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APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL, COMPETÊNCIAS E GESTÃO DO CONHECIMENTO AULA 2 Prof. Ana Paula Escorsin 2 CONVERSA INICIAL Nesta segunda aula, vamos aprofundar os conhecimentos sobre as competências. Para tanto, analisaremos como as competências podem ser desenvolvidas tanto nas empresas como em relação aos colaboradores. Abordaremos a importância de haver coerência entre as competências organizacionais e as individuais. Muitas empresas implantam gestão por competências, porém poucas, de fato, utilizam-na em sua íntegra, e uma das razões é a dificuldade em estabelecer ações que visem ao seu desenvolvimento. Para que você seja um profissional que possui diferencial junto ao mercado de trabalho, vamos aprender esses temas da seguinte forma: Competências individuais no mundo do trabalho Desenvolvimento das competências individuais Categorias das competências organizacionais Desenvolvimento das competências organizacionais Alinhamento entre competências individuais e organizacionais CONTEXTUALIZANDO Com base no material estudado, faça uma análise de como a empresa em que você trabalha procura conduzir o desenvolvimento das competências de seus funcionários. Mesmo que sua empresa não tenha gestão por competências, veja como e se ela possibilita que os colaboradores se desenvolvam. Reflita sobre como você procura desenvolver suas competências. Você demonstra uma atitude empreendedora ao buscar ampliar suas capacidades ou prefere aguardar que a empresa lhe proporcione novos aprendizados? Para subsidiar essas suas reflexões, você deve analisar quem é o responsável pelo desenvolvimento das competências individuais em uma organização? O que os autores estudados nesta aula abordam sobre esse tema? 3 PESQUISE Para melhor embasar sua análise sobre o desenvolvimento das competências individuais, leia: TAKAHASHI, A. R. W. Competências, aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento. Curitiba: Intersaberes, 2015. p. 37-41. SANT'ANNA, A. de S.; MORAES, L. F. R.; KILIMNIK, Z. M. Competências individuais, modernidade organizacional e satisfação no trabalho: um estudo de diagnóstico. Revista RAE-eletrônica, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/raeel/v4n1/v4n1a01 TEMA 1 – COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS NO MUNDO DO TRABALHO Vivemos em uma época de profundas transformações das relações dos indivíduos com as organizações e com o trabalho. O conhecimento é produzido, aplicado e disseminado muito rapidamente, a complexidade das atividades demanda maior qualificação por parte dos profissionais. É possível verificar que em alguns postos de trabalho as pesssoas deixaram de ocupar posições operacionais para se direcionarem para atividades que requerem renovação de conhecimentos a fim de promover ações inovadoras às organizações (Takahashi, 2005, p. 37). Ocorreram duas outras mudanças no mundo do trabalho e levaram as organizações ao modelo de competências. Essas mudanças foram: a) a noção do desenvolvimento de serviços visando atender às necessidades dos clientes internos e externos e b) a comunicação como necessidade para haver concordância sobre os objetivos organizacionais (Takahashi, 2015, citando Zarifian, 2001). Nesse cenário corporativo, no qual conhecimentos produzidos são disseminados facilmente, a redução de postos de trabalhos operacionais em razão da tecnologia, dando lugar a atividades mais complexas, a noção do cliente e a necessidade de comunicações constantes trouxeram como consequência a necessidade de ampliar o perfil de competências dos profissionais. 4 As competências individuais no ambiente corporativo (como vimos no primeiro tema) são o conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e entrega, as quais ocorrem por meio das ações dos colaboradores no contexto do trabalho e que agregam valor à organização. Tais competências podem ser direcionadas para áreas técnicas ou para áreas gerenciais, dependendo dos interesses de cada colaborador. Por exemplo: um engenheiro civil que tenha as competências técnicas mais desenvolvidas pode ter sua carreira profissional direcionada para a área técnica, com excelentes qualificações e remuneração, sem que tenha de assumir cargos de gestão, uma vez que não tem perfil para ser um líder. Um outro colaborador pode iniciar em uma organização em cargo técnico, por exemplo, como assistente de RH, porém, desenvolve o seu perfil de liderança e sua carreira profissional pode ser direcionada para atividades de coordenação ou de gerência e até de direção. Para que a noção de competências individuais no ambiente de trabalho se torne completa, faz-se necessário incrementar com um outro aspecto, que é a noção de complexidade. Para Takahashi (2015, p. 40), citando Fernandes (2006): O nível de complexidade está relacionado ao grau de abstração exigido para que a decisão tomada seja correta e possa ser mantida a partir do intervalo de tempo entre a tomada de decisão e a possibilidade de avaliação dos resultados dela decorrentes. Takahashi (2015, p. 40), citando Dutra (2004), diz que o nível de complexidade se altera em razão da posição ocupada por um profissional dentro da organização. Quanto maior for o nível de complexidade, maior será o nível de abstração. Profissionais em posições estratégicas, como as de direção, têm um alto grau de complexidade; por atuarem com toda a organização, as atribuições têm um baixo nível de padronização e as decisões envolvem alto grau de complexidade. Por outro lado, para profissionais em níveis operacionais, as atividades são menos complexas, mais padronizadas, os níveis de autonomia e decisão são menores. Os profissionais em posições táticas, como as gerenciais, de coordenação, analistas seniores, encontram-se entre esses dois pontos em relação ao nível de complexidade das suas atribuições. Dependendo da complexidade da área de atuação de uma organização, os seus produtos ou serviços podem ser mais inovadores e requerem alta 5 tecnologia; esse tipo de empresa demanda profissionais com maior grau de qualificação e requer competências mais complexas. Essa nossa conversa abre discussões para o próximo tema: como as organização propiciam o desenvolvimento das compentências para seus colaboradores e como as pessoas podem, por elas mesmas, buscar desenvolver suas competências. Leitura Obrigatória TAKAHASHI, A. R. W. Competências, aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento. Curitiba: Intersaberes, 2015. p. 37-41. Saiba Mais FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. C. Construindo o conceito de competências. Revista de Administração de Empresas, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rac/v5nspe/v5nspea10.pdf TEMA 2 – DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS A partir do momento em que a organização mapeou as competências individuais, e avaliou o desempenho dos colaboradores por meio dos métodos de gestão de desempenho utilizado, torna-se possível identificar em quais aspectos cada colaborador necessita se desenvolver. Lembram-se de que as competências são mapeadas para que seja possível identificar os gaps (lacunas) entre as competências demonstradas pelos funcionários e as requeridas pela empresa? Esse é o objeto do desenvolvimento das competências, a avaliação de desempenho identifica os gaps, assim, os colaboradores que precisam melhorar ou ampliar ou adquirir novas competências participam dos programas de treinamentos e desenvolvimento conduzidos pela área de RH da empresa.