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INTRODUÇÃO AO DIREITO I Aula IV (10-04-2015)

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Jusnaturalismo
Todas as ideias que surgiram, ao longo da história, sobre o Direito Natural.
Direito Natural: Ideia de que, além do direito escrito, há uma outra ordem, superior aquela e que é a expressão do direito justo.
Anseio comum, em todos os tempos, a todos os homens, por um direito mais justo, mais perfeito, capaz de protegê-los contra os arbítrios do governo.
Meio de atacar todas as formas de totalitarismo. Busca harmonizar o direito positivo com a ordem natural.
Almejava-se um direito que protegesse as pessoas dos arbítrios do governo. Foi uma forma de atacar o totalitarismo. 
Correntes de pensadores
Jusnaturalismo: Várias correntes de pensadores 
Princípio comum: 
Direito justo por natureza (O ideal de justiça já nascia com este direito).
Independente da vontade do legislador (Deveria sempre coincidir com o direito positivo, deveria coincidir com o que o Estado diz, ou seja, o legislador deveria legislar de acordo com o direito natural).
Derivado da natureza humana ou dos princípios da razão (Leva em consideração do que nasce naturalmente do ser humano. Os ideias mais limpos e puros de cada um dos seres).
Sempre presente na consciência dos homens. (Estar fazendo o que é certo, porém nem sempre o que é certo, considera-se justo).
Direito Natural
Uma das primeiras manifestações do direito natural pode ser encontrada no teatro grego, na tragédia de Sófocles.
Antígona
O Rei Creon proíbe o sepultamento do irmão de Antígona, mas ela desrespeita a ordem recebida e sepulta o irmão, alegando eu acima da ordem positiva do direito, devia cumprir certas leis não escritas: “... tuas ordens não valem mais do que aas leis não escritas e imutáveis dos deuses, que não são de hoje nem de ontem, e ninguém sabe quando nasceram”.
Algumas características:
Eterno, imutável e universal. (Sempre que ouvir falar disto, devemos relacionar ao Direito Natural. Ninguém sabe quando nasceu e nem até quando existirá ao contrário do Direito Positivo que existe uma data de validade. Regras constantes e sempre permanecem iguais).
Não se satisfaz com a ordem jurídica institucionalizada. (ele não se satisfaz com o que o Estado diz que é certo, não se baseia no legislador).
Legislador deve ser, ao mesmo tempo, um observador dos fatos sociais e um analista da natureza humana.
Se o legislador se desvincular da ordem natural, estará criando uma ordem jurídica ilegítima. (o direito busca a justiça, se o legislador fugir a isso, ele estará caminhando para outro caminho e abandona o motivo do direito ter sido criado, abandona a justiça.)
Permanente aspiração de justiça.
Para que os códigos atinjam a realização da justiça, precisam se apoiar nos princípios do Direito Natural.
A ruptura entre os direitos, positivo e o natural gera as chamadas Leis Injustas, que negam ao homem o que lhe é devido.
Hugo Grócio, “pai” do Direito Natural disse: “ O direito natural existiria mesmo que Deus não existisse ou que, existindo, não cuidasse dos assuntos humanos”.
Atualmente: Jusnaturalismo concebe o Direito Natural como um conjunto de amplos princípios a serem observados pelo legislador, tais como: direito à vida, à liberdade, à igualdade, etc.
Hugo caracteriza que o Direito Natural foge de alguém lhe dizendo o que é certo e errado, a igreja lhe dizendo quais são os pecados e etc. É algo totalmente espontâneo, que nasce com o próprio e não é dito por ninguém, nem Estado, nem Igreja, nem religião, nem ninguém. “Deus poderia existir ou não, mas não se meteria nesses assuntos”.
Retorno ao Direito Natural?
Revolução Industrial: criou um clima de injustiça social, o que motivou o retorno à ideia de direito natural.
Direito Natural: aspiração de justiça que acompanha o homem.
Direito Positivo: Vontade do Estado, sendo que o Estado pode servir ao home, como pode ir contra o homem. 
Por isso, passa-se a questionar o positivismo.
Exegetismo
Exegese: “Comentário ou dissertação para esclarecimento ou minuciosa interpretação de um texto ou de uma palavra” (Dicionário)
Escola da Exegese: Identifica todo o direito positivo com a lei escrita, atendo-se rigorosamente ao texto legal, buscando revelar seu sentido.
Forte influência na França, especialmente durante a criação do Código Civil de 1804, chamado Código Napoleônico.
Acreditava-se que tal código era completo, e que a ciência do direito se reduziria a mera tarefa de exegetas.
Bugnet: “Eu não conheço o direito civil; eu ensino somente o Código de Napoleão”
Laurent: “Os códigos não deixam nada de arbítrio do intérprete; este não tem por missão fazer o direito. O direito está feito! Não existe mais incerteza, porque o direito está escrito nos textos, já há a segurança dos textos”.
A busca do jurista era, somente, por encontrar a intenção do legislador ao escrever a lei.
Acreditava-se que para cada caso controvertido existia uma lei, e que toda solução jurídica seria a conclusão de um silogismo: premissa maior > lei; premissa menor > enunciado de um fato concreto.
Críticas:
Percebe-se que velhos problemas, já resolvidos, precisavam de soluções novas; e que novos problemas, jamais cogitados, haveriam de surgir, requerendo uma solução jurídica imediata.
A imensidade de fatos que podem surgir na sociedade não cabem nos limites de um código, sendo impossível elaborar normas que solucionem todas as questões jurídicas.
Historicismo
Representada por juristas como Gustav Hugo e Savigny
Hugo sugeriu uma comparação metódica e comparativa dos direitos nacionais, para chegar a uma história do direito universal, como base da ciência da legislação.
Assim, ciência jurídica – ciência história (história do Direito
Savigny: ideia fundamental era a oposição à codificação do direito:
Acreditava que o direito era produto da consciência popular, em certas condições de tempo e lugar (costumes), e não uma criação arbitrária da vontade estatal.
Normas jurídicas só seriam válidas e eficazes se fieis ao espírito do direito consuetudinário, adaptando-se às novas circunstâncias político-sociais, sob pena de caírem em desuso.
Direito resultava, portanto, de longa evolução história da consciência coletiva, e não se improvisava a golpes de legislação saída dos cérebros.
Positivismo Filosófico
Floresceu no século XIX
Augusto Comte (1798-1857)
Afirmava que a única ciência capaz de reformar a sociedade é a sociologia, que era a ciência positiva dos fatos sociais.
Ciência jurídica seria um setor da sociologia.
Restringe o seu objeto aos fatos e à descoberta das leis que os regem.
Positivismo almejou transportar o método experimental – amplamente utilizado no âmbito das ciências da natureza – para as ciências sociais
Trabalho científico: atentar para os fatos que pudessem ser comprovados.
O que não pudesse ser comprovado, deveria ficar fora do campo científico.
Define o direito como fato, passível de estudo científico, fundado em dados reais.
O direito poderia ser objeto da ciência, caso fosse estudado pela sociologia. Dentro dessa concepção, Agust foi além e trouxe mais de uma teoria para organização da sociedade, já que o direito era fato social, mas uma ficou famosa como a lei dos três estados. Considera que o pensamento humano passa por três etapas e organizações sociais:
Etapa teológica ou mitológica: Fenômenos eram atribuídos a deuses, demônios, espíritos.
Metafísica: fenômenos não são atribuídos a deuses, mas a forças abstratas.
Positiva: reação contra as fases anteriores. Exame empírico dos fatos. Renuncia a investigação sobre a origem do Universo, se atendo unicamente à descoberta de suas leis efetivas, através da observação e do raciocínio.

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