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DIREITOS POLITICOS

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DIREITOS POLÍTICOS
Conjunto de normas que disciplina a atuação da soberania popular; a intervenção ou participação dos cidadãos no governo de seu país.
São desdobramentos do art. 1º da CF, segundo o qual todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
São chamados também direitos de cidadania. 
Cidadania não se confunde com nacionalidade. Cidadão não pode ser utilizado como sinônimo de nacional. Nacionalidade é vinculo que liga a pessoa ao Estado. Nacionalidade é pressuposto de cidadania, pois só o titular da nacionalidade brasileira pode ser cidadão brasileiro. Cidadania é “status ligado ao regime político” (J. Afonso). Cidadão é aquele o titular de direitos políticos, de votar e de ser votado. É atributo político decorrente do direito de participar do governo.
Assim, cidadão “é o nacional (brasileiro nato ou naturalizado) no gozo dos direitos políticos e participante da vida do Estado” (A. Moraes).
Cidadania é o status de nacional acrescido dos direitos políticos.
Os direitos de cidadania adquirem-se mediante o alistamento eleitoral, ou seja, a inscrição da pessoa perante a justiça eleitoral. Podemos dizer, pois, que a qualidade de cidadão decorre da aquisição da qualidade de eleitor, comprovada pelo título eleitoral.
Dividem-se em direitos políticos ativos (capacidade de votar) e passivos (de ser votado, eleito).
A Constituição de 1988 adotou o modelo de democracia semidireta, mesclando institutos de democracia representativa ou com de democracia direta.
Todo o Poder emana do povo (art. 1º), que o exerce de por representantes eleitos ou diretamente. Assim, a soberania pertence ao povo. Por isso, os direitos políticos, que disciplinam o exercício da soberania, o exercício da cidadania pelo povo:
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
A esses podem ser acrescidos o direito de ajuizamento de ação popular (art. 5º, LXXIII) e de participação em partidos políticos.
São o conjunto dos direitos políticos positivos.
SUFRÁGIO: pode se notar de imediato que, embora comumente se utilize sufrágio como sinônimo de voto, a CF lhe dá significados distintos. Sufrágio é um direito subjetivo público de natureza política que tem o cidadão, de eleger e ser eleito (de votar e ser votado).
Sufrágio é o direito. Voto é forma de seu exercício.
O sufrágio engloba a capacidade eleitoral ativa e a passiva. 
A primeira (ativa ou capacidade de eleger) é pressuposta da segunda (passiva ou capacidade de ser eleito), pois ninguém é elegível se não for eleitor (ninguém pode ser votado se não tiver o direito de votar). Ex: analfabetos e pessoas entre 16-18 anos podem votar, mas não podem ser votados.
O sufrágio universal é a garantia a todos os nacionais de um país do direito de votar. Porém, isso não quer dizer que não possa haver restrições, como de idade, por exemplo. O que não pode haver são restrições discriminatórias, como derivadas de nascimento, fortuna ou capacidade especial (instrução, por ex.). As restrições devem ser técnicas, devem ter motivos não discriminatórios.
O oposto do sufrágio universal é o restritivo, cujos modalidades são o censitário (conferido de acordo com qualificação econômica, tal como bens, renda, etc.) e o capacitário (conferido de acordo com o grau de instrução). Por isso, A CF/88 garantiu o voto ao analfabeto (embora este não possa ser votado).
Sufrágio igualitário (a CF fala em voto com “valor igual para todos”): cada eleitor tem direito apenas a um voto (one man, one vote) e com valor igual. Ninguém pode votar mais de uma vez para um mesmo cargo, por exemplo.
VOTO: é uma manifestação do direito de sufrágio (que tem outras, como ser votado). É um instrumento do direito de sufrágio.
É:
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
Obrigatoriedade: voto direito x voto dever. Os países que adotam o voto obrigatório entendem que o voto é um dever do cidadão. Na qualidade de cidadão, deve votar como forma de contribuir para o futuro da nação. Os países em que o voto não é obrigatório, o entendem como um direito que, por isso, pode ou não ser exercido.
Obs: a obrigatoriedade significa apenas o comparecimento. O cidadão tem liberdade de voto, o que significa que ele pode escolher em quem votar e até votar em branco ou anular seu voto.
A alistabilidade, embora obrigatória para os maiores de 18 anos, é facultativa para os demais, como os que tenham entre 16 e 18 anos, porém, é também um direito destes, caso queiram votar.
O voto é também:
Pessoal: só pode ser exercido pessoalmente.
Secreto: devem ser asseguradas todas as condições para o sigilo.
Direto: os eleitores elegerão por si mesmo, sem intermediários, seus representantes (exceção: art. 81, § 2º).
Periódico (a democracia exige a alternação no poder mediante eleições periódicas).
Igual (ver acima sufrágio igualitário).
PLEBISCITO e REFERENDO: o que difere do referendo é o momento de sua realização. Plebiscito é uma consulta realizada aos cidadãos sobre matéria a ser posteriormente discutida no Congresso Nacional. Já o referendo é uma consulta posterior sobre determinado ato legislativo ou administrativo, para atribuir-lhe eficácia ainda não existente (condição suspensiva) ou retirar-lhe eficácia provisoriamente concedida (condição resolutiva).
A lei 9.709/98 os define:
Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
§ 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
§ 2o O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.
Ex. de referendo: Lei 10.826 (Estatuto do Desarmamento)
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o desta Lei.
§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.
§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
INICIATIVA POPULAR
Iniciativa “é o ato por que se propõe a adoção de direito novo”. � É uma declaração de vontade, que deve ser formulada por escrito e articulada e se manifesta pelo depósito do projeto em mãos da autoridade competente. Não é propriamente uma fase no processo legislativo, mas o ato que o desencadeia. � A iniciativa popular consiste na outorga ao povo do poder de participar do processo legislativo.�
A iniciativa popular é exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei que esteja subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles (art. 61, § 2, da ConstituiçãoFederal). Ela também pode ser exercida no processo legislativo estadual, nos termos de lei da entidade federativa que disponha sobre o tema (art. 27, § 4º, da Constituição Federal), bem como no processo legislativo municipal, para o qual a Constituição fixou a exigência de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado (art. 29, XIII, da Constituição Federal).
O art. 14 da Constituição Federal foi regulamentado pela Lei Federal nº 9.709, de 18 de novembro de 1998, que determina que a iniciativa popular seja feita na forma de projeto de lei, a ser apresentado na Câmara dos Deputados. A lei estabelece, portanto, que a iniciativa seja formulada, isso é, deva ser consubstanciada em um projeto (ao contrário na iniciativa não formulada que se limita a uma mera petição para que o Legislativo tome as medidas necessárias�). Apesar disso, dispõe a lei que o projeto não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação. Se o projeto cumprir os requisitos legais, terá seguimento conforme o Regimento Interno da Câmara.
Leis decorrentes de iniciativa popular: Lei 8.903/94 (Lei dos Crimes Hediondos); Lei 9.840/99 (combate à compra de votos); Lei Complementar nº 135 (Lei da ficha limpa)
	
AÇÃO POPULAR: (art. 5º, LXXIII)
ALISTABILIDADE
é a capacidade eleitoral ativa, isto é, de ser eleitor
14, § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
Conscritos são os convocados para o serviço militar obrigatório. Quem se engajar no serviço militar permanente, deixa de ser conscrito, sendo obrigados a se alistar como eleitor.
A inalistabilidade na verdade, só se dá nos casos expressamente previstos na CF, isto é, dos conscritos para serviço militar obrigatório e estrangeiros (14, § 2º).
ELEGIBILIDADE
Enquanto a alistabilidade é a capacidade eleitoral ativa, isto é, de ser eleitor, a elegibilidade é a capacidade eleitoral passiva, capacidade de concorrer e de ser eleito.
Do mesmo jeito que a alistabilidade, a elegibilidade deve ser universal, só podendo sofrer condicionamentos por questões práticas ou técnicas, nunca políticas, econômicas, sociais ou culturais.
Para que possa concorrer a um cargo eletivo, é preciso que o cidadão atenda as condições de elegibilidade e, ao mesmo tempo, não incida em nenhuma causa de inelegibilidade.
 
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
 A condição essencial e básica é estar no gozo dos direitos políticos (ser eleitor). Ninguém é elegível se não for eleitor (embora a recíproca não seja verdadeira. Ex.: analfabetos e pessoas entre 16 e 18 anos).
 As condições de elegibilidade estão no art. 14, § 3º:
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
O inciso I – fala em “brasileiro”. Porém, deve ser conjugado com o art. 12, § 3º, que fala dos casos em que deve ser “brasileiro nato”.
Inciso IV – domicílio eleitoral na circunscrição – é inelegível quem não for domiciliado na circunscrição eleitoral.
 
INELEGIBILIDADES
Estão na CF (art. 14, § 4º a 7º), mas também podem ser previstas por Lei Complementar destinada a proteção dos valores fundamentais previstos no art. 14, § 9.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
Ex: LC 135/10 (lei da “ficha limpa”).
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
São inalistáveis, segundo o art. 14, § 2º, os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. Acrescente-se aqueles que tiverem seus direitos políticos suspensos.
Analfabetos – jurisprudência do TST (Tribunal Superior Eleitoral):
“[...]. Analfabetismo. Art. 29, IV, § 2º, da Res.-TSE nº 22.717. Declaração de próprio punho. Presença do juiz eleitoral ou de serventuário da Justiça Eleitoral. Exigência. Teste. Rigor excessivo. [...]. Outros meios de aferição. Observância do fim constitucional. [...]. 1. Na falta do comprovante de escolaridade, é imprescindível que o candidato firme declaração de próprio punho em cartório, na presença do juiz ou de serventuário da Justiça Eleitoral, a fim de que o magistrado possa formar sua convicção acerca da condição de alfabetizado do candidato. 2. ‘O rigor da aferição no que tange à alfabetização do candidato não pode configurar um cerceio ao direito atinente à inelegibilidade’ [...]. 3. A norma inscrita no art. 14, § 4º, da Constituição Federal impõe apenas que o candidato saiba ler e escrever. Para este efeito, o teste de alfabetização deve consistir em declaração, firmada no cartório eleitoral, na qual o candidato informa que é alfabetizado, procedendo em seguida à leitura do documento.”(Ac. de 27.10.2008 no AgR-REspe nº 30.682, rel. Min. Joaquim Barbosa.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
A Constituição veda reeleição para um terceiro período subsequente, mas não impede o exercício de um terceiro mandato se houver intervalo entre eles.
É uma inelegibilidade relativa funcional, para os mesmos cargos num terceiro período subseqüente. Se tiver exercido o cargo, mesmo que por um instante, ou substituído nos 6 meses, no curso do mandato só pode se reeleger uma vez.
O Brasil, ao contrário dos EUA (cuja Constituição diz que ninguém poderá ser eleito mais de 2 vezes para o cargo de Presidente), veda apenas a reeleição para mais de um período subseqüente, deixando implícita a possibilidade de se exercer mais de 3 mandatos de Presidente, Gov. ou Prefeito.
Porém, o exercício de mais de 2 mandatos sucessivos é vedado. Por isso, estão implícitas nessa norma a proibição de se renunciar no segundo mandato para concorrer a mais uma eleição e também de se candidatar a vice, após 2 mandatos, pois não poderá suceder ou substituir o titular caso necessário.
Vices: reeleitos ou não, podem se candidatar ao cargo do titular, inclusive, posteriormente, se forem eleitos, disputando sua própria reeleição a este cargo. Porém, se substituírem o titular nos 6 meses anteriores ao pleito ou o sucederem, não poderão se candidatar a reeleição.
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
É também uma causa de inelegibilidade relativa por motivo funcional, pois não podem ser candidatar se não renunciarem até 6 meses antes do pleito.
Obs: CF não exige afastamento ou renúncia do Chefe do Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos) para concorrer a reeleição (nesse sentido, STF ADIn-MC 1.805-DF). O que se deve repelir é o uso da máquina administrativa, mediante fiscalização pela Justiça Eleitoral.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins,até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Motivo: impedir a dominação ou perpetuação política por grupos familiares.
É “circunscrição”, não “jurisdição”! Engloba: parentes do Prefeito para qq cargo municipal (vereador e Prefeito), do Governador (vereador, prefeito, deputado estadual e deputado federal e senador, pois estes têm como circunscrição eleitoral o estado). E do Presidente a qq cargo do país.
É uma inelegibilidade relativa.
Esses parentes só podem se candidatar se houve desincompatibilização (saída de uma situação de inelegibilidade), mediante a renúncia do ocupante do cargo nos 6 meses anteriores ao pleito.
A norma também excetua quem já é titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Ex: deputado estadual ou federal, filho de governador, não poderá se candidatar à eleição, mas poderá se canditar à reeleição.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
O motivo de tais disposições está no fato de que a CF impede a filiação partidária dos membros das Forças Armadas enquanto em serviço ativo (art. 142, §3, V) e também dos militares dos Estados, DF e Territórios (art. 42, § 1º).
Assim, com o registro da candidatura, o militar será afastado definitivamente, se tiver menos de 10 anos. Se tiver mais de 10 anos, será agregado, ou seja, afastado temporariamente e, se eleito, passará automaticamente para a inatividade no ato de diplomação.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Inciso I – cancelada a naturalização, deixa de ser brasileiro. 
Inciso II – o incapaz para os atos da vida civil também o é para exercer os direitos de cidadania
Inciso III – tem que transitar e m julgado para ter os direitos políticos suspensos. Assim, os presos provisórios tem direito de votar. A justiça eleitoral deve instalar seções eleitorais especiais nos presídios.
IV- escusa de consciência – só perde os direitos políticos quem se escusar também a cumprir obrigação alternativa.
Ex: Lei 8239:
Art. 3º O Serviço Militar inicial é obrigatório a todos os brasileiros, nos termos da lei.
§ 1º Ao Estado-Maior das Forças Armadas compete, na forma da lei e em coordenação com os Ministérios Militares, atribuir Serviço Alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência decorrente de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2° Entende-se por Serviço Alternativo o exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, em substituição às atividades de caráter essencialmente militar.
§ 3º O Serviço Alternativo será prestado em organizações militares da ativa e em órgãos de formação de reservas das Forças Armadas ou em órgãos subordinados aos Ministérios Civis, mediante convênios entre estes e os Ministérios Militares, desde que haja interesse recíproco e, também, sejam atendidas as aptidões do convocado.
Inciso V - Improbidade = prática de ato que gere prejuízo ao erário ou ofensa os princípio da ADM. - Lei 8429/1992
� Ibid., p. 206.
� Ibid., p. 206.
� SILVA, José Afonso da. O sistema representativo, democracia semidireta e democracia participativa. Revista do Advogado, São Paulo, n. 73, ano XXII, p. 94-108, nov. 2003, p. 99.
� FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do processo legislativo. 4. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 144.
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