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Ep5_Sartre

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Sartre – O Existencialismo é um Humanismo 
Sartre e a Má Fé (Sartre & Bad Faith)
Gostamos de ser livres?
Os humanos gostam de serem livres? O existencialista Jean-Paul Sartre afirmava (claimed) que por não haver um Deus, nós estamos condenados a sermos livres. Em seu ensaio (essay) ‘O Existencialismo é um Humanismo’ (Existencialism is a Humanism), Sartre afirmou que “Existência precede a essência” (Existence preceeds essence). Em outras palavras, primeiro deve-se existir, para depois “inventar-se” através das escolhas que fizer (one first exist and then one invents one’s “self” through the choices he makes). Mas tal liberdade pode ser bastante assustadora (daunting) e leva a sentimentos de abandono, desespero e solidão.
-“De fato tudo é permissível se não existe Deus, e como resultado o homem é abandonado, pois com ou sem ele o homem não encontra qualquer coisa com que se agarrar.” (Indeed everything is permissable if God does not exist, and as a result man is forlorn, because neither within him nor without does he find anything to cling to. EXISTENCIALISM IS A HUMANISM)
Pois não somente não há Deus para nos guiar, mas nossa total liberdade significa que cada um de nós é exclusivamente responsável pelo que o homem se torna (he becomes). Sartre diz que para aliviar o fardo da escolha (burden of choice) nós tentaremos nos iludir (deceive) agindo como se não fossemos livres, ou como ele chama, agindo com ‘má fé’ (acting in bad faith).
Considere uma situação em que uma mulher pondera (contemplates) deixar seu marido por seu amante. Ela esta preparada para enfrentar as consequências de uma escolha tão critica? Uma escolha que somente ela pode fazer? Em vez escolher, ela pode seduzi-los a um confronto, durante o qual ela permitirá que eles lutem por ela; a esperança é de que um prevalecerá. Renunciando (relinquishing) sua escolha, ela deixa que outro alguém decida quem ela é. E, desta maneira, agindo em ‘má fé’. Na realidade, cada segundo do dia nós fazemos escolhas que nos definem. O “eu” (The self) esta em constante mudança, sempre uma “questão em aberto”.
Por exemplo, um (one) pode realizar certo trabalho, como ser cavaleiro, mas um nunca é idêntico ao seu papel (role). Imagine que um homem chamado Nigel tem o trabalho de ser um mago. O papel de um mago é facilmente definido: ele deve lançar magia negra para aniquilar seus inimigos. Mas quando ele faz isso; ele esta fazendo a escolha como Nigel ou como mago? Se ele escolhe meramente equiparar-se (equate) ao seu papel de mago, ele irá realizar suas ações de forma mecânica e superzelosa (overzealous). Ele não escolhe exatamente suas ações sozinho, ele age apenas na forma como as pessoas esperam que um mago haja, logo, ele esta agindo de ‘má fé’. Mas escolhendo ‘não escolher’ não é também uma escolha? Apesar de tentarmos nos iludir, não há como escaparmos de nossa liberdade.
Este texto pertence à Wisecrack –YouTube Channel e detém toda sua autoria. Esta versão é meramente uma tradução livre.

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