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ANTROPOLOGIA PLURALISMO JURIDICO O pluralismo jurídico é formado pelas variedades de normas que existem em determinada sociedade, tida como questão social e em partes como oposição as teorias jurídicas, ineficiência do monismo jurídico, ou seja, é o resultado obtido pela ineficácia das normas jurídicas impostas pelo Estado a seus cidadãos. Pelo modo de ver jurídico e social, a sociologia traduz as aflições da sociedade quanto à falta de uma norma jurídica que de fato lhes favoreça. Sendo o Direito Alternativo um dos meios usados para reparar essa deficiência social, é uma criação para corrigir algumas falhas não cobertas pelas normas jurídicas do Estado, este é uma proposta de nova interpretação do Direito por seus aplicadores, tendo como objetivo o favorecimento da justiça ao caso concreto. O pluralismo jurídico, apesar de ser uma alternativa que tende a minimizar os problemas cotidianos do homem, nem sempre alcança o seu objetivo, sendo às vezes, um problema social que o próprio Estado necessita intervir. É como o exemplo citado por Boaventura de Souza Santos, o direito de favela, em que uma associação de moradores transforma-se em fórum jurídico. Pedro Henrique de Morais Cícero, em seu artigo apresenta como tema o pluralismo e seu espaço nas relações sociais, expondo os pensamentos jurídicos e político de alguns sociólogos que apresentam conceitos da discussão pluralista no âmbito da ciência Jurídica. Ele indaga o que seria uma sociedade democrática e aponta idéias do papel do Estado na regulamentação da vida social. O autor propõe uma problematização em torno do assunto citado, visando mostrar que a hegemônica até os dias atuais, é decorrente da desconstrução das bases do modo de produção feudal, que tinha com uma de suas características o pluralismo no ordenamento jurídico. Com o novo modo de organização social ditado pelo o Estado Soberano a monopolização da produção e o desempenho das relações jurídicas fossem igualadas ao direito estatal. Como resultado desse processo, formou-se um sistema em que as pessoas de uma sociedades não eram reguladas por lei, nem por autoridades, mas sim por um acordo mutuo, como denomina Peter Kropotkin, gerando uma Soberania de individuo, não uma soberania de estado como dita o direito e a democracia burguesa. Contudo, o autor nos mostra uma evolução e que a incontestável complexidade que caracteriza a sociedade é prova inegável do valor e da atualidade das obras pluralistas. E aponta que o estudo dos clássicos pluralismo no ajuda numa melhor compreensão do fenômeno social e jurídico em suas essências. JUSTIÇA ESTATAL X JUTIÇA COMUNITÁRIA Justiça estatal Dispõe de direito formalista e legalista; Processo inflexível; as decisões são baseadas na aplicação das leis sem qualquer preocupação com a reconciliação das partes; é mais institucionalizado, com maior poder coercitivo e com discurso jurídico de menor espaço retórico; mais profissionalizado; mais elitista e autoritário. Justiça comunitária Dispões de direito informal; Processo flexível; Sem demarcação nítida da matéria relevante; E a reconciliação das partes tem primazia sobre tudo o mais na resolução dos litígios; É precário. PLURALISMO X RELATIVISMO CULTURAL O pluralismo tem sua ideia voltada para diversidade social e política, beneficiando a sociedade, pois o pluralismo tem como base garantir a democracia liberal para todos grupos sociais. Já o relativismo cultural tem sua ideia inicial que cada cultura se expressa de forma diferente, que cada atividade humana individual deve ser interpretada em seu contexto, nos termos de sua própria cultura. Assim, cada corpo social adquiri seu próprio valor e a sua própria integridade cultural.Assim podemos dizer que o pluralismo é o garantidor do relativismo cultural.
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