Solos salino sodicos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AMBIENTAL
SOLOS AFETADAS POR 
EXCESSO DE SAIS E SÓDIO
SOLOS AFETADAS POR 
EXCESSO DE SAIS E SÓDIO
Prof. Alexandre Paiva da Silva
Atributos físicos e químicos do solo
-Aula 11-
1.1 Aspectos gerais1.1 Aspectos gerais
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO
- Um dos grandes problemas da agricultura 
- Prejuízos anuais (mundo) de 12 bilhões de dólares 
- Um dos grandes problemas ambientais 
- Mundo: 9.500.000 km2 (20% das áreas irrigadas)
- Brasil: 160.000 km2 (2% do território nacional)
- Nordeste: 91.000 km2
-
- Um dos grandes problemas da agricultura 
- Prejuízos anuais (mundo) de 12 bilhões de dólares 
- Um dos grandes problemas ambientais 
- Mundo: 9.500.000 km2 (20% das áreas irrigadas)
- Brasil: 160.000 km2 (2% do território nacional)
- Nordeste: 91.000 km2
-
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SOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIOSOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIO
SOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIOSOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIO
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- Solos sódicos (solonetz): acúmulo de sódio trocável
1.2 Classificação 1.2 Classificação 
- Solos salinos (solonchack): acúmulo de sais solúveis
- Solos salino-sódicos: acúmulo de sais e sódio
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b) pH 
1.3 Parâmetros de referência1.3 Parâmetros de referência
a) Condutividade elétrica (CEes)
c) Percentagem de sódio trocável (PST)
PST = (Na/CTC) x 100
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Classificação CEes (dS m-1) pH PST
Salino > 4,0 < 8,5 < 15
Salino - sódico > 4,0 < 8,5 > 15
Sódico < 4,0 > 8,5 > 15
Tabela 1 Classificação dos solos afetados por sais.
Qual a pior situação para as plantas? E para o solo ?
Fonte: Gheyi et al. (1997).
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Tabela 2 Classes de solos com excesso de sais e sódio (SiBCS, 2006)
Classe de Solo Condição para o 3° nível
NEOSSOLO FLÚVICO sódico PST ≥ 15
NEOSSOLO FLÚVICO sálico CEES ≥ 7,0
VERTISSOLO HIDROMÓRFICO sálico CEES ≥ 7,0
VERTISSOLO HIDROMÓRFICO sódico PST ≥ 15
GLEISSOLO sálico CEES ≥ 7,0
PLANOSSOLO HÁPLICO sálico CEES ≥ 7,0
PLANOSSOLO NÁTRICOS salino CEES entre 4,0 e 7,0
VERTISSOLOS HÁPLICOS sálicos CEES ≥ 7,0
VERTISSOLOS HÁPLICOS sódicos PST ≥ 15
Fonte: EMBRAPA (2006)
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Tabela 3 Atributos químicos do complexo sortivo de um solo salino-sódico
Perímetro Irrigado de São Gonçalo.
PST = Percentagem de Sódio Trocável.
Fonte: Dados não publicados
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Solo pH P Ca2+ Mg2+ Na+ K+ H++Al3+ CTC PST
mg dm-3 ------------------------- cmolc dm
-3 ------------------- %
Salino-
sódico
7,9 44 2,8 2,6 16 0,77 0,7 22,9 70
Não salino 5,6 33,5 12,8 5,0 0,7 1,3 1,4 21,2 3
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Tabela 4 Atributos químicos do extrato de saturação de solos salino-sódico
CEes = Condutividade elétrica do extrato de saturação; PST = Percentagem de Sódio Trocável.
Fonte: Leite et al. (2007).
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b) Salinização secundária: ação antrópica
1.3 Origem dos sais1.3 Origem dos sais
a) Salinização primária: ocorre naturalmente
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a) Salinização primária
Material de origem (feldspatos cálcicos/sódicos/potássicos)
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Solo salino→solo salino-sódico → solo sódico →
solódi (solonetz solodizado)
b) Salinização secundária
Irrigação inadequada
- Uso de água de má qualidade
- Sistemas ineficientes
- Ascensão de sais à superfície por capilaridade
Uso inadequado de fertilizantes
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Potencial iônico (PI) baixo (< 3,0)Potencial iônico (PI) baixo (< 3,0)
PI = carga/raioPI = carga/raio
Íon Raio iônico (Å) Potencial iônico
Si 4+ 0,39 10,20
Al3+ 0,51 5,90
Ca2+ 0,99 2,00
Mg2+ 0,66 3,00
K+ 1,33 0,75
Na+ 0,97 1,00
Porque o K+ não é problemático?
Porque o sódio é problemático e não outros elementos?
Ca2+
H2O
H2O
H2O
H2O
MAIS FÁCIL 
UNIÃO ENTRE 
ARGILAS
A
rg
ila
Na+
H2O
H2O
H2O
H2O
MAIS DIFÍCIL 
UNIÃO ENTRE 
ARGILAS
H2O
H2O
H2O
H2O
Na+
H2O
H2O
H2OH2O
H2O
H2O
H2O
A
rg
ila
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2 Efeitos dos sais sobre o solo e as plantas2 Efeitos dos sais sobre o solo e as plantas
2.1 Efeito sobre o solo: alterações químicas e físicas
- Diminuição da disponibilidade de nutrientes 
- Diminuição do potencial da água no solo.
- Dispersão de partículas e 
- Encrostamento e compactação do solo
- Aumento da resistência a penetração de raízes
- Toxicidade de íons específicos (inibição competitiva)
Figura 1 Relação entre o pH e a disponibilidade de alguns elementos no solo.
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2.1 Efeitos sobre as plantas2.1 Efeitos sobre as plantas
- Estresse hídrico
- Alterações no metabolismo geral das plantas
- Toxidez de íons específicos (Cl-, Na+)
- Inibição competitiva (Cl- vs NO3-; Na+ vs (K+, Ca2+, Mg2+)
- Redução da taxa de crescimento
- Redução da produtividade
Figura produção de matéria seca de plantas de aroeira-do-sertão em função 
da concentração de NaCl em solução nutritiva. Fonte: Silva et al. (2000).
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2.3 Práticas empregadas na recuperação2.3 Práticas empregadas na recuperação
a) Lavagem: uso de água de boa qualidade
b) Drenagem adequada
2.3.1 Práticas de caráter físico2.3.1 Práticas de caráter físico
“Melhor remédio é a prevenção”
Principalmente para solos sódicos ou salino-sódicos
Principais corretivos empregados
2.3.2 Práticas de caráter químico2.3.2 Práticas de caráter químico
Escarificações 
Aração profunda
Subssolagem
Mistura com areias
Uso de resíduos orgânicos 
SOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIOSOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIO
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Fonte: Ghevyi et al. (1997)
Tabela 7 Corretivos utilizados na recuperação de solos salinizados.
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a) Gesso agrícola
Ca10 (PO4)6F2 +10H2SO4 + 20H2O ↔
↔ 10 CaSO4 2H2O + H3PO4 + 2HF
FERTILIZANTES FOSFATADOS
(REJEITO) 
GESSO
SOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIOSOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIO
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Uso de gesso agrícola
CaSO4 2H2O ↔ Ca
2+ + SO4
2- + 2H2O 
Na+ 
Na+ 
Na+ 
Na+ 
Argilomineral
+ 2 Ca2+
Ca 2+
Argilomineral
Ca 2+
2 Na+ + SO4
2- ↔ Na2 SO4 10 H2O
LIXIVIAÇÃO
SOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIOSOLOS AFETADOS POR EXCESSO DE SAIS E SÓDIO
Necessidade de gesso 
NG = (PSTi – PSTf) * CTC* 86 h Ds
100
NG = Necessidade de gesso (kg/ha)
PSTi = Percentagem de saturação por sódio inicial
PSTi = Percentagem de saturação por sódio final (desejada)
86 = Peso equivalente do gesso
h = profundidade de correção (cm)
Ds = Densidade do solo (g cm-3)
1 mol SO4
-2 neutraliza 2 moles de Na+ ou 1 cmolc SO4
-2 ↔ 1 molc Na
+
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Figura Teores de cálcio (A), magnésio (B) e sódio (C) do extrato de saturação e de sódio 
trocável (D) de dois solos salino-sódico de CONDADO (1) e de São Gonçalo (2). Fonte: Leite etal. (2007). 
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b) Uso de ácido sulfúrico
H2SO4 ↔ 2 H
+ + SO4
-2
2 Na+ + SO4
2- ↔ Na2 SO4 10 H2O
LIXIVIAÇÃO
pH
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c) Uso de sulfato ferroso
FeSO4 + H2O ↔ Fe (OH)2 + H2SO4
H2SO4 ↔ 2 H
+ + SO4
-2
pH
LIXIVIAÇÃO
2 Na+ + SO4
2- ↔ Na2 SO4 10 H2O
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d) Uso de cloreto de cálcio
CaCl2 ↔ Ca
2+ + 2 Cl-
Substitui o sódio no complexo sortivo (troca)
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e) Uso de enxofre elementar (S0)
2 S0 + 3 H2O + H2 ↔ 2 H2SO4
Thiobacilus thiooxidans
Baixa pH e lixiviação de Na
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S= S0+ Thiobacilus thiooxidans
G = gesso
Fonte: Stamford et al. (2002).
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- Tabelas na literatura (incompleta)
- Necessidade de pesquisas
- Melhoramento genético
2.3.3 Uso de espécies tolerantes2.3.3 Uso de espécies tolerantes
Erva-Sal (Atriplex nummularia)
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MELHORAMENTO GENÉTICO
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- Seleção de espécies tolerantes
- Transferência de genes
- Dificuldades: tolerância vs produtividade
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Fonte: Gheyi et al. (1997)
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- Áreas degradadas por sais é um problema ambiental e 
social.
- A recuperação de solos salinizados é um processo 
oneroso.
- As estratégias de recuperação requerem o uso de 
mais de uma técnica.
- O benefício ambiental da recuperação é imensurável.
Considerações finaisConsiderações finais
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