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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE FÍSICA E MATEMÁTICA - IFM Física Básica Experimental I Luíza Roloff Falck Tubo de Kundt 20/11/2018 1. INTRODUÇÃO O experimento teve como objetivo, estudar a geração de ondas estacionárias no interior de um tubo de comprimento L, sujeito a diferentes condições de contorno. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Fundamentação Teórica A velocidade de propagação do som no interior do tubo de Kundt pode ser calculada, conhecendo-se a frequência (f) de ressonância e o comprimento de onda (λ). Deste modo, a velocidade é dada pela equação 1.1: 1.1 O tubo de Kundt é um tubo de vidro cilíndrico com comprimento L e raio interno R, que contém ar e serragem fina de cortiça em seu interior. Fazendo um alto-falante vibrar em uma das extremidades do tubo e mantendo a outra extremidade fechada, podemos produzir ondas estacionárias. Existem determinadas frequências sonoras de vibração que se observa a ressonância no tubo. Essas vibrações são transmitidas para o pó de cortiça, pelo ar que está contido dentro do mesmo. Observa-se que, quando ocorre ressonância em certas regiões do tubo, há acúmulo da cortiça (ventre) e em outras regiões não apresentam vibrações (nó). Quando essas ondas estão confinadas num espaço, em um tubo de vidro, por exemplo, as reflexões, nas extremidades fazem com que existam ondas deslocando-se em direções opostas, que acabam se superpondo. Nos tubos sonoros existem certas frequências para as quais a superposição provoca uma onda estacionária. No caso de um tubo com uma extremidade fechada e outra aberta teremos as ressonâncias com a formação de ondas estacionárias. Em analogia com as ondas estacionárias produzidas numa corda, à extremidade aberta corresponde a um anti-nó (ventre) e a extremidade fechada a um nó. Assim, o comprimento efetivo L de um tubo sonoro com uma extremidade fechada e outra aberta corresponde a equação 1.2 : para n=1,3,5,7 1.2 E, comprimento efetivo L de um tubo sonoro com as duas extremidades abertas corresponde à equação 1.3: , para n = 1,2,3,.. 1.3 Caso esse tubo esteja preenchido por pó de cortiça, por exemplo, teremos pequenos montes formados devido à variação de pressão, sendo que um pico do morro sempre coincide com a extremidade aberta do tubo como na mostra na figura 1(a). Neste local, a pressão deve permanecer aproximadamente constante e igual à atmosférica, fazendo com que se acumule ali, o pó usado na experiência. Para a extremidade fechada, a onda é sempre refletida, acontecendo exatamente como em uma corda vibrante presa a um anteparo, como observado na figura 1(b). Figura 1: Tubo aberto (a) e fechado (b), mostrando o comportamento da onda. Os tracejados representam a crista do morro de pó, que se formam. Para o cálculo de frequência de ressonância em um tubo com as duas extremidades abertas, utiliza-se a seguinte equação 1.3: 1.3 E para o cálculo de frequência de ressonância em um tubo com uma extremidade fechada e outra aberta, utiliza-se a seguinte equação 1.4: 1.4 2.2 Procedimentos Experimentais: Materiais utilizados: ∙ Oscilador de áudio ∙ Sistema acústico ∙ Pó de cortiça ∙ Alto falante ∙ Tubo de Kundt ∙ Suporte para o tubo de Kundt Metodologia: Para realização do experimento, montou-se um sistema, colocando o tubo de Kundt no suporte e posicionando o alto falante, sem tocar em uma das extremidades. O alto falante é ligado no sistema acústico, o qual é ligado a um oscilador de áudio. Logo após, colocou-se pó de cortiça e espalhou-se por todo tubo, como mostra na figura 1.3 Figura 1.2: Tubo de Kundt pronto para o experimento Com as duas extremidades abertas, procurou-se a frequência (calculada previamente) onde o pó de cortiça, dentro do tubo faça ondas em sua amplitude máxima. Depois de concluída essa etapa, espalhou-se novamente o pó de cortiça e foi repetido o teste com as demais frequências. Logo após, realizarmos as quatro etapas com as extremidades abertas, fizemos o mesmo com uma das extremidades fechada e diminuindo o comprimento do tubo. 2.3 Análises dos Resultados Como citado no item anterior, os cálculos previamente realizados foram os seguintes: * Tubo aberto-aberto: comprimento do tubo: 0,87 metros velocidade de propagação do som no ar: 343 m/s Hz para n =1; Hz para n = 2; Hz para n =3; Hz para n = 4. A partir dos resultados obtidos, conseguimos ajeitar a frequência onde aproximadamente perto dos 197 Hz, conseguimos observar um nó; em 394 Hz dois nós; em 591 Hz três nós e 788 Hz quatro nós. * Tubo aberto-fechado: comprimento do tubo: 0,50 metros velocidade de propagação do som no ar: 343 m/s Hz para n = 1; Hz para n = 3; Hz para n = 5; Hz para n = 7; A partir dos resultados obtidos, conseguimos ajeitar a frequência onde aproximadamente perto dos 171 Hz , conseguimos observar um nó; em 513 Hz dois nós; em 857 Hz três nós. Na última experiência o valor da frequência era muito alto, e com isso, não a realizamos. 3. CONCLUSÕES Foi possível concluir que, no decorrer do experimento observamos a formação de nós ao longo do tubo, com as mudanças de frequências, e foi comprovada a teoria de quando temos ondas estacionárias, o pó de cortiça se concentra nos nós, isso é nos ponto onde o ar não vibra. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS YOUNG, Hugo D; FREEDMAN, Roger A. Física II. 12 ed. São Paulo, SP: 2008. < http://www.facip.ufu.br/sites/facip.ufu.br/files/Anexos/Bookpage/fe2-07-tubo-de-ressonancia-po-com-uma-extremidade-fechada.pdf > site visitado dia 22/11/2018.
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