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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E HUMANAS BACHARELADO EM QUÍMICA RELATÓRIO BIOQUÍMICA EXPERIMENTAL PRÁTICAS 1, 2 e 3: Crescimento, lise e quantificação das proteínas celulares da levedura Saccharomyces Cerevisiae Componentes Do Grupo 2 RA: Santo André - Outubro/2018 1. RESUMO Foram realizados três experimentos no decorrer de 3 semanas de maneira sequencial, todos referentes à manipulação bioquímica das proteínas celulares da levedura Saccharomyces Cerevisiae, focando principalmente na enzima α-glicosidase, mas, por hora, apenas extraindo e avaliando proteínas totais. O objetivo das práticas é compreender e desenvolver processos laboratoriais bioquímicos simples e o uso de espectrofotometria. O processo foi iniciado com o preparo de um meio de cultura para o crescimento da levedura que foram desenvolvidas até a fase logarítmica tardia. Seguiu-se fazendo a lise celular com aproximadamente 2g de lisado, o método de rompimento celular empregado foi o mecânico de pérolas de vidro carregadas positivamente. Foi usado, também, métodos químicos e térmicos, a fim de: diminuir a atuação de proteases, a atividade catalítica e a velocidade de desnaturação proteica; e consequentemente obter uma maior quantidade de proteínas íntegras ao final do processo. Por fim, realizou-se a quantificação de proteínas na solução utilizando espectrofotometria. Leu-se a absorbância da a proteína albumina de concentração conhecida com o espectrofotômetro e construi-se uma curva analitica padrao da absorbância em função da concentração. As proteínas da levedura foram marcadas seguindo o método de bradford e diluídas o cerca de 200 vezes para adequar a leitura com os limites da curva analítica. Ao final, foi feito um comparativo entre os dados da curva e a absorbância da proteína desejada encontrada e foi determinado que a concentração é aproximadamente de 1,630 mg/mL, totalizando uma massa de 17,115 mg, tendo em vista que obtivemos 10,5 mL de lisado. 2. INTRODUÇÃO As leveduras são fungos assim como os bolores e os cogumelos. Apresentam-se caracteristicamente sob a forma unicelular. São seres vivos invisíveis a olho nu, que somente podem ser vistos com o auxílio de microscópio, não fazem fotossíntese e, de modo geral, se reproduzem de modo assexuado. Esses microrganismos se multiplicam rapidamente e realizam respiração anaeróbica, ou fermentação, sendo conhecidas historicamente por sua capacidade fermentativa, utilizadas pelas indústrias de alimentos na produção de etanol e de dióxido de carbono, os quais são importantes para as indústrias de cerveja, vinho, álcool e fermentos. A levedura Saccharomyces cerevisiae é o foco do estudo em questão. O trabalho consiste na análise do crescimento, lise e quantificação de proteínas. As proteínas de interesse nesse estudo são as α-glicosidases, responsáveis pela clivagem hidrolítica de ligações α ou β-glicosídicas. Essas enzimas atuam durante a digestão, degradando alguns tipos de sacarídeos provenientes da alimentação e liberando unidades monossacarídicas, que são absorvidas pelo organismo como nutrientes participantes da metabolização de açúcares. As mesmas serão extraídas a partir de um meio contendo a levedura Saccharomyces cerevisiae , proveniente do gênero de leveduras Saccharomyces, que são amplamente utilizadas na indústria alimentícia. Para estabelecimento das culturas, foi necessário o preparo de um meio de cultura para ativação das leveduras. Neste experimento foi utilizado o meio YEP (2% extrato de levedura; 4% peptona e 4% glicose, pH = 5), que são insumos necessários para o crescimento da levedura (BORTOLI, et al., 2013). Para evitar contaminações químicas e biológicas, é importante preparar a mistura em uma cabine de fluxo laminar, pois mantém-se o ambiente estéril, a fim de evitar o crescimento de bactérias no meio de cultura. A temperatura ótima do crescimento da levedura de Saccharomyces cerevisiae está entre entre 20° e 30°C, com o pH entre 4,5 e 5,5 (RIGAMONTI, 2014). Sabe-se que fatores como temperatura e pH afetam diretamente na forma das proteínas. Logo, o tampão fosfato fora colocado a fim de manter o pH do meio neutro, o lisado mantido a baixas temperaturas com o intuito de diminuir a velocidade de desnaturação proteica e foi adicionado o inibidor enzimático PMSF, de modo a interferir na sua atividade catalítica; garantindo assim, uma maior eficiência e rendimento de proteínas íntegras ao final do processo. Quando as células de leveduras desenvolvem-se em um sistema fechado, pode-se confeccionar uma curva de crescimento celular em função do tempo, conforme a Figura 1. Esta pode ser dividida em diferentes etapas: lag, log, estacionária e de declínio. O primeiro período é chamado de Fase Lag, na qual período variável, ainda não há um aumento significativo da população e o número de organismos permanece praticamente inalterado podendo se estender por horas ou vários dias. Passado à fase lag, as células iniciam o processo de divisão celular, que é o crescimento exponencial do seu número, denominado Fase Log. Na fase estacionária os nutrientes estão escasseando e os produtos tóxicos estão tornando-se mais abundantes. Nesta etapa não há um crescimento líquido da população, ou seja, o número de células que se divide é equivalente ao número de células que morrem. Finalmente ocorre o declínio, onde a maioria das células está em processo de morte. Figura 1 - Curva de crescimento celular em sistema fechado Para este estudo as leveduras foram desenvolvidas até a fase logarítmica tardia, assegurando a integridade da célula e prosseguindo com o rompimento da parede celular da levedura que é composta basicamente de polissacarídeos. A lise celular constitui a primeira etapa na separação dos produtos intracelulares e é, portanto, crucial, pois qualquer dano causado ao produto, que ocorra nesta fase inicial, compromete e invalida todos os processos subseqüentes. Além disso, vale ressaltar que um rompimento de alto rendimento resulta em uma maior flexibilidade nos tratamentos subseqüentes dados ao produto (KESHAWARZ et al., 1984). O processo de rompimento das células de leveduras foi realizado o métodos mecânicos com pérolas de vidro que permite atingir aproximadamente 95% de rompimento (ASSIS, 1946). Essas pérolas foram carregadas positivamente por ácido sulfúrico, pois assim a atração das leveduras seria maior, aumentando a probabilidade de colisão entre as duas partes, resultando em uma maior eficiência do processo. O método consiste na agitação uma suspensão celular mantida em contato com pérolas de vidro em um vórtice (NEVES, L. C. M, 2003). Após o rompimento, as pérolas são filtradas e lavadas, enquanto o homogenato foi centrifugado e posteriormenterecolhido o sobrenadante para quantificar a concentração de proteínas presente no lisado. A quantificação das proteínas é um processo de grande importância em análises bioquímicas, pois fornece maior precisão para futuros ensaios e facilita o tratamento de dados. O método de quantificação utilizado nesse experimento foi o de Bradford, corante que apresenta uma coloração azulada na presença de proteínas. O reagente Coomassie Brilliant Blue, presente no reagente de Bradford, obtém a coloração azulada ao se ligar à arginina e aminoácidos aromáticos das proteínas. A partir do complexo proteína-corante, elabora-se uma curva padrão com outra proteína de concentração conhecida. Neste experimento foi utilizada como padrão a soroalbumina bovina, BSA, a interação entre a proteína de alto peso molecular e o corante BG-250 provoca o deslocamento do equilíbrio do corante para a forma aniônica, que absorve fortemente em 595 nm (ZAIA, 1998), comprimento de onda utilizado no presente experimento. A intensidade de absorção nos diferentes comprimentos de onda na faixa do microonda e no infravermelho dá informações sobre a estrutura molecular do composto. O visível não é tão rico em informações estruturais, mas pode dar informações quantitativas sendo, desse modo, a intensidade de cor uma medida da concentração da solução (Apostila - CEFET Química-RJ). O espectrofotômetro foi o aparelho usado para medir concentração de proteínas através da absorbância, uma grandeza que relaciona as diferentes molaridades de uma mesma solução com os comprimentos de onda ( l ) da cor absorvida (NEVES, P. L, 1999). Uma reta será ajustada em relação aos dados obtidos e, a partir desta reta, será encontrada a concentração da proteína utilizada pelo grupo através da equação conhecida como Lei de Lambert-Beer (Eq. 1): ε A = * c * l (Eq. 1) onde A é a absorbância, é absortividade molar (L cm-1.mol-1), c a concentração molar do composto (mol/L ) ε e l, a distância percorrida pela radiação através da solução (cm). A equação de Lambert-Beer nos permite relacionar a quantidade de matéria presente na amostra através da medida de luz absorvida e transmitida pela amostra. (Apostila - CEFET Química-RJ). Assim para a obtenção da curva, leram-se as absorbâncias obtidas utilizando as várias massas de albumina e diferentes concentrações obtidas por diluição. Efetuou-se a leitura das absorbâncias em espectrofotômetro da Saccharomyces cerevisiae e assim determina-se a concentração de proteínas totais. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Inicialmente foi adicionado 2 g da levedura Saccharomyces Cerevisiae em pó no meio de cultura no interior de uma cabine de fluxo laminar para evitar a presença de bactérias. Todos os instrumentos utilizados foram esterilizados em autoclave e o meio foi preparado pelos técnicos do laboratório dois dias antes do experimento, contendo 10 g de extrato de levedura, 20 g de peptona e 20 g de glicose. Após isso, o meio com a levedura foi entregue aos técnicos que o mantiveram sob agitação a 30ºC por 24 horas e depois decantado por uma hora e armazenado em geladeira sem o sobrenadante. A preparação do tampão de lise de fosfato para a próxima etapa do experimento foi realizada pelos técnicos de laboratório e possuía pH 7,0, de acordo com as seguintes reações: 1) H3PO4(aq) + H2O(aq) ⇌ H3O+(aq) + H 2PO 4-(aq) com o pKa de 2,1 2) H2PO4-(aq) + H2O(aq) ⇌ H3O+(aq) + HPO42-(aq) com o pKa de 7,2 3) HPO42-(aq) + H2O(aq) ⇌ H3O+(aq) + PO43-(aq) com o pKa de 12,6 A preparação do tampão para o pH 7 descrito na apostila segue a segunda reação (2) de acordo com o seu pKa, pois este está mais próximo da faixa ideal de tamponamento, levando assim a utilização dos íons HPO 42- e H 2PO 4- para preparação do tampão. Para determinar as concentração, é necessário usar a equação de Henderson-Hasselbach: H pKa log ( )p = + [base][ácido] (Eq. 2) , 7, log ( )7 0 = 2 + [base][ácido] (Eq. 3) .6309[base][ácido] = 0 (Eq. 4) Na preparação do tampão, cada 1 mol de HPO 42- deve ser misturado com 0.6309 mol de H2PO4-. Com essa relação é possível concluir que para a concentração de 100 mM em 1 litro seriam necessários 0,0613 mol de HPO42- e 0,0387 mol de H2PO 4- em 1000 mL, que podem ser obtidos de 7,356 g de NaH2PO4 e 5,495 g de Na2HPO4. Feito isso, foram adicionados aproximadamente 2 g dessas células de levedura crescidas em um tubo de centrífuga, junto com 4mL de solução tampão (previamente preparada como explicitado acima) e pérolas de vidro tratadas anteriormente com ácido sulfúrico para adquirirem carga elétricamente positiva. No vórtice, as células foram ressuspensas e adicionados 4 μL de fluoreto de α-fenilmetilsulfonila (PMSF) 0,1 M em etanol e 10 μL de cocktail inibidor de proteases e fosfatases para leveduras. Após isso, a mistura foi agitada por um minuto no vórtice e deixada no gelo por mais um minuto, sendo esse ciclo repetido quatro vezes. A mistura foi levada à centrífuga por dois minutos a 850g. Logo depois, o sobrenadante foi retirado e transferido a um tubo falcon e sempre mantido no gelo para inibir a ação de proteases, essa porção é chamada “lisado”. O precipitado restante foi ressuspendido com a adição de mais 4 mL de tampão. Foi adicionado novamente mais 4 μL de PMSF e 10 μL de cocktail e todo o procedimento a partir disso foi repetido mais duas vezes. O grupo acidentalmente pulou a etapa de adição do tampão de lise durante a segunda extração e, por causa disso, só repetiu o procedimento mais uma vez. Por fim, foi medido o valor do volume de todas as porções de sobrenadante coletadas e separadas em três tubos falcon e armazenados no freezer a -20°C. Foi iniciado o processo de análise das proteínas presentes no lisado, e, para isso, foi primeiramente calculada a curva analítica de proteína e depois a determinação da concentração da proteína α-glicosidase nas amostras. Para a construção da curva analítica, foram realizados os seguintes procedimentos: Em um tubo, foi adicionado determinados volumes de Albumina Bovina 0,2g/L, água destilada e reagentes de BradFord (ácido fosfórico 85%, azul de Coomassie G e metanol), seguindo a Tabela 1. O tubo branco foi utilizado para calibrar o espectrofotômetro que seria utilizado para as outras amostras. Cada tubo foi homogenizado utilizando o vórtice e as soluções apresentaram leve aspecto de degradê da cor azul. Cada amostra foi transferida para uma cubeta, lavada com água e etanol e seca antes de cada leitura, e levadas para o espectrofotômetro para determinação de suas respectivas absorbâncias em 595 nm. Através do volume de proteína, foi calculada sua massa e concentração em cada tubo. Com todos esses dados coletados, foiconstruído o gráfico de curva analítica de absorbância por concentração de proteína (albumina bovina). Dessa forma, foram preparadas soluções de lisado (sempre mantido em banho de gelo) diluídas 200 vezes e feito três vezes o mesmo procedimento de determinação da absorbância no espectrofotômetro. Dos três valores, foram obtidos as respectivas concentrações de proteína através da observação do gráfico e realizado o cálculo da média desses valores para obtenção da medida mais aproximada para o valor da concentração da proteína α-glicosidase nas amostras de lisado. Tabela 1 - valores inseridos nos tubos para determinação da absorbância e construção da curva analítica Tubo Albumina Bovina (μL) Água (μL) Reagentes de Bradford (mL) Branco 0 100 1 1 10 90 1 2 20 80 1 3 40 60 1 4 60 40 1 5 80 20 1 4. RESULTADOS ● Resultados observados sobre o primeiro procedimento: preparação da cultura de leveduras Após uma semana da preparação da cultura, seguindo todos os métodos para se evitar contaminações, as leveduras que foram desenvolvidas até a fase logarítmica tardia em teoria, foi observada a formação de uma solução líquida de cor marrom com uma fase sólida granula. ● Resultados observados no segundo procedimento: lise celular Na segunda etapa, os procedimentos foram realizados de acordo com o que foi descrito no procedimento. Ocorreu um pequeno deslize durante a segunda extração (descrito no tópico de procedimentos), criando a necessidade de reiniciá-la, como o tempo em que o lisado permanecia em 0°C precisava ser limitado o máximo possível em decorrência de degradação das proteínas pela atividade das proteases que cresce em temperaturas acima de -20 °C, a terceira extração foi cancelada. Foram obtidos aproximadamente 10 mL de lisado, que foram divididos em três partes de 3,5 mL. A Figura 2 mostra o lisado dividido em três tubos, uma solução de cor laranja levemente pastosa. Figura 2 - Lisado obtido na segunda semana Os três tubos foram levados a refrigeração adequada (-20 °C) para limitar a degradação das proteínas até o próximo experimento. ● Resultados observados no terceiro procedimento: quantificação de proteínas totais A quantificação de proteínas totais no lisado foi realizado utilizando albumina como padrão de referência com uma curva analítica. A Tabela 2 demonstra os dados analíticos para a criação do Gráfico 1 e da função que correlaciona absorbância e concentração de albumina, que foi usada como referência para determinar concentração de proteínas no lisado. Tabela 2 - Dados coletados da análise espectrofotométrica com albumina A (595 nm) Massa de proteína (mg) Concentração de proteína (mg/mL) 0,001 0 0 0,025 0,002 0,0018 0,039 0,004 0,0036 0,156 0,008 0,0073 0,240 0,012 0,0109 0,272 0,016 0,0145 O Gráfico 1 tem uma linha de tendência estabelecida de acordo com os dados obtidos experimentalmente. O ponto zero do branco foi descartado por ter concentração nula de albumina e o ponto final também por não apresentar mais a tendência linear. Gráfico 1 - Análise da proteína Albumina Bovina A função obtida foi de que a relação entre absorbância e concentração está definida pelo Gráfico 1 em: 24, 86C 0, 331A = 7 − 0 (Eq. 5) Onde “A” representa a absorbância e “C” a concentração de proteína. Partindo para os procedimentos com o lisado, primeiramente foi testado a melhor diluição para definir de acordo com a absorbância que melhor se encaixaria com a função de tendência. De preferência uma absorbância de um ponto próximo ao ponto médio da reta no gráfico. A Tabela 3 apresenta testes em diluições de 0, 100, 200 e 1000 vezes maior que a original do lisado. Tabela 3 - Diluições do lisado e respectivas absorbâncias 100x dil. Lisado (μl) Água (μl) A (595nm) 0 100 0,001 100 0 0,264 50 50 0,160 10 90 0,026 A diluição que apresentou o melhor resultado foi a de 200 vezes (0,160 de absorbância). Assim, foi realizada em triplicata, chegando a valores de 0,138; 0,160 e 0,210. Fazendo uma média desses valores: , 693 (0,138+0,160+0,210) = 0 1 (Eq. 6) Substituindo o resultado na Eq. 5: , 69 24, 86 0, 3310 1 = 7 * C − 0 (Eq. 7) Resultando em C = 0,008 mg/mL em diluição, multiplicando pelo fator de diluição (200) tem-se: sem diluição, 08 00 1, 30 mg/mL0 0 * 2 = 6 (Eq. 8) Concluindo que a concentração de proteínas no lisado é de 1,630 mg/mL e o total de proteínas presentes no lisado em massa é de 17,115 mg . 5. DISCUSSÃO Esse experimento é passível de erros tanto sistemáticos quanto aleatórios. Um fator a ser considerado é a importância do lisado ser mantido constantemente a baixas temperaturas, o que por sua vez, pode interferir diretamente na quantificação da proteína, já que as proteínas podem vir a se desnaturar. Durante o experimento as amostras ficaram sujeitas a grandes variações de temperatura, fato que compromete a quantificação precisa da concentração de proteínas. E ainda, deve-se considerar os erros, tanto sistemáticos como o dos equipamentos e o manuseio, como por exemplo, erro de pipetagem. Apesar de ter-se utilizado inibidores, o PMSF por exemplo, para as enzimas protease, os mesmos tinham sua faixa de melhor desempenho em um curto período de tempo. A demora entre os procedimentos pode ter acarretado em um desempenho vacilante, fazendo com que as enzimas protease realizassem seu mecanismo de ação, onde clivam as ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas. Dessa forma, a proteína do estudo em questão seria modificada negativamente. O método de Bradford foi eficiente e rápido, mas infelizmente não se mostrou muito sensível. O grupo juntamente com a professora, viu necessidade de refazer 2 vezes a calibração com a albumina, pois não foi identificado variação gradual significativa de cor, as 5 amostras aparentavam ter a mesma tonalidade. Outra desvantagem do método de Bradford foi na variação da absortividade específica para as mesmas concentrações de proteínas. Ao realizar as triplicatas foi notado uma expressiva variação na leitura da absorbância que não deveria ocorrer. Logo os resultados obtidos não eram reprodutíveis assertivamente, pois obteve-se um desvio padrão alto de 0,0369. Esse desvio pode ser consequência de diferenças na coleta de proteína ou também pela baixa solubilidade da amostra, sendo este último um agente limitante do método, uma vez que diferenças nas concentrações de albumina interferem diretamente na análise, levando a não linearidade do gráfico, bem como resultados diferentes de absortividade. Como esperado, pode-se ver que a concentração de proteínas é proporcional ao resultado de absorbância. Os resultados obtidos afirmam o que prevê a Lei de Lambert-Beer para o tipo de análise feita em laboratório, uma vez que foi empregado um indicador que permitiu a análiseespectrofotométrica. 6. REFERÊNCIAS 1. MELO, E.B.de; CARVALHO, I. α e β-glucosidases como alvos moleculares para o desenvolvimento de fármacos. Quim. Nova 2006, 29, 840-843. 2. ASSIS, Elaine Meire de, Polissacarídeos da parede celular de levedura de cervejaria (Saccharomyces cerevisiae), obtida por rompimento mecânico da célula e de processo industrial de autolise. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/254189 3. NEVES, Luiz Carlos Martins das, Obtenção da enzima glicose 6-fosfato desidrogenase utilizando 'Saccharomyces cerevisiae' W303-181. - (Catálogo USP). Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9134/tde-08102006-175534/pt-br.php 4. Apostila de espectrofotometria molecular - CEFET Química-RJ, Análise Instrumental Espectrofotometria. Disponível em: http://www.ifrj.edu.br/webfm_send/547 5. NEVES, P. L, Espectros de Absorção - 1999. Disponivel em: http://www.ci.uc.pt/pessoal/ruineves/rn/relatorio16.pdf 6. BORTOLI, Daiane Aline da Silva - Multiplicação de leveduras (Saccharomyces cerevisiae) cervejeiras utilizando meios de cultura a base de açúcar mascavo. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/275021599_Multiplicacao_de_leveduras_Sa ccharomyces_cerevisiae_cervejeiras_utilizando_meios_de_cultura_a_base_de_acucar _mascavo?enrichId=rgreq-e6de83aa4659d132e8afebda0fc1b023-XXX&enrichSource =Y292ZXJQYWdlOzI3NTAyMTU5OTtBUzoyMTg1NDczOTQ0ODYyNzNAMTQ yOTExNzE2NzQ2OQ%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf 7. FLEURI, L. F. & SATO, H. H. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 32, n. 4, p. 1224-1231, jul./ago., 2008 -1,3 GLUCANASES E QUITINASES: APLICAÇÃO NA LISE DE LEVEDURAS E INIBIÇÃO DE FUNGOS 1. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cagro/v32n4/a29v32n4.pdf
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