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Resumo Para un hombre nuevo, una nueva psicología e Che Guevara, Psicologia Latinoamericana y Teoría de la Praxis

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CUELLAR, Edgar Barreto. Para un hombre nuevo, una nueva psicología : la psicología de la liberación : del Che Guevara a Martín-Baró. Colombia, 2014.
Edgar vai iniciar o capítulo expondo que Che não falava da psicologia enquanto ciência, mas sim de uma psicologia para os pobres, a psicologia em Cuba antes de depois da revolução. Conceitos estruturados na ideia da libertação das comercializações das relações humanas presentes nas memórias psicológicas latino-americanas. Para explicar as visões de Che a respeito da psicologia o autor destaca alguns pontos de partida importantes: a necessidade de se pensar o surgimento da psicologia em um contexto histórico de lutas anticolonialista e antimperialistas, assim como também, estabelecer paralelos entre os pensamentos de Che e conceitos da psicologia latino-americana. 
O surgimento da psicologia na américa latina foi em um contexto de miséria, pobreza e violência. Che relata suas experiência enquanto médico e sua angústia frente às limitações desse cenário. Além da constate penetração cultural norte americana e européia. 
A Colombia, por exemplo, onde a Psicologia de instala na faculdade de Universidade Nacional da Colômbia em 1949, estava em uma situação de confronto entre Liberais e Conservadores que resultou em mais de 14.000 mortes, número que seguiu aumentando nos demais anos em que se sucederam os conflitos (p.31)
Essa conjuntura violenta e números alarmantes de mortes (ao menos 300.000), abrem espaço para a necessidade de mais profissionais na área e em 9 de julho de 1948 é criado o Instituto Nacional de Psicologia Aplicada na Universidade Nacional.
O autor desaprova a falta de posicionamento crítico das práticas psicológicas frente a esse contexto violento e hostil, comodamente houve uma banalização das consequências ou mesmo das ações gerenciadas pela elite econômica, política, militar e religiosa colombiana. A psicologia se fez ferramenta de adaptação e controle a essa desordem social, com práticas em moldes estadunidenses tornando-se uma psicologia destorcida, avaliativa e classificatória seguindo em contra-mão aos pensamentos propagado por Che (p.34)
Em especial na Colômbia, Orlando Fals Borda destaca-se em seu posicionamento radical contra o conolialismo o imperialismo em seus aspectos sociopsicológicos, assim como Che, que defende a necessidade de um pensamento prórpio e uma reforma universitária, como fez em 1959 em uma conferencia na Universidade de Oriente. Ambos defendem, então, a antonomia intelectual latino-americana e a necessidae de se pensar práticas pertnentes ao contexto cultural e social das mesmas. Contra o conolianismo, insentivar as nossas próprias capacidades e pensamentos emanciados das influencias dominantes. Pensamentos como a noção de liberdade individual e coletiva, a preponderância para a prática e compromisso com respeito ao conhecimento popular. (p. 36)
Maritza Montero destaca a importância de Fals Borda para o processo de independência na sociologia e na psicologia, assim como Freire para a pedagogia e Dussel para filosofia. 
Apesar dessas influências importantes em todos os campos científicos é Ignacio Martín-Baró que cria a Psicologia social e libertária em 1986. Questionamentos direcionados não só como se faz, mas por quem e através de que se faz uma psicologia que pensa o ser humano como um ser social atravessado pelas questões políticas, para a massa e dialogando com os saberes populares. Uma psicologia que trabalha consciência política, moral e sócio-politica. Para isso, um diálogo com os aspectos abordados por Che nos campos: ontológico, epistemológico, teórico, metodológico, ético, praxias e políticos. 
Para o campo ontológico deve-se refletir a formação da psicologia que intencionalmente se distanciou da filosofia de forma que tornou essas práticas rasas e disciplinatórias. Desta tendencia que culmina a Psicanálise e o Behavorismo, que pouco trazem de discussões epistemológicas, se enquadrando em algo quantitativo e experimental. As demais práticas foram, assim, excluídas do entendimento científico por não se enquadrarem nesses quesitos (p.40)
Já para comparar o campo epistemológico, o autor traz Hugo Zemelman em seu ensaio "Pensando teoricamente e pensando epistemicamente: os desafios das ciências sociais latino-americanas” que pergunta quais estavam sendo as contribuições nos processos de emancipação latino- americanos . E argumenta que a teoria não cumpre com o desafio de dar conta da prática, uma vez que a teoria é incorporada de outra realidade e adaptada, daí a importancia de se desenvolver a independencia intelectual e a produção livre de amarras colonizadoras.
María Consuelo Cárdenas vai defender uma psicologia que se posiciona e se aplica ciente das problemáticas sócio-políticas como a violência, os conflitos armados, a corrupção. Ela estudou a psicologia e sua posição a respeito do aborto e destaca o quanto os aportes teóricos psicologia se mostravam ineficazes para tal, como no trecho: “aportar a la discusión política general argumentos sólidos y convincentes mirando el problema desde la perspectiva de la mujer, y sacarla del terreno de lo moral” (p.46). A psicologia se mostra, então, limitada para se abranger questões as mais importantes no que cerne as grandes minorias, os pobres e as desigualdades sociais, restringindo o ser humano apenas a um objeto de estudo. 
O autor destaca a importância não de se posicionar como detentor dos saberes mas se colocar como ouvinte e aprender com o que o povo tem a dizer, essa é a verdadeira pesquisa e assim que se faz uma teoria que se encaixa na prática. Além disso, ser capaz de compreender os sofrimentos e todo o contexto gerador dos mesmos, comprometendo-se, assim, com a transformação da sociedade e a importância dela. Toda teoria tem aspectos ideológicos que a sucumbem, a aplicação rasa das mesmas culmina em uma prática acrítica, rasa.
A respeito do campo teórico o autor destaca a importância da emancipação das teorias e práticas colonizadoras e retoma a necessidade da reafirmação de uma teoria emancipadora latino-americana e de uma revisão crítica de todas as demais. Para que se construa uma nova psicologia que não trabalha para os mecanismos de manipulação ao homem assalariado ou a lógica de consumo capitalista.
Aponta ainda que a psicologia não pode servir para anestesiar a consciência através de categorias como anormal, doente, desviante, louco, delirante, idealista, anarquista ou subversivo, descata ainda que “la técnica se puede usar para domesticar a los pueblos, y se puede poner al servicio de los pueblos, para liberarlos” (p.54).
Para o campo metodológico é necessária uma analise das deficiencias do mesmo, Baró destaca três obstáculos para a formação da psicologia política latino-americana: A primeira seria uma teoria rica em trabalhar com as questões como a alienação do trabalho, a organização sindical e política os traumas produzidos pelas repressões, as lutas revolucionárias e o sentimento nacionalista dos pobres latino americanos; a segunda se refere a falta de consenso de como deveria ser feitas as investigações, os instrumentos usados, resumidamente, não há uma receita de metodologia alternativa; A terceira é a resistência no que se refere ao enfreamento dos jogos de forças políticas envolvidos nos regimes latino-americanos. 
Desta forma, para a psicologia de Martín-Baró ser possível nesse contexto é imprescindível que a psicologia construa suas próprias teorias abarcando as questões sociais citadas acima, a construção de uma metodologia alternativa tendo como critério primordial a contextualização sócio-histórica onde ambos respondam criticamente as perguntas “¿qué se investiga?, ¿para qué se investiga? ¿a quién benefi cia el conocimiento producido por la investigación? ¿Quiénes participan de la investigación?”(p.60), assim como estes não podem se basear apenas nas bibliotecas, congressos e laboratórios, apesar de serem indispensáveis para a sua formação. Baró localiza a psicologia apoiado no que Che chamou de “medicinade classe”, que tem como objetivo promover consciência da importância da reinvindicação de condições básicas de saúde como prevenção, na psicologia isso se faz no dever de atingir as minorias, e lutar contra os privilégios que rondam o campo da psicologia. 
No campo ético- político é preciso agir com ética e ética em um sentido que se reflita a respeito de por quem e a quem se direcionam as práticas. Colocar a psicologia em um lugar de espaço para se viver o social, é praciso uma psicologia implicada e afetada politicamente em consonancia com o que se fala, o que se faz e o que se pensa. Ter com compromisso com as minorias e agir eticamente a partir disto.
No campo da Práxis é preciso entender que refere-se propriamente as ações cotidianas do homem se norteando pelas condições históricas e sociais concretas. É se renunciar as práticas retrógradas da psicologia e decidir fazer e viver de fato uma prática pelos pobres e oprimidos atraves do compromisso social com a transformação social assim como Che e Baró.
MURUETA, Marco Eduardo. Che Guevara, Psicologia Latinoamericana y Teoría de la Praxis. México, 2014.
Murueta começa falando sobre o congresso de psicologia em 1989, feito no México, o enriquecimento da junção de várias culturas e diversidades. A ideia era A ideia essencial era transcender das psicologias tradicionais e iniciar um trabalho de autonomia intelectual no que cerne a América Latina e o México se desvencilhando da sina de ser apenas interpretes de autores europeus e norte-americanos. O autor faz, então, descrição dos processos de discussões sobre o assunto em vários congressos e países e destaca nomes que foram importantes nesse processo.
Sobre o dia da psicologia latino-americana, em Setembro de 2006 em São Paulo aconteceu a Assembleia Extraordinária da ULAPSI, com a proposta de se estruturar um dia para que a américa-latina se reunisse contra as influencias colonizadoras e a favor da soberania latino-americana. Foi decidido, então, pelo dia do assassinato de Che Guevara que representou e ainda representa um símbolo e um exemplo de luta no que se refere a esses ideais. Este dia, oito de Outubro, ficou então, sendo o dia da psicologia latino-americana, destinado, sobretudo as reflexões do que diz respeito aos processos culturais e como a psicologia tem se portado frente aos desejos de uma prática libertaria e a favor das minorias. 
O autor faz então uma pequena biografia da vida de Che Guevara, destacando seus feitos revolucionários e suas grandes contribuições na luta contra as ditaduras e os governos repressores latino-americanos. “el Che quedó como símbolo de rebeldía, justicia, latinoamericanismo, internacionalismo, honradez, honestidad, valentía y congruencia.”(p.126). Che foi considerado, entre a maior parte dos participantes da assembleia, como importante imagem para a formação de um “novo homem” e a construção de uma psicologia desconolizadora e socialmente comprometida. No entanto, algumas opiniões divergiram a este respeito. Para muitos pacifistas Che representa uma figura de violência e guerra por, por exemplo, executar alguns prisioneiros de guerrilha na Sierra Maestra cubana, antes do triunfo da Revolução. Sobre isso o autor refuta que:
A los que generalizan la idea de la no-violencia, sin darle contexto, se les puede pedir que imaginen que repentinamente se percatan de que un hombre fornido está tomando por la fuerza a una mujer, mientras ella lucha desesperadamente por liberarse y logra tomar un objeto con el que pretende golpear o golpea a su opresor, y en ese momento los promotores de la no-violencia se apresuran a indicarle a ella que no lo haga, que eso es violencia y que está mal. (p.127)
A práxis surge, então, como um caminho para a efetivação das ideias de uma nova psicologia, baseadas na dialética de Heráclito, Hegel, Marx, Nietzsche e Gramsci em combinação com as influências da cosmogonia dos povos originários da América Latina como Simón Bolívar, José María Morelos, José Martí, José Mariátegui, José Vasconcelos, Ernesto Che Guevara e Heberto Castillo, entre muitos outros.
Murueta destaca a importancia e surgimento da práxis dentro da psicologia, e afirma que como faz Mihailo Markovic em seus escritos em que se explica que a imaginação, sonhos, o pensamento são expressões da práxis (ações do cérebro) como não apenas ações musculares ou fatores externos. 
Praxis é algo singularmente humano, já que dirige a e incorpora experiências de outro (s) através do significado a Semiótica de tudo, não apenas atraves da semântica. Já que as ações são expressões emocionais e cognitivas. Praxis é o produto da história e da cultura que sintetiza esse conjunto de ações humanas. 
O ser humano é um ser social, não existe um individuo, se não em contexto coletivo. Apesar disto, a alienação coloca uma série de sujeitos em um pensamento restrito a logica capitalista, o consumo, produção, reduzindo-se aos prazeres básicos, como comer, beber, fazer sexo. Estes sujeitos se negam a agir pela comunidade em um pensamento coletivo. O autor traz ainda a possibilidade de análise dos níveis de alienação dos sujeitos, os que conseguem ser para os demais e para o coletivo estariam em niveis mais baixos, já os que vivem na lógica do “ser para si mesmo” em níveis mais altos. Relata ainda a posição de Sartre a respeito de Che, como um homem completo e acima dos seres humanos de seu tempo. 
Murueta expõe a fragilidade da identidade latino-americana, que muito sofreu de influencia que culminou em um diálogo forçado intercultural, agregando uma grande diversidade e uma possibilidade maior de gerar novas alternativas que transcendam os antigos padrões homogêneos unilaterais da dominação europeia e norte-americana. È necessário o surgimento desse novo homem que integre tamanha diversidade cultural e todos esses sentimentos sociais multiplos. É importante a formação de uma integralidade, o que propoõe a teoria da Práxis, o novo homem, juntamnete com uma nova sociedade, já que sem homens conscientes socialmente não há uma forma de superar o capitalismo.
Faz-se essencial uma criação de uma “mentalidade socialista” acima de tudo, ultrapassando o egoísmo e as alienações singulares dos indivíduos que não pensam em e pelo coletivo.
É essencial nesse contexto que exista uma crítica dentro dos processos, os apontmanetos dos erros e acertos para enrriquecimento do coletivo. É demosntrado que apontar mais acertos do que erros tem uma melhor aceitação, para que se promova a motivação e o reconhecimento das criticas e auto-críticas. O autor traz também o conceito de engenharia emocional e as emoções como expressões de energias e a importancia de saber bem direcioná-las. 
Após a revolução cubana era indispensável a reestruturação social, assim como econômica, o grande desafio era superar o sistema capitalista onde as riquezes se consentravam na mão de poucos. Outro desafio era criar uma identidade de comunidade, onde se faz pelos outros o trabalho, não necessáriamente por remuneração, uma ideia de aldeia (etnia), contrapondo o individualismo, a competitividade e o sentimento patriótico. Ao se consolidar algo novo, é comum ver as pessoas empolgadas para ajudar na sua implementação o obstáculo é saber bem administrar essas vontades para que não passem com o tempo. 
Por fim, o autor explana a necessidade de realmente se envolver e se dar pela luta, assim como Che Guevara e Fidel.
Resenha 
O presente texto tem por objetivo explanar criticamente o artigo “Para un hombre nuevo, una nueva psicologia: la psicología de la liberación : del Che Guevara a Martín-Baró” presente na obra “El che en la psicologia latinoamericana” feita por um coletivo de autores, o artigo columbiano em específico é de Edgar Barreto Cuellar. 
Edgar Barreto Cuellar é psicólogo social, mestre em Filosofia, Professor universitário, diretor da organização autônoma de psicologia social Cátedra Livre Ignacio Martin-Baró, secretário-geral da união latino-americana de entidades de psicologia (ULAPSI) e coordenador de Alfepsi Editorial.Tem cinco livros publicados todos na áres de psicologia social.
 Ele traz, a princípio, um recorte do cenário conturbado e desafiador em que psicologia surge na América Latina, de guerra, mortos e perseguição. A partir deste contexto, Che vai defender um ideário libertario, e Baró uma psicologia outra, uma psicologia que se liberte das amarras coloniais e capitalistas. (p.34). Para se gerar uma psicologia libertária, como idealizou Baró, é preciso o desenvolvimento de um pensamento posicionado criticamente em relação a nossa história. O autor critica a psicologia como ela se inicia na América Latina, uma psicologia rasa que se servia do ser humano apenas como experimentação e se esquecia do meio social, histórico e cultural, críticas muito plausíveis para as vertentes psicanalíticas ou behavorista. (p.42). Essas práticas quantitativas e positivistas em muito são pertinentes ao sistema capitalista, pois vende um ideal de felicidade através da inserção no sistema de consumo e produção, sem que esse indivíduo tenha ciencia de sua realidade histórica e social. Da mesma forma que a invisibilidade e a perseguição da psicologia nos vertentes defendidos por Che demonstram um marco de ameaça ao sistema capitalista.
Asssim como bem coloca Dussel, é preciso se libertar do ocidentalismo, do eurocentrismo e superar a exclusão da América Latina presente na “Modernidade”. Se faz imprecindível pensar a modernidade nesse aspecto já que ela se coloca como um dos impecilios claros para a efetiva implementação do que Baró idealiza através da psicologia libertária. (p. 36). Dussel vai trazer que as origens do que se entende por modernidade vem de uma noção hegemônica européia, quando se inicia o renascimento com a ascenção do racionalismo. Esse discurso tem por trás uma lógica de superioridade cultural e cientifica, uma vez que considera o ponto de partida para a modernidade em aspectos europeus. (Dussel, 2005). 
Che defendia a necessidade de uma reeducação e uma desalienação para a construção de “um novo homem”. A necessidade de mudança nos campos ontológico, epistemológico, teórico, metodológico, ético, praxias e políticos. A criação de uma psicologia independente intelectualmente, emancipada que não se restrinja em tentar aplicar uma teoria outra às realidades nossas. Aderir uma vertente crítica, incorporando as questões sociais e o ser humano enquanto ser em constante mudança, social cultural e acima de tudo uma psicologia que se direcione ao pobre, às minorias, que enxerga a violência, a fome e a pobreza como fatores essenciais no estudo humano e transcenda da psicologia clássica eurocentrica. 
A dificuldade de se incorporar a teoria juntamente com a prática gerando práxis está no habito de agirmos em tendência capitalista, na lógica da produção, nos distanciamos assim do agir transformador e de transformação como fala Vazquez (1977, p. 10). Além disso, é preciso usar a técnica como ferramenta a serviço das minorias e não a favor de domesticar ou disciplinar. É essencial dar voz aos saberes populares, às massas. Assim como necessária a reafirmação de uma teoria emancipadora latino-americana e de uma revisão crítica de todas as demais, uma vez que a teoria não cumpre com o desafio de dar conta da prática, uma vez que a teoria é incorporada de outra realidade e adaptada, daí a importancia de se desenvolver a independencia intelectual e a produção livre de amarras colonizadoras. 
Cabe, não só a psicologia, como todas as demais pessoas e coletivos, promover a conscientização da importancia da reinvidicação de boas condições de habitação, alimentação, como ocorreu em Cuba, a partir de Che. A saúde mental também é prevenção, p adoencimento mental é sintoma de uma sociedade adoecida. Todas essas questãos têm de ser pilar na nossa atuação.
O texto em muito me serviu de reflexão, nota-se não só no meio acadêmico, um sentimento de menosprezo no que se refere à nossas riquezas culturais e de exaltação às expressões européias e norte-americanas. Temos que saltar deste mundo que gira em torno do homem, branco, cis, hétero e Europeu ou Norte-americano. Esse sentimento expresso, que é por parte de todas as classes, em especial no Brasil onde há tanto um sentimento de inferioridade para com os “colonos”, quanto dos pobres para com os ricos. O desejo de emancipação trazido no artigo nos faz desejar em todos os ambitos intitucionais e sociais, assim como Che, vê-lo na medicina, nas escolas, mas acima de tudo em um sentimento de pertencimento cultural e consequente coomperação coletiva.
Cabe a nós, portanto, a auto-crítcia contínua de nossas ações: Por quem estamos agindo? Para quem? Quem estamos citando em nossos artigos? A partir de que teorias falamos, e além de falar, por ela estamos agindo? Como havemos contribuído para a união dos saberes da América Latina? 
Referências ibliográficas
DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e eurocentrismo. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/collect/clacso/index/assoc/D1200. > Acesso em: 27 set.2018.
VAZQUEZ, A. S. Filosofia da Práxis. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1977.

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