erosão consecutivos.O processo denudacional que individualiza a maturidade, para Davis, caracteriza-se pelo 
rebaixamento do relevo de cima para baixo ( wearing-down : desgastar para baixo), o que torna 
necessário admitir a continuidade da estabilidade tectônica, bem como dos processos de erosão ( 
Fig. 1.3 ). 
 
 
 
A evolução considerada tende a atingir total horizontalização topográfica, estágio denominado de 
senilidade, quando a morfologia seria representada por extensos “peneplanos”, às vezes 
interrompidos por formas residuais determinadas por resistência litológica, denominadas 
monadnocks . Nesse instante haveria praticamente um único nível altimétrico entre interflúvios e 
os antigos fundos de vales (níveis de base), os quais estariam representados por cursos 
meandrantes (para Davis a meandração significava a senilidade do sistema fluvial), com calhas 
aluviais inumadas pela redução da capacidade de transporte fluvial ( Fig. 1.4 ). 
 
 
Para Davis (1899), o relevo, ao atingir o estágio de senilidade, seria submetido a novo 
soerguimento rápido, que implicaria nova fase, denominada rejuvenescimento, dando seqüência ao 
ciclo evolutivo da morfologia. 
Conforme Carson & Kirkby (1972), existem duas suposições-chave no sistema descritivo: a 
primeira é a de que a emersão e a denudação não podem ocorrer concomitantemente, ou seja, a 
denudação pode somente adquirir alguma importância quando a massa de terra estiver 
tectonicamente estável. A segunda é a suposição de que os rios sofrem duas fases de atividades: 
rápida incisão inicial e depois virtual repouso, uma vez atingido o estágio de equilíbrio. A 
condição de “virtual” repouso significa a continuidade evolutiva, sem assumir o esforço indutivo 
evidenciado na situação anterior. 
Considerações ao sistema ou modelo proposto por Davis têm sido apontadas em ambas as 
suposições, partindo do princípio de que o processo de soerguimento não pode estar dissociado 
dos efeitos denudacionais, ou seja, ao mesmo tempo em que o relevo encontra-se em ascensão por 
esforço tectônico, os processos morfogenéticos estarão atuando. Considerando os resultados de 
evidências empíricas de que efeitos orogênicos modernos se aproximam de 7,5 metros a cada 
1.000 anos, dados apresentados por Tsuboi (1933) para o Japão (valor comparável com as medidas 
atuais de ajustamento isostásico em áreas recobertas por geleiras pleistocênicas), torna-se 
inadmissível a idéia da referida dissociação. Também seria improcedente a idéia de uma 
estabilidade tectônica, da juventude até a senilidade, uma vez que, com base em níveis modernos 
de erosão, a denudação de aproximadamente 1.500 metros de material requereria, provavelmente, 
entre 3 a 110 milhões de anos (Schumm, 1963). Para Davis, seriam necessários de 20 a 200 
milhões de anos para o aplainamento das cadeias de montanhas, como as falhas de Utah, tempo 
mais que suficiente para manifestações de natureza tectodinâmica. A impossibilidade de se admitir 
estabilidade tectônica absoluta por um período geológico tão prolongado inviabiliza inclusive a 
idéia de se atingir o referido “virtual repouso'', o que faz supor o estabelecimento do perfil de 
equilíbrio imaginário. Torna-se difícil admitir a possibilidade de um período de estabilidade tão 
prolongado para permitir o desenvolvimento do peneplano de Davis, caracterizando uma certa 
comodidade esquemática. Davis desconsiderou ainda a possibilidade de mudanças climáticas 
“acidentais'' no modelo, o que resultaria em deformação no sistema imaginado. 
 
 
Linha Penck: Conforme foi dito, W. Penck foi um dos principais críticos do sistema de Davis, 
sobretudo ao afirmar que a emersão e a denudação aconteciam ao mesmo tempo ( Fig. 1.5 ), 
atribuindo desse modo a devida importância aos efeitos processuais. As críticas de Penck 
fundamentam-se no método empregado por Davis e na ausência de conexão com a ciência 
geográfica, uma das principais preocupações da escola germânica. Para Davis, a denudação (BC) 
só teria início após o término do soerguimento (AB), enquanto que para Penck a denudação (B´C) 
é concomitante ao soerguimento (AB´), com intensidade diferenciada pela ação da tectônica (Fig. 
1.5 ). 
 
 
 
 
Penck (1924) procura demonstrar a relação entre entalhamento do talvegue e efeitos denudacionais 
em função do comportamento da crosta, que poderia se manifestar de forma intermitente e com 
intensidade variável, contestando o modelo apresentado por Davis: rápido soerguimento da crosta 
com posterior estabilidade tectônica, até que se atingisse a suposta senilidade, quando nova 
instabilidade proporcionaria a continuidade cíclica da evolução morfológica. 
 
Penck (1924) propunha que em caso de forte soerguimento da crosta, ter-se-ia uma correspondente 
incisão do talvegue, que por sua vez implicaria aceleração dos efeitos denudacionais em razão do 
aumento do gradiente da vertente. Admitindo-se que o efeito denudacional não acompanhasse de 
imediato a intensidade do entalhamento do talvegue, ter-se-ia o desenvolvimento de vertentes 
convexas. Conclui-se que Penck levou em consideração a noção de nível de base local e a 
correspondência entre soerguimento, incisão e denudação, valorizando a relação processual, 
própria da concepção germânica. Uma segunda situação apresentada por Penck (1924) é a de que, 
existindo um soerguimento moderado da crosta, com proporcional incisão do talvegue, poderia 
ocorrer uma compensação equilibrada pelos efeitos denudacionais, proporcionando o 
desenvolvimento de vertentes retilíneas ou manutenção do ângulo de declividade, o que foi 
denominado por ele de “superfície primária'' . 
Por último conclui-se que, quando a ascensão da crosta é pequena, ocorre um fraco entalhamento 
do talvegue, sendo a denudação superior o que propicia o desenvolvimento de vertentes côncavas. 
 
Enquanto Davis afirmava que o relevo evoluía de cima para baixo ( wearing-down , Fig.1.8b ), 
Penck acreditava no recuo paralelo das vertentes ( wearing-back , ou desgaste lateral da vertente, 
Fig. 1.8a ), constituindo-se no modelo aceito para o entendimento da evolução morfológica. 
 
 
 
Penck critica Davis, pois nem todas as paisagens são explicadas por sua teoria. Não 
necessariamente uma paisagem inicial será exposta totalmente. Depende da velocidade sortimento 
e tem o recuo da vertente transversal. Penck é mais adequado às paisagens áridas e semi-áridas 
 
Quaternário: Fundamenta-se que a formação das paisagens ocorre por meio de correntes 
marítimas, o sistema dessas correntes ao longo dos anos sofre modificações podendo inverter o 
clima. Bigarella et al (1994) consideram que “as mudanças periódicas e drásticas das condições 
climáticas durante o Quaternário influíram na distribuição das massas de ar e no sistema dos 
ventos. O regime da temperatura global foi, por conseguinte, amplamente afetado pela 
transferência de calor através das correntes marinhas e aéreas. Assim, sob diferentes condições 
climáticas tem-se diferentes tipos de intemperismos, com depósitos correlativos diferenciados. 
Exemplo: A Amazônia já foi árida ou semi-árida e hoje é quente e úmida, ocorrendo alterações no 
nível do mar e temperatura. 
 
Tabuliforme: Característica da paisagem Amazônica, consequência de dois tipos processos: platôs 
de testemunha e vales – solo. O relevo tabuliforme, caracterizado por uma seqüência de camadas 
sedimentares horizontais ou subhorizontais, associadas ou não a derrames basálticos intercalados, 
embora elaborado pelos mecanismos morfoclimáticos, reflete diretamente a participação da 
estrutura. Trata-se de formas estruturais, caracterizadas por sequências sedimentares 
horizontalizadas, cuja disposição tabular pode diferirdaquelas resultantes de processo de 
pediplanação em estruturas não-horizontais. Ressalta-se que a pediplanação também se dá em 
estruturas horizontais, com estreita correspondência entre a superfície de erosão e o 
comportamento dos estratos. Os relevos tabulares tendem a ocorrer com maior freqüência no 
interior das bacias sedimentares, dada a disposição horizontalizada dos estratos. As formas mais 
comuns nas estruturas concordantes se caracterizam por chapadões, chapadas e mesas, em ordem 
de grandeza. Tais formas são geralmente mantidas à superfície, por camadas basálticas ou por 
sedimentos litificados de maior resistência. Quando submetidas a processo de pediplanação, 
podem estar associadas a concreções ferruginosas, com vegetação xeromórfica, provavelmente 
ligada às condições ambientais áridas ou semi-áridas que deram origem à superfície erosiva. O 
início da evolução dos relevos tabuliformes, sobretudo no caso brasileiro, encontra-se relacionado 
a uma fase climática úmida, responsável pela organização do sistema hidrográfico sobre um 
pediplano em ascensão por esforços epirogenéticos. 
 
5- As consequências da exposição de vertentes geram algumas características do solo como: 
Mozaicidade – o território (paisagem) pode ser dividido em pedaços (células). Essa divisão ocorre 
devido às diferenças das forças que atuam em cada porção e os processos resultantes. É possível 
separar cada porção através da caracterização dos componentes ecológicos resultantes dos fluxos e 
do acúmulo de energia e matéria. Orientacionalidade – ocorrência de processos orientados 
também em células gerando características diferentes . Encadeamento - gera unidades encadeadas 
de processos,, em paisagens contínuas pode-se fazer previsões 
 
6- São níveis hierárquicos que auxiliam no reconhecimento de paisagens similares. Sítio – parte da 
superfície terrestre que para todos os propósitos práticos é uniforme em seu interior quanto a 
geomorfologia, solo e a vegetação, sendo a menor unidade holística da paisagem e caracterizada 
pela homogeneidade de pelo menos um atributo da terra. Unidade territorial – conjunto de sítios 
separados no espaço que apresentam as mesmas características de solo, vegetação e relevo. 
Sistema territorial – grupo de repetições das mesmas unidades territoriais, seu limite geralmente 
coincide com alterações geomorfológicas ou geológicas visíveis. 
 
7- Fragmento – porção do território não linear que apresenta uma aparência diferente do entorno. 
Quatro categorias comuns na literatura podem ser reconhecidas: de perturbação, de remanescente, 
de distribuição de recursos ambientais e agrícolas. Descritores: tamanho (aspecto mais notável, se 
relacionando a várias questões, como a possibilidade de operação de máquinas agrícolas, 
capacidade de conter espécies no seu interior e quantidade de energia armazenada), forma (tem um 
significado primário em relação a distribuição da borda, em uma mancha isométrica contém mais 
áreas interiores do que borda, enquanto um retângulo tem proporcionalmente maior relação 
borda/inerior), configuração, número, isolamento e orientação, análogo à teoria da biogeografia de 
ilhas (MacArthur; Wilson, 1967) a paisagem é vista como um padrão de habitats em ilhas 
conectados através de uma rede de barreiras e passagens, conhecidas como corredores, a 
proximidade e a ligação entre fragmentos podem ser consideradas como um fator crucial, no 
tocante a eficiência de dispersão de organismos através de uma paisagem. Corredores – porção 
linear do território que apresenta uma aparência diferente da sua vizinhança. A ligação entre 
elementos de mesma classe estabelece numa paisagem um fator de conectividade, função da 
configuração de redes, onde os corredores permitem o movimento e intercâmbio genético entre 
animais e plantas e as barreiras inibem tais trocas. Desse modo, algumas características dos 
corredores a serem estudadas incluem como descritores: curvatura, linearidade, extensão, largura, 
orientação (onde está direcionado em relação ao sol). Matriz – elemento mais extensivo e 
conectado da paisagem. Tem um papel principal no funcionamento da paisagem e tem limites 
concavos envolvendo os outros elementos. Teoricamente toda paisagem possui matriz, mas 
existem paisagens onde não se consegue distinguir. Descritores: permeabilidade e conectividade. 
Além de ter uma área bem mais extensa e com limites concavos envolventes a outros elementos, a 
matriz também pode ser caracterizada pela sua maior conectividade e pelo seu controle 
preponderante no fluxo de energia e na dinâmica da paisagem, como nos exemplos de calor do 
deserto permeando e ressecando os oásis, e dos corredores de vegetação em torno de campos 
agrícolas ou pastagens, atuando como áreas fontes de sementes ao processo de regeneração 
florestal. Logo, se nenhum tipo de elemento de paisagem for predominante, o maior grau de 
conectividade indicará qual elemento corresponde a matriz. 
 
 
 
8- (Fonte: Riopardense Macedo). Trata-se do estabelecimento de integrações entre unidades vegetais, 
relação entre o vegetal e o espaço inconfinado, do que a planta e o prédio, valoriza a forma como 
estrutura, como conjunto de peças articuladas num caminhamento em busca da melhor forma. 
Logo, considera-se a forma como Estrutura e porte: onde a árvore passa a valer como um ponto, 
uma linha uma área ou um volume do espaço a serviço da estrutura espacial, tem-se então a 
estrutura (forma geral) e o porte representado pela altura, diâmetro da projeção vertical e 
arquitetura da copa. Como Cor é uma característica que se torna uma importante aliada na 
identificação de espécies, através das diferentes tonalidades de verdes das folhas, a coloração e 
época de floração, também importante para projetos de parques e praças. Os troncos também se 
destacam pela sua coloração, muitas vezes contrastante com boa parte da paisagem. Como 
Textura, deve-se entender o aspecto geral do conjunto da folhagem e a impressão que este 
conjunto causa na retina do observador (sendo influenciada pelo número e tamanho das partes), 
aspecto do vegetal como “matéria” e as transformações desta através das diferentes estações 
climáticas. Como Transparência a árvore funciona dentro da estrutura-paisagem sem eliminar 
elementos – prédios ou outras árvores- que a configuram; a unidade vegetal satisfaz a função de 
confinar um espaço em benefício da maior intimidade ou do fechamento da estrutura-paisagem, 
sem deixar de fazer parte dela. Como Mobilidade primeiramente deve-se esclarecer se é qualidade 
da galharia, de um modo geral, ou se é restrita as folhas. Os Movimentos ocasionados 
principalmente pelo vento poderão ser caracterizados pelo tipo e intensidade, como movimento 
tipo pêndulo de lenta intensidade 
 
9- (Fragmento retirado da monografia de LUIZA MARIA GRAEL: FONTES ANÁLISE CÊNICA 
DA PAISAGEM: CONCEITOS, METODOLOGIAS DE APLICAÇÃO, CENÁRIO 
BRASILEIRO E IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO). 
Com respeito às diferentes composições que são formadas nos cenários Litton (1968) propõe sete 
modelos interessantes e que, a fim de esclarecimentos, podem ser interpretados através da breve 
descrição que segue. 
 
- Paisagem panorâmica: A ênfase da linha visivel é a horizontalidade como característica 
dominante, e a atitude geral das grandes linhas da composição parece essencialmente 
perpendicular as linhas da visão. A inferência da distância considerável está presente, e o primeiro 
plano não impoe nenhuma limitação sobre a composição horizontal das paisagens panorâmicas. 
Como uma expressão da distância e da abertura, que pode alcançar 180 graus, o céu e as 
formações de nuvens assumem um importante, e às vezes dominante, papel de modificar o caráter 
estável da horizontalidade.Figura 3: Exemplo de vista panorâmica (Fonte: LINTTON 1968). 
 
- Paisagem com destaque: Este tipo composicional é um dos mais diversificados da paisagem, pois 
pode ser encontrado em varias escalas diferente. A vista do observador é atraída para um ponto 
fixo (elemento ou elementos agrupados) que é o destaque da paisagem. 
 
 
 Figura 4: Exemplo de vista com destaque (Fonte: LINTTON 1968). 
 
- Paisagem focal: Caracterizada pela existência de linhas paralelas ou objetos alinhados (uma 
estrada, rio, cerca, fileira de árvores) que direcionam a vista do observador para um ponto de fuga 
(ponto focal) dominante na cena. 
 
 
Figura 5: Exemplos de vista focal (Fonte: LINTTON 1968). 
 
- Paisagem cercada: As linhas da visão são direcionadas primeiramente para o vazio no centro da 
paisagem e, secundariamente, se espalham pelas paredes laterais. Ocorre pela presença de 
barreiras visuais que determinam uma acentuada definição do espaço. Um dos exemplos mais 
descritivos pode ser considerado a superfície plana de um lago, de pequeno porte, rodeada por uma 
vegetação relativamente homogênea. Em geral, a extensão ou distância torna-se o inimigo visual 
da paisagem cercada, que pode ser substituída gradualmente ou sequencialmente por uma 
composição panorâmica. 
 
 
Figura 6: Exemplos de vista cercada (Fonte: LINTTON 1968). 
 
- Paisagem sob abrigo: Refere-se ao caráter de composição da paisagem a ser encontrado sob a 
cobertura de um dossel, no interior da floresta, ou dentro de cavernas. Tais composições tendem a 
ser de dimensão relativamente pequena. A escala e os detalhes presentes na restrição aérea e 
lateral da cena podem ser mais facilmente vistos e compreendidos por um observador a pé. 
 
 
 Figura 7: Exemplo de vista sob abrigo (Fonte: LINTTON 1968). 
 
- Paisagem com detalhes: Os pequenos detalhes ou minúcias também podem contribuir 
significativamente a uma experiência visual. São cenários, de curta distância, que apontam para 
situações singulares como florações, desenhos em pedras, uma catarata, uma forma proeminente 
do terreno, uma árvore isolada. E assim como a paisagem sob abrigo, exige um ritmo de pedestres 
e um olho para amenidades especiais. 
 
 
Figura 8: Exemplo de vista com detalhe (Fonte: LINTTON 1968). 
 
- Paisagem efêmera: É dependente de efeitos transitórios, que podem vir a durar segundos, 
minutos, horas ou mesmo dias. Certos efeitos podem ser encontrados apenas em épocas 
específicas do ano, outros para serem vistos, podem necessitar de observação aguçada pelo 
interesse especial no elemento, necessitando de uma intensidade de consciência visual, ou o seu 
significado/conteúdo podem ser negligenciado. 
 
10- (Fragmento retirado da monografia de LUIZA MARIA GRAEL: FONTES ANÁLISE CÊNICA 
DA PAISAGEM: CONCEITOS, METODOLOGIAS DE APLICAÇÃO, CENÁRIO 
BRASILEIRO E IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO). 
 
Distância de observação: Se expressa através das limitações fisiológicas humanas. Sendo assim, 
quando o observador se afasta os detalhes do objeto de apreciação se perdem, a imagem se torna 
menos nítida. É possível estabelecer uma proporção ideal entre escala da paisagem e a distancia do 
ponto de observação, assim o observador pode selecionar as melhores distancias para admiração de um 
determinado objeto. Sendo apresentada como: 
Curta distância: Retrata a distância presente no primeiro plano que variam de 0 a 300 metros do objeto 
observado. Neste plano o observador começa a perceber uma relação de escala entre ele e a paisagem. 
Ele está presente na cena, podendo visualizar a paisagem com o máximo de detalhes em uma pequena 
abrangência do olhar. 
Média distância: É considerada como uma distância de meio plano entre o observador e o objeto 
observado, variando de 300 a 3.000 metros. Nesta escala, formas, padrões e ligações entre as partes da 
paisagem podem ser vistas começando a simplificar cores e linhas. É possível observar o contorno dos 
morros se unindo e suas linhas de drenagem, como também a textura da cobertura vegetal começando 
a se simplificar. 
Longa distância: 
Retrata o plano de fundo em paisagens de grandes extensões, alcançando distancias maiores que 3.000 
metros. A simplificação das corres, textura, linhas e dos outros atributos é uma distinção das longas 
distâncias, o que permite que planos intermediários se destaquem mais claramente. 
 
 Posição do observador: É o fator estético de observação cênica que se refere à posição graduada do 
observador em relação ao objeto visualizado. Define os ângulos que formam seu eixo de visão com o 
objeto nos planos horizontal e vertical, as diferentes posições condicionam a apreciação da forma e do 
tamanho do objeto e podem modificar o tipo de composição estética do conjunto. São considerados 
três tipos: 
Normal: o observador se encontra posicionado no mesmo nível de elevação dominante da topografia 
que os elementos principais da cena. E embora o céu seja geralmente a parte mais significativa de 
qualquer paisagem, nessa posição a atenção se volta sobre os elementos sólidos ou sobre cursos 
d’água. 
Inferior: o observador se encontra num plano inferior de observação, em contraste com o resto das 
elevações adjacentes o campo de visão se torna limitado, alcançando curtas distâncias de contemplação 
cênica. Das três possibilidades, esta é mais restritiva no que diz respeito a clausura e distância. 
Superior: observador se encontra posicionado acima da maior parte da paisagem à sua frente, tendo 
amplo raio de visão e uma ideia geral sobre como os elementos se dispõem na paisagem. Como são 
poucas as obstruções topográficas a apreciação cênica alcança longas distâncias, embora generalizadas. 
 
Sequência de observação: Quando observamos a paisagem de um ponto de vista dinâmico se torna 
possível perceber que as unidades visuais são altamente inter-relacionadas. A repetição sistemática dos 
elementos visuais e sua duração se combinam dando origem a dinâmica da visão, a duração da 
experiência depende da distância e da velocidade com que o observador se desloca dentro das 
paisagens e entre elas. A partir desta analise o observador é capaz de selecionar os melhores pontos de 
observação, enriquecendo a apreciação e aumentando a descrição do cenário. 
Podem ser considerados também como fatores de observação: Condições atmosféricas, Luminosidade, 
Tempo de observação, Limitações topográficas e Bacias visuais. 
 
 
 
11- Primeiramente deve-se avaliar a necessidade do local para que possa ser definido objetivo da 
implantação (estético, sombreamento, conforto térmico, orientação, sócio-cultural). Com a definição 
do objetivo saber a espécie adequada a ser implantada. 
O Projeto arborização urbana deve, por principio, respeitar os valores culturais ambientais e de 
memória do local. Deve considerar sua ação de proporcionar conforto para o ambiente público assim 
como para as moradias, ―sombreamento, abrigo e alimento para avifauna, diversidade biológica, 
diminuição da poluição, melhoria das condições de permeabilidade de solo e paisagem, contribuindo 
para e melhoria da qualidade do tecido urbano. 
As espécies a serem utilizadas e seus locais específicos de instalação devem ser pormenorizadas em 
projeto executivo com a localização exata de plantio o porte das mudas assim como o tamanho dos 
berços de plantio a maneira correta de preparo e a forma do canteiro definitivo. 
 
 
12- O arranjo de diferentes elementos em um determinado espaço, como árvores ou florestas, pode 
seguir diferentes preceitos. Podemos agrupá-los mais ou menos, adensá-los, distribuí-los em toda a 
área, alterná-los com outros elementos e assim por diante. Estas diferentesformas de compor 
(diferentes “desenhos”) resultam em ambientes também diversos. Se este desenho é bem trabalhado, 
ele tem maiores chances de resultar em espaços mais funcionais, confortáveis e de maior beleza. 
Devemos fazer arranjos dos elementos de modo a que eles mantenham as funções estabelecidas na origem 
do empreendimento e, neste sentido, podemos seguir determinados princípios na distribuição dos 
elementos envolvidos, de modo a que o projeto atinja plenamente o seu intento. Esse arranjo passa, no 
nível técnico ou no intuitivo, pelos princípios básicos de composição, que podem ser descritos como "as 
forças compulsoriamente ativas no trabalho com formas no espaço, do modo como são concebidas pelo 
projetista e como se espera que sejam percebidas pelo espectador”. 
Exemplos destes princípios são os que utilizam elementos com características próximas (harmonia), os que 
utilizam elementos com características opostas (contrastes), a repetição, a alternância, o uso de elementos 
geométricos, a simetria e a dominância. 
 
Para complementar: 
 
 
 
 
 
Griffith (1992) cita que a qualidade de um objeto de arte, especialmente a beleza paisagística, 
depende, muitas vezes, da combinação de elementos visuais (linha, forma, textura, escala e cor) 
para constituir a variedade visual. É conhecido que a existência ou não de variedade desses 
elementos visuais pode ser um dos principais fatores da qualidade do recurso paisagístico, desde 
que eles se harmonizem. Essa harmonização constitui a base fundamental do paisagismo para 
áreas naturais. A Figura 1 mostra a evolução dos elementos visuais para a composição da 
paisagem natural.

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