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7 MOTIVACAO

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1
PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO
PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO
Graduação
PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO
65
U
N
ID
A
D
E 
7
MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
Olá! Na unidade anterior, nós estudamos os processos de sensação
e percepção e vimos que ambos os processos funcionam como mediadores
entre o nosso organismo e o ambiente que o cerca. Agora nós vamos estudar
outros dois fenômenos psicológicos que mediam as relações do ser humano
com o mundo e com ele próprio.
OBJETIVOS:
• compreender o que é motivação, analisando a proposta de Maslow
quanto a hierarquização das necessidades.
• conceituar incentivo e sua importância nos grupos sociais, escolas e
empresas.
• conceituar frustração, compreendendo as causas de sua instalação.
• compreender o que é emoção e os mecanismos envolvidos nesse
processo.
• apropriar-se dos conceitos da Teoria da Inteligência Emocional, de
modo que seja capaz de aplica-la em sua área de atuação.
PLANO DE UNIDADE:
• Conceito de motivação.
• Hierarquia de necessidades de Maslow.
• Frustração.
• Incentivo.
• Conceito de emoção.
• Teoria da inteligência emocional.
Bons estudos!
UNIDADE 7 - MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
66
O termo motivação deriva-se do latim movere, que significa ‘mover’ e é
adotado pela Psicologia para designar as forças que impulsionam o indivíduo
à ação. Essas forças podem ser tanto fisiológicas, como a fome, quanto
psicológicas, como pertencimento ao grupo.
A motivação é, portanto, a ativação da consciência por meio do motivo.
Quem não se recorda do caso da jovem de classe média alta que
conspirou para o assassinato dos próprios pais? O que teria levado essa
jovem a agir de tal maneira? Que elementos estavam combinados para
provocar esta atitude? Porque o conjunto de fatores que estavam envolvidos
nessa situação provocaram esta atitude e não outra? Será que em outras
circunstâncias essa mesma jovem teria tido a mesma atitude? Essas e outras
questões envolvem o conceito de motivação.
Mas, na realidade, não é simples encontrar as respostas dessas
perguntas, pois nem sempre temos consciência dos motivos que nos
impeliram a agir de uma determinada maneira.
Como já vimos, Freud afirmou que as forças psicológicas que formam o
comportamento das pessoas são basicamente inconscientes e que uma
pessoa não pode entender completamente suas motivações.
Reflita: você fuma? É capaz de responder por quê? Mesmo tendo clareza
dos riscos que essa atitude traz a saúde, talvez, conscientemente, não
consiga explicar os motivos que o leve a fumar.
Abraham Maslow, importante teórico do assunto, queria explicar por que
as pessoas são motivadas por meio de uma interligação com necessidades
específicas.
Segundo o dicionário, necessidade significa “aquilo de que não se pode
prescindir ou evitar, falta de algo, indispensável, carência.”
De acordo com os estudos do fisiologista francês Claude Bernard (apud
Telles, 1985, p.33) “(...) cada ser vivo tem um meio interno que deve ser
mantido em equilíbrio”. Em 1929, Cannon aplica este mesmo conceito à
Psicologia e afirma que o ser humano busca o equilíbrio interno. É o que
chamou de “homeostase”.
Esse movimento dinâmico, iniciado pela carência de algo – a necessidade
– irá provocar um desequilíbrio e a busca da retomada do equilíbrio, impelindo
o sujeito a desencadear uma série de ações para atingir seu objetivo de
satisfazer sua necessidade, nos acompanha desde o nascimento até a morte.
Estamos a todo instante nos desequilibrando e reequilibrando.
Piaget também utiliza esse princípio para explicar o processo de
construção de conhecimento, lembra-se?
PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO
67
Certamente você já passou por vários estados de desequilíbrio, não é?
Tente lembrar-se de uma situação marcante em sua vida em que estivesse
em desequilíbrio. Qual era sua necessidade? Quais eram as tensões
provocadas por essa necessidade? Que atitude tomou para satisfazê-las?
Conseguiu? Como se sentiu após tê-las satisfeitas?
Certamente você também viveu experiências em que suas necessidades
não foram satisfeitas. A esse estado chamamos: frustração.
Frustração é um sentimento experimentado por alguém que não consegue
ver realizado o objetivo idealizado. A Frustração será tanto maior quanto
menor for a segurança do indivíduo e quanto mais forte for a atração exercida
pelo objetivo não-conquistado. 1
E o sujeito frustrado pode apresentar um comportamento desorganizado,
tornando-se agressivo, desinteressado pelas atividades de sua vida ou
mesmo passivo, pessimista, inseguro. As repercussões do estado de
frustração também podem ser percebidos no organismo, como insônia,
distúrbios circulatórios e digestivos.
Maslow afirma que as necessidades humanas são dispostas em uma
hierarquia:
Na base dessa hierarquia, estão as necessidades fisiológicas e no topo
as necessidades de auto-realização. Segundo o referido autor (apud DANTAS,
2005, p.28): “apenas a pessoa que vê satisfeita suas carências fisiológicas
e de segurança perseguirá o afeto, a auto-estima e a auto-realização”.
Quando uma pessoa consegue satisfazer uma necessidade básica, essa
necessidade deixa de ser um motivo e a pessoa começa a perseguir a
necessidade seguinte.
Considerando esta lógica, é possível afirmar que pessoas famintas podem
arriscar a própria vida para obter alimento, pois na hierarquia proposta por
ele, a fome é um motivo que antecede a própria necessidade de segurança.
Ou que, para uma pessoa abastada, que já tem satisfeitas suas necessidades
básicas – fisiológicas e de segurança – adquirir um bom casaco que lhe proteja
das temperaturas frias do inverno não será suficiente para satisfazê-la, mas,
UNIDADE 7 - MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
68
considerando suas necessidades sociais de status e aceitação, precisará
de um casaco de pele de uma grife famosa e claro, que custará uma pequena
fortuna.
Muito embora o motivo seja um fator interno, muitas vezes ele pode ser
despertado por fatores externos, é o que chamamos de incentivo.
O que o fez se matricular em uma Universidade?
A promessa de uma vaga de emprego?
A possibilidade de ganhar um “presente” caso fosse aprovado no
vestibular?
Ou ainda, caso não retomasse os estudos perderia o carro que ganhou
de seus pais?
Todos esses exemplos são considerados incentivos. Isto é, por mais
que o desejo de aprender sobre uma determinada área do conhecimento
com a qual se identifica esteja presente em você, os fatores externos citados
acima provocaram a sua manifestação.
 A motivação também pode se apresentar na ausência da necessidade.
Por exemplo, mesmo sem estar com sede, basta imaginar uma garrafa bem
gelada de um suco de limão em um dia de muito calor, que você pode sentir
todos os sintomas da sede, não porque esteja de fato com sede, mas porque
as suas representações mentais, que foram construídas socialmente e que
estão internalizadas, acionam os mecanismos do corpo que fariam sentir
sede. Da mesma forma, um estímulo externo, como a visão de um grupo de
amigos tomando uma cerveja, pode ocasionar os mesmos sintomas.
Tanto na escola como no mundo do trabalho existe uma forte tendência
em utilizar os princípios dos incentivos e motivações para garantir o bom
desempenho de estudantes e funcionários.
Maslow ao hierarquizar as necessidades humanas, destaca a importância
dos valores superiores na vida humana, no trabalho, no lar, na amizade ou
mesmo nas relações do homem consigo mesmo. Por isso, considerando as
mudanças no modo de produção e de divisão do trabalho e a conseqüente
automação do ser humano, que alguns psicólogos organizacionais vêm
estudando as melhores maneiras de despertar em seus trabalhadores a
motivação necessária para estar bem e produzirmelhor no trabalho.
Na educação, a preocupação consiste em criar ambientes propícios e
condições ideais para que o estudante encare o estudo como uma
necessidade e se encaminhe para a satisfação dessa necessidade.
Entretanto, existem situações que parecem fugir às regras e às
tendências lineares e universais para o comportamento. Até mesmo a
hierarquização de Maslow parece não dar conta de compreender a
complexidade humana.
Goleman(2001, p.17) inicia sua obra intitulada “Inteligência Emocional”
narrando a seguinte história, infelizmente, real:
PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO
69
A família Chauncey viajava num trem da Amtrak que caiu num rio,
depois que uma barcaça bateu e abalou as estruturas de uma ponte
ferroviária, na região dos pântanos da Louisiana. Quando a água
começou a invadir o trem, o casal, pensando primeiro na filha[uma
menina de 11 anos, que usa cadeira de rodas], fez o que pode para
salvar Andréa; conseguiram entregá-la, através de uma janela, para
a equipe de resgate. E morreram, quando o vagão afundou.
O que leva um indivíduo a abdicar de sua sobrevivência, motivo
considerado básico na hierarquia de Maslow, por meio de um gesto de
extremo altruísmo, para garantir a sobrevivência de um ser amado?
Goleman afirma que a resposta a esta questão está nas emoções.
Segundo o dicionário do site Integração Corpo Mente2, emoção é um
estado sentimental momentâneo em que o indivíduo tem seu organismo
excitado. Há diversos tipos de emoção: medo, cólera, alegria, tristeza,
piedade, felicidade, remorso, admiração, amor, ódio, culpa, vergonha etc. As
emoções podem verificar-se como: experiências emocionais (quando o
indivíduo sente a emoção), comportamento emocional (quando é levado,
pelo sentimento, a fazer algo), além de se notarem também alterações
fisiológicas que correspondem ou são provocadas diretamente pela própria
emoção: ficar “corado” de vergonha, ficar “branco” de susto, ter batidas do
coração aceleradas por causa do medo etc. Logo se vê que toda emoção é
um sentimento que pode levar a uma ação.
Para Goleman(2003, p.303) “emoção se refere a um sentimento e seus
pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos e uma gama de
tendências para agir”. E afirma que:
(...) nossos mais profundos sentimentos, as nossas paixões e
anseios são diretrizes essenciais e que nossa espécie deve grande
parte de nossa existência a força que eles emprestam nas questões
humanas. (GOLEMAN, 2003,p.18)
Nesse sentido as nossas emoções tomam lugar de relevância na formação
da humanidade, contribuindo para nossa sobrevivência. O repertório de
respostas emocionais que estamos construindo ao longo da história da
humanidade fica gravado no nosso Sistema Nervoso e vem sendo transmitido
de geração em geração.
Ao longo da história da humanidade, viemos desenvolvendo respostas
emocionais para situações complexas para as quais, apenas a razão
intelectual não é suficiente para resolver. Situações de perigo, por exemplo,
em que há necessidade de uma resposta imediata, a emoção é que é
acionada.
Mas, muito embora as nossas emoções tenham garantido a nossa
sobrevivência em situações extremas no atual processo civilizatório, é possível
perceber uma tendência à negação das emoções ou de pelo menos, contê-
las. Nesse aspecto, Freud já apontava para os conflitos internos vividos por
nós e nosso conseqüente aprisionamento nas malhas da socialização, em
que vivemos subjugados aos padrões impostos pela sociedade. E todo
UNIDADE 7 - MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
70
movimento educacional revela uma tendência à adaptação dos indivíduos,
num movimento expresso, entre outras coisas, na “educação” de nossos
impulsos mais primários.
Assim, como destaca Goleman (2003, p.19):
Apesar das pressões sociais, as paixões muitas vezes solapam a
razão. Essa faceta da natureza humana tem origem na arquitetura
básica do nosso cérebro. Em termos do plano biológico dos circuitos
neurais básicos da emoção, aqueles com os quais nascemos são os
que melhor funcionaram para as últimas 50.000 gerações humanas,
mas não para as últimas 500 (...). Os últimos 10.000 anos - apesar de
terem assistido ao rápido surgimento da civilização humana e à
explosão demográfica de cinco milhões para cinco bilhões de habitantes
sobre a terra – quase nada imprimiram de novo em nossos gabaritos
biológicos para a vida emocional.
De acordo com Goleman, algumas habilidades emocionais são
consideradas importantes para que uma pessoa alcance seus objetivos:
seja feliz e obtenha sucesso na vida. Por isso, propõe o conceito dos cinco
domínios principais da inteligência emocional:
1. Autoconhecimento emocional – autoconsciência:
conhecimento que o ser humano tem de si próprio, de seus
sentimentos ou intuição. Esta competência é fundamental para
que o homem tenha confiança em si (autoconfiança) e conheça
os seus pontos fortes e fracos;
2. Controle emocional – capacidade de gerir os sentimentos: é
importante saber lidar com os sentimentos. A pessoa que sabe
controlar os seus próprios sentimentos tende a ter êxito em
qualquer ambiente ou em qualquer atividade que realize.
3. Automotivação – ter vontade de realizar, otimismo: pôr as
emoções a serviço de uma meta. A pessoa otimista consegue
realizar tudo o que planejar, pois tem consciência que todos os
problemas são contornáveis.
4. Reconhecer emoções nos outros – empatia: saber se colocar
no lugar do outro. Perceber o outro. Captar o sentimento do
outro. A calma é fundamental para que isso aconteça. Os
problemas devem ser resolvidos através do diálogo sincero.
As explosões emocionais devem ser evitadas para que não
prejudiquem o relacionamento com os outros.
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais – aptidão
social: a capacidade que a pessoa deve ter para lidar com as
emoções do grupo. A arte dos relacionamentos deve-se, em
grande parte, a saber lidar com as emoções do outro. Saber
trabalhar em grupo é fundamental no mundo atual.3
Goleman destaca que connhecer nossas próprias emoções, e
saber lidar, e administrá-las e direcioná-las para atingir
PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO
71
objetivos, saber colocar-se no lugar do outro, e o respeito
mútuo, etc., exige um processo educativo, que ele denominou
Alfabetização Emocional.
A proposta, portanto, de alfabetização emocional não consiste
simplesmente em intervir nos casos de déficits nas aptidões emocionais,
como nos casos de violência ou depressão, mas, sobretudo, atuar
preventivamente. Portanto, reforça a importância de inserir as emoções e a
sociabilidade nos currículos escolares, ou seja, como destaca o autor em
tela:
A idéia básica é elevar o nível de competência social e emocional
nas crianças como parte de sua educação regular – não apenas como
coisa ensinada como paliativo para crianças que estão ficando para
trás e que são ‘perturbadas’, mas um conjunto de aptidões e
compreensões essenciais para cada criança. (GOLEMAN, 2003, p.276)
É HORA DE SE AVALIAR!
Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de
estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-
lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no
processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as
respostas no caderno e depois as envie através do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!
Na próxima unidade, estudaremos a inteligência, como um dos elementos
centrais para compreender a sobrevivência e superioridade da espécie
humana no planeta. Você verá que a capacidade humana é magnífica.
NOTAS
1 Este conceito está disponível em: www.http://psiqweb.med.br/glos.
2 Disponível em: http://paginas.terra.com.br/saude/corpomente/Dicionario/
E.htm Acesso em: 15/12/2006
3 Disponívelem: http://www.psicologia.com.pt/artigos/
ver_opiniao.php?codigo=AOP0055&area=d9 Acesso em: 15/12/2006

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