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ATIVIDADE PARA NOTA UNIVESP PRODUCAO TEXTOS RA1822344 1

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - UNIVESP 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
VICTOR FLAVIO BERNARDO DE CAMPOS RA 1822344 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES PARA AVALIAÇÃO: RESOLUÇÃO DE 
QUESTÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS / SP 
2018 
 
 
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VICTOR FLAVIO BERNARDO DE CAMPOS RA 1822344 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES PARA AVALIAÇÃO: RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho desenvolvido para a disciplina “Produção de 
Textos”, do curso de Engenharia de Produção da 
Universidade virtual do Estado de São Paulo. 
 
Orientadora: Profª. Drª Silvia M. Gasparian Colello 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS / SP 
2018 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
EXERCÍCIO 1 3 
EXERCÍCIO 1.a. Letramento 3 
EXERCÍCIO 1.b. Analfabetismo funcional 3 
EXERCÍCIO 1.c. Gramática descritiva 3 
EXERCÍCIO 1.d. Língua portuguesa de expressão brasileira 4 
EXERCÍCIO 1.e. Concepção dialógica de língua 5 
EXERCÍCIO 2 5 
EXERCÍCIO 2.a. Função conativa 5 
EXERCÍCIO 2.b. Função emotiva 5 
EXERCÍCIO 3 5 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8 
 
 
3 
EXERCÍCIO 1 
 
Nas primeiras três semanas da disciplina, estudamos conceitos relacionados ao tema 
da língua. Com base no que foi visto, explique os seguintes conceitos: 
 
EXERCÍCIO 1.a. Letramento 
 
Com a intenção de estudar novos conceitos, tal como Letramento , relacionado ao 
conceito de Alfabetização . 
No ponto de vista de Stromquist (2001, p. 301-320) letramento está sendo entendido 
neste livro como o processo permanente de empoderamento social pelo qual passam os 
indivíduos ao participarem de práticas e eventos (atividades e ações de linguagem), no âmbito 
da cultura escrita, em diferentes esferas da sociedade. 
 
EXERCÍCIO 1.b. Analfabetismo funcional 
 
Analfabetismo é o termo empregado para designar a condição daqueles que não 
sabem ler nem escrever (Ribeiro, 1997). 
Uma definição adotada no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) e aceita pela UNESCO é a de que analfabetos funcionais são pessoas às quais falta 
domínio de habilidades em leitura, escrita, cálculos e ciências, correspondentes a uma 
escolaridade do ensino básico. No Brasil, os ciclos do ensino fundamental e médio são 
formados por 11 anos de estudo completos e constituem a educação básica no país (IBGE, 
2009). 
 
EXERCÍCIO 1.c. Gramática descritiva 
 
Segundo Silva (1999, p. 15-16), gramática descritiva descreve as observações 
linguísticas atestadas entre os falantes de uma determinada língua. Sem prescrever normas ou 
definir padrões em termos de julgamento de correto-incorreto, busca-se documentar uma 
língua tal como ela se manifesta no momento da descrição. Dentro dessa visão, a gramática 
descritiva tem uma visão despida de qualquer preconceito linguístico. 
 
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EXERCÍCIO 1.d. Língua portuguesa de expressão brasileira 
 
Uma ótima noção sobre construção da língua portuguesa no Brasil, está bem 
explicada e elucidada no descrito infracitado: 
 
A vinda da língua portuguesa para o Brasil não se deu, como vimos, em um só 
momento. Ela se deu durante todo o período de colonização entrando em relação 
constante com outras línguas. Por outro lado, o povoamento do Brasil se fez com a 
vinda de portugueses de todas regiões de Portugal. Desse modo, sua vinda para o 
Brasil traz para esse novo espaço as diversas variedades do português de Portugal. 
Estas variedades se instalarão em lugares diferentes do Brasil mas, em muitos casos, 
elas convivem num mesmo espaço, como no Rio de Janeiro, por exemplo. 
O português do Brasil vai, com o tempo, apresentar um conjunto de características 
não encontráveis, em geral, no português de Portugal, da mesma maneira que o 
português, em diversas outras regiões do mundo, terá características também 
específicas, em virtude das condições novas em que a língua passou a funcionar. Há 
que se considerar que, se levamos em conta a língua escrita, vamos encontrar uma 
maior proximidade entre o português do Brasil, assim como o de outras regiões do 
mundo, com o português de Portugal, já que a língua escrita está mais sujeita à 
normatização da língua efetivada através das gramáticas normativas, dicionários e 
outros instrumentos reguladores da língua. Na língua oral o processo de incorporação 
de características específicas se faz de modo mais rápido. 
Discutir essas diferenças internas, logo mostra como o português do Brasil apresenta 
um conjunto importante de características específicas. A seguir, vou apresentar um 
conjunto destas características encontráveis no português do Brasil. Vou me limitar a 
apresentar aqui o que chamarei de diferenças gramaticais e lexicais (de vocabulário). 
Evidentemente que a caracterização do português do Brasil envolve a consideração 
efetiva das diversas divisões a que a língua portuguesa está sujeita no Brasil, tanto 
regionais quanto sociais e históricas (tal como mostram o artigo "Variedades do 
português no mundo e no Brasil" de Emílio Pagotto, para a questão das diferenças na 
língua, e o artigo "Língua brasileira" de Eni Orlandi, sobre os aspectos discursivos 
envolvidos nessa questão). 
Nas características gramaticais podemos distinguir dois conjuntos de características: 
o das características fonético-fonológicas, o das características morfológicas e 
sintáticas[...] Várias outras características podem ser atribuídas ao português do 
Brasil, mas a melhor forma de tratar disso é observar o modo como o português se 
divide em falares regionais específicos ou registros distintos de acordo com situações 
particulares do funcionamento da língua, como o formal ou o coloquial, o íntimo e o 
público, etc (GUIMARÃES, 2005). 
 
 
Nesse tocante, fica evidenciado que o estudo do português do Brasil aponta uma 
importância em se aprofundar nas pesquisas históricas que dêem maior relevância às questões 
das relações do português num espaço multilíngüe de melhor especificação. 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIO 1.e. Concepção dialógica de língua 
 
Conforme a tese de Bakhtin (1981), a linguagem é um processo de interação 
construído através da história por meio das diferentes ideologias. A linguagem reflete a visão 
de mundo e o contexto no qual os indivíduos são criados. O valor da palavra só existe quando 
ela é aplicada em um contexto, em um diálogo. Logo, o sujeito é constituído pela prática da 
linguagem social. Por meio dela, as pessoas se comunicam, interagem, negociam, discutem, 
refutam ideias ou as desenvolvem, seja no campo científico, artístico, político, etc. 
 
EXERCÍCIO 2 
 
Escreva uma frase que exemplifique as seguintes funções da língua: 
 
EXERCÍCIO 2.a. Função conativa 
 
“Meu coração falou mais alto”. 
 
EXERCÍCIO 2.b. Função emotiva 
 
“Pedro ama demais a Raiany”. 
 
 
EXERCÍCIO 3 
 
A linguagem pode se manifestar de diversas formas. Explique a diferença entre a 
linguagem sonora e a linguagem verbal. 
 
 
Assim como orientado por (Amaral, 2005),a língua pode ter duas modalidades: 
Linguagem verbal e linguagem não-verbal. O texto explicativo abaixo informa corretamente 
esses recursos: 
 
6 
 
A linguagem verbal tem duas modalidades: a língua escrita e a língua oral. 
Linguagem oral é a que se usa quando o interlocutor está frente a frente conosco e 
justamente podemos falar com ele. Já a escrita, em tese, é usada quando o 
interlocutor está ausente. Entre a linguagem oral e a escrita há muitas diferenças, 
mas não uma oposição rígida. 
Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando usam 
"eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os gestos, 
expressões faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza da comunicação. 
Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes daqueles usados na 
linguagem escrita. 
Na linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que queremos que o nosso 
interlocutor entenda. A frase acima precisaria vir acompanhada de uma informação a 
respeito do ambiente onde se encontram João e o bolo (uma festa, o trabalho, a 
cozinha etc..), explicitação de quem participa do diálogo, introdução de um verbo 
dicendi (fulano/a falou, disse, perguntou, gritou, murmurou, cochichou, berrou, por 
exemplo), o sinal gráfico que indica a introdução da fala de alguém: o travessão ou 
aspas. 
Mas nem por isso a escrita é mais complexa e a fala mais simples. O grau de 
formalidade no uso da linguagem oral depende do ambiente em que se encontra o 
falante, do objetivo a atingir, de quem são os ouvintes (AMARAL, 2005). 
 
 
O mesmo também adverte: 
 
Há situações que exigem falas elaboradas, isto é, com vocabulário e organização 
mais próxima da escrita, mas na maior parte do tempo nós usamos a chamada 
linguagem coloquial, a linguagem do dia-a-dia. Por outro lado, há situações em que 
convém o uso de uma escrita mais pessoal, como no caso de um bilhete ou em uma 
lista, como há ocasiões, precisamos organizar um texto formal, de acordo com a 
norma culta da língua (AMARAL, 2005). 
 
 
Já no tocante a linguagem sonora, a orientação de (Amaral, 2005) é que o intenso uso 
de linguagem não verbal nos dias atuais, a existe integração e influência recíproca, de forma 
que uma provoca alterações na outra. Como segue a exemplificação infracitada: 
 
 
Quando você vê um capítulo de novela na televisão, você ouve a fala das 
personagens e uma música de fundo. Simultaneamente vê um cenário e o vestuário 
das personagens. As cores do cenário, a iluminação do espaço, os gestos e as 
expressões dos atores contribuem para a construção do significado. Tudo isso 
também contribui para criar um clima, para reforçar uma ideia, para direcionar uma 
mensagem. Não levamos em conta cada um dos aspectos separadamente, mas todos 
juntos quando procuramos entender o que se passa na tela. 
Para expressar um mundo, onde as mudanças são aceleradas, as novas linguagens 
transmitem rapidamente um número cada vez maior de mensagens. A ilustração, o 
desenho, a figura, a fotografia, os sons, associados a textos verbais curtos e diretos 
 
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buscam atingir o leitor com maior impacto. A valorização da imagem supõe um 
leitor que não tenha tempo para ler mensagens longas ou complicadas. (AMARAL, 
2005). 
 
 
Conclui-se que a diferença entre os tipos de linguagens é que, enquanto a linguagem 
verbal é plenamente voluntária, a não verbal pode ser uma reação involuntária, provindo do 
inconsciente de quem se comunica. 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
AMARAL, Suely. Linguagem verbal : É aquela que utiliza palavras; Educação UOL . 
Disponível em 
<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/linguagem-verbal-e-aquela-que-utiliza-pal
avras.htm>. Acesso em 31 de maio de 2005. 
 
ARAÚJO, Luciana Kuchenbecker. "Função conativa da linguagem" ; Brasil Escola . 
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/funcao-conativa-linguagem.htm>. 
Acesso em 30 de agosto de 2018. 
 
BAKHTIN, Mikhail; VOLOSHINOV. a interação verbal. Marxismo e filosofia da 
linguagem : problemas fundamentais no método sociológico da linguagem. 2ª ed. São Paulo: 
1981, Hucitec,p. 110-127. 
 
GUIMARÃES, Eduardo. A língua portuguesa no Brasil . Ciência e Cultura, v. 57, n. 2. 
Disponível em: . Acesso em: abr / jun. 2005. 
 
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de Indicadores Sociais - Uma 
Análise das Condições de Vida da População Brasileira. Estudos e Pesquisas - Informação 
Demográfica e Socioeconômica número 26, 2009. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2010. 
 
JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação . São Paulo: Cultrix, 1995. 
 
PEREZ, Luana Castro Alves. "Funções da linguagem" ; Mundo Educação . Disponível em 
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/funcao-emotiva.htm>. Acesso em 30 de 
agosto de 2018. 
 
RIBEIRO, V. Alfabetismo funcional : referências conceituais e metodológicas para a 
pesquisa. Educ. Soc., Campinas, v. 18, n. 60, 1997. Disponível em: . Acesso em: 10 nov. 2010. 
 
 
9 
SILVA, Taís Cristófaro. Fonética e Fonologia do português : roteiro de estudos e guia de 
exercícios. 2.ed. São Paulo: Contexto, 1999. 
 
STROMQUIST, Nelly P. Convergência e divergência na conexão entre gênero e 
letramento : novos avanços. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 27, n.2, p. 301-320, jul./dez. 
2001. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2011. 
 
UNESCO, United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. The EFA 
Global Monitoring Report 2006 – Literacy for Life. Cap.6. 2006. Disponível em: . Acesso 
em: 17 jun. 2010.

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