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Revisão - OSCE

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Resumo
OSCE
Renata Bittar
Medicina Unit
2016
UC 12
1
ANAMNESE
IDENTIFICAÇÃO Nome, telefone, idade, cor (negra + leiomioma), naturalidade e procedência (CA de mama + 
frequente nos EUA), profissão (grávidas que trabalham com materiais tóxicos), estado civil (nome do 
parceiro + contato), religião (práticas, transfusão de sangue), escolaridade
QUEIXA PRINCIPAL Com queixas ou sem queixas (exames de rotina)
HDA Evolução das manifestações clínicas (períodos de melhora espontânea, medicação utilizada, exames 
laboratoriais e tratamentos)
INTERROGATÓRIO 
SINTOMATOLÓGICO
Cabeça e face, respiratório (tuberculose pode causar incontinência urinária de esforço pela tosse 
crônica), cardiovascular (gravidez sobrecarrega esse sistema), digestivo (algumas alterações nesse 
sistema podem ser confundidas com as ginecológicas como diverticulite ou apendicite – mudança de 
hábitos intestinais), urinário (cistites, litíases renais, incontinência urinária, infecção urinária)
ANTECEDENTES 
FAMILIARES
HAS, diabetes, osteoporose, alergias, hipo/hipertireoidismo, trombose venosa profunda, história
de CA de mama (idade do parente - <50 anos: predisposição genética, >50 anos: idade), ovário, colo 
do útero ou endométrio, leiomiossarcoma (ou outras neoplasias malignas)
ANTECEDENTES
PESSOAIS 
PATOLÓGICOS
Doenças contagiosas na infância (toxoplasmose, caxumba, rubéola, sarampo), infecção 
urinária de repetição, DSTs (clamídia, gonorreia, tricomoníase, dardnerella, HPV, HIV...), 
cirurgias e internamentos
HÁBITOS DE VIDA Tabagismo, etilismo, drogas ilícitas, 
CONDIÇÕES 
SOCIOECONÔMICAS
Tipo de moradia, saneamento básico, higiene, nível socioeconômico, exercícios, 
alimentação
Renata Bittar - Medicina Unit 2
ANAMNESE GINECO-OBSTÉTRICA
DESENVOLVIMENTO 
PUBERAL
Idade e características da menarca, sexarca, pubarca, telarca e menopausa (ordem 
cronológica do desenvolvimento dos caracteres secundários)
HISTÓRIA MENSTRUAL DUM, tipo menstrual (duração dos ciclos – 3 a 8 dias, intervalo regular de 26 a 32 dias ou 
irregular, fluxo menstrual (normal = 80mL e intenso > 100mL), sintomas prémenstruais
(cólicas, sensibilidade, turgência das mamas, irritação, agressividade, distensão abdominal), 
ingestão de estrogênios, dor pélvica, sangramento anormal
ANTECEDENTES SEXUAIS Atividade sexual (ritmo, libido normal, dispareunia, práticas sexuais, orgasmo), método 
anticoncepcional, corrimento vaginal (coloração, odor, duração, quantidade, tratamento 
utilizado e resultado), alterações vulvares (prurido, tumores, fístulas ou prolapsos), 
cauterizações, última citologia e resultado
ANTECEDENTES 
OBSTÉTRICOS
Número e tipo de gestações, duração de cada gravidez, número de partos e o tipo, 
abortos (espontâneos ou provocados e se foi realizada a curetagem – ate 20 sem e 1500g), 
vitalidade do recém-nascido, peso dos filhos ao nascer, evolução do puerpério, 
amamentação (como foi e por quanto tempo), intercorrências no parto, alimentação dos filhos
Ex: G2P1A1 (2 gestações, 1 paridade e 1 aborto)
SINAIS E SINTOMAS DO 
CLIMATÉRIO
Atrofia vulvogenital (dispareunia, secura vaginal, diminuição da libido), tratamento de 
reposição hormonal (qual e a duração), fogachos
Renata Bittar - Medicina Unit 3
ANAMNESE GINECOLÓGICA
1. Disúria: dificuldade/dor ao urinar  infecção urinária
2. Algúria: ardor ao urinar  infecção urinária ou vaginite/vulvite
3. Poliúria: eliminação de grande volume de urina
4. Polaciúria: aumento do número de micções com quantidade reduzida
5. Dispareunia: dor durante as relações sexuais
6. Amenorreia: ausência da menstruação por, pelo menos, 3 ciclos consecutivos (3 meses)
7. Oligomenorreia: diminuição do fluxo menstrual
8. Hipermenorreia/Menorragia: aumento do fluxo menstrual
9. Dismenorreia: cólica menstrual
10.Metrorragia: sangramentos uterinos irregulares fora da menstruação
11.Algomenorreia: menstruação acompanhada de dor
12.Galactorreia: produção de leite fora do puerpério e lactação
13.Mastalgia: dor nas mamas
14.Menacme: período fértil
Renata Bittar - Medicina Unit 4
EXAME FÍSICO DA MAMA E LINFONODOS
 Divisão da mama em quadrantes
 *Quadrante superior direito: mais acometido pelo 
câncer
 Paciente sentada e membros superiores paralelos 
ao tronco
 Pele das mamas e aréolas: eritema, solução de 
continuidade, nódulos subcutâneos, poros 
anormalmente dilatados indicando edema da pele 
= “casca de laranja”
 Mamas: volume, contorno, simetria, abaulamentos, 
retrações, tumorações visíveis
 Aréola: pigmentação, abaulamento, retração, edema 
e solução de continuidade
 Papila: inversão, retração, desvio, ulceração, 
eritema e secreção papilar espontânea
 Circulação venosa
 Sinais flogísticos (edema e rubor)
 Tumoração visível
1. INSPEÇÃO ESTÁTICA E 
DINÂMICA
2. PALPAÇÃO
3. EXPRESSÃO PAPILAR
4. PALPAÇÃO DOS 
LINFONODOS AXILARES 
E SUPRACLAVICULARESRenata Bittar - Medicina Unit 5
Renata Bittar - Medicina Unit
 Paciente sentada e membros superiores paralelos ao 
tronco
 Pele das mamas e aréolas (“casca de laranja”)
 Volume, contorno e simetria das mamas
 Pigmentação da aréola
 Aspecto da papila
 Secreção papilar espontânea
 Abaulamentos ou retrações
 Circulação venosa
 Sinais flogísticos (edema e rubor)
 Tumoração visível
INSPEÇÃO ESTÁTICA INSPEÇÃO DINÂMICA
 Acentuação de alterações identificadas na etapa precedente: 
retração da pele, retração e/ou desvio da papila e 
abaulamentos
 Algumas alterações são observadas apenas nessa fase: 
assimetria de contorno, retração da pele, retração e/ou desvio 
da papila
 O objetivo da contração dos peitorais é avaliar a mobilidade 
das mamas = preservada, diminuída ou ausente
 CÂNCER  diminuição da mobilidade ou mesmo 
imobilidade das mamas pela fixação parcial ou total da 
neoplasia aos planos profundos (fáscia do peitoral maior ou 
costelas)
Mãos pressionando as asas 
do ossos ilíacos
Elevar braços acima da 
cabeça
Contração dos peitorais Levantamento do braço 
para aumentar a tensão dos 
ligamentos de Cooper
Inclinação anterior do 
tronco
EXAME FÍSICO DA MAMA E LINFONODOS
6
Exame das Mamas
Renata Bittar - Medicina Unit
Politelia Polimastia
Mamas 
pendentes
Mamas
Simétricas
Mamas assimétricas 
e com alterações na 
pele
Descarga papilar presente e secreção 
por incisão cirúrgica inframamária
Assimetrias, abaulamentos, 
retração aréola 
Galactorreia
Secreção sanguínea 
por um único ducto
Nevo epidérmico
Papila invertida
7
Exame dos Linfonodos
Renata Bittar - Medicina Unit
INSPEÇÃO DAS AXILAS:
 Erupções provocadas por desodorantes ou material 
de depilação
 Infecções das glândulas sudoríparas (hidradenite)
 Pigmentação 
PALPAÇÃO DOS LINFONODOS AXILARES E 
SUPRACLAVICULARES
 Paciente sentada de frente para o examinador
 Examinador com a mão espalmada faz-se a 
palpação deslizante do oco axilar e sua 
proximidades (mão direita examina o lado 
esquerdo do paciente)
 Fossas supraclaviculares e axila são palpadas com 
as pontas dos dedos
 Linfonodos palpáveis: localização, quantidade, 
maior diâmetro transverso, consistência, 
mobilidade e coalescência
 Linfonodos axilares aumentados podem sugerir 
infecção das mãos ou braços e câncer de mama
OBS: Para facilitar o exame, a avaliação 
dos linfonodos pode ser feita após a 
inspeção estática e dinâmica das mamas. 
Essa conduta pode deixar a paciente mais 
tranquila e evita a mudança constante de 
posições visto que a inspeção e palpação 
dos linfonodos é feita sentada e a palpação 
das mamas/expressão papilar são 
realizadas com a paciente em decúbito 
dorsal.
8
Exame das Mamas
Renata Bittar - Medicina Unit Paciente deitada com as mãos atrás da cabeça e os braços bem abertos
 Região subareolar  regiões paraesternais infraclaviculares e axiais
 Volume do panículo adiposo e seu possível comprometimento por inflamação ou 
neoplasia
 Quantidade de parênquima mamário e alterações: pré-menstruação: aumento da 
modularidade; nódulos e áreas de condensação (consistência mais firme)
 Elasticidade da papila (tração sobre ela)
 Secreção papilar
 Temperatura da pele da mama
 NÃO ESQUECER DE PALPAR A REGIÃO CENTRAL DA ARÉOLA
OBS: NÓDULOS OU MASSAS PALPÁVEIS
 Limites (bem ou mal delimitado)
 Consistência (mole/elástica ou endurecida)
 Mobilidade (móvel ou fixa)
 Fixação nas estruturas circunjacentes (avaliada na inspeção dinâmica pela contração 
dos m. peitorais)
 Diâmetro
PALPAÇÃO
9
Exame das Mamas
Renata Bittar - Medicina Unit
 Paciente deitada com as mãos atrás da cabeça e os braços bem abertos
 Faz-se delicada pressão no nível da aréola e da papila
 Qualquer secreção deve ser submetida a exame citológico (exceção: paciente 
grávida ou em período de lactação)
 Identificada secreção papilar, deve-se estabelecer: se a secreção provém de 
um único conduto ou de vários, se o óstio ductal, sede do derrame, é 
periférico ou central, localização e aspecto da secreção
 Aspecto da secreção: sanguíneo, seroso, claro, purulento, leitoso ou 
semelhante a colostro, pastoso, esverdeado ou acastanhado
 Afecção intraductal: secreção de ducto único, aspecto sanguíneo, seroso claro 
ou pastoso
EXPRESSÃO PAPILAR
10
Exame do Abdome
Renata Bittar - Medicina Unit
 Paciente deitada
1. INSPEÇÃO (estática e dinâmica)
 Forma, abaulamento, umbigo, pelos, marcas e 
manchas, circulação colateral, movimentos e 
pulsações e lesões elementares da pele
2. PALPAÇÃO
 Iniciada em regiões distantes da zona dolorosa
 Superficial e profunda
 Espessura da parede, hiperestesia, dor provocada, 
defesa, contratura, tumor, tensão da parede 
abdominal, soluções de continuidade e ruídos 
hidroaéreos
3. PERCUSSÃO
 Zonas de macicez e de timpanismo; ascite
 Em alguns casos faz-se ausculta 
11
Exame da Genitália
1. INSPEÇÃO
2.EXAME ESPECULAR
3.TOQUE VAGINAL
4.TOQUE RETAL
estática
dinâmica
unidigital
bidigital
combinado
Renata Bittar - Medicina Unit
inspeção do colo do útero
coleta de material para a citologia
colposcopia (teste do Ácido Acético e de Schiller)
12
Exame da Genitália
1. INSPEÇÃO ESTÁTICA
VULVA
 Distribuição de pelos (ginecoide ou androide):
adequados ou não para etnia, idade e sexo
 Aspecto da fenda vulvar: fechada, entreaberta, 
aberta
 Morfologia e trofismo dos grandes e pequenos 
lábios
 Umidade
 Secreções
 Hiperemia
 Ulcerações
 Distrofias
 Neoplasias
 Dermatopatias
 Distopias
 Malformações
PERÍNEO
 Íntegro ou com ruptura de I, II ou III 
grau com extensão ao esfíncter e canal 
anal
 Cicatrizes de episiorrafias
 Perineoplastia
ÂNUS
 Hemorroidas
 Plicomas
 Fissuras
 Prolapso da mucosa
 Malformações
 Clitóris
 Óstio uretral
 Hímen
 Canal vaginal
Renata Bittar - Medicina Unit 13
Exame da Genitália
INSPEÇÃO ESTÁTICA
Renata Bittar - Medicina Unit 14
Exame da Genitália
Cisto de Bartholin Lesões por HPVCondiloma 
Acuminado
Cicatriz de Episiorrafia
Prolapso uterino
Secreção 
(Gardnerella)
Câncer de vulva
Candidíase 
vulvovaginal
Renata Bittar - Medicina Unit 15
Exame da Genitália
INSPEÇÃO DINÂMICA
 Manobra de Valsalva Distopias Genitais: prolapso uterino, perda de urina e abaulamento das paredes vaginais
 Cistocele: procidência 
da parede vaginal 
anterior
 Retocele: procidência da 
parede vaginal posterior
 Prolapso Uterino
 Fazer esforço semelhante 
ao de urinar ou evacuar
OBS:
Distopia = localização anômala de um órgão
Renata Bittar - Medicina Unit 16
Exame da Genitália
2. EXAME ESPECULAR
Objetivos:
 Coleta de material para exame 
citológico, bacteriológico, cristalização 
e filância do muco cervical
 Avaliação da morfologia da vagina e 
colo do útero e presença de 
anormalidades
 Teste do Ácido Acético e de Schiller
Materiais:
 Espéculo de Collins (P, M e G)
 Espátula de Ayres
 Escova Endocervical
 Lâmina ou meio líquido
 Pinça hemostática
 Algodão
 Solução de ácido acético a 5%
 Lugol 3% a 5%
1. Inspeção das paredes vaginais 
(trofismo)
2. Presença ou não de secreções 
vaginais e seu aspecto
3. Fundos de saco vaginais
4. Colo do útero
5. Coleta de material para a citologia
6. Teste do Ácido Acético
7. Teste de Schiler
ORDEM
 O espéculo deve ser introduzido 
com uma angulação de 45° para 
se desviar do meato uretral.
 Deve deslocar as paredes anterior 
e posterior da vagina
 Abertura após rotação completa
ESVAZIAR A BEXIGA ANTES!
Renata Bittar - Medicina Unit 17
Exame da Genitália
EXAME ESPECULARCOLETA DUPLA OU TRÍPLICE
a) Fundo de saco vaginal com a 
extremidade maior da espátula de 
Ayres em apenas um sentido
b) Ectocérvice com a extremidade 
menor da espátula de Ayres fazendo 
movimento de 360°
c) Canal cervical ou endocérvice com a 
escova endocervical fazendo 
movimento de 360°
Colocar uma amostra de cada vez na 
lâmina e aplicar o fixador imediatamente
CUIDADOS PRÉVIOS
 Não usar ducha higiênica durante 48h
 Evitar relações sexuais nos 2 dias 
anteriores
 Não usar cremes vaginais 1 semana 
antes
De rotina: anual de 25 a 69 
anos
Após 2 citologias normais, 
fazer a cada 3 anos
Renata Bittar - Medicina Unit 18
Exame da Genitália
EXAME ESPECULAR
 Presença de secreção clara, límpida e 
cristalina (muco cervical fisiológico)
 Ausência de secreções purulentas ou 
sanguinolentas
 Fundos de saco vaginais sem 
abaulamentos (massas pélvicas)
 Colo do útero de tamanho pequeno, 
médio ou grande; locizado
centralmente ou desviado para à 
esquerda ou direita; superfície lisa e 
brilhante e coloração rósea (a gestante 
tende ao roxo pela alta vascularização)
 Tipo do orifício cervical puntiforme, 
fenda transversa ou estrelado; 
 Ausência de lesões macroscópicas, 
lacerações, neoplasias, ulcerações, 
pólipos
 Colo do útero epitelizado
 Secreção anormal: descrever volume, 
cor, consistência e odor
Normal com lesão acetobranca na zona de transformaçãoRenata Bittar - Medicina Unit 19
Exame da Genitália
Ectrópio
Pólipo
Ectrópio Ectrópio
Lesão por HPV Cisto de Naboth
Condiloma 
Acuminado
Lesão acetobranca NIC I NIC II
NIC III
Câncer 
Renata Bittar - Medicina Unit 20
Exame da Genitália
Teste de Schiller
Renata Bittar - Medicina Unit 21
Exame da Genitália
COLPOSCOPIA
 Avaliação do trato anogenital através de um colposcópio (microscópio binocular)
 Principal objetivo: identificar lesões neoplásicas pré-invasivas ou invasivas para biópsia direta e tratamento subsequente
 Padrão-ouro para investigação de pacientes com citologia anormal do colo uterino
 A colposcopia deve ser realizada APENAS quando houver indicação específica
TESTE DE SCHILLER
 Embrocamento do colo do útero com 
lugol a 5%.
 O epitélio escamoso normal fica com 
uma coloração acastanhada escura, a 
região que não corar fala a favor de 
alterações.
 O lugol cora células com bastante 
glicogênio, ou seja, células que não sejam 
displásicas, imaturas, atróficas, 
glandulares e áreas ulceradas.
 Displasias não são coradas pelo lugol, 
ficam esbranquiçadas ou amareladas.
TESTE DO ÁCIDO ACÉTICO
 Embrocamento do colo do útero e 
paredes vaginais com solução de ácido 
acético a 3 a 5%.
 A região que corar = acetorreagente e 
representa uma área de intensa atividade 
nuclear commaior teor proteico
 O ácido acético é um agente mucolítco e 
causa desidratação das células e 
coagulação das proteínas, diminuindo a 
transparência do epitélio.
 Quanto mais acetobranca a lesão, maior a 
gravidade.
Células neoplásicas
 Schiller positivo e iodo negativo
 Lesões acetobrancas = positivo
Apenas as células escamosas (ectocérvice) se coram
Renata Bittar - Medicina Unit 22
Exame da Genitália
3. TOQUE VAGINAL
 O toque unidigital deve ser o inicial: expressão da uretra, palpação das glândulas 
vestibulares, palpação das paredes vaginais, fundo de saco e colo do útero. Dedos 
indicador e médio da mão dominante.
 O toque bidigital é o mais utilizado: colo do útero e fundos de saco vaginais.
 Toque combinado: uma das mãos palpa o hipogástrio e as fossas ilíacas e a outra 
realiza o toque vaginal, retal o retovaginal. 
 Vantagem: avalia o corpo do útero e anexos. Aumenta a sensibilidade e acurácia 
do exame.
o Elasticidade
o Capacidade
o Extensão
o Superfície
o Irregularidades
o Sensibilidade
o Temperatura
o Mobilidade
o Consistência
o Orifício externo
o Lacerações
o Forma
o Volume
Renata Bittar - Medicina Unit 23
Exame da Genitália
4. TOQUE RETAL
 Avaliação dos paramétrios ou quando não é possível o exame 
vaginal (crianças e pacientes virgens)
 Indicações: tumorações pélvicas e câncer do colo do útero 
(estadiamento do CCU)
OBS: PARAMÉTRIO
Tecido fibroso e frouxo que cerca parcialmente o útero. Parte 
inferior do ligamento largo do útero que liga o seu bordo lateral à 
parede pélvica lateral. Constituído por tecido celulofibroso, contém 
os pedículos vasculonervosos uterinos.
Renata Bittar - Medicina Unit 24
Patologias
CANDIDÍASE GARDNERELLA CLAMÍDIA TRICOMONÍASE
Mulheres em período fértil Crianças e mulheres após a menopausa
pH ácido pH básico pH ácido pH ácido
Após menstruação Antes da menstruação (ovulação) Após a menstruação Após a menstruação
Fungo cândida Bactéria Gardnerella vaginalis Bactérias Protozoário Trichomonas vaginalis
Corrimento espesso, grumoso e 
esbranquiçado
Assintomático/Corrimento amarelado ou 
acinzentado com odor fétido
Assintomático/Disúria, dor em baixo 
ventre, corrimento amarelado ou claro, 
dor ou sangramento durante ato sexual
Dispareunia, disúria, prurido e 
corrimento amarelado ou esverdeado 
bolhoso com odor fétido
Prurido local Pode ter prurido Prurido
Aspecto em 
“framboesa”
Renata Bittar - Medicina Unit 25
PatologiasBARTOLINITE
 Inflamação das glândulas de 
Bartholin
 São glândulas localizadas 
bilateralmente na vagina e têm 
função de lubrificação do canal 
vaginal
 Surgem com a obstrução dos 
ductos dessas glândulas
CISTO DE NABOTH
 Cistos que se formam na 
superfície do colo do útero
 São repletos de muco 
secretado pelas glândulas 
endocervicais que tem seus 
ductos obstruídos
 Cisto de retenção
Renata Bittar - Medicina Unit 26
Atrofia Vulvovaginal
 Com o passar da idade, ocorre um aumento 
significativo das queixas relacionadas com a vulva e 
vagina em mulheres na fase de pré e pós-
menopausa
 Hipoestrogenismo da menopausa manifestações 
atróficas vulvovaginais
 Sintomas mais comuns do climatério
 Manifestações clínicas: secura vaginal, dispareunia, 
afinamento do epitélio, perda da rugosidade, 
redução da secreção vaginal, redução da 
elasticidade e do tamanho da vagina, prurido 
genital, irritação ou ardor
 Sinais: palidez das mucosas, petéquias, friabilidade
e ausência de pregas, apagamento dos grandes 
lábios
 Conduta: uso de estrogênio tópico local melhora os 
sintomas e sinais e tem menos efeitos colaterais
 Citologia oncótica: uso de cremes intravaginais com 
estrogênio 1 semana antes da consulta, aguardar 
entre 3 a 7 dias após o uso e realizar o exame
Mucosa pálida após 
embrocamento com 
ácido acético e 
petéquias
O epitélio escamoso atrófico se cora 
fracamente
Renata Bittar - Medicina Unit 27
EXAME OBSTÉTRICO
 Após a confirmação da gravidez em consulta 
médica ou de enfermagem, dá-se início ao 
acompanhamento da gestante, com seu 
cadastramento no SISPRENATAL
 Os procedimentos e as condutas que se seguem 
devem ser realizados sistematicamente e 
avaliados em toda consulta de pré-natal. As 
condutas e os achados diagnósticos sempre 
devem ser anotados na ficha perinatal e no cartão 
da gestante
1. O cartão da gestante, com a identificação 
preenchida, o número do SISPRENATAL, o 
hospital de referência para o parto e as 
orientações sobre este
2. O calendário de vacinas e suas orientações
3. A solicitação dos exames de rotina
4. As orientações sobre a participação nas 
atividades educativas – reuniões e visitas 
domiciliaresRenata Bittar - Medicina Unit 28
EXAME OBSTÉTRICO
FATORES DE RISCO
Renata Bittar - Medicina Unit 29
ANAMNESE OBSTÉTRICA
6.1 ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA
I. História clínica (observar cartão da gestante)
• Identificação:
– nome;
– número do SISPRENATAL;
– idade;
– cor;
– naturalidade;
– procedência;
– endereço atual;
– unidade de referência.
• Dados socioeconômicos;
• Grau de instrução;
• Profissão/ocupação;
• Estado civil/união;
Número e idade de dependentes (avaliar sobrecarga de trabalho 
doméstico);
• Renda familiar;
• Pessoas da família com renda;
• Condições de moradia (tipo, nº de cômodos);
• Condições de saneamento (água, esgoto, coleta de lixo);
• Distância da residência até a unidade de saúde;
• Antecedentes familiares:
– hipertensão arterial;
– diabetes mellitus;
– doenças congênitas;
– gemelaridade;
– câncer de mama e/ou do colo uterino;
– hanseníase;
– tuberculose e outros contatos domiciliares (anotar a doença e o 
grau
de parentesco);
– doença de Chagas;
– parceiro sexual portador de infecção pelo HIV.
• Antecedentes pessoais:
– hipertensão arterial crônica;
– cardiopatias, inclusive doença de Chagas;
– diabetes mellitus;
– doenças renais crônicas;
– anemias e deficiências de nutrientes específicos;
– desvios nutricionais (baixo peso, desnutrição, sobrepeso, 
obesidade);
– epilepsia;
– doenças da tireóide e outras endocrinopatias;
– malária;
– viroses (rubéola, hepatite);
– alergias;
– hanseníase, tuberculose ou outras 
doenças infecciosas;
– portadora de infecção pelo HIV (em 
uso de retrovirais? quais?);
– infecção do trato urinário;
– doenças neurológicas e psiquiátricas;
– cirurgia (tipo e data);
– transfusões de sangue.
Renata Bittar - Medicina Unit 30
ANAMNESE OBSTÉTRICA
Antecedentes ginecológicos:
– ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade);
– uso de métodos anticoncepcionais prévios (quais, por quanto tempo e
motivo do abandono);
– infertilidade e esterilidade (tratamento);
– doenças sexualmente transmissíveis (tratamentos realizados, inclusive
pelo parceiro);
– doença inflamatória pélvica;
– cirurgias ginecológicas (idade e motivo);
– mamas (alteração e tratamento);
– última colpocitologia oncótica (papanicolau ou “preventivo”, data e
resultado).
Sexualidade:
– início da atividade sexual (idade da primeira relação);
– dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual);
– prática sexual nessa gestação ou em gestações anteriores;
– número de parceiros da gestante e de seu parceiro, em época recente
ou pregressa;
– uso de preservativos masculino ou feminino (uso correto? uso 
habitual?).
Antecedentes obstétricos:
– número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica, 
mola
hidatiforme);
– número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais 
espontâneos,
fórceps, cesáreas – indicações);
– número de abortamentos (espontâneos,provocados, causados por 
DST,
complicados por infecções, curetagem pós-abortamento);
– número de filhos vivos;
– idade na primeira gestação;
– intervalo entre as gestações (em meses);
– isoimunização Rh;
– número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de
gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de gestação);
– número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500 g) e 
com
mais de 4.000 g;
– mortes neonatais precoces: até sete dias de vida (número e motivo 
dos
óbitos);
– mortes neonatais tardias: entre sete e 28 dias de vida (número e 
motivo
dos óbitos);
– natimortos (morte fetal intra-útero e idade gestacional em que
ocorreu);
– recém-nascidos com icterícia, transfusão, hipoglicemia, ex-
sangüíneotransfusões;
– intercorrências ou complicações em gestações anteriores 
(especificar);
– complicações nos puerpérios (descrever);
– história de aleitamentos anteriores (duração e motivo do 
desmame).
Gestação atual:
– data do primeiro dia/mês/ano 
da última menstruação – DUM 
(anotar
certeza ou dúvida);
– peso prévio e altura;
– sinais e sintomas na gestação em 
curso;
– hábitos alimentares;
– medicamentos usados na 
gestação;
– internação durante essa 
gestação;
28
– hábitos: fumo (número de 
cigarros/dia), álcool e drogas 
ilícitas;
– ocupação habitual (esforço físico 
intenso, exposição a agentes 
químicos
e físicos potencialmente nocivos, 
estresse);
– aceitação ou não da gravidez 
pela mulher, pelo parceiro e pela 
família,
principalmente se for 
adolescente;
– identificar gestantes com fraca 
rede de suporte social.
Renata Bittar - Medicina Unit 31
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
– dosagem de hemoglobina e hematócrito (Hb/Ht);
– grupo sangüíneo e fator Rh;
– sorologia para sífilis (VDRL): repetir próximo à 30ª semana;
– glicemia em jejum: repetir próximo à 30ª semana;
29
– exame sumário de urina (Tipo I): repetir próximo à 30ª 
semana;
– sorologia anti-HIV, com consentimento da mulher após o 
“aconselhamento
pré-teste”. Repetir próximo à 30ª semana, sempre que 
possível;
– sorologia para hepatite B (HBsAg), de preferência próximo à 
30ª semana de
gestação, onde houver disponibilidade para realização;
– sorologia para toxoplasmose, onde houver disponibilidade.
EXAMES DA 1ª CONSULTA PRÉ-NATAL
Renata Bittar - Medicina Unit 32
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
Renata Bittar - Medicina Unit 33
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
Renata Bittar - Medicina Unit 34
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
DUM: 11/05/16
DPP?
IDADE GESTACIONAL?
Renata Bittar - Medicina Unit 35
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
Renata Bittar - Medicina Unit 36
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
Identificar a 
estática fetal são 
realizadas a partir da 30ª 
semana até durante o 
trabalho de parto.
1ª: delimitação do fundo do útero com ambas as mãos
para identificar o polo fetal que se encontra no fundo uterino.
2ª: deslizar as mãos para baixo para tentar palpar, de
um lado, o dorso fetal e do outro, as partes fetais.
3ª: identifica o grau de mobilidade da apresentação
fetal. Tenta-se apreender esse polo fetal entre o polegar e o
indicador da mão direita.
4ª: complemento para a 1ª, identifica o polo fetal que
está na abertura superior da pelve, ou seja, a apresentação
fetal. O examinador deve estar posterior à paciente, como
exceção.
MANOBRAS 
DE LEOPOLD
Renata Bittar - Medicina Unit 37
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
Renata Bittar - Medicina Unit 38
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
A partir da 6ª semana: USEV
A partir da 7ª semana: USTA
A partir da 12ª semana: sonar-doppler
A partir da 20ª semana: estetoscópio de Pinard
Renata Bittar - Medicina Unit 39
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO
Renata Bittar - Medicina Unit 40
MODIFICAÇÕES GRAVÍDICAS
Renata Bittar - Medicina Unit 41
PARTOGRAMA
Renata Bittar - Medicina Unit 42
PARTOGRAMA
Renata Bittar - Medicina Unit 43
Renata Bittar - Medicina Unit 44
Renata Bittar - Medicina Unit 45
TOQUE VAGINAL NO TRABALHO DE PARTO
 O parto é o período que vai do início das contrações uterinas 
regulares até a expulsão da placenta. O processo pelo qual isto 
normalmente acontece é chamado de TRABALHO DE PARTO
• Toque realizado é o BIDIGITAL.
• É bastante útil para diagnosticar a gestação no 1º trimestre e 
na vigência de trabalho de parto.
• Por seu intermédio, identifica-se o apagamento e a dilatação 
cervical, a presença ou não da bolsa amniótica, a sua 
integridade e, eventualmente, a sua ruptura; a altura da 
apresentação; o exame da pelve óssea com a determinação 
dos diâmetros conjugados; a confirmação da apresentação; e o 
diagnóstico da variedade de posição.
Posição fetal
• O diagnóstico da posição fetal antes do trabalho de parto é, 
geralmente, inconclusivo pois deve ser palpado através da 
cérvice fechada.
• Com o início do trabalho de parto e depois da dilatação 
cervical, as apresentações de vértice e suas posições são 
reconhecidas por palpação das diversas fontanelas e suturas 
fetais.
• As apresentações da face e pelve podem ser identificadas pela 
palpação dos aspectos faciais e do sacro fetal, 
respectivamente.
Renata Bittar - Medicina Unit 46
TOQUE VAGINAL NO TRABALHO DE PARTO
• A presença ou não da bolsa amniótica, a sua 
integridade e, eventualmente, a sua ruptura
• Com maior frequência, a menos que tenha 
havido sangramento além do muco cervical 
sanguinolento, deve-se realizar um exame 
vaginal. Os dedos indicador e médio enluvados 
devem ser introduzidos na vagina, evitando a 
região anal
• O número de exames vaginais correlaciona-se 
com a morbidade decorrente da infecção, 
principalmente nos casos de ruptura precoce 
das membranas
Apagamento e dilatação cervical
Comumente, o grau de apagamento cervical é expresso em relação ao 
comprimento do canal cervical em comparação com o de um colo normal. Quando 
o comprimento do copo se encontra reduzido pela metade, está apagado em 50%. 
Quando o colo se torna tão fino quanto o segmento uterino inferior adjacente, 
encontra-se totalmente apagado ou 100% apagado.
A dilatação cervical é determinada estimando o diâmetro médio da abertura 
cervical ao deslizar o dedo examinador desde a margem da abertura cervical em 
um lado até a margem do lado oposto. O diâmetro transverso é estimado em 
centímetros. Diz-se que o colo se encontra totalmente dilatado quando o diâmetro 
mede 10 cm, porque a parte apresentada de um neonato a termo comumente pode 
atravessar um colo amplamente dilatado.
Renata Bittar - Medicina Unit 47
TOQUE VAGINAL NO TRABALHO DE PARTO
 A posição do colo é determinada pela relação entre o óstio
cervical e a cabeça fetal, sendo categorizada como posterior, 
média ou anterior. 
 Juntamente com a posição, a consistência do colo é determinada 
como sendo macia, firme ou intermediária.
 O plano ou altura da parte fetal apresentada no canal de parto é 
descrito em relação às espinhas isquiáticas, as quais estão a meio 
caminho entre a entrada da pelve e a saíde pélvica. Quando a 
porção mais inferior da parte fetal apresentada se encontra no 
nível das espinhas, é considerada no PLANO ZERO. 
 A classificação do plano divide a pelve acima e abaixo das 
espinhas isquiáticas em quintos. Cada quinto representa 1 cm 
acima ou abaixo das espinhas isquiáticas. 
 Desta maneira, à medida que a parte fetal apresentada desce 
desde a entrada no sentido das espinhas isquiáticas, a designação 
é plano -5, -4, -3, -2, -1 e, em seguida, 0.
 Abaixo das espinhas, à medida que a parte fetal apresentada 
desce, passa pelos planos +1, +2, +3, +4, +5 até o parto. O plano 
+5 corresponde à cabeça fetal visualizada no introito vaginal.
RenataBittar - Medicina Unit 48
TOQUE VAGINAL NO TRABALHO DE PARTO
DESPROPORÇÃO CEFALO-
PÉLVICA
• Pode ser previsto através 
da PELVIMETRIA
PELVIMETRIA
• É o estudo da capacidade 
da bacia.
• O prognóstico do parto 
pode ser razoavelmente 
previsto, no seu aspecto 
mecânico, diante da 
correta realização dos 
métodos habituais de 
exame da bacia.
• Avalia o diâmetro do 
estreito superior da pelve.
• Aspectos a serem 
avaliados:
• Capacidade
• Forma
• Inclinação
• A pelvimetria pode ser 
interna ou externa.
PELVIMETRIA INTERNA
 Pode ser instrumental, digital ou manual.
 Mede os diâmetros internos da escavação.
 Usa-se a regra de Smellie, que é uma medição indireta do 
diâmetro da conjugada verdadeira ou diagonal (+-11 cm) feita 
manualmente.
 Paciente em posição ginecológica, faz-se o toque vaginal com a 
mão direita no intuito de atingir o promontório. Uma vez tocado, 
com o dedo indicador da mão esquerda, marca-se o local onde a 
sínfise púbica repousa sobre a mão que realiza o toque
 Posto que o diâmetro biparietal (D.B.P.) fetal ao termo é em torno 
de 9,5 cm, avaliamos que, se esta conjugada obstétrica supera 
os 9,5 cm, (subtrair 1,5 cm do valor encontrado na medida da 
Conjugada diagonal) o parto vaginal a termo se faz possível. Em 
pelves normais, não se toca ou se toca com grande dificuldade o 
promontório. Se o promontório for tocado, deve-se suspeitar de 
estreitamento, que deve ser confirmado com a medida descrita. 
Ao final, retiram-se as mãos e pede-se que o auxiliar que meça o 
ídice entre a ponta do dedo da mão direita e o dedo indicador = 
conugada diagonal. No final desse medida, não esquecer de 
substrair 1,5cm).
Renata Bittar - Medicina Unit 49
TOQUE VAGINAL NO TRABALHO DE PARTO
PELVIMETRIA EXTERNA
• Estimar os diâmetros do estreito inferior.
• Paciente em posição ginecológica com as coxas 
hiperfletidas sobre a bacia, medir com uma régua a 
distância entre as duas tuberosidades isquiáticas. Se a 
medida for maior que 11, a criança poderá passar 
sem maiores dificuldades pelo canal de parto.
Renata Bittar - Medicina Unit 50
Epidemiologia das intoxicações
• São situações comuns, no Brasil estima-se em 3 
milhões casos /ano.
• Grande número de pessoas faz uso de 
medicações ou estoca nas residências produtos 
potencialmente tóxicos com várias finalidades. 
• O abuso de substâncias ilícitas também é 
comum. 
• Em indústrias pode ocorrer vazamento de 
substância químicas. 
• Áreas agrícolas existe o risco de exposição a 
inseticidas.
• A maioria das intoxicações ocorre nas 
residências, especialmente em crianças (66% 
dos casos), sendo acidentais em 90% dos casos.
• 95% dos episódios cursam com pequenas 
consequências ou nenhuma.
• 92% dos casos são por ingestão aguda, e não 
crônica.
• 92% dos casos ocorrem por substância única.
• 85% dos casos ocorrem de modo não 
intencional.
• 52% dos casos ocorrem em crianças menores 
de 6 anos.
ANAMNESE EM INTOXICAÇÕES
Agentes que causam intoxicações
1. Medicamentos (crianças e suicídio)
2. Domissanitários (produtos ilegais)
3. Inseticidas de uso Doméstico
4. Pesticidas agrícolas (maior causa de óbitos no Brasil)
5. Raticidas 
6. Animais peçonhentos
Fases da Intoxicação
Fase de exposição
Via de administração, dose, concentração do agente, frequência de 
exposição e susceptibilidade individual
Fase de toxicocinética
Disponibilidade química e a concentração da substância nos 
diferente tecidos do organismo
Fase de toxicodinâmica
Interação entre as moléculas do agente tóxico e os locais de ação
Fase clínica
Evidências de sinais e sintomas
Classificação das intoxicações
Aguda ( Curto prazo)
Sub-aguda ( Médio prazo)
Crônica ( longo prazo)Renata Bittar - Medicina Unit 51
Abordagem Inicial
1)Avaliação do estado geral do paciente 
• Sinais vitais
2)Anamnese cuidadosa: verificar se o paciente apresenta distúrbios que 
representem risco de morte iminente e procurar corrigi-los:
• Respiratórios: obstrução das vias aéreas, apneia, frequência respiratória, 
estertores; 
• Cardiocirculatórios: TA, frequência e ritmo; 
• Neurológicos: escala de REED;
• Bioquímicos/metabólicos; 
• Sanguíneas.
3)Estabelecimento do diagnostico;
4)Procedimentos terapêuticos
• Diminuir a exposição do organismo ao toxico (Descontaminação), 
• Aumentar a excreção do toxico já absorvido (diurese forcada, 
exsanguineo-transfusao, dialise peritoneal e hemodiálise)
• Utilizar antídotos e antagonistas
• Tratamento de suporte, sintomático e das complicações
ANAMNESE EM INTOXICAÇÕES
M onitorização
O oxigênio
V enoso (acesso)
E xames
Renata Bittar - Medicina Unit 52
M onitorização
O oxigênio
V enoso (acesso)
E xames
Exames 
Complementares
Maioria: não necessita!
Hemograma
Glicemia
Eletrólitos
Gasometria arterial
Urina
Screening toxicológico
Qualitativo
Quantitativo
Principios gerais na intoxicação aguda
 Reconhecer uma intoxicação
 Identificação do tóxico
 Avaliar o risco da intoxicação
 Avaliação da gravidade e estabilização 
clínica 
 Diminuir a absorção do tóxico
 Aumentar a eliminação do tóxico
 Prevenir reexposição
< 8: intubação
Renata Bittar - Medicina Unit 53
ANAMNESE
• Identificação do paciente
(Profissão, perfil sociodemográfico, idade, 
estado civil) 
• QPD
(Intoxicação aguda, tempo)
• HDA
ANAMNESE EM INTOXICAÇÕES
Interrogatório sintomatológico
Identificar síndromes
Antecedentes pessoais
Doenças de base e possíveis interações
Hábitos de vida
Suicídio, uso de drogas, depressão, envenenamento, alimentação.
Condições socioeconômicas e culturais
EXAME FÍSICO: detalhado e orientado quanto aos
aspectos toxicológicos, facilitando o
reconhecimento de uma síndrome toxicológica.
Renata Bittar - Medicina Unit 54
PRINCIPAIS 
INTOXICAÇÕES NA 
PRÁTICA CLÍNICA
1. Paracetamol
2. Antidepressivos 
tricíclicos
3. Betabloqueadores
4. Benzodiazepínicos
5. Digitálicos
6. Drogas ilíticas (cocaína, 
anfetaminas ou ecstasy, 
maconha e LSD)
7. Inseticidas/pesticidas 
organofosforados e 
carbamatos
8. Opioides
9. Toxinas diversas 
(benzeno, metais 
pesados)
ANAMNESE EM INTOXICAÇÕES
CONDUTA
1. Oferecer suporte clínico (MOVE)
2. Prevenir a absorção de mais droga
a) Exposição tópica: retirar as roupas e lavar com muita água o local 
b) Ingestão
 CARVÃO ATIVADO: método de escolha na maioria dos casos. Complexo 
carvão-toxina é eliminados nas fezes (não é bem adsorvido pelo carvão: 
flúor, cianeto, ferro etc)
 LAVAGEM GÁSTRICA: trendelemburg e decúbito lateral esquerdo para 
reduzir o risco de broncoaspiração
 XAROPE DE IPECA: não mais utilizado
3. Administrar antídotos quando disponíveis
4. Acelerar a eliminação da droga
 Múltiplas doses de carvão ativado que estimulam a evacuação
 Diurese forçada
 Hemodiálise
Renata Bittar - Medicina Unit 55
ANAMNESE EM INTOXICAÇÕES
DROGA QUADRO CLÍNICO ANTÍDOTO
PARACETAMOL Náuseas, vômito, palidezhepatite (dor em hipocôndrio 
direito), elevação da bilirrubina sérica
N-acetilcisteína
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Rebaixamento da consciência, convulsões, coma, 
sintomas ANTI-COLINÉRGICOS variados, taquicardia 
sinusal, arritmias ventriculares, hipotensão, assistolia
Carvão ativado, NaHCO3 para controle da acidemia, 
terapêutica para as crises convulsivas, hipotensão e 
arritmia
BETABLOQUEADORES (propranolol, 
atenolol...)
Bradicardia, arritmia, reducação da contratilidade 
miocárdica, hipotensão, depressão respiratória e do 
SNC, crises convulsivas, hipoglicemia, broncoespamos
Glucagon
BENZODIAZEPÍNICOS Depressão do SNC Flumazenil
DIGITÁLICOS (digoxina) Bradiarritmias, taquicardia, fraqueza,náuseas, vômitos, 
dor abdominal, diarreia
Anticorpo Fab antidigoxina
COCAÍNA, LSD, MACONHA Cocaína – Estimulação do SNC com elevação de humor, 
hipertensão, taquicardia, hipertermia, midríase, disforia, 
alucinações, ataques de pânico
Benzodiazepínicos
INSETICIDAS/PESTICIDAS 
ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS
Efeitos muscarínicos: salivação, lacrimejamento, miose, 
sudorese, vômitos, incontinência fecal e urinária, 
broncoespasmo, bradicardia
Efeitos nicotínicos: taquicardia, midríase, hipertensão, 
delirium, coma, convulsões, fraqueza muscular, 
fasciculações
Atropina
Pralidoxima
OPIOIDES (morfina, tramadol, codeína) Constipação, anorexia, náuseas, vômitos, redução na 
percepção da dor, euforia, disfunção sexual, depressão 
respiratória
Naloxone
METAIS PESADOS Depende do tipo Depende do tipo
Renata Bittar - Medicina Unit 56
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
 A presença de um aparato inoculador faz a distinção entre um ser dito venenoso e outro dito peçonhento
1. Ofídios 
2. Escorpionismo
3. Araneismo
4. Quilópodos
5. Himenópteros
6. Lepidépteros
7. Coleópteros
8. Peixes, celenterados e 
equinodermos
9. Sifonóforos e medusas
10.Batráquios
11.Sáurios
12.Mamíferos
Renata Bittar - Medicina Unit 57
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
 Peçonhenta: cabeça mais triangular e destacável do corpo, causa mais curta e afina abruptamente, mais 
arisca, rasteja mais devagar e se enrola, possui mais hábitos noturnos
Renata Bittar - Medicina Unit 58
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
ACIDENTE BOTRÓPICO
 JARARACA
 Mais comum
 Maior mortalidade
 Com mais 
sequelas/manifestações locais
 Única que não causa sintomas 
neurológicos
ACIDENTE CROTÁLICO
 CASCAVEL
 Mais letal
 Único que causa RABDOMIÓLISE
 Fácies miastênica
ACIDENTE LAQUÉTICO
 SURUCUCU
 Único que causa estimulação vagal
ACIDENTE ELAPÍDICO
 CORAL VERDADEIRA
 Micrurus
 EXCEÇÃO: não tem fosseta 
loreal e as presas são pouco 
desenvolvidas
 Fácies miastênica
Renata Bittar - Medicina Unit 59
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
ESPÉCIE QUADRO CLÍNICO ANTÍDOTO CONDUTA
Botrópico (Jararaca) Manifestações locais + fenômenos 
hemorrágicos
Soro anti-botrópico ou soro 
antibotrópico-laquético
 Medidas gerais de suporte (repouso, 
elevação do membro afetado, 
hidratação, lavar o local da picada 
apenas com água ou água e sabão, 
ferida deve ser debridada)
 Soro (hidratação)
 Profilaxia para o tétano
Crotálico (Cascável) Efeitos locais discretos + fácies 
miastênica + rabdomiólise (insuficiência 
renal)
Soro anti-crotálico  Medidas gerais de suporte (repouso, 
elevação do membro afetado, 
hidratação, lavar o local da picada 
apenas com água ou água e sabão, 
ferida deve ser debridada)
 Soro (hidratação)
 Profilaxia para o tétano
Laquético (Surucucu) Manifestações locais + fenômenos 
hemorrágicos apenas locais + 
estimulação vagal (hipotensão, vômitos, 
diarreia)
Soro antibotrópico-laquético  Medidas gerais de suporte (repouso, 
elevação do membro afetado, 
hidratação, lavar o local da picada 
apenas com água ou água e sabão, 
ferida deve ser debridada)
 Soro (hidratação)
 Profilaxia para o tétano
Elapídico
(Micrurus – Coral 
Verdadeira)
Efeitos locais discretos + fácies 
miastênica
Soro anti-elapídico  Medidas gerais de suporte (repouso, 
elevação do membro afetado, 
hidratação, lavar o local da picada 
apenas com água ou água e sabão, 
ferida deve ser debridada)
 Soro (hidratação)
 Profilaxia para o tétanoRenata Bittar - Medicina Unit 60
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
ESCORPIONISMO
 Principal gênero: Tityus
 Habitat: ambientes úmidos, escuros, que tenham insetos 
para a sua alimentação (dentro de casa)
 Quadro clínico
a) Leve: apenas dor (dura 24h), parestesias, eritema e 
sudorese local
b) Moderado e Grave: manifestações sistêmicas (alteração 
do estado mental, hipo ou hipertensão, sialorreia, arritmas, 
choque, alterações do ECG
 Tratamento:
a) Soro antiescorpiônico ou antiaracnídico (apenas para casos 
moderados e graves) 
b) Suporte
Renata Bittar - Medicina Unit 61
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
ARANEÍSMO
Marrom
Armadeira
Viúva 
Negra
Renata Bittar - Medicina Unit 62
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
ARANEÍSMO
Acidentes por caranguejeira e tarântula (Lycosa) 
não têm importância clínica
Renata Bittar - Medicina Unit 63
INTOXICAÇÃO POR ANIMAL PEÇONHENTO
LAGARTAS
LAGARTAS-DE-FOGO
 Dão origem a borboletas e mariposas
 O gênero Lonomia é o causador dos acidentes hemorrágicos 
mais graves
 QUADRO CLÍNICO: dor imediata em queimação, com edema 
e eritema na região do contato, irradiando para o membro; 
linfonodomegalia dolorosa; pode evoluir para bolhas e 
necrose, mas é raro; sintomas geralmente autolimitados, 
regredindo dentro de 24h
 O maior problema ocorre com a lagartas do gênero Lonomia
que provocam um DISTÚRBIO NA COAGULAÇÃO 
SANGUÍNEA
 O paciente começa a se queixar de cefalia, mal-estar, náuseas 
e dor abdominal. Em seguida, começam a aparecer 
manifestações hemorrágicas como gengivorragias, equimoses, 
epistaxes, hematúria, hematêmese
 Pode levar ao óbito por insuficiência renal aguda e 
hemorragia intracraniana
 EXAMES: tempo de coagulação, distúrbio de coagulação 
sanguínea, pode ter hemólise, elevação da ureia e creatinina
 TRATAMENTO: observação clínica e controle laboratorial 
durante as 1ªs 24h; só manifestações locais – não necessita de 
soroterapia e o tratamento é sintomático; Soro específico 
(SALon – soro antilonômico) é indicado para quadros 
hemorrágicos Renata Bittar - Medicina Unit 64
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
Metais Pesados
METAL FONTES DE 
CONTAMINAÇÃO
QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
CHUMBO Inalação e ingestão
Tintas à jato e de cabelo, baterias de 
carros, indústrias de armamentos e 
encanamentos, mineração, batons, 
ração
Hipertensão, anemia normo-normo, 
dor abdominal, irritabilidade, 
cefaleia, déficit neurológico, 
disfunção tubular renal, “linha de 
chumbo”
História + exame físico + dosagem 
de chumbo sérico e protoporfirina
eritrocitária (HEMÁCIAS COM 
PONTILHADO BASOFÍLICO)
Dimercaprol, EDTA, d-penicilamina
MERCÚRIO Fabricação de pesticidas e 
fungicidas, garimpeiros, consumo 
de peixes e frutos do mar 
contaminados
Sintomas pulmonares, 
gastrointestinais, renais e lesões 
permanentes do SNC (MAIS 
ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS)
História + exame físico + níveis no 
sangue e na urina
Prevenção e alguns quelantes
podem ser utilizados
ARSÊNIO Fundição e indústrias de 
microeletrônica
Gastroenterite hemorrágica, lesões 
renais, vasoespasmo, neoplasias, 
hiperceratose, linhas de Mees
Dosagens séricas, urinárias, nos 
cabelos e nas unhas
Dimercaprol
CROMO Galvanoplastias, indústrias de 
cimento, produção de ligas 
metálicas, soldagem de aço 
inoxidável, pigmentos da indústria 
têxtil, cerâmica, vidro e borracha, 
indústria fotográfica, vulcões
Prurido nasal, rinorreira e epistaxe
 ulceração e perfuração do septo 
nasal; irritação de conjuntiva com 
lacrimejamento e irritação da 
garganta, erupções eritematosas 
“olho de pombo”; risco aumentado 
para câncer de pulmão
Quelante não é eficaz e pode 
agravar a nefropatia
MANGANÊS Mineradores, ração animal, 
fertilizantes, fabricantes de baterias 
de automóveis 
Síndrome Parkinsoniana e alterações 
psiquiátricas (psicose, mania, 
depressão)
NÍQUEL Inalação de óxido de níquel Dermatite de contato, aumenta risco 
de câncer de pulmão
Renata Bittar - Medicina Unit 65

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