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Ep7_Kierkegaard

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Kierkegaard – Post Scriptum Final Não-Científico às Migalhas Filosóficas
A verdade é a subjetividade (Truth is subjectivity)
A Racionalidade dá sentido à vida?
Por milhares de anos, a racionalidade tem sido considerada a marca da verdade (the hallmark of truth). Por meio dela, a era moderna nos deu carros velozes, comida instantânea, medicina avançada, comunicação imediata. Ainda assim, as conquistas da razão fizeram todas as coisas em nossas vidas dramaticamente fáceis.
Mas para o existencialista cristão Søren Kierkegaard, a vida não deveria ser fácil. Ela deveria se tornar mais difícil. Enquanto seus contemporâneos veneravam (worship) a racionalidade em todas as áreas da vida, Kierkegaard sustentava (contended) que a razão era apenas um valor limitado. De fato, a razão torna a vida mais conveniente, mas não nos dá o que realmente queremos: viver vidas significativas (meaningful lives).
E para Kierkegaard, aqueles que vivem unicamente pelos ditames da razão (dictates of reason), estão sob a ilusão de que estão vivendo vidas significativas. Pois nada pode definir o sentido na minha vida para mim, nem mesmo a razão. A verdade não pode ser mediada pela sociedade, pela ciência ou autoridade. Eu devo me orientar sozinho em direção a essas coisas
-“O mais importante é encontrar uma verdade que seja a verdade para mim, e encontrar a ideia pela qual eu estou disposto a viver e morrer.” (The crucial thing is to find a truth which is truth for me, and to find the idea for which I am willing to live and die. CONCLUDING UNSCIENTIFIC POSTSCRIPT TO PHILOSOPHICAL FRAGMENTS, CUP)
Em seu livro de verboso título, Post Scriptum Final Não-Científico às Migalhas Filosóficas, ele descreve concisamente que a verdade é subjetividade (truth is subjectivity). Mas o que isso significa? 
Digamos que você esta em uma situação em que você pondera (deliberate) entre salvar um velho ou uma princesa. Agora você, como a maioria de nós, parece raciocinar a fim de alcançar uma direção de ação apropriada. A razão pode ser um guia adequado em tomar esta decisão, mas a razão definitiva (ultimately reason) não esta fazendo a escolha; você está fazendo a escolha.
Para alcançar a verdade, de acordo com Kierkegaard, não devemos mediar nossas escolhas através da razão ou qualquer outra coisa, e sim fazer um apaixonado “salto de fé” (passionate leap of faith) em direção à escolha. Escolha a partir da essência (inwardness), da subjetividade.
-“Uma incerteza objetiva, mantida firmemente através da apropriação com a mais apaixonada essência, é a verdade, a verdade mais elevada para uma pessoa atualmente.” (An objective uncertainty, held fast through appropriation with the most passionate inwardness, is the truth, the highest truth there is for an existing person. CUP).
E se você escolher, como Kierkegaard, viver uma vida significativa através da devoção religiosa, você não poderá fazer tal coisa pelos ditames da racionalidade, pois a razão não pode prover uma resposta satisfatória para a questão da natureza e existência de Deus. Então, quando confrontado por tais coisas como incerteza objetiva, um deve escolher subjetivamente, não importa o quão difícil possa ser. Kierkegaard nos desafia a fazer escolhas não por motivos puramente racionais, mas sim escolher “a partir de dentro” (from within). Escolha apaixonadamente. Faça o “salto de fé
Este texto pertence à Wisecrack –YouTube Channel e detém toda sua autoria. Esta versão é meramente uma tradução livre.

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