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Resenha do Filme: “Sociedade dos Poetas Mortos”

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Resenha do Filme: “Sociedade dos Poetas Mortos”
Assim como todos sonham todas as noites, ninguém é 
capaz de passar as vinte e quatro horas do dia sem alguns 
momentos de entrega ao universo fabulado.
(Antonio Cândido)
 O filme retrata a historia de um ex-aluno da tradicional escola preparatoria Welton Academy
famosa por sua eficiência em formar médicos, advogados e engenheiros.
 Inserido neste contexto, agora professor de Literarura, Sr. John Keating (Robin Williams), começa seu trabalho de formar pessoas e a fazer com que pensem a poesia como uma arte necessária e a contestar a vida num amplo sentido, quebrando assim a mecânica de aprendisagem e a metodologia (Tradição, honra, disciplina e excelência) da escola.
 No decorrer da narrativa, Sr. John Keating consegue cativar a turma com sua maneira humana e não ortodoxa de dar aulas. Não demora muito, eles encontram o anuário (do Sr. John Keating) dizendo que participava, quando aluno, de um clube intitulado “Sociedade dos Poetas Mortos”, que buscava viver a poesia. Seguindo os passos de seu mais novo professor, a turma resgata a Sociedade dos Poetas Mortos, fazendo parte deste grupo os alunos Todd A Anderson, Steven K C Meeks Jr., Charlie Dalton, Knox T Overstreet, Richard S. Cameron e Gerard J Pitts e Neil Perry
 Neil, tem grande aptidão para artes cênicas, ele realmente se transforma após as aulas incentivadoras do Sr.Keating e começa a ensaiar uma peça de teatro, tem incrível êxito profissional e pessoal. Contudo, seu pai descobre que está atuando e decide retira-lo da Welton Academy tranferindo-o à uma escola militar. Como nenhum homem pode viver vinte e quatro horas no mundo real (Cândido, p. 174) Neil não suporta a ideia de viver longe da arte e comete suicidio.
 
 Welton Academy fica chocada com o suicídio, o conselho decide expulsar o professor John Keating da escola. No meio de tanto pesar, o professor vê seu trabalho interrompido, porém em visita a sua antiga classe, agora sendo coordenada pelo diretor do colégio, os alunos em um ato de extrema coragem, sobem nas carteiras saudando-o com o nome de “Capitão, meu Capitão’’ demonstrando que as aulas diferenciadas e cheias de incentivos para o pensamento autônomo tiveram êxito. Classifico isto como o melhor salário do mundo para um professor.
 Identifico influências da peça “O Despertar da primavera” do escritor Frank Wedekind em elementos do filme, como:
 O Antagonista representado por uma coletivo e não um personagem apenas, pois tanto no filme quanto no livro há uma sociedade totalmente opressora, representada pela escola e pelos pais. 
 A poesia também tem sua descoberta romantizada pelos protagonistas das duas obras, proporcionando a eles, uma vivência intensa da poesia, que antes, só era grafada em textos.
 O suicídio é intensamente utilizado como “saída de emêrgencia” nas duas obras, porém com ênfase na peça de Wedekind pois o suicídio atinge vários personagem da peça.
 
 Há uma incrível semelhança entre o personagem Neil e os personagens da peça: Martha e Moritz tanto na área social quanto na comportamental, pois ambos fazem parte da mesma classe social e têm seus pais inclusos nas obras como antagonistas.
 O drama dirigido por Peter Weir, com roteiro de Tom Shulman e datado no ano de 1989, manten-se atual e como toda obra de arte, pode ser pensada de várias formas, garantindo assim sua longevidade.
Bibliografia 
“Direito à Literatura”, CANDIDO, Antonio

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