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ALIENAÇÂO PARENTAL COMO INSTRUMENTO DE VINGANÇA (1)

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA – DIREÇÃO GERAL
GESTÃO DO CURSO DE DIREITO - CAMPUS SÂO GONÇALO
COORDENAÇÂO DO NEPAC
ALIENAÇÃO PARENTAL COMO INSTRUMENTO DE VINGANÇA DE UM DOS PAIS 
LUIS HENRIQUE TARDELLI
SÃO GONÇALO/RJ
2018
�
LUIS HENRIQUE TARDELLI
ALIENAÇÃO PARENTAL COMO INSTRUMENTO DE VINGANÇA DE UM DOS PAIS 
Projeto de trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Direito, pela Universidade Salgado de oliveira – UNIVERSO, campus São Gonçalo/RJ.
 
Orientador(a): Professor(a) titulação
SÃO GONÇALO/RJ
2018
1. DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente estudo abordará a respeito da alienação parental como instrumento de vingança de um dos genitores, por conta do fim do relacionamento, abordando assim os reflexos sócios jurídicos e as consequências que essa síndrome traz a criança e a guarda compartilhada como medida de solução para o fim desse conflito.
2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
	O presente trabalho visa trazer como tema central a alienação parental como instrumento de vingança por um dos genitores, onde este, não aceitando o fim do relacionamento começa a desempenhar sobre a prole o poder fraternal, influenciando assim de maneira negativa os sentimentos em relação ao outro progenitor. Como podemos observar o direito de convivência no âmbito familiar mesmo após o termino da união é um direito assegurado aos filhos. Podemos encontrar conceito legal da alienação parental no artigo 2º da Lei nº 12.318/2010, que prevê: 
Art 2° Considera-s e ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos a vós, ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou a manutenção de vínculos com este.�
Grande parte das dissoluções conjugais traz consigo a contenda acompanhada de imaturidade, o que acaba sendo prejudicial ao menos favorecido, que nesse caso é filho do casal. Sabemos que esses relacionamentos muitas vezes chegam ao fim por abandono, traição, desconfiança, e com isso os casais não sabem separar a morte da vida conjugal com a relação familiar existente entre pais e filhos. Geralmente aquele que foi abandonado, rejeitado ou traído acaba gerando dentro de si sentimentos negativos geralmente a respeito do outro, por esse motivo surge na figura do alienador o desejo de vingança, aproveitando-se da alienação como instrumento de vingança, e consequentemente implantando nas crianças falsas memórias e ideias onde os filhos são levados a rejeitar o outro genitor, destruindo assim o laço familiar entre os mesmo. Dessa forma, o que pode ser questionado é qual a consequência para o filho que é acometido pela síndrome da alienação parental e qual a solução cabível para que isso não ocorra.
3 JUSTIFICATIVA
Na síndrome da alienação parental dois são os prejudicados pelo genitor alienador, em primeiro lugar o menor, que se encontra em posição de vulnerabilidade e desvantagem e, em segundo lugar o genitor alienado, que se vê privado do convívio com o filho. E quanto o menor, a alienação pode cause-lhe uma descrença dos valores familiares, ainda mais que na grande maioria dos casos, o melhor interesse deste não é levado em conta durante o processo de alienação.
A prática da alienação parental versa sobre a forma de interferência na formação psicológica da criança a fim de criar conflitos entre genitor e sua prole.
Para uma maior compreensão em torno da importância da lei envolvendo os atos de alienação parental se faz necessário um estudo a cerca de todo o processo que engloba o tema supracitado, conforme será realizado no decorrer desse estudo.
Infelizmente com a dissolução da sociedade conjugal – pela simples ocorrência do fim do animus de mantê-la, ou com base na motivação pela ruptura dos deveres inerentes –, ou a sua não formação segundo a forma esperada, acabada por fazer nascer entre os genitores, ou por parte de apenas um deles, uma relação de animosidade, de ódio, de inimizade, que transcende a relação entre eles e passa a influencia a relação deles para com os filhos menores.� 
Muitas vezes, um dos genitores com o intuito de se vingar, de punir ou até mesmo com a finalidade de proteger o filho, implanta no menor uma ideia que nunca existiu, ou cria situações que nunca aconteceram com relação ao outro, gerando, assim, um sentimento negativo no menor, fazendo com que a convivência se torne impossível, afastando o convívio familiar entre eles.
O alienador, aproveitando a deficiência de julgamento do menor, bem como a confiança que lhe deposita, acaba por transferir, com o passar do tempo sentimentos destrutivos quanto à figura do vitimado, que irão acarretar no seu repúdio pelo menor, fim último objetivado pelo alienador.�
A ocorrência da Alienação Parental não é um fato novo em nosso ordenamento jurídico, usar os filhos como instrumento de represália em relação ao ex-companheiro após o fim de um relacionamento é um fato que ocorre há décadas e devido a essas ocorrências se fez necessário a elaboração de uma lei que resguardasse essas crianças e adolescentes desses atos, com isso foi criada a Lei da Alienação Parental (12.318/10), que traz um rol a descrição e as características do alienador, bem como exemplifica as possíveis conduta, visando dar afetividade e celeridade às lides judiciais, onde apresenta e disciplina o ato da Alienação Parental em seu art. 1º. No art. 2º traz o conceito e tipifica a conduta dessa Alienação Parental, aliás, este artigo além de trazer a descrição do alienador, aborda uma série de condutas que se enquadram perfeitamente nos atos dessa Alienação Parental, muito embora este rol não seja taxativo, mas exemplificativo das possíveis condutas. 
4 OBJETIVOS
Assim, o presente trabalho irá abordar como objetivos:
4.1 GERAL 
Analisar as consequências causadas ao menor por conta da Síndrome da Alienação Parental e aplicação da guarda compartilhada como uma das medidas de prevenção contra a Alienação Parental.
4.2 ESPECÍFICO
Esmiuçando o tema, abordaremos os seguintes pontos: - definição do tema proposto utilizando o conceito legal e doutrinário, analisando a Lei de alienação Parental; - Identificar o genitor alienante, uma análise do alienador, o perfil, as características que o identificam e atos cometidos por ele; - abordaremos também as consequências que a alienação parental causa perante aqueles envolvidos nesta síndrome, sanções e medidas a serem aplicadas ao alienador deste distúrbio, o instrumento processual da ação ora aplicada deste distúrbio, laudo psicológico ou biopsicossocial; - Demonstrar a importância do vínculo familiar; Breve comentário sobre a Lei que rege o assunto, qual seja a Lei 12.318 de 26 de agosto de 2010, trazendo doutrinas, jurisprudências e demais artigos referentes ao tema em análise; - analisar a guarda compartilhada como forma de resolução. 
( Diferenciar a Alienação Parental da Síndrome da Alienação Parental 
5 METODOLOGIA
5.1 MÉTODO DE ABORDAGEM
. Este trabalho tem como base em seus objetivos o método de pesquisa exploratório-explicativo ou dedutivo, visto que pretende proporcionar maior familiaridade com o tema abordado (fenômeno) com o intuito de torná-lo mais explícito e identificar os fatores que contribuem e/ou determinam tais fenômenos. E, com base nos procedimentos técnicos, este projeto se utilizará de pesquisa bibliográfica baseada em material já elaborado como: periódicos, artigos científicos, livros, etc.
5.2 TÉCNICADE PESQUISA
A técnica de pesquisa abordada será a documentação indireta, onde será realizada uma revisãoda literatura, estudo de livros que versam sobre o tema proposto, pesquisa a sentenças, acórdãos, pareceres a respeito do assunto. Os autores que foram e serão lidos, são: Maria Berenice Dias; Norberto Bobbio; Priscila Correa da Fonseca; Nelson Roosenvald; Richard Gardner; Denise Maria Peressini da Silva; Georgio Alexandridis; Fábio Figueirdo; dentre outros.
6 REFERENCIAL TEÓRICO
6.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O termo Síndrome da alienação parental foi proposto por Richard Gardner, psiquiatra americano, em 1985, para descrever a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a influencia de modo a romper os laços afetivos com o outro cônjuge, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor. 
Gardner enxerga que: 
No início de 1980, observou que crescia o número de crianças que exibiam rejeição e hostilidade exacerbada por um dos pais, antes querido. Originalmente, Gardner (1991) pensou se tratar de uma manifestação de brainwashing (lavagem cerebral), termo que, segundo o autor, serve para designar que um genitor de forma sistemática e consciente influência a criança para denegrir o outro responsável. Contudo, logo depois, concluiu que não seria simplesmente uma lavagem cerebral, fazendo uso então do termo síndrome da alienação parental (SAP) para designar o fenômeno que se observava.�(grifo nosso)
É possível dessa forma, analisar alguns desses sintomas sofridos tanto pela criança quanto pelo agente alienado, nesse caso o outro genitor.
	O alienador, valendo-se da deficiência de julgamento do menor, bem como a confiança que este lhe deposita, acaba transferindo, com o passar do tempo, sentimentos negativos quanto à figura do vitimado, que irão ocasionar grande repúdio pelo menor, sendo este o objetivo pretendido pelo alienador.
	Como bem explana a professora Priscila Corrêa da Fonseca, é de suma importância diferenciar o processo de alienação parental da síndrome da alienação parental, visto que:
A síndrome da alienação parental não se confunde, portanto, com a mera alienação parental. Aquela geralmente é decorrente desta, ou seja, a alienação parental é o afastamento do filho de um dos genitores, provocado pelo outro, via de regra, o titular da custódia. A síndrome por seu turno, diz respeito as sequelas emocionais e comportamentais de que venha a padecer a criança vítima daquele alijamento. Assim, enquanto a síndrome refere-se à conduta do filho que se recusa terminantemente e obstinadamente a ter contato com um dos progenitores e que já sofre as mazelas oriundas daquele rompimento. A alienação parental relaciona-se com o processo desencadeado pelo progenitor quem tenta arredar o outro genitor da vida do filho. Essa conduta quando ainda não dá lugar a instalação da síndrome – é reversível e permite – com o concurso de terapia e auxilio do Poder Judiciário – restabelecimento das relações com o genitor preterido. �
Antes mesmo da ruptura do convívio conjugal, a alienação pode ser evidenciada, por meio da qual um dos genitores, normalmente aquele que mantém o parentesco por afinidade, tenta impedir ou dificultar o convívio social do menor com outros parentes, com atitudes como as descritas nos incisos do artigo 2° § único, de que trata a Lei 12.318/2010.
Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; 
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; 
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; 
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; 
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; 
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.�
O intuito do alienador é instalar de maneira efetiva o equívoco sobre o outro genitor. Com esse conceito o menor se torna alienado diante aquele sobre quem se inventa ou deturpa uma situação. A criança ou o adolescente se tornam vitimas da alienação parental, isso é assim sob a ótica do Estado, posto que adentrando a relação familiar, por passar a ter uma noção equivocada da realidade, a criança ou menor serão considerados alienados e o outro genitor que sofre a deturpação será a vítima.� 
Norberto Bobbio, diz que:
Eis que, alienado é aquele que tem percepção equivocada sobre os fatos e isso é o que ocorre com o menor ou adolescente como resultado infalível da reprimível conduta de alienação bem sucedida. Aliás, é absolutamente imprescindível que se tenha rigor ao estabelecer-se a terminologia empregada, por isso, tratamos como alienado aquele que sofre a alienação e como vitimado aquele que sofre com a alienação.� 
Em relação à alienação parental, Maria Berenice Dias assegura que:
Muitas vezes, quando da ruptura da vida conjugal, quando um dos cônjuges não consegue elaborar adequadamente o luto da separação e o sentimento da rejeição, de traição, surge um desejo de vingança que desencadeia um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-companheiro. Nada mais do que uma “lavagem cerebral” feita pelo guardião, de modo a comprometer a imagem do outro genitor, narrando maliciosamente fatos que não ocorreram ou que não aconteceram conforme a descrição dada pelo alienador. Assim, o infante passa aos poucos a se convencer da versão que lhe foi implantada, gerando a nítida sensação de que essas lembranças de fato aconteceram. Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre o genitor e o filho. Restando órfão do genitor alienado, acaba se identificando com o genitor patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo que lhe é informado.�
A Síndrome de Alienação Parental é um fato silencioso, que se inicia no interior do agente alienador, começando a transformar a mente do seu filho, através de insinuações e depreciações do genitor alienado.
Com esse afastamento do convívio com a criança, o genitor opta por ingressar nos Tribunais em busca de justiça, de poder ter o direito de visitar seu filho, se possível, reaver a guarda da criança e assim poder usufruir de um convívio saudável com o filho. 
Acontece que na maioria das vezes, não se tem um processo célere e a concreta constatação da SAP, por meio do Poder Judiciário, sendo assim, há muitos pais/mães, que desistem dos seus processos, por ocasionar um desgaste emocional muito maior do que já vem sofrendo. E acabam por “abandonar” seus filhos à mercê do agente alienador para que não se cause um mal estar ainda maior.
O fato não é novo, usar os filhos como objeto de vingança, para atingir o outro em relacionamentos conflituosos ou em crises é prática comum e irresponsável, no entanto a criação de uma lei que proteja os menores desse tipo de abuso só surgiu, no Brasil, em 2010, o que revela a novidade do tema no âmbito da sociedade brasileira.�
A Síndrome da Alienação Parental - SAP segundo CABRAL� deve ser abordada em uma perspectiva interdisciplinar e representa um desafio para profissionais da área do direito, da psicologia, do serviço social e terapeutas de família.
Entendendo a relevância do problema ocasionado pela alienação parental, o Congresso Nacional brasileiro tipificou a conduta dando a definição de interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, ou qualquer outro que detenha a guarda, para que repudie esse genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos como este. Então foi instituída a Leinº 12.318 de 2010. 
Levando-se em conta que a prática da Alienação Parental é um fenômeno antigo, porém pouco discutido, é de suma importância que se fale deste tema para que pais, filhos, professores, profissionais: da saúde, da justiça e a população em geral, possam reconhecer os riscos aos quais crianças e adolescentes estão expostas.
Quando os genitores não conseguem separar a vida conjugal da vida paternal, podem acabar tornando os filhos reféns e cúmplices de conflitos que não lhes pertencem. Com isso, acaba tirando a alegria da infância, a liberdade da adolescência, tornando-os marionetes quando adultos, podendo acarretar em outros distúrbios psicológicos e até mesmos determinados vícios.�
Podemos observar nos julgados a seguir, que o posicionamento dos Tribunais ainda não está pacificado, vejamos: 
No caso a seguir não se pode comprovar a alienação parental.
CIVIL E PROCESSO CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INOCORRÊNCIA. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1. O reconhecimento do dever de compensar por danos morais decorre de violação de direitos da personalidade, caracterizada pela dor e sofrimento psíquico que atinjam a vítima, em especial, a sua dignidade. No entanto, deve-se analisar com acuidade cada situação, porquanto a demonstração da dor e do sofrimento suportados pela vítima situa-se dentro da esfera do subjetivismo, impondo-se verificação detida em cada caso. Nesse sentido, devem ser desconsiderados os meros dissabores ou vicissitudes do cotidiano, devendo ser reconhecido o dano moral quando a ofensa à personalidade seja expressiva, o que não se verifica na espécie. 2. Para a caracterização da síndrome da alienação parental, faz-se imprescindível a realização de estudos psicossociais com a criança, a fim de permitir uma avaliação detalhada do seu estado psíquico (existência, ou não, de um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito da figura paterna). 3. Para que reste configurada a litigância de má-fé é necessária prova inconteste de que a parte praticou quaisquer das condutas descritas no artigo 80 do Código de Processo Civil, bem como elementos concretos que apontem a existência de ato doloso e de prejuízo causado à outra parte, o que não se verifica nos presentes autos. 4. Recurso conhecido e parcialmente provido.�
	 Já neste julgado podemos observar que não somente as disputas ocorrem entre os genitores, mas também pode ocorrer por terceiros.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÕES DE GUARDA. DISPUTA ENTRE A GENITORA E A AVÓ PATERNA DAS MENORES. PREVALÊNCIA DOS PRECÍPUOS INTERESSES DAS INFANTES. PRECEDENTES. SENTENÇA CONFIRMADA. As crianças necessitam de um referencial seguro para viver e se desenvolver e seu bem-estar deve se sobrepor, como um valor maior, a qualquer interesse outro. A julgar pelos elementos constantes nos autos, especialmente os ulteriores estudo social e laudo psicológico, a genitora apresenta plenas condições de exercer o poder familiar e, especificamente, a guarda das meninas, medida recomendada para a preservação da integridade emocional das infantes, as quais, enquanto permaneceram sob a guarda da avó, apresentaram fortes indícios de desenvolvimento da chamada síndrome da alienação parental. Não se verificam razões plausíveis para que seja operada reforma na sentença, cuja solução é a que melhor atende ao interesse das infantes, preservando-lhes a segurança e o bem-estar físico e emocional, inclusive no que pertine à restrição do exercício do direito de visitas pela avó, condicionado à submissão a tratamento psicológico. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70059431171, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em 26/11/2014).�
Dada demanda foi julgada em 24 de setembro de 2008, no Superior Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde era movida por M.T.C e P.T.C.R, que são menores, e por assim serem estão representados por sua mãe, G.T.C.R, em face de M.A.R, o pai.
Determinada ação foi proposta no dia 11 de agosto de 2006, na cidade de Paraíba do Sul-RJ, onde se pleiteava a modificação de cláusula revisional de visitas.
No caso foi deferida a tutela antecipada para afastar os menores do convívio com o pai. Tal demanda movida pela mãe é motivada nos relatos de que o pai dos menores é pessoa violenta, e de que tenha abusado de sua própria filha.
Portanto, o pai contrário a decisão da concessão da tutela antecipada, afirma que a mãe sofre de transtornos psicológicos que influenciam a instalação da Síndrome da Alienação Parental. Assim, a autora somente move tal ação, na tentativa de afastar o genitor de sua prole.
Durante o curso processual foram ouvidas as crianças por duas psicólogas nomeadas para o ato, além também de passarem por tal oitiva o pai e a mãe.
	Contudo o relator o Exmo. Sr. Ministro Relator Aldir Passarinho Junior concluiu que: 
EMENTA. PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. MENOR. AÇÕES CONEXAS DE GUARDA, DE MODIFICAÇÃO DE CLÁUSULA, DE EXECUÇÃO E OUTRAS. GUARDA EXERCIDA PELA MÃE. MUDANÇA DE DOMICÍLIO NO CURSO DA LIDE. IRRELEVÂNCIA. CPC, ART. 87. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. No curso do processo, foram nomeadas peritas (duas Psicólogas e uma Psiquiatra) para avaliar os pais e os filhos, tendo todas as peritas (e até o assistente técnico da genitora) concluído pela ausência de risco por parte do pai. Concluíram também se tratar de evidente caso de Síndrome de Alienação Parental, patologia na qual um dos genitores (neste caso, a mãe) insere falsas memórias nos filhos, visando, quase sempre, prejudicar o ex-companheiro. [...]. Quando tomei conhecimento dos fatos narrados pela genitora, nos autos 200602360778, logo concluí: um dos genitores (pai ou mãe) sofria grave patologia. Poderia ser o pai, que abusada sexualmente e agredia os filhos; mas poderia ser a mãe, num típico caso de síndrome de alienação parental. Uma coisa era certa: direitos básicos da criança previstos no artigo 227 da CF estavam sendo desrespeitados. �
	No caso a seguir demonstra uma ação onde o pai é o alienador, e dessa forma tem as visitas a seu filho restritas até a confirmação da alienação parental por laudo psicossocial.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL. FAMÍLIA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. REGIME DE VISITAS. RESTRIÇÃO DE VISITAS DO PAI. QUADRO TANGÍVEL DE ALIENAÇÃO PARENTAL. PROMOÇÃO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. FAMÍLIA MOSAICO. CONVIVÊNCIA FAMILIAR. CANAIS DE DIÁLOGO. CRESCIMENTO SADIO DA CRIANÇA. POSSIBILIDADE DE RESTRIÇÃO DAS VISITAS DO PAI ATÉ A REALIZAÇÃO DO ESTUDO PSICOSSOCIAL. 1. Os requisitos atinentes à antecipação da tutela adquirem colorido particular quando o interesse tutelado envolve a difícil equação relativa à promoção do melhor interesse da criança. Desse modo, para fins de ser preservada e tutelada a sua integridade física e psíquica, é possível reputar verossímeis alegações ainda que não haja, até o momento processual da ação principal, provas inequívocas dos indícios de alienação parental. 2. Diante do desenho moderno de famílias mosaico, formadas por núcleo familiar integrado por genitores que já constituíram outros laços familiares, devem os genitores evitar posturas que robusteçam o tom conflituoso, sob pena de tornar ainda mais tensa a criança, a qual se vê cada vez mais vulnerável em razão do tom e da falta de diálogo entre os pais. Os contornos da guarda de um filho não podem refletir desajustes de relacionamentos anteriores desfeitos, devendo ilustrar, ao revés, o empenho e a maturidades do par parental em vista de viabilizar uma realidade saudável para o crescimento do filho. 3. A preservação do melhor interesse da criança dá ensejo à restrição do direito de visitas do genitor, até que, com esteio em elementos de prova a serem produzidos na ação principal (estudo psicossocial), sejam definidas diretrizes para uma melhor convivência da criança, o que recomendará a redução do conflito entre os genitores, bem como a criação de novos canais que viabilizem o crescimento sadio da criança. 4. Agravo de instrumentoconhecido a que se nega provimento.�
A pesquisa irá mostrar a gravidade dos danos causados à família, em especial à criança e ao adolescente. É possível observar que a SAP necessita de tempo para ser traçado conforme o desejo do alienador e que se deve ter muita cautela nesse tipo de caso, pois é necessário saber a diferença entre a falsa e a verdadeira acusação. É necessário que seja observado todos os pontos, e principalmente que haja um laudo psicossocial de que realmente há alienação. Contudo, acredita-se que a guarda compartilhada ameniza essa síndrome, evitando com que um dos genitores seja impedido da convivência familiar com seu filho.
7 CRONOGRAMA
Aqui estarão todas as etapas da pesquisa – investigação, tratamento dos dados, composição do relatório final e a data de previsão para sua entrega e defesa, discriminadas mês a mês. 
	ANO 2018.1
	Fases/meses
	Fev
	Mar
	Abri
	Mai
	Jun
	Levantamento bibliográfico
	X
	X
	
	
	
	Análise e revisão do material
	
	
	X
	
	
	Leituras e fichamentos
	
	
	X
	
	
	Redação primeiro capítulo
	
	
	X
	
	
	Redação segundo capítulo
	
	
	X
	
	
	Redação terceiro capítulo
	
	
	
	X
	
	Introdução e Considerações Finais
	
	
	
	X
	
	Revisão
	
	
	
	X
	
	Apresentação e defesa pública
	
	
	
	
	X
	Entrega da redação final
	
	
	
	
	X
8 REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 12.318, de 26 de agosto de 2010. Artigo 2º § único. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em março de 2018.
_______. Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Apelação Cível n° 510046647-DF (0004598-54.2016.8.07.0005). Apelante: Fritz Estanislau Lopes. Apelada: Giane Cristina Alexandre. Relator: Carlos Rodrigues Data de Julgamento: 14/06/2017, 6ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE: 22/08/2017 . Pág.: 647/690. Disponível em: <http://www.tjdft.jus.br/>. Acesso em março de 2018.
_______. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Cível: 70059431171-RS, Apelante: E.R.S. Apelado: A.S.C e D.B.R.S. Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Data de Julgamento: 26/11/2014, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 02/12/2014. Disponível em: <http://www.tjrs.jus.br/>. Acesso em maço de 2018.
_______. Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro. Acórdão. nº. 0069262/2008. Aldir Passarinho Junior: Brasília, 24 de setembro de 2008. Disponível em: http://www10.trf2.jus.br/portal/. Acesso em março de 2018. 
_______. Tribunal de Justiça do Distrito Federal – Agravo de instrumento: 20130020083394-DF (0009162-96.2013.8.07.0000). Agravante: R.A.R.C. Agravado: J.F.A.E.S. Relatora: Des. Simone Lucindo, Data de Julgamento: 10/07/2013, 1ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 17/07/2013 . Pág.: 55. Disponível em: www.tjdf.jus.br. Acesso em março de 2018.
BOBBIO, Norberto. O rigoroso cuidado com a terminologia é exigência fundamental para a construção de qualquer ciência. Leme: J. H. Mizuno, 2008.
CABRAL. V. B. C. Qual a contribuições da Terapia Familiar na Síndrome da Alienação Parental? 2010.
DIAS, Maria Berenice apud FIGUEIREDO; ALEXANDRIDIS. Alienação Parental. São Paulo: Saraiva, 2011.
FIGUEIREDO, Fábio Vieira; ALEXANDRIDIS, Georgios. Alienação Parental. São Paulo: Saraiva, 2011.
FONSECA, Priscila Corrêa da. Síndrome de Alienação Parental, Revista Brasileira de Direito de Família, ano VIII, n. 40, fev.-mar.2007. 
GARDNER, Richard. Artigo do Departamento de Psiquiatria Infantil da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade de Columbia, New York, EUA, 2005. Disponível em <http: http://www.alienacaoparental.com.br>. Acesso em março de 2018.
GERBASSE, Ana Brusolo et al. ALIENAÇÃO PARENTAL;Vidas em Preto e Branco. Escola Superior de Advocacia/RS. Porto Alegre, 2012. P.5. Acesso em março de 2018. Disponível em: https://www.mpma.mp.br/arquivos/CAOPIJ/docs/2._ Cartilha_Alienacao_Parental_OAB-RS.pdf
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