Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EMBRIOLOGIA DA FACE NAILDO AGUIAR CORDEIRO Embriologia Embriologia é a parte da Biologia que estuda as transformações que se processa no embrião, desde a formação da célula-ovo até o nascimento. Ontogenia é o desenvolvimento do indivíduo desde o ovo até a fase adulta. Embriologia Ciência que estuda o desenvolvimento dos animais desde a fecundação até a formação do embrião. Tudo se inicia no momento da fertilização do óvulo (gameta Masculino + gameta Feminino), que a partir de então se passará a chamar de zigoto. Zigoto: é o portador do material genético do espermatozóide e do óvulo, se divide por mitose até formar um novo indivíduo. EMBRIOLOGIA • Embrião - É o ser humano em desenvolvimento após os estágios iniciais. O período embrionário estende-se até o final da oitava semana. Possui duas fases: 7 EMBRIOLOGIA • Períodos Embrionários: • 1º Periodo Embrionário (até 4ª SVIU). • 2º Periodo Embrionário (até 8ª SVIU). • Periodo Fetal (até o nascimento). 8 EMBRIOLOGIA • 1ª fase 1º período embrionário – até a 4ªSVIU Proliferação e migração celular (mínima diferenciação. • Poucas anomalias perturbações graves levam ao aborto. • As mínimas são compensadas com renovação celular 9 EMBRIOLOGIA • 2ª fase 2º período embrionário – até a 8ª SVIU Morfogênese (diferenciação estrutural interna e externa). • Periodo de vulnerabilidade: inumeros processos complexos defeitos congênitos 10 EMBRIOLOGIA • Concepto – O embrião e seus anexos ou membranas associadas. O concepto inclui todas as estruturas embrionárias e extra embrionárias que se desenvolvem a partir do zigoto. Portanto inclui o embrião, a parte embrionária da placenta e suas membranas associadas, âmnio, saco coriônico e saco vitelino. 11 EMBRIOLOGIA • Feto – Após o período embrionário(oitava semana), o ser humano em desenvolvimento é chamado de feto. Durante o período fetal (da nona semana até o nascimento) ocorrem a maturação e o crescimento dos tecidos e órgãos. 12 EMBRIOLOGIA • Aborto – É a interrupção prematura do desenvolvimento e a expulsão do concepto do útero, ou expulsão de um embrião ou de um feto antes de se tornar viável, ou seja, capaz de viver fora do útero. 13 Aspectos gerais do desenvolvimento embrionário O zigoto sofre divisões celulares ocorrendo assim a: Diferenciação e Especialização : células-tecidos- órgãos-sistemas-organismo Estágios Iniciais do Desenvolvimento Embrionário • O desenvolvimento embrionário dos organismos foi estudado tendo como modelo animais como o Anfioxo, invertebrado pertencente ao grupo dos cefalocordados. Divisão mitótica das células, ou clivagem do zigoto formando células embrionárias denominadas BLASTÔMEROS. Clivagem DUAS CÉLULAS QUATRO CÉLULAS As clivagens sofridas pelo zigoto são muito rápidas. A massa de células resultante chama- se Mórula. Formação da blástula Blastoderme Blastocele As células da mórula continuam a sofrer divisões e migram para a periferia formando uma esfera e deixando no centro uma cavidade cheia de líquido (blástula) sendo a cavidade em seu interior a blastocele e a camada externa de células a blastoderme. Segunda semana – Nidação e Implantação Implantação – Processo durante o qual o blastocisto adere ao endométrio(membrana mucosa ou revestimento do útero) e subseqüentemente se implanta nele. Nidação é o momento em que, na fase de blástula, o embrião fixa-se no endométrio. Implantação O blastócito se prende no epitélio do endométrio; Antes mesmo do décimo dia de gestação, o que antes era apenas um amontado de células dentro do embrião (o embrioblasto), se divide em duas camadas: o hipoblasto (futuro endoderma) e o epiblasto(futuro ectoderma), que fica voltado para o lado endometrial.O Epiblasto está relacionado com a formação das células parenquimatosa do embrião. Blastocisto com 6 dias Durante a segunda semana Final da segunda semana Gástrula: estágio embrionário, onde o embrião apresenta uma abertura chamada blastóporo, que evoluirá para formar a boca ou o ânus. Gastrulação é o processo de formação da gástrula. Gastrulação Faz surgir uma nova cavidade o Arquêntero “antigo intestino”, que se comunica com o exterior através de uma abertura o Blastóporo. Ex: Gastrulação por embolia. Como se formam tecidos e órgãos? • Movimentos morfogenéticos: série de dobramentos celulares, que resultam em mudanças radicais na formação do embrião, com intensa síntese de material nuclear, sucessivas divisões celulares e migrações dessas células para posições específicas no embrião. • Isto resulta na formação de novas camadas os folhetos embrionários que determinam o conjunto de órgãos e tecidos bem definidos. Folhetos embrionários Diblásticos (ectoderme e endoderme): cnidários Triblásticos (ectoderme, mesoderme e endoderme): maioria dos animais • Invaginação – também designada embolia, é o processo mais simples, em que a zona da blastoderme correspondente ao pólo vegetativo, ou dos macrómeros, se invagina, afundando-se activamente até chegar ao contacto com a zona oposta. A parte invaginada forma a endoderme e a externa a ectoderme. Esta situação, ocorre já nos cordados inferiores e equinodermes até o ser humano; • Epibolia – neste caso os macrómeros vão ser rodeados pelos micrómeros, devidos às mitoses aceleradas destes. Assim, passivamente, os macrómeros ficam internamente, formando a endoderme e os micrómeros a ectoderme. Esta situação é típica dos ovos de anfíbio; Tipos de gastrulação Por embolia; Por epibolia; • Migração – alguns blastómeros isolam-se e migram para o blastocélio, vindo a unir-se e a originar a endoderme, que ficará rodeada pela ectoderme. Este fenómeno é característico dos vertebrados superiores; • Delaminação – células da blastoderme dividem-se, segundo um plano paralelo à superfície, formando a endoderme A cavidade delimitada pela mesentoderme é denominada de arquêntero ou intestino primitivo, e o orifício de abertura do arquêntero é chamado de blastóporo. Animal deuterostômio: é o animal em que o blastóporo origina o ânus Animal protostômio: é o animal em que o blastóporo origina a boca. Folhetos embrionários ou Camadas embrionárias: são camadas celulares embrionárias, que sofrerão diferenciação dando origem aos órgãos. O destino dos folhetos embrionários pode ser resumido da seguinte forma: Formação do endoderma definitivo e mesoderma intra-embrionário Vista dorsal com 16 dias Metade cefálica do disco embrionário durante terceira semana Formação do endoderma definitivo e mesoderma intra-embrionário Ectoderme, dará origem aos seguintes órgãos ou sistemas: •Epiderme e seus fâneros: como pêlos, cabelo, unhas e, em mamíferos, cascos e cornos. •Mucosa da boca, nariz e ânus, além do esmalte do dente. •Tubo neural: que se dilata na sua parte anterior para formar o encéfalo (cérebro, cerebelo, protuberância e bulbo) a glândula pineal e a neuro- hipófise.• Lobo anterior da hipófise ou adeno-hipófise Mesoderme, que dará origem ao: •Celoma ou cavidade geral; •Serosas, como o peritônio, pleura e pericárdio; •Derme: umdos constituinte histológico da pele; Mesênquima: espécie de tecido conjuntivo embrionário primitivo, que por diferenciação celular irá formar os: condroblastos, osteoblastos, mioblasto e histioblastos, a partir dos quais resultam as cartilagens, o tecido ósseo, musculares e os tecidos conjuntivos permanentes. Endoderme, formará: •Todo o tubo digestivo, exceto a mucosa oral e anal, e seus anexos. •Todas as demais mucosas do organismo. •Notocorda, que dependendo do animal, será substituída pela coluna vertebral Mesenquima +ectoderma Ectomesenquima Eventos marcantes entre a 3ª e 4ª SVIU: •Diferenciação do sistema nervoso e crista neural Ectoderma •Diferenciação do Mesoderma; •Dobramento do embrião em dois planos: •Sentido encefalo-caudal •(cabeça-cauda) •Sentido transversal (lateral) Mesoderma Paraxial Mesoderma Intermediário Mesoderma Lateral * Nêurula: é a fase do desenvolvimento embrionário em que já se observa o tuboneural. A notocorda se forma a partir da evaginação longitudinal de células da endoderme. A notocorda é um cordão fibroso paralelo ao dorso do embrião, representa o primeiro esboço de esqueleto do individuo. Nos vertebrados, a notocorda será substituída pela coluna vertebral. NEURULAÇÃO ( 18º DIA) “MARCA O LIMITE CRONOLOGICO ENTRE O PERÍODO GERMINAL E EMBRIONÁRIO” CONCEITO CONSISTE NA FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA PLACA NEURAL,PREGAS NEURAIS, RESULTANDO NA FORMAÇÃO DO TEC. NERVOSO (tubo Neural). ENCÉFALO CRISTA NEURAL Crista neural é uma população de células multipotentes próximas do tubo Neural. Contribui para a formação de ossos, cartilagem e tecido conectivo da face, neurônios e células da glia do sistema nervoso periférico, células de pigmentação da pele e, em algumas regiões do sistema cardio vascular, mesênquima e células de músculo liso e está presente apenas em embriões de vertebrados . Ela se origina da interação da placa neural com o tecido ectodérmico não neural durante a gastrulação. Durante a neurulação há o levantamento das pregas neurais e fechamento do tubo neural, nesse processo acontece a delaminação das células da crista neural, essas permanecem próximas a região dorsal do tubo neural . Crista neural cranial Essas células migram dorsolateralmente e formam o mesênquima (ECTOMESÊNQUIMA) craniofacial. Este por sua vez se diferencia em cartilagem, osso, neurônios craniais, glia e tecidos conecfivos da face. Essas células também entram na faringe e dão origem as células do timo, odontoblastos e ossos da orelha media e mandíbula. Organogênese: no inicio do desenvolvimento embrionário, as células do embrião são indiferenciadas. A partir da formação da gástrula, inicia-se o processo de diferenciação, em que cada folheto embrionário dá origem a novas células com formas e funções especificas. Assim, surgem os tecidos que, depois, se agrupam para formar os órgãos e, posteriormente, os sistemas Anexos embrionários Conceito: São estruturas que surgem a partir dos folhetos embrionários e dão suporte vital ao embrião até que este possa fazê-lo. - Cordão Umbilical: É uma exclusividade dos mamíferos. É o elemento de ligação entre o feto e a placenta materna. Apresenta duas artérias e uma única veia, estruturas que garantem a nutrição e respiração do embrião. É formado a partir do alantóide e da vesícula vitelínica. cordão umbilical Placenta: Não é considerada por muitos autores como anexo embrionário já que tem uma parte materna e outra fetal. É uma estrutura de origem mista, exclusiva dos mamíferos. Permite a troca de substâncias entre o organismo materno e o fetal. Nos primeiros meses de gestação, a placenta trabalha produzindo hormônios, além de substâncias de defesa, nutrição, respiração e excreção. Os anexos surgem evolutivamente conforme o ambiente a ser conquistado vai selecionando os indivíduos na direção da vida terrestre e do desenvolvimento interno. Embriologia da Face É entre a 5ª e 9ª semana de gravidez que ocorre a maioria das alterações importantes na face em desenvolvimento. Os arcos faríngeos (branquiais), originários do mesoderma, dão à cabeça e ao pescoço a sua aparência típica na 4ª semana de gestação. As Estruturas Faciais derivam dos Arcos Faríngeos. Cabeça e face. Mesênquima derivado da crista neural (amarelo), o mesoderma da placa lateral (Branco) e do mesoderma paraxial, somitos e somitômeros (rosa) Cabeça e pescoço • Característica típica do desenvolvimento da cabeça e pescoço e a formação dos arcos branquiais ou faríngeos (4ª e 5ª semana) Cabeça e pescoço originam-se: 1. Mesoderma Para-axial 2. Lâmina Lateral do Mesoderma 3. Cristas Neurais 4. Placódeos Ectodérmicos Pescoço Cabeça Cabeça e Pescoço originam-se: 1. Mesodermo Para-axial 2. Lâmina Lateral do Mesoderma 3. Cristas Neurais 4. Placódios Ectodérmicos Somitos e somitômeros Cartilagens Laríngea: Base da caixa craniana, Região Occipital, músculos voluntários da região cranio-facial, derme, tecido conjuntivo região dorsal de cabeça e meninges Aritenóide, Cricóide e tec. Conjuntivo dessa região. Estruturas esqueléticas da ½ da face E arcos faríng. (cart, osso, tendão, dentina, derme, piamáter, aracnóide. Junto com as células da Crista neural formam os Neurônios dos gânglios Sensitivos craniais V, VII, IX e X Do neuroectoderma do Cérebro anterior, médio e posterior ARCOS FARíNGEOS • Constituído por núcleo central do tec. mesenquimático (mesoderma paraxial e lateral) coberto externamente por ectoderma superficial e revestido internamente por epitélio endodérmico • Cada arco possui seu componente muscular, nervioso e arterial. ARCOS FARÍNGEOS eixo de mesênquima recoberto por ectoderma e endoderma. • – início da Semana • migram para as futuras regiões da cabeça e do pescoço A esquelética e derivam do mesênquima original dos arcos. • quatro arcos são visíveis no embrião • 5º. e 6º. arcos são rudimentares e não visíveis. • Fendas (sulcos faríngeos) separam os arcos. Componentes dos arcos faringeos Obs.: Cada arco possui seu componente muscular, nervoso e arterial. Mesênquima de cada arco: do mesoderma paraxial; lateral e das cristas neurais Componente endodérmico Componente ectodérmico ARCOS e BOLSAS • ARCOS FARÍNGEOS • VISTA LATERAL • CORTE FRONTAL ARCOS AÓRTICOS ASSOCIADOS ARCOS FARíNGEOS Arcos Branquiais, Fendas Branquiales, Bolsas Faríngeas e Arcos Aórticos BOLSAS e FENDAS FARÍNGEAS EMBRIOLOGIA DA CABEÇA E PESCOÇO • Quando o embrião possui quatro semanas e meia, observamos na face: -2 processos mandibulares(1º arco) -2 procesos maxilares (porc dorsal 1º arco) -1 proeminência frontonasal (proliferação do mesênquima ventral às vesículas encefalicas) ESTOMODEO (centro da face) ARCOS FARÍNGEOS • 1º arco (Arco Mandibular) – • Forma duas saliências: 1. Processo maxilar – dá origem ao maxilar, ao zigomático e à porção escamosa do osso temporal 2. Processo mandibular – maior, formaa mandíbula Trigemeo • 1º ARCO (MANDIBULAR) – (V p.n.c.) CARTILAGEM (de Meckel) Porção dorsal da cartilagem do martelo, bigorna e ligamentos lateral do martelo e esfenomandibular. Porção ventral da cartilagem mandíbula, (se desenvolve em duas metades) MESÊNQUIMA Músculos: da mastigação (temporal, masseter e pterioideo), tensor do tímpano, tensor do véu palatino, ventre anterior do digástrico e milo-hióideo Primeiro e Segundo Arcos Branquiais e a Placódio ótico Do 1° Arco, Processo Maxilar e Proceso Mandibular Processo maxilar° Processo mandibular • 2º ARCO (HIÓIDE) – (VII p.n.c.) CARTILAGEM (de Reichert ) Porção dorsal estribo e processo estilóide. Porção média regride ligamento estilo-hióideo Porção ventral corno inferior e porção superior do corpo do osso hióide MESÊNQUIMA Músculos: da mímica, ventre posterior do digástrico, estilohióideo, estapédio (musculo do estribo) e auricular. Facial 1°, 2°, 3° e 4° ARCOS BRANQUIAIS Vago 3º ARCO (HIÓIDE) – (IX p.n.c.) • CARTILAGEM: Porção ventral, corno maior e porção inferior do corpo do osso hióide • MESÊNQUIMA M. estilofaríngeo 4º e 6º ARCOS - (X p.n.c.) • CARTILAGENS Desses arcos se fundem cartilagens da laringe - (exceto a epiglote) Tireóide, cricóide, aritenóide, corniculada e cuneiforme • MESÊNQUIMA Músculos: constritores da faringe, intrínsecos da laringe, elevador do véu palatino, cricotireóideo e da porção superior do esôfago 5º ARCO - REGRIDE Glossofaríngeo Inervação dos Arcos Faríngeos 1º ARCO: 5º PAR - TRIGEMEO (principal nervo sensitivo da cabeça e pescoço;N. motor dos músculos da mastigação) 2º ARCO: 7º PAR - FACIAL 3º ARCO: 9º PAR - GLOSSOFARINGEO 4º ARCO: 10º PAR - VAGO FORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS RÍGIDAS (OSSOS, CARTILAGENS E LIGAMENTOS) FORMAÇÃO DOS MÚSCULOS DA CABEÇA E DO PESCOÇO RELAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE ORIGENS BRANQUIAIS COM NN. CRANIANOS SENSITIVOS 1ª bolsa: meato acústico ext., cav timpânica, trompa de Eustaquio Participa da formação da Membrana timpânica 2ª bolsa: tonsila palatina 3ª bolsa: asa dorsal (paratiróide inf), asa ventral (Timo) 4ª bolsa: asa dorsal (paratiróide 5ª bolsa: corpo ultimobranquial (celulas parafoliculares – calcitonina) Nariz • O engrossamento do ectodermo de superficie, chamado de plácodes nasais, se desenvolvem a cada lado da prominencia frontonasal. • 4ª SVIU Nariz Se desenvolvem pontes com aparencia de ferraduras ao rededor destas plácodes, Chamadas de prominencia nasal e lateral (engrossamento). Como resultado disto, as plácodes fazem o piso de depressões conhecidas como fossas nasais. Quinta a oitava semana • As proeminências maxilares aumentam de tamanho e crescem em direção medial, deslocando as proeminências nasais mediais até o plano medial. • O sulco entre a proêminencia nasal lateral e a maxilar, desaparece quando estas se mesclam e então… Formação do lábio superior • As proeminências nasais laterais não formam parte do lábio superior, constituem os lados do nariz. Quando as prominencias nasais mediais se mesclam, formam um segmento intermaxilar composto de três partes: 1. Um componente labial que forma o filtro do lábio superior 2. Um componente maxilar que terá relação com os quatro dentes incisivos 3. Um componente palatino que se transforma em palato primário Pela 5º SVIU, os placodes nasais desenvolvem-se bilateralmente na parte inferior do processo frontonasal, aonde circundam a cavidade oral. Nas bordas dos placodes, o mesenquima prolifera e produz os processos nasais medial e lateral, transformando os placodes em fossetas nasais. Pela 6ª SVIU os processos nasais medial e lateral estruturam- se de forma semelhante a de ferraduras, com a margem aberta em contato com a cavidade oral O ponto de contato dos processos nasal medial e maxillar cobertos por epitélio é chamado de membrana nasal. Esta camada epitelial posicionada verticalmente sobre cada narina separa os processos nasal medial e maxilar; Quando a membrana desaparece, os labios irão se fundir Em cada lado, o processo nasal lateral é separado do processo maxilar por um sulco chamado de Sulco Nasolacrimal Esse sulco ira eventualmente desaparecer, mas antes disso, o epitelio nele depositado ira se canalizar, e formar o ducto nasolacrimal. DESENVOLVIMENTO DO PALATO • A partir de 3 PRIMÓRDIOS • Processo palatino mediano (Palato primário) – porção anterior – 8ºSVIU • Processos palatinos laterais (x2) (Palato secundário) – porção posterior, mais extensa – 12ª SVIU • O palato secundário cresce durante a 7ª. Semana • Crescimento medial e fusão no plano mediano adiante do processo palatino mediano • Concomitante, o septo nasal cresce caudalmente e funde-se ao palato • O canal incisivo definitivo marca a separação do crescimento entre os palatos primário e secundário PROCESSO PALATINO MEDIANO (PALATO PRIMÁRIO) PORÇÃO ANTERIOR PROCESSOS PALATINOS LATERAIS (PALATO SECUNDÁRIO) PORÇÃO POSTERIOR MAIS EXTENSA DESENVOLVIMENTO DO PALATO palato •Palato primário do segmento intermaxilar. •Palato secundário: •das evaginações dos processos maxilares: as cristas palatinas (6ª SVIU) que se fundem (7ª SVIU) e forman o palato definitivo (12 SVIU) DESENVOLVIMENTO DO PALATO Estomodeo A lingual começa a se desenvolver a partir da 4ª – 20ª SVIU. A porção oral (2/3 anteriores) desenvolve-se de duas dilatações laterais – As saliencias líguais – e uma dilatação mediana - Tubérculo Ímpar – 1º Arco Inervação: V PNC DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA A porção faríngea (raíz da língual, 1/3 posterior) desenvolve-se a partir da Eminência Hipobranquial Grande saliencia mesenquimal formada a partir do 3º arco e recobrindo o segundo (excluindo-o da formação da lingua). A Eminência Hipobranquial é dividida em: • Cópula anterior origina a lingua • Eminência Hipobranquial propriamente dita Epiglote Inervação: IX PNC DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA A linha de fusão das porções oral e faríngea da lingua é vagamente marcada no adulto por uma linha em forma de “V” chamada de sulco Terminal No ápice do sulco terminal há o foramen Cego Os músculos da Lingua desenvolvem-se dos Somitos Occiptais. Inervação: XII PNC DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA LíNGUA Saliências linguais laterais e Tubérculo Impar(4ª sem) Desenvolvimento da Face Ossificação do complexo maxilar --------------- • Cápsula nasal: esqueleto cartilaginoso localizado na porção mediana do processo fronto-nasal. OSSO OSSIFICAÇÃO INÍCIO maxilar intramembranosa 6ª SVIU zigoma intramembranosa 8ª SVIU palatino intramembranosa 8ª SVIU vômer intramembranosa 12ª SVIU etmóide endocondral 9ª SVIU Enquanto na ossificação endocondral ocorre o desenvolvimento ósseo do centro para as extremidades, na intramembranosa ocorrede forma diferente, partindo de núcleos de ossificação, que se expandem e se juntam ao longo do tempo. O crânio, por exemplo, ossifica desta maneira. Por esse motivo, deve-se tomar cuidado ao pegar na cabeça dos recém-nascidos (fontanelas) para não afetar o encéfalo que ainda não está totalmente protegido. Desenvolvimento da Face MANDÍBULA O processo mandibular aparece inicialmente como uma estrutura bilateral parcialmente dividida, mas que em breve se funde na linha média. Este processo origina a mandíbula, a porção inferior da face e o corpo da lingua. • 12 SVIU 04 MVIU Desenvolvimento da Face • Cartilagem de Meckel: dá origem à mandíbula. - Porção média: origina ligamento esfeno-mandibular; - Extremidades posteriores: originam martelo e bigorna; - Dois terços anteriores: dão suporte para ossificação intra- membranosa da mandíbula. - Extremidades anteriores: formação endocondral da sínfise mandibular. * Cartilagens secundárias: sinfisária, angular, coronóide e condilar. Desenvolvimento da Face Mandíbula ----------------- Ossificação • Início: na 6ª SVIU • Sínfise: ossificação intramembranosa → fusão das cartilagens de Meckel → ossificação endocondral da região canina → ossificação IM das porções vestibular e lingual das cartilagens → rompimento da fusão das cartilagens → formação de fibrocartilagem →(ossifica-se ao final do 1º ano de vida). Anomalias na formação da face: período de maior risco Desenvolvimento da Face CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS LABIO-PALATAIS CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS LABIO-PALATAIS ANOMALIA CONGÊNITA: LÁBIO LEPORINO ANOMALIA CONGÊNITA: Maior distância entre orbitas Anomalia Congênita: síndrome de goldenhar Podem apresentar-se as seguintes manifestações: - Desenvolvimento incompleto da região malar, maxilar ou mandibular, do lado afetado, - Desenvolvimento incompleto da musculatura do lado afetado, - Mandíbula pequena e lábio leporino, - Orelhas muito pequenas ou ausência de partes delas, - Oclusão do canal auditivo e surdez, - Diversas manifestações oculares, - Outras Questionário 1. Defina quais são os períodos embrionário. 2. Conceitue Zigoto, Clivagem, blastula, Mórula, Blástula, Blastoderme, Blastocele, 3. Conceitue Gástrula, Arquêntero, Blastóporo, endoblasto e ectoblasto 4. Quais os três folhetos embrionários? Cite tres estruturas que deles derivam. 5. Explique como se forma a crista neural e qual a sua importância para a odontologia 6. Quais os acontecimentos marcantes comentados em sala de aula (slide 45) que ocorrem entre 3ª e 4ª SVIU? Questionário 7. Explique como se forma a crista neural e qual sua importância para a odontologia. 8. Qual a constituição dos arcos faríngeos? Quantos são? Quais os nervos que os invervam? Cite ao menos uma estrutura derivada de suas cartilagens e mesenquima em cada arco. 9. Quando as proeminencias nasais medias se fundem, formam o processo intermaxilar, quais as três partes que o compõem e o que elas originam? 10. Oquantas e quais são as estruturas primordias que comporão o palato? Questionário 11. Quais os nervos que inervam a linguam? Explique o porque dessa invervação mista (cite os arcos) 12. Qual o papel da Cartilagem de Mekel na ossificação da mandíbula? Como ela ocorre? Cite alguns sitios.
Compartilhar