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01 Contabilidade Básica e Gerencial

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Administração 6 Módulo III
1. Contabilidade: conceito, evolução, objeto e campo de atuação.
A Contabilidade é um dos conhecimentos mais antigos e não surgiu em função de qualquer tipo de
legislação fiscal ou societária, nem embasada em princípios filosóficos, ou em regras estipuladas por
terceiros, mas pela necessidade prática do próprio gestor do patrimônio, normalmente seu
proprietário, preocupado em elaborar um instrumento que lhe permitisse, entre outros benefícios,
conhecer, controlar, medir resultados, obter informações sobre produtos mais rentáveis, fixar preços
e analisar a evolução de seu patrimônio. Esse gestor passou a criar rudimentos de escrituração que
atendessem a tais necessidades.
Muitas tentativas foram sendo elaboradas, ao longo dos séculos, até que o método das partidas
dobradas (que consiste no princípio de que para todo débito em uma conta, existe simultaneamente
um crédito, da mesma maneira que a soma do débito será igual a soma do crédito, assim como a
soma dos saldos devedores será igual a soma dos saldos credores) mostrou-se o mais adequado,
produzindo informações úteis e capazes de atender a todas as necessidades dos usuários para gerir o
patrimônio.
Com a formação de grandes empresas, a Contabilidade passou a interessar a grupos cada vez maiores
de indivíduos: acionistas, financiadores, banqueiros, fornecedores, órgãos públicos, empregados,
além da sociedade em geral, pois a vitalidade das empresas tornou-se assunto de relevante interesse
social.
Assim, pode-se dizer que a Contabilidade surgiu ou foi criada em função de sua característica
utilitária, de sua capacidade de responder a dúvidas e de atender as necessidades de seus usuários.
Conjunto este de características que não só foi eficiente para o surgimento da Contabilidade como
também para sua própria evolução.
A Contabilidade formatou-se em concordância com o ambiente no qual opera. Como as nações têm
histórias, valores, e sistemas políticos diferentes, elas também têm padrões diferentes de
desenvolvimento financeiro-contábil. A Contabilidade no Brasil não é como a de outros países. De
fato, o que se observa é a diversidade, pois os sistemas e métodos contábeis diferem muito em cada
país devido, principalmente, sua cultura e ao seu desenvolvimento econômico (o desenvolvimento de
cada ciência está intimamente ligado ao desenvolvimento econômico de uma nação).
Esta diversidade é uma pequena parte da variedade de ambientes empresariais ao redor do mundo e
a Contabilidade tem se mostrado sensitiva ao ambiente no qual opera. É interessante notar, também,
que quando o ambiente empresarial dos países é similar, seus sistemas financeiro-contábeis também
tendem a ser similares.
Em alguns países, tais como os Estados Unidos, a informação financeira é dirigida principalmente às
necessidades dos investidores e credores, e a “utilidade da decisão” é o critério para julgar sua
qualidade. Entretanto, em outros países, a Contabilidade tem um enfoque diferente e desempenha
papéis diferentes. Por exemplo, em alguns países, esta é designada primeiramente para assegurar que
o montante apropriado do imposto de renda seja arrecadado pelo governo. Este é o caso de muitos
países sul americanos. No Brasil este enfoque ainda permanece, a Lei nº 6.404/76 contempla o
tratamento tributário, porém está mais voltada à proteção dos credores da entidade. Em outros
países (Europa continental e Japão), a Contabilidade é designada para auxiliar no cumprimento das
políticas macroeconômicas, tais como o alcance de uma taxa pré-determinada de crescimento na
economia nacional.
Dentre os vários modelos existentes, cada um com suas particularidades, atendendo a interesses
Administração 7 Módulo III
específicos, percebe-se que a Contabilidade tem uma dinâmica e uma maleabilidade muito grande e
se adapta perfeitamente em qualquer contexto em que esteja inserida.
Evolução da Contabilidade
 Pré-história: 8.000 a.C. até 1.202 d.C. (empirismo, conhecimento superficial): experiências e
práticas vividas pelas civilizações do mundo antigo, destacando-se os estudos sumérios,
babilônios, egípcios, chineses e romanos.
 Idade Média: 1.202 d.C., com a obra “Leibe Abaci”, de Leonardo Fibonacci: período de
sistematização dos registros.
 Idade Moderna: 1494, com a publicação da obra “Tratatus Particularis de Computis et Scripturis”
(Tratado Particular de Conta e Escrituração), do frei e matemático Luca Paccioli, em Veneza, onde
este fez o estudo sobre o método das “Partidas Dobradas”, tornando-se um marco na evolução
contábil.
 Idade Contemporânea: do século XVIII, é o período científico da Contabilidade, quando esta deixa
de ser mera “arte” para tornar-se “ciência”. A partir daí surgiram várias doutrinas contábeis,
como: Contista, Controlista, Personalista, Aziendalista e Patrimonialista.
Obs 1 – Na Contabilidade, como em todos os outros ramos, o saber humano distingue-se em dois
aspectos: pelo raciocínio através da investigação dos fatos e pela prática através da aplicabilidade.
O primeiro aspecto corresponde à ciência como um sistema de conhecimentos e o segundo à arte
como um sistema de ações. A ciência depende da arte para ser útil à vida e a arte torna-se
esclarecida e consciente de seus fins e potencialidade com o auxílio da ciência.
Obs 2 - As doutrinas contábeis foram introduzidas por diversas escolas de época que conceituaram a
Contabilidade sob diversos aspectos.
 Contista: define a Contabilidade como a ciência das contas.
 Controlista: limita a Contabilidade em função do controle das entidades.
 Personalista: enfatiza a relação jurídica entre as pessoas como objetivo da Contabilidade.
 Aziendalista: define a Contabilidade como a ciência da administração da entidade.
 Patrimonialista: define a Contabilidade como a ciência que estuda o patrimônio.
 Neopatrimonialista: consiste em uma nova corrente científica que aplicou-se na direção de
classificar e reconhecer especialmente as relações lógicas que determinam a essência do
fenômeno patrimonial, as das dimensões ocorridas e, com ênfase “no porque ocorrem os
fatos”, ou seja, qual a verdadeira influência dos fatores que produzem a transformação da
riqueza (e que são os dos ambientes interno e externo que envolvem os meios patrimoniais).
A Contabilidade no Brasil
Até 1940
 Mercado incipiente com economia agrária;
 Profissão ainda muito desorganizada com o predomínio do “guarda-livros”.
Decreto Lei nº 2.627 de 1940
 Influência da escola italiana;
 Em 1494, em Veneza (Itália), foi estabelecido o “Tratado particular de conta e
Administração 8 Módulo III
escrituração”, pelo frei e matemático Luca Paccioli;
 Sociedades formadas por familiares;
 Visão escritural: registro, controle e atendimento ao fisco.
Necessidades de Mudanças
 Evolução da economia: abertura do capital das empresas e influências de firmas de auditoria;
 Ampliação da quantidade e maior confiabilidade nas informações.
Mudanças Significativas
 Contabilidade vista como sistema de informações;
 Aprimoramento das Demonstrações;
 Introdução da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, mostrando de forma clara o
lucro ou prejuízo do exercício;
 Introdução da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, mostrando a eficiência da
administração;
 Obrigatoriedade das Notas Explicativas para fornecer informações complementares;
 Escrituração e registros desvinculados da legislação fiscal (mais importante);
 Contabilidade elaborada para a entidade;
 Valorização do profissional;
 Novas funções e áreas de atuação: gerencial, custos, auditoria, analista financeiro, perito
contábil, consultoria, tributarista, controller;
 Classificação das contas no Balanço;
 Horizonte temporal: distinção do curto e longo prazo;
 Definição do Exercício Social.
Conceitos
A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando representá-lo
graficamente,evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua interpretação, análise e
auditagem e servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os setores direta ou
indiretamente envolvidos com a empresa.
Ë a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades,
mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer
informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente
da gestão da riqueza econômica. (Hilário Franco)
Funções
As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar
as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no
contexto econômico.
 Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;
 Organizar: um sistema de controle adequado à empresa;
 Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de
demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;
 Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apuração dos
resultados obtidos pela empresa;
Administração 9 Módulo III
 Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a
serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e alertando para eventuais
problemas.
Finalidades
Desde os seus primórdios que a finalidade básica da Contabilidade tem sido o acompanhamento das
atividades realizadas pelas pessoas, no sentido indispensável de controlar o comportamento de seus
patrimônios, na função precípua de produção e comparação dos resultados obtidos entre períodos
estabelecidos.
A contabilidade faz o registro metódico e ordenado dos negócios realizados e a verificação
sistemática dos resultados obtidos. Ela deve identificar, classificar e anotar as operações da entidade
e de todos os fatos que de alguma forma afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial.
Com esta acumulação de dados, convenientemente classificados, a Contabilidade procura apresentar
de forma ordenada, o histórico das atividades da empresa, a interpretação dos resultados, e através
de relatórios produzir as informações que se fizerem precisas para o atendimento das diferentes
necessidades.
As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da administração das
empresas no exercício de suas funções. Portanto a Contabilidade é o controle e o planejamento de
toda e qualquer entidade sócio-econômica.
Controle: a administração através das informações contábeis, via relatórios pode certificar-se na
medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas
determinados.
Planejamento: a informação contábil, principalmente no que se refere ao estabelecimento de
padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade e os planos orçamentários, é de grande utilidade
no planejamento empresarial, ou seja, no processo de decisão sobre que curso de ação deverá ser
tomado para o futuro.
2. Entes usuários da contabilidade: pessoas físicas e jurídicas.
Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da
empresa e buscam nos instrumentos contábeis as suas respostas. Podem ser divididos em: usuários
internos e usuários externos.
Usuários Internos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que
têm facilidade de acesso às informações contábeis, tais como:
 Gerentes: para a tomada de decisões;
 Funcionários: com interesse em pleitear melhorias;
 Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais.
O usuário interno principal da informação contábil na entidade moderna é a alta- administração
que pela proximidade à Contabilidade, pode solicitar a elaboração de relatórios específicos para
auxiliar-lhe na gestão do negócio.
Os relatórios específicos podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro,
disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicações financeiras, compra e vendas no dia ou
Administração 10 Módulo III
no período e os gastos gerais de funcionamento), ser elaborados diariamente ou em curtos períodos
de tempo (semana, quinzena, mês, etc..), de acordo com as necessidades administrativas.
Usuários Externos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acesso direto às
informações, mas que as recebem de publicações das demonstrações pela entidade, tais como:
 Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de analisar a concessão de
financiamentos e medir a capacidade de retorno do capital emprestado;
 Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder atuar no mercado;
 Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e as despesas para poder atuar
sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributação;
 Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder continuar ou não as
transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia de recebimento futuro;
 Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de que seu pedido será
atendido nas suas especificações e no tempo acordado.
3. Atos e fatos contábeis e administrativos: suas implicações.
O conjunto de acontecimentos que constituem a dinâmica patrimonial é proveniente dos atos e fatos
administrativos.
Atos Administrativos: são as ocorrências que não alteram diretamente o patrimônio. Ex. Admissão e
demissão de funcionários e solicitação de mercadoria.
Fatos Administrativos: são todas as ocorrências que alteram o patrimônio permutando os seus
valores ou modificando o patrimônio líquido. A Contabilidade tem como conteúdo o estudo e o
registro contábil dos fatos administrativos e através dos demonstrativos contábeis pode conhecer
seus efeitos sobre o patrimônio. Os fatos administrativos podem ser: permutativos e modificativos.
 Permutativos: são os fatos que provocam variações específicas, permutando os elementos do
ativo e do passivo, sem alterar a situação líquida. Este fato altera a qualidade do patrimônio. Ex:
compra de um veículo a vista (+A -A), pagamento de uma dívida (-A –P).
 Modificativos: são os fatos que produzem alteração na situação líquida do patrimônio, ora
diminuindo-o, ora aumentado-o. Assim, os fatos modificativos podem ser aumentativos e
diminutivos. Ex: despesa a vista (-A -PL) diminutivo receitas em geral (+A + PL) aumentativo
4. Elementos compositores da contabilidade: patrimônio / bens, direitos, obrigações, contas
contábeis.
Bens, direitos e obrigações
O patrimônio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominada ativo, e de uma parte
com valores negativos denominada passivo. O ativo é formado pelos bens e direitos e o passivo pelas
obrigações. O excesso do ativo sobre o passivo é o capital, conhecido como patrimônio líquido que
aparece no passivo, para completar a igualdade entre o total do ativo e o do passivo, resultando na
equação patrimonial.
ATIVO: representa a parte dos valores positivos do patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui
ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade.
Administração 11 Módulo III
Os elementos que compõe o ativo são revestidos de algumas características especiais, tais como:
devem apresentar a potencialidade de gerar benefícios econômicos para a entidade, devem ser um
recurso econômico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma entidade contábil e
devem ser mensuráveis monetariamente.
Assim, todo o elemento ativo que não seja mais útil à entidade e, portanto tenha perdido sua
capacidade de gerar fluxo de caixa, não deve ser classificado como um elemento ativo. Existem
entidades que apresentam de 10 a 15% do seu ativo totalmente obsoleto, não tendo nenhumautilidade, devendo ser excluído do patrimônio.
 Bem: é qualquer coisa que satisfaz a necessidade humana e que pode ser avaliado
economicamente.
Os bens são divididos em: tangíveis que representam os bens materiais (têm forma física e são
palpáveis) e intangíveis que têm como principal característica a inexistência como coisa e seu valor
vinculado a um bem tangível ou a uma determinada situação da empresa (são incorpóreos e não
palpáveis).
Ex: bens tangíveis: destinados à instalação (prédios, terrenos, móveis e utensílios), destinados a
produção (máquinas, equipamentos, instrumentos e acessórios), destinados a transformação
(matéria-prima, material secundário e material para embalagem), destinados ao consumo (material
de escritório, material de limpeza e selos postais), destinados à circulação (dinheiro, dinheiro em
bancos e aplicações financeiras) e destinados à venda (mercadorias e produtos comprados para
revenda).
Ex: bens intangíveis: marcas de comércio e patentes de invenção.
O Código Civil Brasileiro distingue os bens em: móveis que são os que podem ser movidos por si
próprios ou por outras pessoas, tais como: animais, máquinas, equipamentos, estoques de
mercadoria, entre outros, e bens imóveis que são os vinculados ao solo e que não podem ser
retirados sem destruição ou danos, tais como: edifícios, árvores, entre outros.
 Direito: ato da pessoa ou empresa ceder algum bem ou serviço em troca do pagamento não
imediato, originando um direito correspondente. Portanto representa os bens da empresa que
estão em mãos de terceiros, como os créditos a receber de terceiros.

PASSIVO: representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com
terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas a prazo, com data de vencimento e
beneficiário certo e conhecido. Todas as contas do passivo representam os valores negativos do
patrimônio.
Neste grupo está incluído por força de lei o capital próprio, apesar de não ser uma obrigação do
patrimônio. A classificação do capital próprio no grupo do passivo é uma mera questão para atender
à necessidade da Contabilidade para garantir a igualdade entre os dois grupos (ativo e passivo).
O passivo abrange então o capital de terceiros (obrigações) e o capital próprio e suas variações.
Administração 12 Módulo III
 Obrigações: constituem-se em ato da pessoa ou empresa dispor de algum bem ou serviço e que
em troca destes originam um compromisso futuro de pagamento, representado por um
documento, como as duplicatas a pagar.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: é a diferença entre os valores positivos do ativo (bens e direitos) e os
valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade em um determinado momento. É a parte
do balanço que representa o capital investido pelos sócios e está graficamente localizado no seu lado
direito.
Obs. - Sendo o patrimônio líquido a diferença algébrica entre o ativo e o passivo, não tem sentido
falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim concluímos que a entidade terá sempre A > ou =
zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero . Se a entidade possuir ativos e/ou passivos, ela os terá
positivamente, ou não os terá.
Representação gráfica do patrimônio
O gráfico do patrimônio é representado pelo Balanço Patrimonial, no qual do lado esquerdo
encontram-se os valores ativos e do lado direito os valores passivos, como mostra o exemplo abaixo:
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Edifícios Fornecedores
Móveis e Utensílios Empréstimo Bancário
Marcas e Patentes Salários a Pagar
Banco c/Movimento Impostos a Recolher
Direitos
Aluguéis a Receber PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Duplicatas a Receber Capital Integralizado
Lucros Acumulados
A representação algébrica do patrimônio
Equação Fundamental
Sendo o patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações com terceiros e capital próprio, a
equação fundamental do patrimônio é assim definida:
CAPITAL PRÓPRIO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS
Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigações com terceiros por passivo, e capital
próprio por patrimônio líquido, podermos afirmar que: P.L. = A - P.
Administração 13 Módulo III
Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitos e pague todas as
suas obrigações com terceiros, a sobra ou situação líquida é o capital próprio, que é denominado
pela Contabilidade de patrimônio líquido.
Variações do Patrimônio Líquido
A partir da equação fundamental do patrimônio, pode-se deduzir que em dado momento, o
patrimônio assume, invariavelmente, um dos cinco estados a saber:
1. Quando o ativo é maior que o passivo, teremos patrimônio líquido maior que zero, o que
revela a existência de riqueza patrimonial. A = P + PL
2. Quando o ativo é maior que o passivo e o passivo é igual a zero, teremos patrimônio líquido
maior que zero, revelando inexistência de dívidas. A = PL
3. Quando o ativo é igual ao passivo, teremos patrimônio líquido igual a zero, revelando
inexistência de riqueza própria. A = P
4. Quando o passivo é maior do que o ativo, teremos patrimônio líquido menor que zero,
revelando má situação financeira e existência de passivo a descoberto. A + PL = P
5. Quando o passivo é maior do que o ativo, e o ativo é igual a zero, teremos patrimônio líquido
menor que zero, revelando péssima situação financeira, inexistência de bens e direitos e
somente obrigações. PL = P
Estruturação e classificação de grupos do ativo
De acordo com a Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por ações (S.A.), as contas do ativo
devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez (capacidade de pagamento),
enquanto as contas do passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das exigibilidades.
Podemos visualizar esta obrigação no balanço patrimonial que é um instrumento contábil que indica
em um determinado momento a situação financeira, econômica e patrimonial de uma entidade e no
qual as contas são classificadas nos seguintes grupos:
Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no prazo de
até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo, estoques e
despesas antecipadas.
Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa, bancos
conta movimento, cheques para cobrança e aplicações no mercado aberto. Ex: caixa, bancos e fundo
de aplicação financeira.
Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de até 12 (doze) meses. Ex: impostos
a recuperar, duplicatas a receber ou clientes, (-) duplicatas descontadas, (-) provisão para devedores
duvidosos. Estas duas últimas contas representam contas retificadoras da conta duplicatas a receber
ou clientes e são classificadas no ativo, tendo saldos credores, por isso são demonstradas com o
sinal
(-).
Administração 14 Módulo III
Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade da
entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e mercadorias.
Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que serão consideradas
como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e
encargos a apropriar.
Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o término do
exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Ex: duplicatas a receber (+12 meses), aluguéis a
receber e contas a receber.
Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com a Lei nº 6.404/76, as
seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos à acionistas, empréstimos à coligadas,
empréstimos à controladas, etc...
Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessários para que a entidade alcance seus
objetivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos, imobilizado e diferido.
Investimentos: são todas as aplicações de recursos quenão tem por finalidade o objetivo principal
da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras empresas,
participação em empresas coligadas, participação em empresas controladas e obras de arte.
Imobilizado: representam as aplicações de recursos em bens instrumentais que servem de meios
para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem depreciação, os bens imateriais
sofrem amortização e os terrenos sofrem exaustão. Ex: veículos, máquinas e equipamentos, imóveis,
embarcações, marcas e patentes e direitos autorais.
Diferido: representa as aplicações de recursos em despesas que irão influenciar o resultado de mais
de um exercício. Ex: gastos de implantação, gastos pré-operacionais, gastos com modernização e
reorganização.
Estruturação e classificação de grupos do passivo
Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até 12 (doze)
meses. Ex. fornecedores, duplicatas a pagar, salários a pagar, provisão para férias, provisão para
imposto de renda e empréstimos bancários.
Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigações com prazo de vencimento após 12 (doze)
meses. Ex: empréstimos bancários e financiamentos. Neste grupo também são classificadas as
seguintes contas: adiantamentos de sócios, adiantamentos de acionistas, empréstimos de coligadas e
empréstimos de controladas.
Resultado de Exercício Futuro: compreende as receitas recebidas antecipadamente que de acordo
com o regime de competência pertence a exercício futuro. Ex: receita antecipada e custos atribuídos
à receita antecipada.
Estruturação e classificação de grupos do patrimônio líquido
Patrimônio Líquido: representa o capital que pertence aos proprietários. Ex: capital social, reservas
de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros (legal, estatutária, contingência, investimentos
e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuízos acumulados.
Administração 15 Módulo III
Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado pelos sócios ou
acionistas.
Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas, eventualmente, pela entidade.
No caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de ações, o produto da alienação de partes
beneficiárias, entre outras.
Reservas de Reavaliação: registram os aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em
virtude de novas avaliações feitas pela entidade com base em laudo.
Reservas de Lucros: são as contas formadas pela apropriação de lucro da empresa.
Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela entidade, quando ainda
não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponível Exigível a Longo Prazo
Realizável a Curto Prazo Resultado de Exercício Futuro
Estoques PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Despesas Antecipadas Capital Social
Ativo Realizável a Longo Prazo Reservas de Capital
Ativo Permanente Reservas de Reavaliação
Investimentos Reservas de Lucros
Imobilizado Lucros ou Prejuízos Acumulados
Diferido
As contas
Conceitos
Uma conta é um recurso contábil para reunir sob um único item todos os eventos e valores
patrimoniais de mesma natureza. Ex: a conta do Banco Ultramarino reúne todos os movimentos,
depósitos e retiradas de dinheiro realizadas no Banco Ultramarino; a conta Veículos informa os
movimentos, compras e vendas, de veículos. (S. A. Crepaldi)
Conta é o registro de débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um título que qualifica
um componente do patrimônio ou uma variação patrimonial.
Natureza e saldo das contas
As contas devedoras são as representativas dos bens, direitos, despesas e custos. Possuem
permanentemente saldo devedor, devendo ser primeiro debitadas e depois creditadas. Ex: caixa,
bancos, mercadorias, salários e custos dos produtos vendidos.
Administração 16 Módulo III
As contas credoras são as representativas das obrigações, do patrimônio líquido, das receitas e dos
ganhos. Possuem permanentemente saldo credor, devendo ser primeiro creditadas e depois
debitadas. Ex: salários a pagar, imposto a pagar, fornecedores e juros recebidos.
A diferença entre o débito e o crédito é denominada de saldo. Se o valor dos débitos for superior ao
valor dos créditos, a conta terá um saldo devedor. Se ocorrer o contrário, a conta terá um saldo
credor.
Representação gráfica das contas
A conta é a representação gráfica da relação débito e crédito de um determinado fato
administrativo.
Graficamente, podemos representá-la na forma da letra T, a qual chamamos de Conta em T ou
Razonete.
Nome da Conta
Débito | Crédito
Lançamentos a débito e a crédito das contas
As operações registradas (de acordo com a natureza de cada conta) através de lançamentos
ocasionam aumentos e diminuições do ativo, do passivo e do patrimônio líquido.
As contas do ativo são debitadas quando bens ou direitos entram no patrimônio e creditadas quando
saem.
As contas passivas são creditadas quando o patrimônio assume obrigações e debitada quando as
liquida.
O patrimônio líquido, como complemento do passivo para igualar ao ativo, obedece ao mesmo
mecanismo das demais contas passivas, ou seja, suas contas são creditadas quando há aumento de
patrimônio, e debitadas quando há redução.
ATIVO PASSIVO
+ d – c BENS - d + c OBRIGAÇÕES
+ d – c DIREITOS - d + c PATRIMÔNIO LÍQUIDO
As contas de despesas são debitadas, pois representam redução do patrimônio líquido, enquanto as
contas de receitas são creditadas, pois representam aumento do patrimônio líquido.
Classificação das contas
As contas são classificadas em dois grupos: patrimoniais e de resultado.
Patrimoniais: representam os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigações e situação
líquida).
Ex: Caixa, Duplicatas a Receber, Fornecedores, Empréstimos, Capital Social.
Administração 17 Módulo III
Resultado: registram as variações patrimoniais e demonstram o resultado do exercício (receitas e
despesas).
Ex: Salários, Juros Passivos, Receitas Financeiras.
O plano de contas
O plano de contas é um elenco de todas as contas previstas como necessárias aos registros (uma vez
que é o instrumento que o profissional consulta quando vai fazer um lançamento contábil, pois
indica qual conta deve ser debitada e qual conta deve ser creditada) contábeis de uma entidade,
oferecendo a vantagem de uniformização das contas utilizadas em cada registro, além de servir de
parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.
A finalidade principal do plano é estabelecer normas de conduta para o registro das operações da
organização, e na sua elaboração devem ser considerados três objetivos fundamentais:
 Atender às necessidades de informações da administração da entidade;
 Observar formato compatível com os princípios contábeis e com a norma legal que regula a
elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações contábeis, ou seja, a Lei nº
6.404/76;
 Adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos à entidade
(fornecedores, bancos, órgãos fiscais, auditoria externa) e, particularmente, às regras da
legislação do Imposto de Renda.
O plano completo deve apresentar o título das contas, a classificação, a função, explicar o
funcionamento, apontar a relação entre os grupos ou mesmo entre as contas, regular o registro das
contas, estabelecer a análise e os códigos das contas e prever as derivações das contas.
5. Escrituração contábil: livro diário, livro razão, livro caixa, livro contas-correntes.
Escrituração
Conceitos
É a técnica utilizada pela contabilidade para registrar, em ordem cronológica, todos os fatos
administrativos que ocorrem no patrimônio das entidades, para fornecer informações sobre a
composição do patrimônio e as variações nele ocorridas em determinado período.
É o registrodos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnico-contábeis, tendo em vista
demonstrar a situação econômico-patrimonial da entidade e os resultados econômicos por ela
obtidos em um exercício. (Hilário Franco)
Método de escrituração
O método de escrituração constitui-se em um conjunto de regras observadas com uniformidade para
o registro dos fatos administrativos.
Muitas tentativas de escrituração foram sendo elaboradas, ao longo dos séculos, para registrar os
Administração 18 Módulo III
fatos contábeis até que, em 1949, em Veneza, através da publicação da obra “Tratatus Particularis de
Computis et Scripturis” (Tratado Particular de Conta e Escrituração), o frei e matemático Luca Paccioli,
divulgou o método das “Partidas Dobradas”, que se mostrou o mais adequado, produzindo
informações úteis e capazes de atender a todas as necessidades dos usuários para gerir o patrimônio,
tornando-se um marco na evolução contábil.
O método das “Partidas Dobradas” consiste no princípio no qual para todo débito em uma conta,
existe simultaneamente um crédito, da mesma maneira que a soma do débito será igual a soma do
crédito, assim como a soma dos saldos devedores será igual a soma dos saldos credores.
Processos de escrituração
Existem diversas maneiras para registrar os fatos administrativos na contabilidade, tais como:
manual (escrituração manuscrita), maquinizada (efetuada em máquinas datilográficas comuns) e
eletrônica (com a utilização de programas de computador).
No processo eletrônico os lançamentos são introduzidos por digitação e processados por programa
de computador, que poderá a qualquer tempo fornecer informações contábeis, tais como: o saldo e
a movimentação das contas, cálculo de impostos e de encargos sociais, folhas de pagamentos,
balancetes de verificação, demonstrativos contábeis, entre outros. É o mais moderno e utilizado,
atualmente, pelas empresas, principalmente as de médio e de grande portes, por movimentarem
centenas ou milhares de operações por dia (exige pessoal altamente especializado).
Livros de escrituração
Para registrar os fatos contábeis ocorridos no patrimônio e atender as obrigações das legislações:
comercial, tributária, trabalhista e/ou previdenciária, as empresas, seja qual for sua natureza jurídica,
utilizam diversos livros de escrituração que podem ser classificados em:
Quanto à Necessidade de Manutenção:
 Obrigatórios: exigidos por lei. Ex: Diário, todos os livros fiscais exigidos pela legislação
federal, estadual e municipal, os livros exigidos pela Lei nº 6.404/76 das Sociedades
Anônimas.
 Facultativos: criados para prestar maior clareza e controle dos registros contábeis. Ex: Razão,
Caixa, Bancos, Fornecedores, Controle de Estoques.
Quanto à Utilidade:
 Principais: registram todos os fatos ocorridos, constituindo–se no centro de informação. Ex:
Diário e Razão.
 Auxiliares: servem para desdobrar os registros constantes nos livros principais. Ex: Caixa,
Conta Corrente, Livro de Duplicatas.
Quanto à Natureza:
 Cronológicos: registram as datas de ocorrências dos fatos em ordem rigorosa. Ex: Diário,
Caixa.
Administração 19 Módulo III
 Sistemáticos: registram os fatos separadamente por espécie, ou seja, por conta. Ex: Razão,
Conta Corrente.
6. Relatórios contábeis: balancete de verificação, razonete, apuração do resultado do exercício
(regimes de caixa e de competência, depreciação, amortização, exaustão), provisões e
demonstrações financeiras (DRE e balanço patrimonial).
Balancete
Balancete é uma relação de Contas extraídas do livro Razão (ou de Razonetes), com seus saldos
devedores ou credores.
Os Balancetes podem diferir um dos outros em relação ao número de colunas. Há Balancetes que
poderão conter apenas duas colunas – uma destinada ao saldo devedor e outra ao saldo credor de
cada Conta; outros poderão apresentar colunas destinadas ao movimento de cada Conta; aos ajustes
efetuados para apuração do resultado; aos saldos, etc..
Vejamos um modelo de Balancete, com as seguintes colunas:
 Nº de ordem;
 Código e nome da Conta;
 Total de débito;
 Total de Crédito;
 Saldo Devedor; e
 Saldo Credor
Nº DE
ORDEM CÓDIGO E NOME DA CONTA
TOTAL SALDO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
A elaboração do Balancete é muito fácil. Cada Conta será transferida do Razonete para o Balancete,
com seu respectivo saldo. Assim, e a Conta no Razonete apontar saldo devedor, este saldo será
transportado para a coluna do saldo devedor do Balancete; se a Conta apresentar no Razonete saldo
credor, este saldo será transportado para a coluna do saldo credor do Balancete. No final a soma da
coluna de Saldo Devedor tem de ser igual à soma da coluna de Saldo Credor, pois os Fatos
Administrativos são registrados no Livro Diário pelo Método das Partidas Dobradas, cujo princípio
fundamental estabelece que, na Escrituração, a cada débito deve corresponder um crédito de igual
valor. Assim, ao relacionarmos no Balancete todas as Contas utilizadas pela Contabilidade de uma
empresa, com seus respectivos saldos devedores e credores, a soma da coluna do débito deverá ser
igual à soma da coluna do crédito.
Razonete
Também chamado de Gráfico em T ou Conta em T, o Razonete nada mais é do que uma versão
simplificada do Livro Razão.
Sob o ponto de vista contábil, o Livro Razão é o mais importante dos livros utilizados pela
Contabilidade. Pois, é por meio dele que é possível controlar, separadamente, o movimento de todas
as Contas.
Administração 20 Módulo III
O controle individualizado das Contas é importante para se conhecer os seus saldos, possibilitando
apuração de resultados e a elaboração de demonstrações contábeis, como o Balancete de
Verificação do Razão, o Balanço Patrimonial e outras.
Para facilitar a aprendizagem do processe contábil, substituiremos o livro Razão pelo Razonete, o
qual, por se tratar de versão simplificada, favorecerá a visualização do movimento de débito e
crédito.
Modelo de Razonete:
D Caixa C
Esse é o Razonete da Conta Caixa. No lado esquerdo, lado de débito, lançaremos todas as
importâncias que representarem entradas de Caixa; no lado direito, lado do crédito, lançaremos toda
as importâncias que representarem saídas de Caixa.
Sendo assim, para controlar o movimento das Contas, em substituição ao livro Razão, didaticamente
poderemos utilizar gráficos em forma de T, em número igual ao de Contas existentes na Escrituração
do livro Diário.
Esse mesmo gráfica já foi utilizado para representar o Balanço Patrimonial, agora , será utilizado para
controlar o movimento individualizado das Contas.
Vejamos um exemplo prático:
Escriturar, no Diário e em Razonete, os seguintes eventos:
1. Investimento inicial em dinheiro no valor de R$ 50.000,00;
2. Compra de um automóvel, à vista, por R$ 30.000,00;
3. Depósito efetuado no Banco Urupês S/A, no valor de R$ 20.000,00;
4. Saque efetuado mediante o cheque nº 1, de nosssa emissão, contra o Banco Urupê S/A, no
valor de R$ 5.000,00, para reforço de Caixa.
Apuração do resultado do exercício
A cada exercício social (normalmente um ano) a empresa deve apurar o resultado dos seus negócios.
Para saber se obteve lucro o prejuízo, a contabilidade confronta a receita (vendas) com as despesas.
Se a receita foi maior que a despesa, a empresa teve lucro. Se a receita foi menor que a despesa, teve
prejuízo.
A apuração de resultado é realizada de forma destacada na Demonstração do Resultado do Exercício.
Apresenta aí um resumo ordenado das despesas e receitas do período, facilitando-se, dessa forma, a
tomada de decisão.
Administração 21 Módulo III
De maneira geral, através da apuração do resultado pode-se verificar se o maior objetivo da empresa
foi atingido, ou seja, se os benefícios obtidos foram maiores que os sacrifícios realizados.
Regime de caixa e regime de competência
o regime de caixa leva em consideração o desembolso efetuadopara pagamento de despesas ou o
recebimento de vendas. Já o regime de competência leva em consideração o fato gerador, ou seja,
quando efetivamente houve a despesa ou receita, independente de haver ou não dinheiro
"entrando" no caixa.
Como regra geral, a pessoa jurídica apura a base de cálculo dos impostos e contribuições pelo regime
de competência, sendo exceção os rendimentos auferidos em aplicações de renda fixa e os ganhos
líquidos em renda variável, os quais devem ser acrescidos à base de cálculo do lucro presumido
quando da alienação, resgate ou cessão do título ou aplicação.
Contudo, poderá a pessoa jurídica adotar o critério de reconhecimento das receitas das vendas de
bens e direitos ou da prestação de serviços com pagamento a prazo ou em parcelas na medida dos
recebimentos, ou seja, pelo regime de caixa, desde que mantenha a escrituração do livro Caixa e
observadas as demais exigências legais.
Regime de competência
A adoção do regime de competência tem por finalidade reconhecer, na contabilidade, as receitas,
custos e despesas, no período a que competem, independente da sua realização em moeda.
O Princípio da Competência do exercício relaciona-se com o reconhecimento do período contábil, isto
é, quando uma receita ou uma despesa deve ser reconhecida, um exemplo para ilustrar e melhor
compreendermos seria quando uma empresa realiza uma venda para pagamento em 60 (sessenta)
dias, a receita é reconhecida na data da venda e, portanto, o valor da venda estará indicado na
Demonstração do Resultado do Exercício daquele mês.
As empresas tributadas com base no lucro real estão obrigadas a adotar o regime de competência
para fins de apuração dos tributos.
Regime de caixa
O regime de caixa, representa o reconhecimento das receitas, custos e despesas, pela entrada e saída
efetiva da moeda.
No regime de Caixa, as receitas são reconhecidas somente no momento em que o cliente paga a
fatura, e as despesas são reconhecidas no momento em que são efetivamente pagas. Esse
procedimento é aplicado tanto as empresas optantes pelo Lucro Presumido, quanto ao Simples
Nacional.
Depreciação
Fenômeno contábil que expressa a perda de valor que os valores imobilizados de utilização sofrem no
tempo, por força de seu emprego na gestão. Conceitua-se depreciação como sendo a diminuição do
valor dos bens corpóreos que integram o ativo permanente, em decorrência de desgaste ou perda de
utilidade pelo uso, ação da natureza ou obsolescência. O encargo da depreciação poderá ser
computado como custo ou despesa operacional, conforme o caso. A depreciação dos bens utilizados
Administração 22 Módulo III
na produção será custo, enquanto a depreciação dos demais bens há de ser registrada como despesa
operacional:
O lançamento característico da depreciação é: Despesas (ou custo) de Depreciação a Depreciação
Acumulada
A conta devedora é de resultado e representa o encargo econômico suportado pela entidade. A conta
credora retifica o bem do ativo sujeito a depreciação. Integra o Balanço Patrimonial, sendo
demonstrada juntamente com a conta do bem que ela retifica, em subtração a seu saldo. NOTA: o
encargo de depreciação somente é computável no resultado do exercício a partir da época em que o
bem é instalado, posto em serviço ou em condições de produzir. O valor da depreciação acumulada
não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem a que se refere corrigido monetariamente. O
mesmo se aplica à amortização e à exaustão. Os encargos de depreciação dos bens do ativo
imobilizado que tenham ocorrido durante a fase pré-operacional serão escriturados no ativo diferido
para posterior amortização, no prazo mínimo de cinco anos e máximo de dez anos.
Não é admitido o registro de quota de depreciação em relação aos seguintes bens:
 Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos e construções;
 Prédios e construções não alugados nem utilizados por seu proprietário na produção de seus
rendimentos ou imóveis destinados à venda;
 Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou
antiguidades;
 Bens em relação aos quais seja registrada quota de exaustão.
Segue abaixo a tabela de taxas aplicáveis aos bens de ocorrência mais usual:
Taxa anual Anos de vida útil
Edifícios 4% 25
Máquinas e Equipamentos 10% 10
Instalações 10% 10
Móveis e Utensílios 10% 10
Veículos 20% 5
Computadores e periféricos 20% 5
Amortização
Eliminação gradual e periódica do ativo de uma empresa, como encargos do exercício, das
imobilizações financeiras ou imateriais. É a recuperação econômica do capital aplicado em:
I – Despesas que contribuam para formação do resultado de mais de um exercício social. Exemplos:
Despesas pré-operacionais, Despesas com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos; II –
Direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada ou bens cuja utilização tenha prazo legal
ou contratual limitado e desde que em nenhuma hipótese caiba indenização, como:
a) Bens intangíveis ou direitos de uso, como, por exemplo: patentes de invenção. Fórmulas e
processos de fabricação;
b) Investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço
público, devem reverter ao poder concedente, ao final do prazo de concessão;
c) Direitos autorais, licenças, autorizações para exploração de determinada atividade
econômica, concessões para exploração de serviços públicos, bem como o custo de aquisição,
Administração 23 Módulo III
prorrogação ou modificação de contratos de qualquer natureza, inclusive de exploração de
fundos de comércio;
d) Custo das construções e benfeitorias em bens locados, arrendados ou cedidos por terceiros;
e) O valor dos direitos contratuais de exploração de florestas.
A taxa anual de amortização será fixada tendo em vista o números de anos restantes de existência do
direito ou o número de exercícios sociais em que deverão ser usufruídos os benefícios das despesas
registradas no ativo diferido.
A amortização dos componentes do ativo diferido sujeita-se a dois prazos:
a) um mínimo de cinco anos, para fins fiscais;
b) um máximo de dez anos, que é aplicável a todas as pessoas jurídicas que possuam
escrituração contábil regular.
O lançamento característico da amortização é:
Amortização a Amortização Acumulada
Depreciação x Amortização
A depreciação atinge a perda de valor de coisas materiais, como máquinas, móveis, etc., e a
amortização destina-se apenas a significar perda de valor de coisas imateriais ou de imobilizações
financeiras; são objeto de amortização: despesas gerais de instalação, aviamentos, dívidas a longo
prazo etc.
Exaustão
Fenômeno patrimonial que caracteriza a perda de valor que sofrem as imobilizações suscetíveis de
exploração e que se esgotam no correr do tempo, como, por exemplo, as reservas minerais e vegetais
(bosques, florestas, jazidas etc.).
Corresponde à perda de valor decorrente da exploração de recursos minerais ou florestais ou de bens
aplicados nessa exploração.
O lançamento característico da exaustão é:
Exaustão a Exaustão Acumulada
Depreciação x Exaustão
A depreciação é a perda de valor pelo uso; a exaustão é a perda de valor por exploração;
Provisões
Provisões representam estimativas de perda de ativos ou de obrigações para com terceiros. Esses
eventos, embora já tenham seu fato gerador contábil ocorrido, não podem ser medidos com exatidão
e têm portanto caráter estimativo.
Classificação
As provisões podem ser classificadas em dois grupos a saber:
Administração 24 Módulo III
a) Provisões Retificadoras do Ativo - Aparecem no ativo de forma subtrativa, reduzindo o valor
contábil do bem ou direito sob o qual se provisionaram custos ou despesas.
b) Provisões Passivas - São classificadas no passivo exigível indicando obrigações.
Quanto ao Aspecto Fiscal as provisões podem ser:
a) Dedutíveis - São aquelas que a legislação do Imposto de Renda permitea sua dedutibilidade
quando da determinação do lucro real.
b) Indedutíveis - São aquelas que a legislação do Imposto de Renda não permite a sua
dedutibilidade quando da determinação do lucro real.
Elenco de Provisões
Provisões Retificadoras do Ativo
a) Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa (dedutível até 31/12/96);
b) Provisão para Ajuste de Bens e Direitos ao Valor de Mercado (dedutível até 31/12/95);
c) Provisão para Perdas Prováveis na Alienação de Investimentos (dedutível até 31/12/95).
Provisões Passivas
a) Provisão p/ Férias (dedutível);
b) Provisão p/ 13º Salário (dedutível);
c) Provisão p/ Gratificação a Empregados (dedutível até 31/12/95);
d) Provisão p/ Licença Prêmio (dedutível até 31/12/95);
e) Provisão p/ Gratificação a Administradores;
f) Provisão p/ Riscos Fiscais ou Eventuais;
g) Provisão p/ Contingências;
h) Provisão p/ Resgate de Partes Beneficiárias
Contabilização
Como regra geral as provisões têm como débitos elementos de despesas e, como contrapartida,
créditos em conta patrimoniais que, como vimos podem ser contas redutoras de ativo ou contas de
passivo exigível. Exemplo: Despesas Provisionadas a Provisões (ativas/passivos)
Demonstrações financeiras
A Lei das Sociedades por Ações (Lei n° 6.404/76) determina que ao final de cada exercício social, a
diretoria deve elaborar com base na escrituração mercantil, as demonstrações financeiras
(contábeis).
O objetivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar informação confiável acerca da posição
financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de uma determinada entidade que seja
útil a uma vasta gama de utentes nas respectivas tomadas de decisões econômicas, permitindo,
simultaneamente, mostrar os resultados da gestão por parte dos gerentes dos recursos que lhes
foram confiados e colocados à disposição. Para satisfazer este objetivo, as demonstrações financeiras
proporcionam informação acerca dos ativos, passivos, capital próprio, rendimentos e gastos e outras
alterações do capital próprio e ainda acerca dos fluxos de caixa. Estas informações, contidas em
mapas como o balanço, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital
Administração 25 Módulo III
próprio e a demonstração de fluxos de caixa, juntamente com informação contida nas notas, ajudam
os utentes das demonstrações financeiras a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e a sua
tempestividade e grau de incerteza.
Balanço patrimonial
É a demonstração que apresenta todos os bens e direitos da empresa. Ativo -, assim como as
obrigações. Passivo Exigível - em determinada data. A diferença é chamada Patrimônio Líquido e
representa o capital investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de
for a da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente.
O balanço é a demonstração financeira que evidencia, resumidamente, o patrimônio da empresa,
quantitativa e qualitativamente:
a) As fontes de onde provieram os recursos utilizados para a empresa operar - Passivo e
Patrimônio Líquido - e;
b) Os bens e direitos em que esses recursos se acham investidos.
É interessante notar que o Ativo mostra o que existe concretamente na empresa. Todos os bens e
direitos podem ser comprovados por documentos, tocados ou vistos. As únicas exceções são as
despesas antecipadas e as diferidas, as quais representam investimentos que beneficiarão exercícios
seguintes e, por isso, se acham no balanço (é algo que aumenta o valor da empresa sem ter um valor
objetivo ou de mercado). O Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido mostram a origem dos recursos
que se acham investidos no Ativo.
Especificamente, o Patrimônio Líquido não representa nada de concreto. Quando a empresa é
constituída, os sócios entregam-lhe determinado Capital representado por dinheiro ou bens. Nesse
momento, a empresa possui apenas esses bens e o numerário que recebeu dos sócios. O Capital
mostra apenas a origem desses bens e dinheiro. É apenas um elemento informativo e não algo de
concreto.
Em conformidade com a Lei n° 6.404/76, o Balanço Patrimonial deve conter os seguintes grupos de
contas:
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades
Direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte
Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte
Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais
na exploração do objeto da companhia.
ATIVO PERMANENTE
Administração 26 Módulo III
Investimentos
Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, não classificáveis
no Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou empresa.
Imobilizado
Direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia ou
empresa, ou exercidos com esta finalidade, inclusive os de propriedade comercial ou industrial.
Diferido
Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais um
exercício social, inclusive juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o
início das operações sociais.
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do Ativo Permanente
quando vencerem no exercício seguinte.
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercício seguinte
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Receitas de exercícios futuros diminuídas dos custos e despesas correspondentes
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada.
Reservas de Capital
Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias • Produto da alienação
de partes beneficiárias e bônus de subscrição • Prêmios recebidos na emissão de debêntures,
doações e subvenções para
Investimentos.
Correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizada.
Administração 27 Módulo III
Reservas de Reavaliações
Contrapartida do aumento de elementos do Ativo em virtude de novas avaliações, documentadas por
laudo técnico.
Reservas de Lucros
Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Lucros gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação específica
MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Disponibilidades
Despesas do Exercício Seguinte
Direitos Realizáveis de Curto Prazo
Obrigações da companhia, necessárias à
manutenção de sua atividade social.
REALIZÁVEL DE LONGO PRAZO EXIGÍVEL DE LONGO PRAZO
Direitos Realizáveis de Longo Prazo
Adiantamentos e Empréstimos a Coligadas,
Controladas, acionistas, dirigentes ou participantes
no lucro.
Obrigações que vencem após o término do
exercício seguinte.
PERMANENTE RESULTADOS DE EXERCÍCIOS SEGUINTES
Investimentos
Direitos permanentes de investimentos em outras
sociedades ou de qualquer natureza, que não se
possibilitem a classificação em AC/RLP.
Resultado de receitas futuras, deduzidas dos
custos e despesas necessárias para sua efetivação.
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Direitos de bens destinados ao exercício da
atividade do objeto social.
Capital Social
Capital integralizado ou a integralizar pela
sociedade.
Diferido
Alocação de despesas que contribuirão para o
resultado de mais de um exercício social, inclusive
juros pagos ou creditados a acionistas durante o
período que antecede ao início das operações
Reservas de Capital
 Ágio na emissão de ações ou conversão de
debêntures.
 Alienação de partes beneficiárias e bônus de
Administração 28 Módulo IIIsociais. subscrição.
 Prêmios na emissão de debêntures, doações e
subvenções para investimentos.
 Correção monetária do capital realizado.
Reservas de Reavaliações
Atualização do valor patrimonial de contas do
ativo, conforme laudos emitidos.
Reservas de Lucros
Contas com a origem de lucros não distribuídos.
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Lucros gerados pela companhia sem aplicação
definida.
Demonstração do resultado do exercício
Trata-se de uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas
operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através do ingresso
de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações.
Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do
Patrimônio Líquido, através da redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível.
Enfim, todas as receitas e despesas se acham compreendidas na Demonstração do Resultado,
segundo uma forma de apresentação que as ordena de acordo com a sua natureza; fornecendo
informações significativas sobre a empresa.
A Demonstração do Resultado é, pois, o resumo do movimento de certas entradas e saídas no
balanço, entre duas datas.
A Demonstração do Resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo de dinheiro. Para a
Demonstração do Resultado não importa se uma receita ou despesa tem reflexos em dinheiro, basta
apenas que afete o Patrimônio Líquido.
Segundo a Lei n.° 6.404/76, a Demonstração do Resultado do Exercício discriminará os seguintes
elementos:
MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Receita Bruta de Vendas e Serviços
(-) Devoluções
(-) Abatimentos
(-) Impostos
(=) Receita Líquida das Vendas e Serviços
(-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras)
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Outras Despesas Operacionais
Administração 29 Módulo III
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) Lucro ou Prejuízo Operacional
(+) Receitas não Operacionais
(-) Despesas não Operacionais
(+) Saldo da Correção Monetária
(=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda
(-) Provisão para o Imposto de Renda
(-) Participações de Debêntures
(-) Participação dos Empregados
(-) Participação dos Administradores e Partes Beneficiárias
(-) Contribuições p/ Instituições, Fundo de Assist. ou Previdência de Empregados
(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício
(=) Lucro ou Prejuízo por Ação
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti Curso básico de contabilidade: introdução à metodologia da
contabilidade. São Paulo: Atlas, 1996.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Principais Fundamentos de Contabilidade e Normas Brasileiras de
Contabilidade, Editora Atlas, 2000.
EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP. Contabilidade introdutória. São Paulo: Atlas, 1998.
FRANCO, H. Contabilidade Geral. 23º Ed. São Paulo: Atlas, 1999.
IUDICIBUS, S. & MARION, J.C. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 1997.
IUDICIBUS, S. & MARION, J.C. Curso de contabilidade para não contadores. São Paulo: Atlas, 1997.
MARION, J.C. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 1997.
MARION, J.C. Contabilidade Básica, Editora Atlas, 2009.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral Básica, Editora Saraiva, 2009.
WALTER, M.A. Contabilidade básica. São Paulo: Saraiva, 1996.
EXERCÍCIOS:
1. Você acredita que a Contabilidade pode atender diversos usuários que tenham interesses
específicos de informação, independentemente dos seus conhecimentos contábeis? Ou é
apenas viável atender alguns usuários com conhecimentos contábeis?
2. Quais os principais usuários da Contabilidade e suas respectivas necessidades informacionais?
3. A taxionomia contábil pode ser uma resposta ao atendimento dos objetivos dos diversos
usuários contábeis? Justifique.
4. Como você define Contabilidade?
5. As doutrinas contábeis foram introduzidas por diversas escolas de época que conceituaram a
Contabilidade sob diversos aspectos. Que aspectos foram esses?
6. Quais os tipos de abordagens utilizados para o estudo da teoria Contábil?
7. Quais as Funções da Contabilidade?
8. Qual a finalidade da Contabilidade?
9. Quais as ramificações da Contabilidade?
10. Quais são as áreas de atuação da Contabilidade?
11. O que você entende por Aziendas?
12. Quem são os usuários Internos e Externos da Contabilidade?
13. O que é coisa, bem e riqueza?
Administração 30 Módulo III
14. O que você entende por Patrimônio?
15. Como é constituído o Patrimônio?
16. Defina Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido?
17. Qual a diferença entre Direitos e Obrigações?
18. Para a Contabilidade o que são Atos e Fatos Administrativos?
19. Complete.
a. As Contas Patrimoniais são aquelas que representam o ______________________ da
empresa num dado momento, por meio do Balanço Patrimonial, e se dividem em
________________________________________ e _______________________.
b. As Contas de Resultados são aquelas que permitem apurar o ________________________
do exercício e se dividem em ________________________________________ e
_____________________________.
20. Quando podemos saber quando as Contas Aluguéis, Juros e Descontos representam Receitas
ou Despesas?
21. O que você entende por Receitas? Cite três exemplos.
22. O que você entende por Despesas? Cite três exemplos.
23. O que você entende por Exercício Contábil?
24. Para que servem as Contas de Resultados?
25. Do ponto de vista técnico-contábil, o que é Conta?
26. Todas as Contas utilizadas pela Contabilidade, segundo a Teoria Patrimonialista, dividem-se
dois grupos. Quais são esses grupos?
27. No Ativo encontramos contas que representam que espécie de elementos?
28. No Passivo encontramos contas que representam que espécie de elementos?
29. Escolha a alternativa correta.
I. Qual das contas abaixo representa Despesas?
a) Aluguéis Ativos
b) Aluguéis Passivos
II. Qual das Contas abaixo representa Receita?
a) Juros Ativos
b) Juros Passivos
III. A conta Descontos Concedidos é de:
a) Receita
b) Despesas
III. A conta Descontos Obtidos é de:
c) Receita
d) Despesas
30. Assinale a alternativa que contém somente Contas de Receitas.
a) Aluguéis Passivos, Prêmios de Seguro e Descontos Obtidos
b) Juros Passivos, Juros Ativos e Descontos Obtidos
c) Aluguéis Ativos, Juros Ativos e Descontos Obtidos
d) Aluguéis Pagos, Juros Ativos e Aluguéis Recebidos
31. O que é Capital Próprio? Cite dois exemplos.
32. O que são Capitais de Terceiros? Cite três exemplos.
Administração 31 Módulo III
33. Escolha a alternativa correta.
I. O patrimônio Líquido representa:
a) Capitais próprios
b) Capitais de Terceiros
I. As obrigações representam:
a) Capitais Próprios
b) Capitais de Terceiros
34. Crie uma Situação Patrimonial representando-a graficamente por meio do Balanço
Patrimonial. Tal situação deverá conter:
a) Um elemento que represente Capital Próprio
b) Quatro elementos que representam Capitais de Terceiros
c) Oito Elementos que representam a aplicação desses Capitais.
35. Represente graficamente, após cada fato apresentado, a Situação Patrimonial da empresa,
considerando-a em evolução, isto é, cada gráfico apresentado deve ser igual ao gráfico
anterior, modificado pelas operações subsequentes:
I. Investimento Inicial:
a) Em dinheiro: R$ 200
b) Em móveis: R$ 100
II. Compras efetuadas:
c) Mercadorias, em dinheiro: R$ 50
d) Veículos, a prazo, mediante aceite de Duplicatas: R$ 130
III. Vendas de Mercadorias, à vista, por R$ 20.
IV. Vendas de Mercadorias, a prazo, mediante emissão de Duplicatas, por R$ 20.
V. Empréstimos obtidos junto ao Banco do Brasil S/A, mediante emissão de Nota
Promissória, no valor de R$ 80.
VI. Pagamento, em dinheiro, de uma Duplicata de nosso aceite, no valor de R$ 30.
VII. Recebimento, em dinheiro, de uma Duplicata no valor de R$ 10.
36. Com as informaçõesdadas, represente o Balanço Patrimonial graficamente e apure a
Situação Líquida.
Imóveis
Instalações
Móveis e Utensílios
Veículos
Caixa
Bancos Conta Movimento
Estoque de Mercadorias
Clientes
Promissórias a Receber
Fornecedores
Bancos Conta Empréstimos
Salários a Pagar
Impostos a Pagar
Duplicatas a Pagas
100.000
10.000
5.000
14.000
5.000
63.000
50.000
10.000
8.000
30.000
100.000
28.000
40.000
39.000
37. Complete.
Administração 32 Módulo III
a) Quando o total dos Bens e Direitos for menor que o total das Obrigações,a Situação Líquida
será _______________ __________________.
b) Quando o Ativo for igual _____________________-, a Situação Líquida será nula.
c) Quando o total das Obrigações for menor que o Ativo, a Situação Líquida será ___________.
38. Qual é a forma gráfica que didaticamente utilizamos para representar o Patrimônio?
39. Quais nomes recebem os elementos colocados do lado esquerdo do gráfico representativo
do Patrimônio?
40. O que é Ativo?
41. Do ponto de vista contábil, o que são Bens?
42. Do ponto de vista contábil, o que são Obrigações? Cite três exemplos.
43. Quantos e quais são os grupos de elementos componentes da demonstração contábil
denominada Balanço Patrimonial?
44. A firma ABC foi registrada e obteve: R$ 500,00 dos sócios, na forma de Capital; R$ 300,00 de
Terceiros, na forma de Empréstimos e R$ 150,00 de terceiros, na forma de rendimentos.
Aplicou esses recursos, sendo: R$ 450,00 em bens para revender; R$ 180,00 em caderneta de
poupança; R$ 240,00 em empréstimos concedidos; e o restante em despesas. Com essa
gestão, informe quanto a empresa ainda tem de Patrimônio Bruto e um Patrimônio Líquido
45. O Patrimônio da Empresa SILPA é constituído, em reais, por: Máquinas – 600; Nota
Promissória de sua emissão – 500; Duplicatas de seu aceite – 1.500; Fornecedores – 400;
Estoques – 3.000; Bancos – 200; Caixa 100; Sabendo-se que o lucro corresponde a 20% do
capital de terceiros, encontre o valor do Capital Social.
46. Escolha a alternativa correta em cada questão.
I. A versão simplificada do livro Razão denomina-se:
a) Balancete
b) Razonete
c) Balanço
II. No Balancete, a soma dos saldos devedores será igual:
a) ao movimento do caixa;
b) à soma do movimento devedor;
c) à soma dos saldos credores.
III. A relação de Contas extraídas do livro Razão, com seus saldos devedores e credores,
denomina-se:
a) Razonete;
b) Balancete;
c) Razão.
IV. Quantos gráficos em T deveremos usar para controlar o movimento das Contas?
a) Tantos quantos forem as Contas Devedoras;
b) Tantos quantos forem as Contas de Receitas;
c) Tantos quantos forem as Contas existente na Escrituração do Diário.
V. Os Razonetes, ditaticamente, são utilizados em substituição ao:
a) Livro Caixa;
b) Livro Razão;
c) Livro Diário.
47. Assinale a ordem correta dos acontecimentos.
Administração 33 Módulo III
a) Diário, Balancete e Razonete;
b) Razonete, Diário e Balancete;
c) Diário, Razonete e Balancete.
48. Saldo de Conta é:
d) A diferença entre a soma dos débitos e a soma dos créditos nela lançados.
e) A diferença entre o Ativo e o Passivo.
f) A diferença entre o movimento credor e o saldo positivo.
ANOTAÇÕES:
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