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MEMÓRIA E CONCENTRAÇÃO

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tuctor 3.0
Uma Revolução 
na Usabilidade.
coleção guia da preparação para concursos e exames
MEMÓRIA E 
CONCENTRAÇÃO
vol 7
2
NOVO TUCTOR 3.0
Uma Revolução na Usabilidade.
O Tuctor é uma ferramenta única e inédita, voltado ao 
monitoramento e controle da execução do plano da 
preparação. Faça o cadastro, usufrua da licença-
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www.itnerante.com.brhttp://concurseirosolitario.blogspot.com
parceiros do tuctor:
3
Cara leitora, caro leitor,
Este documento reúne um conjunto de textos que produzi sobre a preparação para 
concursos, mais especi!camente abordando o tema da Aprendizagem aplicada ao 
presente objetivo, com foco nas funções cognitivas correspondentes à Memória e 
Concentração.
A intenção é que as informações trabalhadas nos textos possam contribuir com a 
sua almejada aprovação no concurso ou exame pretendido. 
Tal tentativa de contribuição consiste na indicação de caminhos e possibilidades, 
com a apresentação de conceitos, propostas, estratégias, bem como provocações à 
re"exão. Mas sempre pautado pelo compromisso ético de nunca “vender’ verdades 
absolutas ou soluções mágicas e milagrosas.
Tenha a certeza de que este trabalho é fruto, por um lado, da minha experiência de 
candidato a concursos públicos, bem como de alguém que se dedica ao acompan-
hamento de candidatos há alguns anos. Por outro lado, o presente trabalho também 
é fruto de estudos e pesquisas nos campos de conhecimento voltados à gestão e às 
ciências cognitivas, aplicados à preparação para concursos.
Espero que, efetivamente, traga alguma contribuição.
Aproveito para agradecer a colaboração dos parceiros nominados no documento, os 
quais de pronto se colocaram à disposição para ajudar na divulgação.
Caso você goste, aproveite para enviar o link para baixar o documento aos seus ami-
gos, colegas, fóruns, listas de discussão e redes sociais.
Boa leitura, bom estudo!
Rogerio Neiva
SOBRE O AUTOR
Rogerio Neiva é Juiz do Trabalho 
desde 2002, foi Procurador de 
Estado e Advogado da União. 
Atua como Professor de Direito e 
Processo do Trabalho de Pós 
Graduação em Direito e Cursos 
Preparatórios para Concursos.
Contando com formação inter-
disciplinar, é Psicopedagogo com 
especialização em Psicopedago-
gia Clínica e Institucional, pós 
graduado em Administração 
Financeira e pós graduando em 
Neuroaprendizagem.
Textos
5 Estudar é Internalizar Informações? 
8 Técnicas Mnemônicas na Preparação para Concursos 
 Públicos
13 Consistência dos Estudos x Tempo: um dilema de custo- 
 custo-benefício
18 “Doping” (natural e cognitivo) para os Estudos 
21 O Sono na Preparação para Concursos Públicos
25 Ataque à Falta de Concentração!
29 Drogas dos Concurseiros: Uma Ilusão de E!ciência 
 Cognitiva!
4
5
Em certa ocasião, enquanto assistia uma aula, ouvi o professor 
a!rmar que  para aprender a matéria era preciso fazer muitos 
exercícios, de modo a “internalizar” o objeto de conhecimento 
abordado. A convicção e ênfase com a qual a colocação foi realiza-
da me chamaram a atenção. Fiquei totalmente convencido e sen-
sibilizado, principalmente por conta da expressão “internalizar”. 
Inclusive o professor fazia um movimento com uma das mãos fe-
chada, como se estivesse empurrando algo.
Estudar é Internalizar 
Informações?
FUNÇÕES COGNITIVAS (MEMÓRIA)
Novo Tuctor. 
Uma Revolução 
na Usabilidade.
www.tuctor.com
TUCTOR 3.0
Concursos Públicos 
e Preparação de 
Alto Rendimento
blog do prof. neiva
visite:
E um detalhe interessante é que se tratava de uma matéria 
inerente ao campo das ciências exatas, a qual exigia, de fato, 
estratégias operatórias como a realização de exercícios.
Me convenci, ao menos naquele momento, de que aprender 
signi!cava internalizar alguma coisa na minha cabeça. E  in-
ternalizar com força, beirando à agressividade.  Porém, por 
outro lado, também !quei um pouco assustado, pois havia ali 
uma  idéia agressiva e invasiva, do tipo, “tenho que inserir 
forçadamente alguma coisa na minha cabeça”, como um mo-
vimento centrípeto.
Ao avançar na compreensão adequada dos fenômenos cogni-
tivos, hoje tenho a clareza de que há um grande equívoco e 
impropriedade na referida colocação.
Podemos até trabalhar com a mencionada idéia num plano 
bem metafórico. No entanto,  tenho dúvidas se essa seria 
uma boa visão do processo de aprendizagem.
É bem verdade que existem várias construções, teorias, mo-
delos e !loso!as para explicar o complexo fenômeno da 
aprendizagem humana, sendo que estas várias concepções 
são estruturadas a partir de distintas premissas paradigmá-
ticas. Aliás, apesar destas inúmeras construções, infelizmen-
te, no universo dos concursos públicos o tema geralmente é 
tratado de forma puramente intuitiva e empirista.
Mas o fato é que analisando a mencionada colocação do pro-
fessor, na realidade,  a expressão internalização não seria a 
mais adequada. A colocação mais adequada seria reforço de 
padrões neurais!
Como assim e qual a importância disto?
Não obstante as várias concepções sobre os fenômenos cog-
nitivos, considerando o processo ora abordado, existem dois 
fatores importantes para a consolidação de memórias, prin-
cipalmente as de longo prazo.
Por um lado, as  nossas estruturas neuro-cognitivas traba-
lham com uma lógica de que aquilo que é relevante é manti-
do e o irrelevante é descartado, sendo que aquilo que é obje-
to de contato reiterado, ou seja, repetido, é considerado rele-
vante.
6
Vale lembrar que  memórias são padrões de comunicações 
entre neurônios, por meio da atuação de neurotransmisso-
res. Ou seja,  memória consiste num determinado padrão 
neural.
Considerando estas duas premissas, a repetição consiste em 
mecanismo de reforço deste padrão neural. 
Pense num conceito que você tem disponível intelectual-
mente com muita facilidade. Se faz algum tempo que está na 
trajetória de estudos para o concurso público, provavelmente 
é o caso do art. 37 da Constituição Federal (princípios cons-
titucionais da Administração Pública). Quantas vezes você já 
teve contato com esta informação? Qual o nível de reforço 
do padrão de conexão neural correspondente ao armazena-
mento desta informação?
Outro aspecto relevante consiste na  lógica associativa da 
memória. Ao evocarmos determinada informação que foi 
memorizada, mesmo ao tomarmos contato com uma nova 
informação que se relaciona a outra já memorizada, o padrão 
de conexão anterior é acionado, o que contribui com este re-
forço da conexão.
Portanto, !que tranqüilo, pois  você não precisa, invasiva-
mente e de forma agressiva, empurrar nada para dentro da 
sua cabeça!
A presente compreensão é importante inclusive no sentido 
de se tomar consciência e entender o processo de aprendiza-
gem e formação de memórias. Até mesmo para o estabeleci-
mento de suas próprias estratégias de estudo, mas baseada 
em premissas verdadeiras.
Outro aspecto relevante consiste na neutralização da carga 
negativa que pode ser percebida, ainda que de forma incons-
ciente, adotando a visão da “internalização”.
E isto é importante inclusive para se  trabalhar o prazer em 
aprender. Di!cilmente conseguiremos buscar prazer e satis-
fação naquilo que traz uma idéia de agressividade.
Assim, para passar em concursos públicos ou exames não é 
preciso fazer uma incisão na sua cabeça e introduzir, de for-
ma invasiva e agressiva, absolutamente nada. Basta, com 
tranqüilidade e, se possível, de forma natural e prazerosa, re-
forçar padrões de conexões entre neurônios.
7
8TEXTO 2
Técnicas Mnemônicas na Preparação 
para Concursos Públicos
Concursos Públicos 
e Preparação de 
Alto Rendimento
blog do prof. neiva
TUCTOR 3.0
O que você acha das técnicas mnemônicas? Já adotou, pesquisou 
ou ouviu comentários sobre o referido recurso, enquanto estraté-
gica de estudo no processo de preparação para concursos públi-
cos? A abordagem deste tema, com a apresentação de conceitos, 
ponderações e provocações à re"exão, consiste no objeto do pre-
sente texto.
Primeiramente, é preciso que se entenda que  existem diversos 
modelos teórico-cientí!cos e paradigmas para explicar o espe-
tacular fenômeno da aprendizagem humana. 
Novo Tuctor. 
Uma Revolução 
na Usabilidade.
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Dentre estes, considerando o objetivo do texto, destaco uma 
construção de grande relevância para a compreensão dos 
processos de apropriação intelectual de conhecimentos e in-
formações, aplicáveis à preparação para concursos públicos. 
Trata-se da idéia que distingue a aprendizagem mecânica da 
aprendizagem de signi!cados.
Na aprendizagem mecânica não há compreensão de sentido 
quanto ao objeto de conhecimento apropriado. Já na apren-
dizagem de signi!cados, ocorre a compreensão de sentido na 
apropriação do conhecimento, principalmente por meio do 
domínio de antecedentes lógicos, assim denominados ânco-
ras da aprendizagem.
Considerando estas premissas, venho sustentado a existên-
cia de um terceiro conceito, no qual se encaixam as técnicas 
mnemônicas. Trata-se daquilo que venho denominando de 
aprendizagem relativamente mecânica ou relativamente de 
signi!cado. O fundamento deste conceito é que há algum 
sentido no processo de apropriação da informação. Porém, 
este sentido não corresponde à essência real do objeto de co-
nhecimento apropriado.
Destaco que exatamente esta construção foi tema de palestra 
que apresentei no último Simpósio Internacional da Associa-
ção Brasileira de Psicopedagogia, tendo como título “Teorias 
da Aprendizagem Aplicadas à Preparação para Concursos 
Públicos” (Preparação para Concursos tratada como Ciência).
Vou dar dois exemplos, um mais simples e doméstico e outro 
especí!co da preparação para concursos.
O primeiro exemplo envolve uma situação banal e corriquei-
ra que experimentei recentemente – e ajudou a me inspirar 
para escrever este texto. Eu havia mudado de residência, 
sendo que no novo prédio a garagem de veículos conta com 
dois portões de entrada e saída no mesmo local, ou seja, um 
ao lado do outro, mas separados e independentes (um para 
entrada e outro para a saída). E há uma regra quanto ao por-
tão de entrada e saída, apesar de estarem ao lado. Existe um 
único controle para abrir os dois portões, porém com botões 
distintos, mas de aparência idêntica, o que di!cultava “acer-
tar” o botão correto para o portão pretendido. Nos primeiros 
dias sempre fazia confusão e acabava abrindo o portão erra-
do. Reparei que o controle tem formato relativamente retan-
gular e os botões !cam alinhados paralelamente, um ao lado 
9
do outro, no centro do controle. Mas há uma diferença ente 
uma extremidade e outra do controle, sendo uma mais pon-
tiaguda e outra mais reta.
Daí  precisava de uma técnica para memorizar o botão de 
cada portão.
Recorri a uma técnica mnemônica simples. Criei uma peque-
na estória na minha cabeça, de que aquele controle seria uma 
arma que disparava raios (as ondas eletromegnéticas que 
acionam o dispositivo de recepção de sinal do portão), sendo 
que a parte mais pontiaguda era para atacar e a plana para 
defender. Assumi ainda que a entrada seria ato de ataque e a 
saída de defesa, o que teria algum sentido em termos de me-
canismo de associação. Assim, direcionando o controle com a 
parte pontiaguda no momento de entrada e a parte reta no 
momento de saída, as posições dos botões !cam coinciden-
tes com a posição dos portões.
Pronto! Problema resolvido, não erro mais o botão para abrir 
o portão pretendido. Adotei uma técnica mnemônica sim-
ples.
Considero que se trata de uma aprendizagem relativamente 
mecânica pois há algum sentido nas associações estabeleci-
das para a apropriação da informação. Eu havia desenvolvido 
ancoragens. Porém, as âncoras não correspondiam ao senti-
do real do objeto de conhecimento, sendo que, se correspon-
desse ao sentido real, seria uma aprendizagem puramente 
signi!cativa.
Aliás, este recurso foi reiteradamente e exaustivamente ado-
tado pelo personagem principal do !lme “Quem quer !car 
milionário”. Para aqueles que não assistiram, assistam após a 
leitura deste texto. Para os que já assistiram, re"itam à luz 
das ponderações apresentadas no texto.
Fugindo do exemplo doméstico e adotando um mais próxi-
mo da realidade da preparação para concursos públicos, po-
demos considerar a memorização dos princípios constitucio-
nais  da Administração Pública, assim previstos no art. 37 da 
Constituição, por meio do famoso e batido “LIMPE”. Inclusi-
ve, quem inventou o LIMPE deveria ganhar um prêmio, pois 
se trata de um recurso exaustivamente utilizado. E parece 
até que houve alguma combinação com o legislador consti-
tuinte derivado, pois no texto original da CF não havia o 
10
princípio da e!ciência, o qual foi inserido no texto constitu-
cional por meio da Emenda 19, sendo colocado exatamente 
após o princípio da publicidade. Esta técnica de redação 
normativa permitiu que a técnica mnemônica sobrevivesse, 
com a troca do “P” mudo pelo “PE”, garantido a integridade 
fonética original.
No caso, há alguma atribuição de sentido na palavra (LIM-
PE), que não se trata de algo totalmente abstrato, o que faci-
lita a associação com os princípios inerentes ao dispositivo 
constitucional (art. 37, CF).
Porém, uma das questões fundamentais é: o LIMPE garante 
a capacidade de responder qualquer pergunta acerca dos 
princípios constitucionais da Administração Pública? Garan-
te o desenvolvimento de uma redação? De uma questão dis-
sertativa? Talvez não.
Por outro lado,  caso o candidato ao concurso público rejei-
tasse a lógica da aprendizagem relativamente signi!cativa e 
procurasse estudar o sentido e real de cada princípio, os 
quais revelariam muito sobre a lógica do Direito Administra-
tivo, inclusive com a compreensão da evolução do Estado Pa-
trimonial da Idade Média para o Estado Burocrático da Idade 
Moderna, inspirado nas construções de Max Weber, tería-
mos uma aprendizagem puramente signi!cativa. Natural-
mente, este segunda opção proporcionaria melhores condi-
ções para o desenvolvimento de questões mais complexas.
Daí é possível que a esta altura você esteja se perguntando: 
mas então, o que é melhor professor? Qual opção recomen-
daria?
Resposta: nenhuma! Cabe a cada candidato avaliar os cami-
nhos mais e!cientes. Como venho reitaradamente susten-
tando, não sou dono da verdade. Não digo o que é certo ou 
errado, o que é bom ou ruim. Não sou contra nem a favor de 
nada. Meu papel é apontar possibilidades, caminhos e provo-
11
car re"exões. Por meio de esclarecimentos e problematiza-
ções, desenvolvidas de forma séria, conjugando o cientí!co 
ao empírico e consistente.
Cada opção tem seu sentido, tem seu custo-benefício, seu 
“trade-off”, conforme se costuma a!rmar nas ciências das 
!nanças. O que posso garantir é que não há “almoço grátis”, 
não há fórmula mágica ou milagrosa para passar no concurso 
público, bem como não acredito no êxito dos “candidatos mi-
croondas”.
Mas uma ponderação importante é que  temos basicamente 
dois tipos de modelos de provas e questões. Existem as con-
teudistas e as operatórias.  As provas conteudistas apenas 
exigem a mobilização de um conceito, ao passo que as opera-
tórias apresentam problemas, concretos ou teóricos, a exigir 
a solução por parte do candidato.
Assim, uma hipótese com a qual venho trabalhando éde que 
as técnicas mnemônicas podem ser de grande utilidade para 
a solução de questões conteudistas em provas objetivas. Já 
para as questões operatórias, principalmente em provas dis-
sertativas, não contam com a mesma e!cácia.
Não estou a sustentar que as técnicas mnemônicas não con-
tam com utilidade. Seguramente muitos candidatos já alcan-
çaram pontos importantes em provas com a utilização deste 
recurso. E confesso que, mesmo sem a clareza cientí!ca que 
tenho atualmente sobre os modelos, paradigmas e conceitos 
relacionados à aprendizagem, já adotei o referido recurso 
mnemônico como candidato e obtive pontos em provas.
Contudo, considero que não seja este o único caminho a ga-
rantir a aprovação.
Dessa maneira, diante de todas as ponderações apresenta-
das, em caráter inicial e preliminar, tenho duas considera-
ções !nais: 
(1) não ignore a utilidade que as técnicas mnemônicas 
podem ter no seu processo de preparação para o con-
curso público; 
(2) saiba que a adoção das técnicas mnemônicas contam 
com um custo cognitivo e não são fórmulas mágicas 
que garantam a aprovação.
12
13
Tenho recebido com certa freqüência questionamentos e mani-
festações apresentadas com alguma dose de angústia, envolvendo 
a preocupação de alguns candidatos a concursos públicos e exa-
mes com o tempo demandado nos estudos.
Estas colocações revelam certo  incômodo, associado à sensação 
de falta de avanço conforme esperado ou desejado. Para aqueles 
que são usuários do Sistema Tuctor, em função dos indicadores 
do Extrato da Conta de Estudos, esta visualização se torna ainda 
mais nítida.
Consistência dos Estudos x Tempo: 
um dilema de custo-benefício
TEXTO 3
Novo Tuctor. 
Uma Revolução 
na Usabilidade.
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TUCTOR 3.0
Concursos Públicos 
e Preparação de 
Alto Rendimento
blog do prof. neiva
visite:
Recentemente, uma usuária do sistema havia me enviado 
uma mensagem,  se queixando que em 6 horas quase não 
consegue concluir 100 páginas de estudo de determinado li-
vro. A referida candidata relatava estar  fazendo resumos  e 
dizia que  estava pensando em abandonar a elaboração dos 
resumos, de modo a “ganhar tempo” e avançar mais.
Muito bem, não tenho dúvida de que questionamentos como 
este envolvem o dilema entre a consistência dos estudos e o 
tempo demandado. A solução do presente dilema passa pelo 
enfrentamento de uma  lógica de custo-benefício. E daí 
indaga-se: mas a!nal, qual é o melhor caminho?
Primeiramente, como tenho a!rmado de forma reiterada, na 
condição de estudioso e pesquisador de métodos, processos 
cognitivos e do espetacular fenômeno da aprendizagem hu-
mana, não sou dono da verdade, não acredito em verdades 
absolutas e rejeito soluções universalizantes construídas de 
forma puramente empírica e intiuitiva. Inclusive, em respei-
to à ciência e à subjetividade de cada candidato, minha in-
tenção é sempre apresentar conceitos e provocar re"exões, 
para que cada um encontre a sua própria resposta.
Mas neste espírito de contribuir com a solução para o referi-
do complexo, difícil, relevante e estratégico dilema, saliento 
primeiramente que acredito já tê-lo vivenciado muitas vezes. 
Inclusive, superada a minha trajetória de candidato a con-
cursos públicos e no contexto das pesquisas acadêmicas so-
bre processos cognitivos, passei a fazer testes comigo mesmo 
e formular hipóteses nos meus próprios estudos.
Assim, um primeiro conceito importante para o enfrenta-
mento da presente questão corresponde àcompreensão das 
modalidades de memória. Vale lembrar que, conforme escla-
recido no último livro que escrevi sobre o tema da prepara-
ção para concursos, a memória consiste numa função cogni-
tiva primária, juntamente com a atenção e a percepção, cor-
respondente à capacidade de evocar estímulos e informações 
intelectualmente apropriadas.  (Como se Preparar para Con-
cursos com Alto Rendimento, Ed. Método, pág. 132,  a-
pud  PANTANO, Telma.  Neurociência aplicada à 
aprendizagem. São Paulo: Pulso, 2009, pág 23).
Existem diversos critérios e construções para classi!car as 
espécies de memória. Quanto à duração, temos a memória de 
trabalho, a memória de curto prazo e de longo prazo. Geral-
14
mente há alguma confusão entre as duas primeiras, mas es-
tas não se confundem, vez que a memória de trabalho con-
siste num gerenciador da realidade e envolve um curtíssimo 
prazo, ao passo que a memória de curto prazo consiste numa 
espécie de arquivo temporário, mantido enquanto não for-
mada a memória de longo prazo.
A memória de longo prazo, por sua vez, envolve um processo 
paralelo à memória de curto prazo, não sendo uma etapa da 
outra, e trata-se de fenômeno bastante complexo, contando 
com uma série de etapas e atividades neurológicas, corres-
pondendo à mobilização de neurônios e neurotransmissores, 
durando de 2 a 6 hs. Na realidade, há um conjunto de ações 
bioquímicas, com diversas fases até a formação das memóri-
as de longo prazo. (IZQUIERDO, Iván, Memória. Porto Ale-
gre: Artmed, 2002, p. 42). 
Porém,  tudo começa com o contato com o estímulo  (objeto 
de conhecimento estudado) e a formação da memória de tra-
balho.
E qual é a relação entre estes conceitos e o dilema analisa-
do? Venho trabalhando com uma hipótese: é mais e!ciente 
investir na consistência do processo cognitivo, de modo a 
formar memória de longo prazo, do que ganhar tempo e 
avançar mais, trabalhando com processos cognitivos mais 
precários.
Apesar da pouca simpatia às abordagens intuitivas e desfun-
damentadas em termos técnicos e cientí!cos, por vezes 
oriundas da cultura popular, podemos invocar aqui a famosa 
frase que diz “é melhor fazer bem feito do que fazer duas ve-
zes”.
Conforme colocado, trata-se apenas de uma hipótese. Porém 
entendo já ter reunido relevantes argumentos e experiências 
para considerar que  há condições de con!rmar a hipótese. 
Ao menos para os meus processos de estudos. Mas en-
tão, quais são os argumentos?
Na conformidade dos esclarecimentos sobre a dinâmica da 
memória,  de tudo aquilo que estudamos, nem tudo irá se 
transformar em memória de longo prazo. Isto vale não ape-
nas para os estudos, mas também para as experiências vi-
venciadas. Em termos de objeto da memória, há uma classi!-
cação que distingue as memórias episódicas, que correspon-
15
dem a fatos vivenciados, das semânticas, que consistem em 
conceitos, conhecimentos e informações estudadas.
Portanto,  nem tudo que passa pela memória de trabalho, 
vira memória de longo prazo. Daí considero que  é preciso 
criar condições para que, neste período de  2 a  6hs após o 
contato com a informação estudada, esta se torne memória 
de longo prazo.
Por outro lado, vale salientar que  evocar não se confunde 
com formar memórias. Evocação signi!ca recuperar uma in-
formação que se tornou memória. Assim considero que ga-
nhar tempo estudando por processos precários, com o intui-
to de revisar posteriormente, não tem o mesmo sentido que 
formar memórias de longo prazo no primeiro contato com a 
informação, ainda que, nesta segunda opção, demore mais 
para fazer tais revisões.
A leitura, por exemplo, consiste num processo cognitivo 
complexo, o qual mobiliza diversas atividades neurais. Ela-
borar um  resumo signi!ca tornar ainda mais consistente 
este processo, inclusive com a mobilização de outras áreas do 
cérebro.  Se o candidato adotar este caminho, demandará 
mais tempo. Porém, teoricamente, tende a contribuir mais 
para a formação da memória de longo prazo. 
Da mesma maneira, conforme havia a!rmado à candidata 
mencionada no começo do texto, assistir uma aula de  con-
trole de constitucionalidade dada por um professor com esti-
lo animador de auditório, comparada com estudar o livro do 
Min Gilmar Mendes, com formação alemã e uma das maiores 
autoridades intelectuaisno mundo sobre o assunto, bem 
como um dos grandes responsáveis pelos mecanismos de 
controle de constitucionalidade que temos hoje no nosso sis-
tema, tende a envolver distintos custos cognitivos e diferen-
tes modalidades de apropriação intelectual.
No entanto, ainda nesta lógica de custo-benefício, de fato, 
também é preciso mensurar o custo. Para os usuários do Sis-
tema Tuctor, o Tempo por Unidade de Estudo (TUE) de cada 
semana e os impactos na evolução do Plano de Estudos po-
dem ser importantes parâmetros de avaliação (clique aqui 
para ler o Glossário do Sistema Tuctor).
No caso da mencionada candidata, havia alertado que me pa-
rece não ser absurdamente desarrazoável um TUE de 6 mi-
16
nutos, ou seja, no caso, 6 minutos por página do livro estu-
dado. Ademais, até pela lógica da plasticidade cerebral, teori-
camente, quanto mais se estuda, mais avançam nossas capa-
cidades cognitivas, o que tende a otimizar o tempo.
O fato é que cada um precisa fazer a referida avaliação e en-
contrar a sua solução. A única tese que posso sustentar com 
total certeza e convicção, não se tratando de uma mera hipó-
tese, é que no processo de preparação para concursos e exa-
mes, voltado à busca da aprovação, não há “formula mágica”, 
“segredo do sucesso”, “pílula milagrosa” ou qualquer outra 
proposta que tenha embutida a idéia do almoço grátis.
De!nitivamente, não acredito nas soluções milagrosas exis-
tentes por aí, as quais envolvem a construção de verdadeiros 
mutantes cognitivos, capazes de, com muita facilidade e sem 
esforço, proporcionar aumento de “velocidade, concentração, 
compreensão e memória“. “Tudo num só pacote!”. Acho 
que tais soluções até se encaixariam bem em obras de !cção 
cientí!ca e futuristas. Mas não à realidade, principalmente 
da preparação para concursos e exames.
Boa solução para o presente dilema!
17
18
Muitos candidatos a concursos públicos e exames estão em busca 
da  fórmula mágica para se tornar um super homem da 
cognição. Muitos querem a pílula para “turbinar o cérebro”, ex-
pressão, aliás, muito sedutora. Porém, mesmo sendo verdadeira 
ilusão a busca desta condição, existem estudos demonstrando 
que alguns alimentos ricos em determinadas substâncias podem 
contribuir com nossas capacidades cognitivas.
“Doping” (natural e cognitivo) 
para os Estudos
TEXTO 4
Novo Tuctor. 
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e Preparação de 
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O ser humano vive uma eterna busca pela satisfação insaciá-
vel e superação de limites. Nos esportes há um empenho si-
gni!cativo em torno deste objetivo. No campo da cognição 
não tem sido tão diferente assim. Muitos laboratórios inves-
tem quantias expressivas em pesquisas relacionadas a drogas 
da inteligência.
No universo dos concursos públicos é natural que os candi-
datos também queiram desfrutrar destas pretensas muta-
ções cognitivas. Inclusive isto poderia abrir um debate ético 
sobre o doping da cognição, principalmente considerando 
que  já há projeto de lei propondo a implantação de exame 
anti doping em testes físicos nos concursos públicos.
Porém, mesmo sendo uma  ilusão no momento atual esta 
busca pela “turbinação” neural e mutação cognitiva, existem 
alimentos que podem dar alguma contribuição. Destaco que 
a ingestão destes alimentos conta com potencial para contri-
buir, mas não fará de você um super homem dos estudos!
Em recente texto publicado no periódico Mente&Cérebro fo-
ram reunidos cinco pesquisas produzidas em distintos países 
e instituições acadêmicas, tratando do  papel de uma subs-
tancia denominada "avonóide, nas funções cognitivas  (Ano 
XVIII, no. 218). Os resultados são impressionantes e os fun-
damentos bastante consistentes.
Quanto aos fundamentos, inicialmente considerava-se que a 
importância dos "avonóides decorria de uma ação antioxi-
dante. Porém, posteriormente constatou-se que, na realida-
de, a referida substância age neutralizando a atuação de uma 
enzima degenerativa, bem como contribuindo com o cresci-
mento de células no hipocampo, uma área do cérebro que 
tem papel fundamental na formação de memórias.
Mas quais são os alimentos ricos em "avonóides? Veja a ta-
bela abaixo:
Independente desta tabela, há uma fruta denominada mirti-
lo  (em inglês denominada blueberry – foto acima)  que foi 
19
considerada a mais rica em "avonóides. Há estudos apon-
tando algumas pesquisas realizadas com a referida fruta e os 
resultados são signi!cativos. Confesso que !quei bastante 
impressionado com os dados das pesquisas com o mirtilo. E 
olha que me enquadro no grupo dos céticos radicais!
Vale destacar, porém, que de nada adianta se encher de ali-
mentos ricos em "avonóides e não cultivar hábitos saudá-
veis, bem como respeitar os seus limites bio-neuro-cogniti-
vos.
Assim, contar com um planejamento adequado, cultivar há-
bitos saudáveis e uma dieta rica em "avonóides pode ser 
uma boa receita para passar no concurso!
20
21
Seguramente você já ouviu falar dos benefícios e da importância 
do sono, para a saúde, para a vida em geral e mesmo para a pre-
paração para concursos públicos. No entanto, muitas vezes en-
caramos tais colocações como conselhos com os quais concorda-
mos, mas não levamos a sério e não damos a devida importância, 
por meio da adoção de atitudes efetivas e concretas. O objeto do 
presente texto consiste na abordagem deste relevante tema para 
o candidato que busca o êxito nos concursos públicos.
O Sono na Preparação para 
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Porém, como !z em outro texto, tratando da importância da 
atividade física na preparação para concursos públicos, não 
pretendo aqui reproduzir colocações intuitivas, genéricas e 
super!ciais, com abordagens do tipo auto ajuda enlatada 
para concursos, a!rmando que  o sono é importante e que 
você deve em dormir bem, pois disso você já sabe, sendo que 
valorizo e respeito o seu precioso tempo.
A intenção é  apresentar argumentos consistentes e funda-
mentados, inclusive de modo a proporcionar a compreensão 
de sentido, para que, a partir daí, se sinta efetivamente pro-
vocado e passe a valorizar esta relevante preocupação, ado-
tando atitudes efetivas e concretas.
Digo isto pois, por ter vivenciado uma intensa trajetória de 
candidato, bem como conviver com muitos candidatos a 
concursos públicos, sei que geralmente não enxergamos os 
custos e ônus envolvidos em atitudes que, aparentemente, 
possam colaborar com a busca da aprovação. Muitas vezes 
agimos de forma desesperada e até irracional para estarmos 
na lista de aprovados.
Inclusive, é exatamente isto que leva muitos candidatos à 
busca de soluções mágicas e milagrosas, as quais vendem a 
idéia de que nosso cérebro é uma máquina que pode ter seu 
“Hard Disk” ampliado e turbinado.
Neste sentido, a tese do presente texto é de que a preocupa-
ção com o sono, no processo de preparação para concursos 
públicos, não se trata de uma questão de conselho médico, 
voltado ao cuidado com a saúde e desvinculado da preocupa-
ção com a aprovação. Trata-se de uma condição fundamental 
para o alcance de êxito nas provas.
Vamos aos fundamentos.
Existem diversas construções, estudos e pesquisas, de credi-
bilidade acadêmica e cientí!ca, para justi!car a presente 
tese.
Uma primeira idéia consiste no fato de que dormir signi!ca 
paralisar momentaneamente a recepção de estímulos.  Ou 
seja, signi!ca paralisar a atividade cognitiva de captura de 
informações. Não é preciso o domínio de conceitos neuroci-
22
entí!cos para concluir que isto tende a valorizar o que foi 
capturadono estado de vigília.
Vale também registrar que a preocupação com o estudo da 
relação entre memória e sono existe há décadas. Porém, re-
centemente, algumas pesquisas passaram a demonstrar que 
tanto no sono paradoxal, o qual conta com uma intensa ati-
vidade cerebral e também é chamado de sono REM, bem 
como no  sono lento  (não REM), ocorre uma atividade de 
consolidação de memórias. Apenas a título de ilustração, um 
estudo che!ado pelo Prof  Pierre Maquet, com o uso do “Pet 
Scan” (tomogra!a por emissão de pósitrons), mostrou que as 
mesmas áreas cerebrais ativadas em momentos anteriores ao 
sono eram ativadas durante o sono.
Outro estudo relevante, che!ado por um pesquisador cha-
mado Jan Bom, mostrou que no sono paradoxal as memórias 
motoras  são mais ativadas, ao passo que no  sono len-
to as memórias declarativas, as quais envolvem a retenção de 
dados conceituais e informativos, contam com atividade 
mais intensa. Vale dizer que  as memórias declarativas en-
contram-se mais próximas da realidade do que o candidato a 
concursos públicos deve se apropriar intelectualmente. Po-
rém, o mais importante deste estudo foi mostrar que  no 
sono lento também há a atividade de consolidação de memó-
ria.
No livro que publiquei recentemente pela Ed Método, tra-
tando do tema da preparação para concursos (Como se Pre-
parar para Concursos Públicos com Alto Rendimento), men-
ciono argumento da neurocientista brasileira Suzana Hercu-
lao Houzel, a qual sustenta que  durante o sono entra em 
ação a  atividade de seleção e descarte de informações. Ou 
seja, o nosso “equipamento biológico” funciona descartando 
o que é irrelevante e retendo o que é tido por relevante.Por 
isto que episódios traumáticos muitas vezes contam com di-
!culdades para serem cognitivamente descartados.
Aliás, aproveito para lembrar que a referida autora, na sua 
obra “O Cérebro Nosso de Cada Dia” (Ed Vieira&Lent), men-
ciona estudo no qual cobaias foram estimuladas a não dor-
mir, inclusive com a !xação dos olhos abertos. Obviamente 
que vieram a falecer. Contudo, o comprometimento da so-
brevivência começou com a desregulação da temperatura do 
corpo, depois caminhando para processo de falência dos ór-
gãos.
23
Cuidado para que não tenha o mesmo !m!
Portanto, dormir não é uma questão apenas de seguir conse-
lho médico. É uma condição fundamental à aprovação!
Durante a minha trajetória de candidato, houve uma ocasião 
na qual sonhei com o instituto da intervenção de terceiros, 
inerente ao Direito Processual Civil. Daí percebi o quanto 
havia consolidado aquela informação, o que inclusive, no 
plano consciente, me proporcionou mais segurança sobre o 
tema, até então tido por precariamente apropriado.
Porém, não ache que isto signi!ca que estudar durante o 
sono, por exemplo ouvindo informações em áudio, tem o 
mesmo efeito. Existem estudos que mostram que não! 
A dinâmica ideal é estudar em vigília e dormir para consoli-
dar memórias. E no caso das declarativas, valorizando o sono 
lento.
Portanto, ao se preparar para concursos públicos,  dormir 
não é apenas uma questão de saúde e bem estar. Trata-se de 
condição necessária à apropriação intelectual das informa-
ções passíveis de solicitação no momento da prova.
Espero que esteja convencido e possa dormir tranqüilo, com 
a convicção de que não está jogando seu tempo fora.
Bom estudo e bom sono para consolidação de memórias de-
clarativas!
24
25
Muitas estratégias terapêuticas são baseadas na compreensão dos 
fenômenos psicologicamente vivenciados, tendo na  tomada de 
consciência  um caminho importante para a neutralização das 
situações emocionalmente fortes que se busca combater. Na psi-
cologia do comportamento adota-se a lógica da identi!cação do 
estímulo positivo ou negativo (S+/-), bem como da reação (R+/-) 
conseqüente, principalmente para tentar  promover a descon-
strução da negatividade de estímulos negativos (S-), causadores 
de reações negativas (R-).
Ataque à Falta de 
Concentração!
FUNÇÕES COGNITIVAS (CONCENTRAÇÃO)
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A psicanálise, também valorizando a tomada de consciência e 
compreensão da realidade, atribui um papel muito impor-
tante à compreensão das informações inconscientes.
Na aprendizagem, principalmente voltada à preparação para 
concursos públicos e exames, a compreensão e a tomada de 
consciência do processo de apropriação intelectual do conhe-
cimento estudado não é menos importante. E esta lógica vale 
inclusive para atacar a falta de concentração nos estudos.
Assim, diante de situações de di!culdades de concentração, o 
primeiro passo consiste em entender e não ignorar o que 
ocorre quando somos atingidos por uma “rajada”, “ataque” 
ou “onda” de desconcentração ao longo de um turno de estu-
dos, ou mesmo quando isto nos impede de começar a estu-
dar. Ou seja, me re!ro às situações nas quais temos uma 
enorme di!culdade para nos concentrar, tendo aquela des-
confortável situação de que !camos empacados e não avan-
çamos. Você costuma passar por isto?
Diante deste cenário, duas atitudes são fundamentais: 
(1) entender a dinâmica do processo em andamento, isto 
é, o que está acontecendo; 
(2) entender os fatores ou causas determinantes para a 
situação em andamento.
Quanto à dinâmica do processo, se estamos tendo di!culda-
des para nos concentrar nos  estudos, é porque há um estí-
mulo que está tendo mais relevância do que aquele que gos-
taríamos que tivesse, sendo que o estímulo preferido corres-
ponde à informação ou objeto de conhecimento a ser estu-
dado. Daí é importante entender que a concentração consis-
te numa função cognitiva primária, que corresponde a uma 
lógica de seletividade de estímulos.
Portanto,  concentrar-se signi!ca valorizar alguns estímulos 
em detrimento de outros. Se quero me concentrar nos estu-
dos, preciso desconsiderar todos os outros estímulos ambi-
entais, tidos por exógenos, como sons e características do lo-
cal onde estamos, e  não ambientais, considerados endóge-
nos, estes envolvendo fatos e lembranças que podem vir à 
nossa mente naquele momento de estudos.
Se  não nos concentramos é porque algo “rouba” a nossa 
atenção, algo este que não é aquele estímulo que gostaríamos 
que prendesse a nossa atenção. Este é o processo em anda-
mento, acerca do qual precisamos tomar consciência e com-
preender.
26
Superada a compreensão da dinâmica do processo, é preciso 
entender o que o determina. Ou seja,  se estamos passando 
por uma situação de di!culdade de concentração, o que está 
por trás disto? Temos duas possibilidades, as quais podem 
estar ocorrendo de forma concomitante ou não:  (1) o “estí-
mulo-ladão”, que está tomando a nossa atenção, tem rele-
vância signi!cativa, maior do que o estímulo principal-prefe-
rencial que pretendemos valorizar, correspondente ao co-
nhecimento a ser estudado; (2) mesmo que o “estímulo-la-
dão” não tenha tanta relevância, não estamos atribuindo a 
relevância devida ao estímulo-principal-preferencial, ante a 
nossa falta de interesse.
Costumo dizer que para um fanático por seu time de futebol, 
numa !nal de campeonato na qual o time está em campo, 
sendo a partida o estímulo principal, jamais ocorrerá a se-
gunda hipótese mencionada. Digo isto para provar que o in-
teresse é determinante a atribuição de relevância ao estímu-
lo.
Mas muito bem, agora você já sabe o que acontece quando 
está tentando estudar e não consegue se concentrar. Po-
rém, esta tomada de consciência, por si só, resolve o proble-
ma, nos fazendo !car concentrados? Obviamente que 
não! Até porque o diagnóstico não se confunde com a inter-
venção e prognóstico. Então daí você pode se perguntar: mas 
o quefazer? A!nal, qual a intervenção a adotar?
Seguramente, tendo a devida compreensão, você já pode en-
contrar estratégias que lhe ajude. Mas vou pontuar algumas 
iniciativas que podem ajudar, identi!cadas a partir da minha 
vivencia empírica nos estudos, principalmente como candi-
dato a concursos público, bem como por meio da pesquisa 
psicopedagógica-cognitiva:
1) no caso da falta de interesse no estímulo principal, ou 
seja, na matéria a ser estudada, tente identi!car o que 
há de útil neste conhecimento. Seguramente, existe 
alguma utilidade que vai além do edital. Pense no que 
pode ganhar ao saber daquela informação. Ainda neste 
sentido, procure  trabalhar o prazer em aprender  (cli-
que aqui para ver o texto Preparação para Concursos e 
o Prazer em Aprender);
2) seja minimamente "exível! Isto é, se está muito difícil 
se concentrar naquela matéria a ser estudada por de-
terminada fonte, passe para outra matéria ou fonte, 
faça alguns exercícios, faça um resumo, esquema ou 
mapa mental da matéria estudada anteriormente, ou 
27
seja, faça uma revisão do que já estudou, inclusive en-
quanto estratégia para retomar o ritmo;
3) compreenda de forma fragmentada o que irá estudar, 
do tipo “agora minha meta é estudar e entender este 
parágrafo”, ou “esta página, este item, este capítulo, 
este tema…”.  Encare um, para depois passar ao 
outro. Avance por partes, esqueça o todo e estude  o 
que tiver que estudar de forma fragmentada. E não 
deixe de ler o texto a Fragmentação do Plano de Estu-
dos (clique aqui para ler o texto Repercussões Emocio-
nais da Fragmentação do Plano de Estudos);
4) tenha força de vontade! Esta colocação pode parecer 
autoajuda enlatada e super!cial para concursos, mas a 
questão é como fazer para ter força de vontade? Neste 
sentido, é preciso que entenda que você conta com es-
truturas bio-cognitivas capazes de selecionar estímu-
los de forma voluntária, ou seja, estou dizendo para 
acreditar que é capaz não por uma questão de fé, mas 
pelo fato de que, neuro-bio-!siologicamente, você tem 
um equipamento cognitivo que lhe permite 
isto. Repito: você tem um cérebro e estruturas cogniti-
vas que lhe permite selecionar e descartar estímulos 
relevantes. Você pode! Isto é uma a!rmação racional e 
cientí!ca!  Portanto, lute! Lute com o que você tem! 
Lembre-se que na partida da !nal do campeonato, na 
qual seu time está jogando, você consegue selecionar o 
estímulo principal. Portanto, também pode fazer isto 
ao estudar!
5) trabalhe com a respiração;  pare por alguns minutos, 
não mais do que 5, feche os olhos e respire de forma 
profunda e pausada, da maneira mais profunda e pau-
sada que puder relaxando as pálpebras e musculos da 
face.
Além destas sugestões, compreendendo e tendo consciência 
do processo relacionado à falta de concentração, tente iden-
ti!car outras estratégias adequadas ao seu per!l.
Alerto ainda que, para as pessoas diagnosticadas como por-
tadoras de TDAH ou DDA, existem outros caminhos a serem 
adotados, inclusive com intervenção medicamentosa. Mas é 
preciso buscar a atuação de pro!ssionais autorizados, tanto 
para o diagnóstico, quanto para o prognóstico, intervenção e 
principalmente o uso da medicação. E se não tem as referidas 
patologias, não se iluda com o uso da ritalina.
Por !m, bom combate às rajadas de desconcentração e bom 
estudo!
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29
Você já teve contato, já usou ou já ouviu falar das drogas dos con-
curseiros?
Muito bem, ao que tudo indica, vem ganhando força a idéia do 
uso de drogas cognitivas no universo da preparação para concur-
sos públicos. Trata-se de um recurso perigoso e muitas vezes 
ilusório.
Alguns candidatos têm recorrido a substâncias químicas com a 
intenção de otimizar o processo de estudos. Geralmente estas 
correspondem ao metilfenidato, mais conhecido como ritalina.
Drogas dos Concurseiros: Uma 
Ilusão de E!ciência Cognitiva!
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A intenção seria melhorar as funções cognitivas primárias, 
tais como a atenção e a concentração.
Antes de mais nada, vale lembrar que o referido recurso se 
trata de uma droga. Segundo o dicionário de Michaelis, dro-
ga seria a “designação comum a todas as substâncias ou ingredi-
entes aplicados em tinturaria, química ou farmácia”.
Infelizmente, a postura de adoção indiscriminada do aludido 
recurso atinge não apenas o mundo da preparação para con-
cursos públicos, mas também já vem, há algum tempo, afe-
tando o universo da educação infantil.
Não é incomum que pro!ssionais da saúde ou da educação, 
diante de transtornos de aprendizagem por parte de crianças 
– principalmente o TDAH (Transtorno do Dé!cit de Atenção 
e Hiperatividade), recomendem de imediato o uso da ritali-
na, sem a tentativa de outros meios ou estratégias de supe-
ração da mencionada di!culdade. Saliento que existem estu-
dos indicativos de que a solução medicamentosa não produz 
resultado em 25% dos casos (OHLWEILER, Lygia, RIESGO, 
Rudimar dos Santos e ROTTA Newra Tellechea. Transtornos 
da Aprendizagem Abordagem Neurobiológica e Multidisci-
plinar. Porto Alegre: Artmed, p. 310).
Mas diante do mencionado cenário, dois aspectos funda-
mentais exigem consideração. O primeiro seriam os efeitos 
colaterais e problemas passíveis de ocorrência no futuro. O 
segundo seria a real e!ciência do referido recurso.
Como sei que muitos dos candidatos não se preocupam com 
o futuro, estando tomados pelo imediatismo e às vezes pelo 
desespero de busca da aprovação, vou ignorar solenemente a 
primeira preocupação. Registro que considero positivo este 
“quase desespero”, pois se traduz em motivação e compro-
misso com o processo de preparação. No entanto, como tudo 
na vida, radicalismos e exageros sempre são indesejáveis. In-
clusive pelo risco de que a referida intensidade de envolvi-
mento ao longo da trajetória de estudos não se mantenha 
constante.
Assim, considerando a preocupação-alvo que elegi, saliento 
que tenho dúvidas sobre a e!ciência do uso dos referidos 
medicamentos. Em tese, a intenção consiste na ampliação da 
30
concentração e atenção. Para compreensão da referida atitu-
de, destaco que há um conceito de grande aplicação.
Trata-se da idéia da curva de aprendizagem. A referida cons-
trução foi desenvolvida pelo alemão Hermann Ebbinghaus e 
aperfeiçoada por eodore Paul Wright. Tal conceito envolve 
a noção de que o processo de aprendizagem não é necessa-
riamente linear. Ou seja, ao iniciarmos nossos estudos em 
determinado momento, haverá um ponto ótimo de aprovei-
tamento, após o qual este contará com um comprometimen-
to. 
Inclusive, a referida idéia se relaciona com um conceito da 
ciência econômica denominado função utilidade, conforme o 
qual em processos produtivos existem momentos e situações 
de otimização positiva ou negativa de resultados.
Ou seja, resumo do resumo: 10 horas seguidas de estudos 
não são o resultado aritmético de 1 hora vezes 10 de estu-
dos. Assim, não é o fato de tomar um medicamento que 
permita permanecer 10 horas estudando que garantirá a e!-
ciência de tal processo cognitivo e, principalmente, da apro-
priação intelectual da informação passível de solicitação no 
momento da prova. Não custa lembrar que o cérebro conta 
com uma estrutura bio-!siológica complexa, não funcionan-
do como uma máquina. Isto é, não é uma questão de trocar a 
pilha ou colocar uma bateria mais potente.
Recentemente, o periódico “Mente e Cérebro” publicou uma 
matéria noticiando que alguns cientistas estariam propondo 
a re"exão sobre a conveniência de adoção das mencionadas 
substâncias, enquanto meio de otimização cognitiva. No en-
tanto, não deixou de fazer o devido e necessárioalerta, ao 
colocar que “essas drogas devem ser cuidadosamente estudadas 
para esse !m, e devem ser avaliados seus riscos e benefícios” 
(Ano XVI, no. 193, pág 21).
Saliento que, apesar da percepção de alguns no sentido da 
e!ciência da busca de drogas cognitivas, considero – em ter-
mos de formulação de hipótese, que muitas vezes se trata 
apenas e tão somente de uma ação de efeito placebo. Não há 
dúvida que temos a natural capacidade de reagir, inclusive 
em termos !siológicos, diante da crença de que determinada 
substância provoca determinado efeito esperado. Pode ser 
que por trás da aparente e ilusória vantagem subsista a atua-
ção do referido mecanismo.
31
Portanto, não tenho dúvida em a!rmar que, ao invés da bus-
ca de ganhos facilitados e ilusórios, a otimização dos estudos 
deve ser viabilizada por estratégias e atitudes adequadas, 
principalmente em termos da estruturação do planejamento 
da preparação.
Recentemente, publiquei texto sobre o Princípio de Pareto e 
a Preparação para Concursos Públicos, apontando algumas 
idéias que podem ser implementadas no sentido da referida 
maximização e e!ciência de esforços empreendidos. 
Além disto, não é preciso muito esforço intelectual para se 
convencer da importância do cultivo de hábitos saudáveis, 
em termos físicos e psicológicos, enquanto meio de gerar 
condições adequadas ao processo de estudo e aprendizagem.
En!m, espero que você re"ita sobre os alertas apontados e 
manifesto meus votos de que desempenhe uma preparação 
estratégica, e!ciente, racional, de alto rendimento e, acima 
de tudo, saudável!!!
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