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ESTÁGIO EM PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA 1Camila Aparecida de Oliveira Lima, Faculdade da Alta Paulista Murieli Narcizo da Silva, Faculdade da Alta Paulista 2 Ruth Vieira Nunes, Faculdade da Alta Paulista A aprendizagem adquirida durante a graduação é sem dúvida base para a formação profissional do aluno. Entretanto, a inserção do estagiário no campo de atuação é imprescindível para uma maior abrangência dos conhecimentos advindos deste processo. Como disciplina e pré-requisito para formação do Psicólogo, o estágio supervisionado com ênfase em Psicologia das Instituições e Processos de Gestão, visa conectar os conhecimentos adquiridos durante a realização do curso com a prática profissional. O presente trabalho parte da experiência de estágio em uma empresa privada no interior de São Paulo, apresentando as vivências do estagiário no contexto organizacional e ressaltando ainda a importância da atuação do Psicólogo nesse contexto. O estágio Supervisionado em Psicologia Organizacional é um campo de aplicação dos conhecimentos originários da ciência psicológica às questões relacionadas ao trabalho humano, tendo como objetivo a promoção da qualidade de vida do trabalhador e a satisfação em relação ao trabalho. O estágio é realizado em uma empresa do interior paulista, orientado por supervisões semanais, com carga horária de 130 horas. A busca pelo local de atuação é dever do próprio estagiário. Após contrato estabelecido e passadas as informações sobre como seria o estágio, foi então dado início, com a análise da cultura organizacional da empresa a verificação dos processos de trabalho existentes, regulamentos e normas estabelecidas dentro dela. No diagnóstico inicial levantaram-se as possíveis ações a serem desenvolvidas, para suprir a adequação dos processos falhos ou inexistentes, sendo eles: ausência do processo de integração do funcionário após admissão do 1 Graduandas em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, mila.ol@hotmail.com.br; muriely_nds@hotmail.com. 2 Psicóloga Especialista, Docente da Faculdade da Alta Paulista, ruthvnunes@gmail.com mesmo; pouca existência de treinamentos com o objetivo de preparar melhor o funcionário para a tarefa a ser desempenhada; além da verificação de um ambiente ansiógeno, o que acarreta sentimentos de medo e insegurança nos funcionários. Uma das estratégias foi desenvolver o Manual de Integração e Conduta Ética, com o intuito de implantar na empresa o processo de integração do colaborador, inexistente até aquele momento. Vem sendo realizada a pesquisa de clima organizacional, abrangendo inicialmente o setor administrativo da empresa, visando à busca por informações que possibilitem uma melhora no ambiente de trabalho. O estagiário vem atuando na organização tendo respaldo da Administradora responsável, muitas vezes auxiliando-a na resolução de conflitos e na adequação de processos de trabalho. Também atua nos processos de Recrutamento e Seleção de Pessoal: teve participação na criação da ficha de solicitação de emprego, auxilia na triagem de currículos, entrevistas e aplicação de testes. Ao final, verifica a finalização da contratação com o Encarregado de setor, responsável pela escolha final. Estão sendo planejadas outras estratégias a serem implantadas no decorrer do estágio: Descrição e Análise de Cargos: estratégia que posteriormente auxiliará em outros processos de gestão de pessoas; Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas: através do levantamento de necessidades especificas de cada setor, onde planejará os treinamentos, visando o desenvolvimento de novas competências dos trabalhadores e posteriormente avaliará os resultados obtidos; assessoria aos líderes na Avaliação de Desempenho dos colaboradores, dentro de cada função, e se necessário, planejará com esses líderes estratégias para correção ou prevenção das falhas identificadas; a pesquisa de clima está em curso e poderá gerar um diagnostico organizacional contínuo, verificando a dinâmica do ambiente e criando subsídios para adequação dos processos falhos, que poderão envolver questões ligadas à satisfação e ao desenvolvimento do trabalhador; atuação em questões relacionadas à saúde e qualidade de vida, considerando principalmente os aspectos psicológicos, desenvolvendo programas preventivos e corretivos; poderá atuar como mediador em conflitos existentes no contexto organizacional e desenvolver outras ferramentas que contribuam para o desenvolvimento da empresa. A atuação prática do estagiário na organização, frente a situações que requerem uma postura ativa, contribui significativamente para sua formação profissional. Tem sido possível verificar os processos que permeiam a vida na empresa e a importância do Psicólogo no ambiente organizacional, a diversa gama de possibilidades de atuação e o espaço desse profissional neste contexto. Concluindo, o Estágio proporciona não só experiência e formação profissional ao aluno, como também oferece às organizações sua prestação de serviços na área da Psicologia Organizacional. O Estagiário torna-se capaz de contribuir significativamente em todos os contextos em que a qualidade de vida, a saúde e a satisfação dos colaboradores sejam fatores para o sucesso da organização. Palavras-chave: Psicologia Organizacional; Gestão de Pessoas; Estágio. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AZEVEDO, B. M. e BOLOMÉ, S. P. Psicólogo organizacional: Aplicador de técnicas e procedimentos ou agente de mudanças e de intervenção nos processos decisórios organizacionais? Rev. Psicol. Organ. Trab, Florianópolis, v.1, n.1, p. 181- 186, jun. 2001. BASTOS, A. V. B; MORAIS, J. H. M, SANTOS; M. V. e FARIA, I. A imagem da psicologia organizacional e do trabalho entre estudantes de psicologia: O impacto de uma experiência acadêmica. Psicologia Ciência e Profissão, Brasília, v. 2, n.3, 2005. BASTOS, A. V. B. e GALVÃO-MATINS, A. H. C. O que pode fazer o psicólogo organizacional. Psicologia Ciência e Profissão, Brasília, v. 10, n. 1, p. 1990. CAMPOS, K. C. L; DUARTE, C; CEZAR, E. O; PEREIRA, G. O. A. Psicologia organizacional e do trabalho: Retrato da produção científica na última década. Psicologia Ciência e Profissão, Brasília, v.31, n.4, p. 702-717, 2011.
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