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Uso do fármaco Amiodarona

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O uso do fármaco amiodarona pode acarretar diversas complicações, algumas 
delas são: a hipotensão, mais predominantemente ortostática, mas também supina, 
parece ser o efeito colateral mais significativo e pode ser evitada com drogas 
tricíclicas, com a protriplitina. Hipertensão transitória, frequência sinusal aumentada e 
piora de arritmias, geralmente aquelas devidas excesso de digitálicos ou isquemia, 
podem acompanhar a administração inicial da droga e resultar de liberação inicial de 
catecolaminas. O bretílio deve ser usado com cautela ou evitado em pacientes que 
apresentam um debito cardíaco relativamente fixo como aqueles com estenose aórtica 
grave. Os vasodilatoares ou diuréticos podem aumentar estes efeitos hipotensores. 
Náusea e vomito podem ocorrer após a administração parenteral. Dor nas parótidas, 
primariamente durante as refeições em geral, ocorre após 2 a 4 edemas ou inflamação 
da parótida. 
 Sendo assim, para preveni-las o fármaco só deve ser ministrado após a 
monitoração das funções tireoidiana, pulmonar, hepática e ocular, quando usado, 
somente como dose de ataque e de forma intravenosa em veias centrais, também não 
utilizar amiodarona em mulheres grávidas e em pacientes com hipersensibilidade ao 
iodo, hipertireodismo, evitando também a exposição aos raios ultravioletas. Uma das 
formas de reversão é prestar atenção nas formas de prevenção e interromper 
gradativamente o uso da amiodarona, utilizando assim, um que seja mais seguro. 
 Outros medicamentos utilizados para o controle do ritmo cardíaco de uma pessoa 
incluem: atenolol, lidocaína, propanolol, verapamil, sotalol, flecainida, propafenona, 
dofetilida, ibutilida, e ocasionalmente medicamentos mais antigos, como quinidina, 
procainamida e disopiramida. 
Atenolol, como outros betabloqueadores, tem eficácia em arritmias 
taquicardizantes. Em revisão sistemática Cochrane de 58 estudos amiodarona, 
betabloqueadores, sotalol e medida não farmacológica foram comparadas na profilaxia 
de fibrilação atrial pós-operatória. Os desfechos foram bastante similares entre as 
intervenções, porém betabloqueadores tiveram o maior efeito em 28 estudos. Por ser 
cardiosseletivo, atenolol pode ser empregado em pacientes com contraindicações a 
propranolol. 
Lidocaína, por muitos anos, foi considerada como primeira escolha nos casos 
de ressuscitação cardiorrespiratória. Entretanto, a fundamentação desse emprego não 
proveio de ensaios clínicos randomizados. Sempre foi indicada em arritmias 
ventriculares de causas variadas, mas é ineficaz em arritmias supraventriculares. 
Atualmente, não se recomenda o emprego profilático sistemático de lidocaína na fase 
aguda do infarto do miocárdio, pois estudos demonstram que o efeito pró-arrítmico – 
ela pertence ao grupo de bloqueadores dos canais de sódio, com maior potencial 
arritmogênico – supera os potenciais benefícios em termos de prevenção de eventos 
primordiais. Lidocaína persiste como opção para o manejo agudo de arritmias 
ventriculares graves, sendo coadjuvante da cardioversão elétrica para fins de 
estabilização do ritmo recuperado. Mesmo nesse contexto, amiodarona intravenosa se 
mostrou mais eficaz, aumentando a probabilidade de recuperação de fibrilação 
ventricular resistente a cardioversão elétrica. Ainda, estudo randomizado comparativo 
entre amiodarona e lidocaína mostrou maior sucesso de reversão da arritmia com 
amiodarona. Amiodarona demonstrou taxa maior de reversão cardíaca e melhora da 
sobrevida até a chegada ao hospital. 
Propranolol tem eficácia em arritmias por hiperatividade adrenérgica, como em 
tirotoxicose, feocromocitoma, anestesia por halotano e intoxicação por cocaína. Em 
ensaio clínico randomizado, baixas doses de propranolol e sotalol foram igualmente 
eficazes em reduzir a incidência da arritmia em pós-operatório de cirurgia cardíaca. 
Também diminui morte súbita quando controla arritmia pós-infarto do miocárdio. As 
doses são controladas pelas manifestações de bloqueio beta. No caso do propranolol, 
elas são peculiares para cada paciente, devido à variabilidade individual no sistema de 
biotransformação. Em geral, as doses antiarrítmicas são menores que as 
antianginosas e anti-hipertensivas. Pela ausência de seletividade, propranolol tem 
contraindicações que obrigam a substituí-lo por betabloqueadores seletivos. 
Verapamil intravenoso em comparação a placebo mostrou-se mais eficaz em 
reverter fibrilação e flutter atrial e igualmente eficaz que diltiazem, mas ocasionou mais 
hipotensão. A comparação entre betabloqueadores (bisoprolol, atenolol ou metoprolol) 
e antagonista de cálcio (verapamil), usados como monoterapia em pacientes tratados 
com digitálico para fibrilação atrial persistente, mostrou eficácia para ambos os 
fármacos em comparação ao uso isolado de digitálico, mas melhor desempenho de 
verapamil em freqüência cardíaca e tolerância ao exercício. Tais resultados indicam 
que verapamil é o fármaco a ser selecionado para tratamento de curto prazo em 
fibrilação atrial permanente136. Após cardioversão, 20 pacientes (10,8%) que 
retornaram com fibrilação atrial em 10 minutos foram alocados para receber 
amiodarona ou verapamil. Ambos os tratamentos foram eficazes na reversão ao ritmo 
sinusal, mantido em 50% dos pacientes. Em ensaio clínico138, fez-se a administração 
intracoronária de verapamil, adenosina ou solução salina depois de angioplastia 
percutânea em pacientes com síndromes coronárias agudas. Ambos os fármacos 
significativamente melhoraram o fluxo coronário, mas verapamil associou-se ao 
desenvolvimento de bloqueio cardíaco transitório.

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