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INTRODUÇÃO AO DIREITO I Aula III (27-03-2015)

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Teoria Geral do Direito (TGD)
Para Kelsen, a TGD:
Quer única e exclusivamente conhecer seu objeto
Quer responder à pergunta: “o que é o direito”
Não pergunta sobre como deve ser o direito, ou como convém elaborá-lo.
É a formulação de conceitos gerais facilitadores da interpretação do direito positivo de qualquer país.
Para Bobbio:
É uma teoria formal do direito
Distingue-se das demais disciplinas jurídicas particulares, que tem por objeto o conteúdo das normas.
Para Gusmão:
Destina-se a estabelecer os elementos formais, essenciais e comuns a qualquer norma jurídica, independente do seu conteúdo.
Formula conceitos jurídicos fundamentais, indispensáveis ao raciocínio jurídico.
Ética e Direito
A questão ética
“Se uma pessoa age bem para ser recompensada ou por medo da punição, é difícil dizer até que ponto se pode considerar que ela esteja propriamente agindo bem; até que onto seu comportamento é ético. Eu diria mesmo que não: se tememos o castigo ou esperamos recompensa, não somos homens éticos”. (Jorge Luis Borges)
Direito, Moral e Religião
Antigamente: Moral e religião tinham muita força na sociedade
A falta de conhecimento científico era substituída pela fé
Deus não apenas acompanhava os acontecimentos terrestres, mas os influenciava.
Tragédia: Castigo divino
Fartura: reconhecimento e prêmio divinos
Direito: expressão da vontade divina
Classe sacerdotal: Monopólio do conhecimento jurídico
Roubier: “nas sociedades antigas, a severidade dos costumes e a coação religiosa permitiram obter espontaneamente o que o direito só conseguiu mais tarde”.
Hugo Grócio (Séc. XVII) tentou afastar os conceitos de religião e Direito: “O Direito Natural existiria, mesmo que Deus não existisse ou, existindo, não cuidasse dos assuntos humanos”.
Atualmente muitos países conseguiram separar tais conceitos, embora ainda restem muitos pontos convergentes entre ambos, como a ideia de JUSTIÇA.
Religião: Justiça envolve os deveres do homem para com o Criador.
Direito e Moral
Ambos são instrumentos do controle social. Completam-se e se influenciam mutuamente
MORAL: Se identifica com a noção de BEM
O que é BEM? Tudo que promove o homem de uma forma integral (plena realização do homem) e integrada (respeito ao interesse do próximo).
Tomásio (1713) distinguiu direito e moral desta maneira:
Direito: se refere só ao foro externo, e possui coercibilidade.
Moral: se refere só ao foro interno, e é incoercível.
Kant (1740) aprofundou: 
Direito: coercibilidade + disciplina da conduta exterior do homem e das manifestações da vontade.
Moral: incoercível + julgamento dos motivos, intenção, consciência.
Del Vecchio (1900) acrescentou a bilateralidade do Direito, ausente na moral.
Distinções entre Direito e Moral
Atualmente, podem-se apontar as seguintes distinções:
Determinação do Direito; forma não concreta da Moral.
Direito: conjunto de regras que apontam a conduta exigida
Moral: Diretiva mais geral, não particularizada.
Bilateralidade do Direito; Unilateralidade da Moral.
Direito: ao mesmo tempo em que impõem um dever jurídico a alguém, atribui um direito subjetivo a outrem.
A cada direito corresponde um dever.
Moral: impõem apenas deveres
Ninguém pode exigir uma conduta de outrem.
Exterioridade do Direito; Interioridade da Moral
Direito: cuida, em primeiro plano, das AÇÕES humanas, sem perquirir suas razões ou motivações internas.
Moral: preocupa-se com a vida interior das pessoas, consciência, intenções...
Heteronomia do Direito; Autonomia da Moral
Direito: é imposto ou garantido pela autoridade competente, mesma contra a vontade dos seus destinatários.
Moral: é imposta pela consciência ao homem, ou seja: a observância aos seus preceitos é espontânea, voluntária, não sendo exigível por ninguém.
Coercibilidade do Direito; Incoercibilidade da Moral
Direito: pode acionar a força organizada do Estado para garantir o respeito aos seus preceitos.
Se o destinatário da norma não aderir espontaneamente a ela, se faz necessária a coação.
Coação: só se não forem observados os preceitos legais.
Moral: pode ate intimidar as pessoas, por causa da reação da sociedade, mas não possuem caráter coercitivo.

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