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Zenão de Eleia – Física, Metafísica (Obras de Aristóteles) Paradoxos de Zenão (Zeno’s Paradoxes) Mudança é uma ilusão? A mudança é meramente uma ilusão? Em 500 a.c, o filosofo grego Parmênides propôs que o universo não era feito de “várias” coisas, mas sim de uma única e indivisível substância: o eterno ‘agora’, que envolve (encompasses) todo o tempo e todas as entidades. -“Todas as coisas são um, e essa coisa é o ser” (All things are one, and that thing is being. METAFÍSICA) E se o universo é um, então toda mudança é impossível, pois a própria ideia de mudança sugere algo se transformando de um estado para outro. Mas se de acordo com Parmênides, todos os estados ocorrem simultaneamente, mudança é impossível. Após receber severas criticas de seus contemporâneos, o estudante de Parmênides, Zenão de Eleia, veio em sua defesa, criando uma serie de paradoxos que procuravam provar que o tempo e a mudança são, na verdade, um total absurdo (utter nonsense). -Paradoxo de Zeno #1 Considere uma situação em que um motociclista compete contra um homem a pé. Vamos assumir que o homem tem uma vantagem de 50 metros. No tempo em que o motociclista atingir a marca de 50 metros, o homem já terá percorrido uma pequena distância a mais. E quando o motociclista atingir tal marca, o homem terá se movido ainda mais à frente. Se existe um número infinito de distâncias mensuráveis entre dois pontos quaisquer, o homem estará sempre uma distancia a frente (a minute distance) do motociclista. Isto, portanto, continuará indefinidamente e o motociclista nunca alcançará o homem. Mas isto é absurdo, pois nossa percepção nos diz que o motociclista rapidamente ultrapassaria o homem. Portanto, o paradoxo de Zenão nos diz que nossas percepções são falhas (flawed), e que uma alteração (change) na distância é um disparate (preposterous). -Paradoxo de Zeno #2 Em outro de seus paradoxos, Zenão fala sobre uma flecha sendo atirada contra um alvo. Se a flecha demora 1 segundo para atravessar 60 pés (18,3 metros), ela demoraria 0,5 segundo para viajar metade dessa distância; 0,25 segundo para atravessar a metade dessa distância, e assim sucessivamente. Se este processo continua, alcançaremos uma unidade de tempo em que a flecha irá ocupar um espaço de completo repouso. Vamos chamar esta unidade de duração atemporal de “momento”. Se a trajetória da flecha é a soma destes “momentos” estacionários, então como a flecha irá jamais alcançar seu alvo? Deste modo, movimento (motion) não faz sentido (nonsensical). Os paradoxos de Zenão desafiaram estudiosos, filósofos e matemáticos por cerca de 2500 anos. Sem considerar mais nada (if nothing else), eles nos forçam a continuamente reconsiderar nosso raciocínio sobre a natureza do espaço e do tempo. Este texto pertence à Wisecrack –YouTube Channel e detém toda sua autoria. Esta versão é meramente uma tradução livre.
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