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Aula 03
Curso: Português p/ TCE-BA (Analista e Agente)
Professor: Fabiano Sales
795.994.195-53 - Daniela Marques
Língua Portuguesa para TCE-BA 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales – Aula 03 
 
 
Prof. Fabiano Sales www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 56 
 
AULA 03 
 
 
 
 Olá, futuros servidores do Tribunal de Contas da Bahia! 
 
 
 Continuando nosso curso de teoria e questões comentadas para o TCE-BA, 
apresentarei a vocês as funções das classes de palavras (sintaxe da oração) e 
os processos de coordenação e subordinação (sintaxe do período). 
 
 Para melhor orientá-los, apresento o sumário abaixo a vocês: 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
01. Sintaxe da Oração ........................................................................................ 02 
02. Termos Essenciais da Oração .................................................................... 03 
03. Termos Integrantes da Oração .................................................................... 16 
04. Termos Acessórios da Oração .................................................................... 23 
05. Sintaxe do Período ....................................................................................... 30 
06. Estudo do Período ........................................................................................ 31 
07. Estudo das Orações ..................................................................................... 34 
08. Lista das Questões Comentadas na Aula .................................................. 49 
 
 
 
 
 
 
Para refletir: "Se você espera por condições ideais, nunca fará 
nada." (Eclesiastes) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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795.994.195-53 - Daniela Marques
Língua Portuguesa para TCE-BA 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Fabiano Sales – Aula 03 
 
 
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SINTAXE DA ORAÇÃO 
 
 Antes de entrarmos no estudo das funções sintáticas propriamente ditas, 
apresentarei alguns conceitos introdutórios e necessários ao nosso estudo, quais sejam: 
 
Classificação Conceito Exemplos 
Frase nominal Não apresenta verbo. Por essa razão, não 
serve para a análise sintática. 
 
Silêncio! 
 
Que atitude bonita, meu 
filho! 
 
Frase verbal 
(ou Oração) 
 
O núcleo é um 
verbo ou uma 
locução verbal 
 
Apresenta verbo, podendo ter ou não 
sentido completo. 
 
 
 
A frase pode ser: 
 
Declarativa: expressa um fato. 
 
 
Interrogativa: expressa pergunta ou dúvida. 
 
 
 
 
 
 
Imperativa: expressa ordem, pedido. 
 
Exclamativa: expressa sentimento. 
 
Optativa: expressa desejo. 
 
 
 
Imprecativa: expressa praga, maldição. 
 
Desejo que vocês 
sejam aprovados. 
 
Chorou copiosamente. 
 
 
 
 Vocês serão aprovados 
no concurso. 
 
 Que horas são? 
(interrogativa direta) 
 
 Gostaria de saber que 
horas são. (interrogativa 
indireta). 
 
Estude! 
 
Quão bonita é sua filha! 
 
Passemos no concurso! 
 
Sucesso! 
 
Maldito seja o árbitro 
daquela partida! 
 
Vá para o inferno! 
 
Período 
 
Expressão verbal de sentido completo, 
iniciado por letra maiúscula e encerrado por 
ponto final, de interrogação ou de 
exclamação. 
 
Desejo que vocês 
sejam aprovados. 
 
 
 Feitas as considerações iniciais, passaremos ao estudo da sintaxe. 
Primeiramente, estudaremos a sintaxe da oração, isto é, os termos essenciais, 
integrantes e acessórios. 
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Língua Portuguesa para TCE-BA 
Teoria e questões comentadas 
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SINTAXE DA ORAÇÃO 
 
• ESSENCIAIS � sujeito e predicado 
 
• INTEGRANTES � complemento verbal, complemento nominal e agente da 
passiva 
 
• ACESSÓRIOS � adjunto adverbial, adjunto adnominal e aposto 
 
• Vocativo (termo independente da oração) 
 
TERMOS ESSENCIAIS 
 
 Segundo a gramática tradicional, os termos essenciais da oração são sujeito e 
predicado. 
 
• SUJEITO 
 
 A gramática tradicional define sujeito como “o termo sobre o qual se faz uma 
declaração”. 
 Pode ser definido, também, como o termo que pratica (voz ativa) ou sofre (voz 
passiva) a ação verbal. 
 
Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia. 
 
 Aqui, apresento uma dica a vocês: para localizar o sujeito da oração, façam a 
pergunta “Quem...?” ou “O que...?” ao verbo. Por exemplo, na frase “O aluno estuda seis 
horas por dia.”, devemos perguntar “Quem estuda seis horas por dia ?”. A resposta obtida 
será o sujeito da oração: “O aluno”. 
 
 É possível que o sujeito apareça posposto ao verbo. Portanto, tenham cuidado! 
 
Exemplo: Estavam felizes aquelas moças. 
 
 Fazendo a pergunta “Quem...?” para o exemplo acima, obteremos a resposta 
“aquelas moças”. Logo, este é o sujeito da oração. 
 
 Outro aspecto digno de consideração é o núcleo do sujeito. O núcleo será a 
palavra mais importante, pois será com ela que o verbo, em regra, concordará: 
 
“O aluno (= Ele) estuda seis horas por dia”. 
 
 O núcleo do sujeito pode ter natureza substantiva (substantivo, palavra 
substantivada, numeral substantivo ou pronome substantivo) ou verbal (oração subordinada 
substantiva subjetiva – que caracteriza o sujeito oracional, isto é, aquele que contém verbo 
em sua estrutura). 
 
Exemplos: 
João conversa muito. (João = substantivo � núcleo do sujeito) 
O amar dá cor à vida. (amar = palavra substantivada � núcleo do sujeito) 
Três é demais. (Três = numeral substantivo � núcleo do sujeito) 
Ele é bom demais. (Ele = pronome substantivo � núcleo do sujeito) 
É importante que você estude muito. (estude = verbo � núcleo do sujeito oracional) 
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• PREDICADO 
 
 Já o predicado, outro termo essencial da oração, é definido como “tudo o que se 
declara do sujeito”. 
 
Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia. 
 
 Uma vez encontrado o sujeito (“O aluno”), tudo o que sobra fará parte da estrutura 
do predicado: “estuda seis horas por dia”. 
 
 Seguindo os demais exemplos apresentados acima, os respectivos predicados são: 
 
João conversa muito. (conversa muito = predicado) 
O amar dá cor à vida. (dá cor à vida = predicado) 
Três é demais. (é demais = predicado) 
Ele é bom demais. (é bom demais = predicado) 
É importante que você estude muito. (É importante = predicado) 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO 
 
 
 O sujeito pode ser: 
 
 
� Simples – formado por apenas um núcleo. 
 
Exemplo: João conversa muito. 
 
Sujeito: João. 
Núcleo do sujeito: João. 
 
 
� Composto – formado por dois ou mais núcleos. 
 
Exemplo: João e Maria conversam muito. 
 
Sujeito: João e Maria. 
Núcleos do sujeito: João; Maria. 
 
 
� Indeterminado – aquele que existe, mas que não é possível ser identificá-lo. 
 
Exemplo: Falaram sobre os alunos. 
 
 O sujeito indeterminado ocorrerá com: 
 
 
- verbo na terceira pessoa do plural, sem que haja referência a sujeito expresso no 
contexto. 
 
Exemplo: Falaram sobre os alunos. (alguém praticou a ação de “falar”, mas, sem uma 
referência expressa no contexto, não é possível identificá-lo) 
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 1ª) Quando houver referência expressa no contexto, ainda que o verbo esteja na 
terceira pessoa do plural, o sujeito será determinado. 
 
Exemplo: Os professores gostam desta turma. Falaram sobre os alunos. (o sujeito de 
“falaram” é o termo “os professores”) 
 
 2ª) É importante observar que, quando a forma verbal estiver no imperativo, ainda 
que não haja referência no contexto, o sujeito não será indeterminado, e sim 
desinencial. 
 
Exemplos: Falem sobre os alunos. (através da desinência número-pessoal “-m”, é 
possível identificar o sujeito: “vocês”) 
 
 3ª) Com outras pessoas do discurso, não haverá sujeito indeterminado, e sim 
desinencial. 
 
Exemplo: Passaremos no concurso. 
 
 No exemplo acima, a desinência número-pessoal “-mos” indica que o sujeito é a 
forma pronominal “nós”. 
 
 
- verbo que, em regra, não seja transitivo direto e que esteja na terceira pessoa do 
singular, acompanhado da partícula SE (indeterminação do sujeito). 
 
Exemplo: Precisa-se de empacotadores. (alguém precisa de empacotadores, mas não é 
possível fazer a identificação.) 
 
 Na frase acima, o verbo “precisar” é transitivo indireto, pois rege a preposição “de” 
(alguém precisa DE algo). Sendo assim, ficará, obrigatoriamente, na terceira pessoa do 
singular. 
 
 
 
 A partícula SE (índice de indeterminação do sujeito) aparecerá com verbos 
transitivos indiretos, intransitivos, de ligação ou transitivos diretos cujos objetos diretos 
sejam preposicionados. Nestes casos, os verbos permanecerão sempre na terceira pessoa 
do singular. 
 
 
a) verbo transitivo indireto (verbo que exige, obrigatoriamente, o emprego de preposição 
antes de seu complemento, chamado objeto indireto): 
 
Precisa-se de empacotadores. 
 VTI I.I.S. OI 
 
 
 
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 Os verbos transitivos indiretos mais recorrentes em provas são: precisar, necessitar, 
obedecer, desobedecer, aludir, anuir, referir-se, tratar-se. 
 
Trata-se de problemas particulares. 
 VTI I.I.S. OI 
 
 
Aludiu-se a diversas questões. 
 VTI I.I.S. OI 
 
 
 
 b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo): 
 
Vive-se bem no Rio de Janeiro. 
 V I I.I.S. adj. adv. adjunto adverbial 
 
 
c) verbo de ligação: 
 
É-se feliz no Rio de Janeiro. 
 VL I.I.S. pred. suj. adjunto adverbial 
 
 
d) verbo transitivo direto em que haja objeto direto preposicionado, ou seja, quando a 
preposição não é regida pela forma verbal: 
 
Comeu-se do bolo. 
 VTD I.I.S. ODP 
 
 
Dica estratégica! 
 
 Na frase “Comeu-se do bolo.”, a preposição “de” não é exigida pelo verbo “comer”, 
sendo empregada tão somente para a contribuição do sentido: alguém (que não é possível 
identificar) comeu parte do bolo. 
 Conforme estudamos na aula sobre verbos, não será admitida a transposição de voz 
verbal quando houver objeto direto preposicionado. 
 
 Notem, ainda, que a retirada da preposição “de” alteraria sintática semanticamente a 
estrutura da frase: 
 
 Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do bolo.) 
 
 
 índice de indeterminação do sujeito 
 
 
 Comeu-se o bolo. (sujeito: “o bolo” - voz passiva sintética – O bolo foi comido.) 
 
 
 
 pronome apassivador 
 
 
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 A partícula SE pode ser classificada, também, como parte integrante do verbo 
(PIV). 
 
Exemplo: Queixou-se da prova. 
 VTI PIV OI 
 
 Alguns alunos sempre me perguntam: “Professor, como saberei se a partícula SE é 
parte integrante do verbo ou índice de indeterminação do sujeito?”. 
 Amigos e amigas, há um método prático: para diferençar as formas, tentem encaixar 
o substantivo “João” antes do verbo. Se a frase não fizer sentido ou se este for alterado, a 
partícula SE será índice de indeterminação do sujeito. Por outro lado, se a frase fizer 
sentido, a partícula será parte integrante do verbo. Vamos visualizar na prática. 
 
Exemplos: 
Precisa-se de cozinheiro. 
 
Queixou-se da prova. 
 
 Nos exemplos acima, ambos os verbos são transitivos indiretos, ou seja, exigem 
objeto indireto como complemento. Tendo essa noção, tentaremos encaixar o substantivo 
“João” nas frases. 
 
(João) Precisa-se de cozinheiro. 
 
 Percebemos que, ao inserir o substantivo “João” no período acima, a frase não faz 
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito. 
 
Precisa-se de cozinheiro. 
 VTI I.I.S. OI 
 
 
(João) Queixou-se da prova. 
 
 No período acima, a inserção do substantivo “João” não alterou o sentido da frase. 
Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo. 
 
Queixou-se da prova. 
 VTI PIV OI 
 
 
Outros exemplos: 
Necessita-se de dinheiro. 
 
Desculpou-se do ocorrido. 
 
 Novamente, nos exemplos acima, ambos os verbos são transitivos indiretos, ou 
seja, exigem objeto indireto como complemento. Assim, tentaremos encaixar o substantivo 
“João” nas frases. 
 
(João) Necessita-se de dinheiro. 
 
 Percebemos que, ao inserir o substantivo “João” no período acima, a frase não faz 
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito. 
 
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Necessita-se de dinheiro. 
 VTI I.I.S. OI 
 
 
(João) Desculpou-se do ocorrido. 
 
 No período acima, a inserção do substantivo “João” não alterou o sentido da frase. 
Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo. 
 
Desculpou-se do ocorrido. 
 VTI PIV OI 
 
 
Outros exemplos: 
Vive-se bem aqui. 
 
Sentou-se na cadeira rapidamente. 
 
 
 Nos exemplos acima, ambos os verbos são intransitivos. Tendo essa noção, 
tentaremos encaixar o substantivo “João” nas frases. 
 
 
(João) Vive-se bem aqui. 
 
 Percebemos que, ao inserir o substantivo “João” no período acima, a frase não faz 
sentido. Logo, a partícula SE é índice de indeterminação do sujeito. 
 
 Vive-se bem aqui. 
 VI I.I.S. adjuntos adverbiais 
 
 
(João) Sentou-se na cadeira rapidamente. 
 
 No período acima, a inserção do substantivo “João” não alterou o sentido da frase. 
Logo, a partícula SE é parte integrante do verbo. 
 
 
Sentou-se na cadeira rapidamente. 
 VI PIV adj. adv. adj. adv. 
 
 
 
1. (FGV-2008/Senado) Assinale a alternativa em que a palavra SE seja 
apassivadora: 
 
(A) "Acumular fortunas tornou-se mais importante." 
(B) "...apela-se ao estado..." 
(C) "Não se mede o fracasso do capitalismo." 
(D) "O valor da empresa deslocava-se do parque industrial..." 
(E) "...o mercado se arvora em árbitro..." 
 
 
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Comentário: Conforme estudamos nas lições (inclusive na aula sobre verbos), a 
partícula SE será apassivadora quando o houver for transitivo direto (a exceção 
ocorre quando o objeto direto estiver preposicionado). De posse desse 
conhecimento, vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta incorreta. No contexto em que se encontra, a forma verbal “tornar-se” 
é de ligação. Portanto, não há voz passiva. Vejam que, ao inserir o substantivo 
“João” antes do trecho “tornou-se mais importante”, a oração manteve o sentido. 
Logo, o SE é parte integrante do verbo. 
B) Resposta incorreta. No contexto em que está inserida, a forma verbal 
“apelar-se” é transitiva indireta. Segundo a dica demonstrada na aula, vejam que, ao 
inserir o substantivo “João” antes do trecho “apela-se ao Estado”, a oração não faz 
sentido. Logo, o SE é índice de indeterminação do sujeito. 
C) Resposta correta. Na frase “Não se mede o fracasso do capitalismo.", o verbo 
“medir” é transitivo direto. Quando isso ocorrer, fiquem alerta: há grande 
possibilidade de haver uma construção de voz passiva. No contexto em análise, o 
sujeito “o fracasso do capitalismo” sofre a ação de ser medido. Temos, assim, uma 
estrutura de voz passiva sintética (equivale dizer que “o fracasso do capitalismo não 
é medido). Portanto, o SE é partícula apassivadora. 
D) Resposta incorreta. Na frase "O valor da empresa deslocava-se do parque 
industrial...", a partícula SE equivale à expressão a si mesmo (O valor da empresa 
desloca a si mesmo do parque industrial...). Temos, portanto, um pronome 
reflexivo. 
E) Resposta incorreta. No contexto "... o mercado se arvora em árbitro...", a forma 
verbal “arvorar-se” (proclamar, decretar) é transitiva indireta. Vejam que, ao inserir o 
substantivo “João” antes do trecho “se arvora em árbitro”, a oração manteve o 
sentido. Logo, o SE é parte integrante do verbo. 
 
Gabarito: C. 
 
 
� Inexistente – ocorre com verbos impessoais e que, por essa razão, deverão figurar, 
em regra, na terceira pessoa do singular. O sujeito inexistente proporciona à oração a 
classificação de oração sem sujeito. 
 
 O sujeito será inexistente nos seguintes casos: 
 
a) verbos que expressam fenômenos da natureza no sentido denotativo, dicionarizado. 
 
Exemplo: Choveu durante o casamento. (sujeito inexistente ou oração sem sujeito) 
 
 
 Se o verbo for empregado no sentido conotativo, isto é, figurado, poderá ter um 
sujeito. 
 
Exemplo: Choveram flores durante o casamento. 
 
 
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 No exemplo “Choveram flores durante o casamento.”, o verbo “chover” está 
empregado no sentido conotativo, devendo concordar com o sujeito “flores”. Nesse caso, 
portanto, será pessoal. 
 
 
b) verbo haver, no sentido de existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo pretérito. 
 
Exemplos: No Estratégia Concursos, há alunos excelentes. 
 
 Em “No Estratégia Concursos, há alunos excelentes.”, o verbo haver é impessoal 
(não apresenta sujeito). Na construção, a forma verbal “há” assume transitividade direta. 
Logo, o termo “alunos excelentes” é objeto direto. 
 
 
 
 
 Os verbos existir, acontecer e ocorrer são pessoais, ou seja, devem concordar 
com o sujeito da oração. 
 
Exemplos: Existiam trezentas pessoas no local de prova. (trezentas pessoas = sujeito) 
Aconteceram episódios fantásticos. (episódios fantásticos = sujeito) 
Ocorreram muitos vazamentos radioativos. (muitos vazamentos radioativos = sujeito) 
 
 
 Há dois anos que não a vejo. 
 
 No exemplo “Há dois anos que não a vejo.”, o verbo haver foi empregado para 
indicar tempo pretérito, passado. Logo, não terá sujeito. 
 
 
c) verbos fazer, indicando tempo pretérito ou tempo da natureza. 
 
Exemplo: Faz dois anos que não a vejo. 
No ano passado, fez verões muito quentes no Brasil. 
 
 
d) verbo ser, indicando hora, distância ou datação. 
 
Exemplos: Hoje são quatro de fevereiro. (o verbo “ser” concorda com o numeral “quatro”.) 
Hoje é dia quatro de fevereiro. (o verbo “ser” concorda com o vocábulo “dia”.) 
São doze horas e trinta minutos. (o verbo “ser” concorda com o numeral “doze”.) 
É meio-dia e meia. (o verbo “ser” concorda com “meio-dia”.) 
Da minha casa ao trabalho são vinte metros de distância. (o verbo “ser” concorda com o 
numeral “vinte”) 
 
 
e) verbos chegar e bastar, significando parar. 
 
Exemplos: Chega de blá-blá-blá! 
Basta de discussões! 
 
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Teoria e questões comentadas 
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f) verbo ir + para (preposição), indicando tempo decorrido. 
 
Exemplo: Vai para dois anos que eles passaram no concurso. 
 
 
g) verbo passar + de (preposição), indicando tempo. 
 
Ex.: Já passava das sete horas. 
 
 
� Oracional – equivale a uma oração. Apresenta como núcleo uma estrutura 
verbal, levando o verbo da oração subordinada à terceira pessoa do singular. 
 
Exemplos: 
 
É importante que você estude muito. 
 
 No período “É importante que você estude muito.”, o vocábulo em destaque é o 
núcleo do sujeito. Como se trata de uma forma verbal, temos um caso de sujeito oracional 
 
 
(equivale a uma oração subordinada substantiva subjetiva, classificação que estudaremos 
adiante). 
 Para facilitar a análise, substituam a oração em destaque pelo demonstrativo “ISSO”: 
 
ISSO é importante. 
 sujeito 
 
Que você estude muito é importante. 
 sujeito oracional 
 
 
Estudar e brincar é fundamental às crianças. 
 
 
 No período “Estudar e brincar é fundamental às crianças.”, os verbos em destaque 
são o núcleo do sujeito. Como se trata de uma forma verbal, temos um caso de sujeito 
oracional (novamente, equivale a uma oração subordinada substantiva subjetiva). 
 
 Para facilitar a análise, substituam a oração em destaque pelo demonstrativo “ISSO”: 
 
ISSO é fundamental às crianças. 
 sujeito 
 
 No exemplo acima, “Estudar e brincar” é o sujeito oracional. O verbo, 
obrigatoriamente, deve permanecer na terceira pessoa do singular. 
 
 Para facilitar a análise, substitua oração por “ISSO”: 
 
ISSO é fundamental às crianças. 
 sujeito 
 
Estudar e brincar é fundamental às crianças. 
 sujeito oracional 
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2. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “Tal atitude implicou a busca de maior transparência. 
Era preciso assegurar ao cidadão amplo acesso a informações sobre o desempenho 
da Justiça. Essas informações, lamentavelmente, não existiam ou eram imprecisas e 
defasadas. O Judiciário, na verdade, não se conhecia.” 
A respeito do trecho acima, analise o item a seguir: 
 
I. O sujeito do primeiro verbo do segundo período é oracional. 
 
Comentário: O trecho que compõe o segundo período é “Era preciso assegurar ao 
cidadão amplo acesso a informações sobre o desempenho da Justiça”. Conforme 
vimos nas lições, o sujeito será oracional quandoapresentar verbo em sua estrutura. É o 
que ocorre com o excerto “assegurar ao cidadão amplo acesso a informações sobre o 
desempenho da Justiça”, cujo núcleo é a forma verbal “assegurar”. Para facilitar a 
visualização do sujeito oracional, podemos substituir a oração em destaque pelo pronome 
demonstrativo “isso”: ISSO era preciso (= Assegurar ao cidadão amplo acesso a 
informações sobre o desempenho da Justiça era preciso). Portanto, o item está correto. 
 
Gabarito: Correto. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO 
 
 O predicado pode triparte-se em verbal, nominal ou verbo-nominal. 
 
 
� Predicado verbal – é aquele que possui um verbo nocional (exprime ação, 
fenômeno ou movimento) como núcleo. Em outras palavras, o predicado será 
verbal quando houver formas verbais transitivas diretas, transitivas indiretas, 
transitivas diretas e indiretas ou intransitivas. Das três classificações possíveis, é a 
única que não contém predicativo (do sujeito ou do objeto). 
 
Exemplos: 
Os alunos fizeram a prova. 
 
 No exemplo acima, temos: 
 
Os alunos � sujeito 
alunos � núcleo do sujeito 
fizeram a prova � predicado verbal 
fizeram � verbo transitivo direto (Fizeram o quê?) - núcleo do predicado verbal 
a prova � objeto direto 
 
 
Os alunos gostaram da prova. 
 
 No exemplo acima, temos: 
 
Os alunos � sujeito 
alunos � núcleo do sujeito 
gostaram da prova � predicado verbal 
gostaram � verbo transitivo indireto (Gostaram de quê?) - núcleo do predicado verbal 
da prova � objeto indireto 
 
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Os alunos deram parabéns ao professor. 
 
 No exemplo acima, temos: 
 
Os alunos � sujeito 
alunos � núcleo do sujeito 
deram parabéns ao professor � predicado verbal 
deram � verbo transitivo direto e indireto - núcleo do predicado verbal 
parabéns � objeto direto 
ao professor � objeto indireto 
 
 
Os alunos foram ao local de prova. 
 
 No exemplo acima, temos: 
 
Os alunos � sujeito 
alunos � núcleo do sujeito 
foram ao local de prova � predicado verbal 
foram � verbo intransitivo - núcleo do predicado verbal 
ao local de prova � adjunto adverbial de lugar 
 
 
 
� Predicado nominal – é aquele que possui um nome (substantivo, adjetivo ou 
pronome) como núcleo, ligado ao sujeito através de um verbo de ligação (não nocional). O 
núcleo do predicado nominal é o predicativo, termo que proporciona qualidade, estado ou 
característica. 
 
Exemplos: 
O rapaz está machucado. 
 
 No exemplo acima, temos: 
 
O rapaz � sujeito 
está machucado � predicado nominal 
machucado � núcleo do predicado nominal 
 
 
O professor ficou feliz com sua aprovação. 
 
 No exemplo acima, temos: 
 
O professor � sujeito 
ficou feliz com sua aprovação � predicado nominal 
feliz � núcleo do predicado nominal 
com sua aprovação � adjunto adverbial de causa 
 
 
 
 
 
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 1ª) Verbo de ligação (ou não nocional) é aquele que unicamente serve para atribuir 
característica ou estado ao sujeito. Para que haja predicado nominal, é imprescindível a 
presença de um predicativo. 
 
Exemplos: O rapaz está machucado. / O professor é extrovertido. 
 
 
 Caso não apareça o predicativo, o predicado não será nominal, e sim verbal. 
 
Exemplo: O rapaz está aqui. (aqui = adjunto adverbial de lugar) 
 
 Na oração “O rapaz está aqui.”, o verbo “estar” é intransitivo. Logo, o predicado é 
verbal. 
 
 
 2ª) O verbo de ligação pode expressar alguns aspectos. 
 
Exemplos: 
 
O candidato é dedicado. (aspecto: permanência) 
O candidato está focado. (aspecto: transitoriedade) 
O candidato parece entusiasmado. (aspecto: aparência) 
 
 
 
Importante! 
 
 Predicativo é a qualidade, estado ou característica atribuída ao sujeito ou ao 
objeto. 
 
Exemplos: 
O candidato é dedicado. 
 
 No exemplo acima, a forma verbal “é” deve ser classificada como verbo de 
ligação. Por consequência, “dedicado” será o predicativo do sujeito. 
 
 
Consideramos o candidato dedicado. 
 
 No exemplo “Consideramos o candidato dedicado.”, o verbo “considerar” é 
transitivo direto. Por consequência, “o candidato dedicado” será o objeto direto, ao 
passo que “dedicado” será o predicativo (característica, estado) do objeto. 
 
 
� Predicado verbo-nominal – é a mistura dos predicados verbal e nominal, ou 
seja, aquele que apresenta dois núcleos: um verbo (transitivo ou intransitivo) e um 
nome (predicativo do sujeito ou do objeto). 
 
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Exemplo: 
 
O candidato fazia a prova tenso. 
 
 No exemplo acima, temos dois núcleos: o verbo “fazer” (transitivo direto) e o 
nome “tenso” (predicativo do sujeito, que atribui a este um estado). 
 
O candidato � sujeito 
fazia a prova tenso � predicado verbo-nominal 
fazia � verbo transitivo direto: núcleo do predicado verbo-nominal 
a prova � objeto direto 
tenso � predicativo do sujeito: núcleo do predicado verbo-nominal 
 
 Para facilitar a análise, encaixem o verbo “estar” antes do predicativo: O 
candidato fazia a prova (e estava) tenso. 
 
 
Os candidatos saíram cansados da prova. 
 
 No exemplo acima, temos dois núcleos: o verbo “sair” (transitivo direto) e o 
nome “cansados” (predicativo do sujeito, que atribui a este um estado). 
 Para facilitar a análise, encaixem o verbo “estar” antes do predicativo: Os 
candidatos saíram da prova (e estavam) cansados. 
 
 
3. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) “Não vale a pena, nessa conjuntura, fragilizar o 
governo e sua política externa, como se fosse possível tornar esta matéria 
elemento decisivo para o jogo eleitoral para daqui a dois anos.” A respeito do 
trecho acima, analise os itens a seguir: 
 
I. O sujeito do primeiro verbo do trecho é oracional. 
 
II. O termo elemento decisivo tem função de predicativo do objeto. 
 
III. O sujeito do verbo no subjuntivo é oracional. 
 
 
Comentário: Vamos analisar os itens. 
 
I. Correto. O trecho “Não vale a pena, nessa conjuntura, fragilizar o governo e sua 
política externa” apresenta o termo em destaque como sujeito. Fazendo a pergunta 
“O que não vale a pena?”, obteremos o sujeito a partir da resposta “fragilizar o 
governo e sua política externa”. Como há verbo na estrutura, o excerto em destaque 
desempenha a função de sujeito oracional, ou seja, equivalente a uma oração. 
II. Correto. No trecho “(...) tornar esta matéria elemento decisivo (...)”, a forma 
verbal “tornar” é transitiva direta, exigindo como complemento direto a expressão 
“esta matéria”. Por sua vez, o termo “elemento decisivo” é uma característica do 
objeto direto, desempenhando, portanto, a função de predicativo do objeto. 
III. Correto. O item fez menção à forma verbal “fosse”, empregada no subjuntivo. No 
contexto em que se encontra, o verbo é de ligação. Fazendo a pergunta “O que é 
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jogo eleitoral para daqui a dois anos”. Como há verbo na estrutura, o sujeito é 
oracional. Para facilitar a visualização, podemos substituí-lo pelo pronome 
demonstrativo “isso”: Como se ISSO fosse possível (= Como se tornar esta matéria 
elemento decisivo para o jogo eleitoral para daqui a dois anos fosse possível). 
 
 
Gabarito: Todos os itens estão corretos. 
 
 
4. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “(...) Ora, o simples fato de o país ter 
percebido, estupefato, que houve 409.000 interceptações telefônicas 
autorizadas (...).” 
A respeito do excerto acima, analise o item a seguir. 
 
I. O termo estupefato exerce a função de predicativo do sujeito. 
 
Comentário: O termo “estupefato” apareceu intercalado no período do enunciado, 
razão por que foi isolado por vírgulas. No excerto em que se encontra, atribui uma 
característica, uma qualidade ao substantivo “país”, sujeito da oração. Portanto, 
desempenha a função de predicativo do sujeito. 
 
Gabarito: Correto. 
 
 
 
 
TERMOS INTEGRANTES 
 
 Os termos integrantes da oração são os complementos verbais (objeto 
direto e objeto indireto), agente da passiva e complemento nominal. 
 Por definição, os complementos verbais completam o sentido de verbos 
transitivos, podendo ser: 
 
� Objeto direto – complemento de verbo transitivo direto, isto é, liga-se ao 
verbo sem a obrigatoriedade de preposição. 
 
Exemplo: Comprei flores. 
 
 No exemplo acima, temos: 
 
sujeito desinencial � eu (marcado pela desinência número-pessoal “-i”) 
predicado � comprei flores 
núcleo do predicado verbal � comprei (verbo transitivo direto � não rege 
preposição) 
objeto direto � flores 
 
 
 
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Dica estratégica! 
 
 O núcleo do objeto direto pode ter base substantiva (substantivo, 
palavra/expressão substantivada ou pronome) ou verbal (oração subordinada 
substantiva objetiva direta – que caracteriza o objeto direto oracional). 
 
Exemplos: 
Comprei flores. (flores = substantivo � núcleo do objeto direto) 
Encontrei você. (você = pronome � núcleo do objeto direto) 
Desejo que você estude muito. (estude = verbo � núcleo do objeto direto 
oracional) 
 
 
 Em certos casos, ainda que o verbo não exija o emprego de preposição, esta 
poderá anteceder o objeto direto com a finalidade de clareza e de estilo. É o que 
chamamos de objeto direto preposicionado. 
 
Exemplo: Comeu-se do bolo. (Comeu-se parte do bolo.) 
 
 No exemplo acima, “do bolo” é objeto direto preposicionado. A preposição foi 
empregada não pela exigência do verbo “comer”, mas sim para contribuição do 
sentido. 
 
 E quando deve ser empregado o objeto direto preposicionado? Vejam: 
 
- com verbos que expressam sentimentos. 
 
Exemplo: Amo a Deus e a meus familiares. (a preposição proporciona estilo à 
frase.) 
 
- para evitar ambiguidade. 
 
Exemplo: Venceu o Flamengo o Vasco. (frase ambígua) 
 
 A ordem direta da frase acima seria “O Vasco venceu o Flamengo”. 
Entretanto, como não houve o emprego da ordem direta, cuja estrutura é 
“sujeito + verbo + complemento + adjunto adverbial”, foi necessário empregar a 
preposição para evitar a ambiguidade do período: 
 
Venceu ao Flamengo o Vasco. (= O Vasco venceu o Flamengo.) 
 
 
- para realçar uma parte. 
 
Exemplos: Ele comeu do bolo. (Ele comeu parte do bolo.) 
O policial sacou da arma. (O policial sacou parte da arma.) 
 
 
 O objeto direto pode aparecer repetido na frase. É o que chamamos de 
objeto direto pleonástico. 
 
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Exemplo: A prova, entregue-a ao professor amanhã. 
 
 No exemplo “A prova, entregue-a ao professor amanhã.”, a forma pronominal 
oblíqua “a” repete o objeto direto “A prova”. Por essa razão, é classificado como 
objeto direto pleonástico. 
 
 
� Objeto indireto – complemento de verbo transitivo indireto, isto é, ligado ao 
verbo com a obrigatoriedade de preposição. 
 
Exemplos: 
Nós gostamos de doce. 
 
 Na frase acima, o verbo “gostar” rege a preposição “de”, a qual deve ser 
obrigatoriamente empregada (Gostamos DE quê?). 
 
Confio em sua aprovação. 
 
 No período “Confio em sua aprovação.”, o verbo “confiar” exige a preposição 
“em”. Por essa razão, “em sua aprovação” será objeto indireto. 
 
 
Dica estratégica! 
 
 O núcleo do objeto indireto pode ter base substantiva (substantivo, 
palavra/expressão substantivada ou pronome) ou verbal (oração subordinada 
substantiva objetiva indireta – que caracteriza o objeto indireto oracional). 
 
Exemplos: 
Obedecemos às ordens. (ordens = substantivo � núcleo do objeto indireto) 
Fiz uma pergunta a você. (você = pronome � núcleo do objeto indireto) 
Necessitamos de que você estude muito. (estude = verbo � núcleo do objeto 
indireto oracional) 
 
 O objeto indireto pode aparecer repetido na estrutura frasal. É o que 
chamamos de objeto indireto pleonástico. 
 
Exemplo: Ao guarda, devemos obedecer-lhe. 
 
 Em “Ao guarda, devemos obedecer-lhe.”, o pronome oblíquo “lhe” repete o 
objeto indireto “Ao guarda”. Por isso, é classificado como objeto indireto 
pleonástico. 
 
 São muitas informações. Ufa! 
 
 Vamos praticar um pouco. 
 
 
 
 
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5. (FGV-2008/Senado) "A propósito, convém recordar que o Ministério da 
Justiça realizou...". Assinale a alternativa em que o termo indicado exerça, no 
texto, a mesma função sintática que recordar. 
 
(A) ... a ordem econômica consagrou princípios vitais... 
(B) ... a obra iniciada, que pressupõe a realização das reformas políticas... 
(C) ... o Ministério realizou levantamento... 
(D) ... realizou levantamento de que resultou a publicação do livro "Leis a Elaborar". 
(E) ... ofereceu ao povo a mais ampla Carta dos direitos individuais e coletivos... 
 
Comentário: Vamos analisar as opções. 
 
A) Resposta incorreta. O termo “princípios vitais” é complemento do verbo 
transitivo direto “consagrar”. Sendo assim, desempenha a função de objeto direto. 
B) Resposta incorreta. A expressão “a realização das reformas políticas” 
complementa o sentido do verbo “pressupor”. Por essa razão, é objeto direto. 
C) Resposta incorreta. O verbo “realizar” é transitivo direto, exigindo o termo 
“levantamento” (objeto direto). 
D) Resposta correta. A expressão “a publicação do livro “Leis a Elaborar” é sujeito 
da forma verbal “resultou” (= A publicação do livro “Leis a Elaborar” resultou ...). 
E) Resposta incorreta. A forma verbal “ofereceu” é transitiva direta e indireta. 
Sendo assim, rege dois complementos verbais. A expressão destacada na assertiva 
desempenha a função de objeto direto. 
 
Gabarito: D. 
 
6. (FGV-2008/Inspetor Polícia Civil-RJ) “Acompanha a expulsão uma 
“interdição de entrada” em todo o território coberto pela diretiva, que pode 
durar cinco anos ou até se prolongar indefinidamente.” 
Assinale a alternativa em que o termo exerça função sintática idêntica à de 
uma "interdição de entrada". 
 
(A) De ardilosa redação, a norma, a um só tempo, refere os direitoshumanos e 
institucionaliza sua violação sistemática. 
(B) ... há espaços isolados denominados... 
(C) um Estado pode prender e expulsar um menor desacompanhado só porque... 
(D) Concluída a fusão dos mercados, em vez de rumar para a integração política e 
consolidar seu protagonismo na cena mundial. 
(E) Razão a mais para acreditar que cabe ao Sul, e particularmente ao plural Brasil, 
a invenção de novos modelos... 
 
Comentário: Na ordem direta, a construção do enunciado seria “Uma interdição de 
entrada acompanha a expulsão em todo o território. Assim, fica mais fácil identificar 
a função sintática de cada elemento: 
 
Uma interdição de entrada � sujeito 
acompanha � verbo transitivo direto 
a expulsão � objeto direto 
em todo o território � adjunto adverbial de lugar 
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 Nas opções apresentadas, o único elemento destacado que exerce a função 
de sujeito é “a invenção de novos modelos”, situado na assertiva E: “A invenção 
de novos modelos cabe ao Sul. 
 Na demais assertivas, os trechos em destaque exercem a função de objeto 
direto, sendo complementos dos verbos “institucionalizar”, “haver”, “expulsar” e 
“consolidar”. 
 
Gabarito: E. 
 
 
Texto para a questão 7. 
 
Financiamento de partidos políticos 
 
 O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi 
aprovado a nove dias do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor, 
R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à 
arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a razão 
para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos? Muito 
simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha. 
 Evidentemente, R$ 300 milhões é um custo irrisório para a consolidação da 
democracia. No entanto, a questão é mais complexa. O fundo partidário é utilizado 
de forma pouco transparente e, algumas vezes, desviado dos propósitos originais 
de fortalecimento do partido. Enfim, as máquinas partidárias muitas vezes se tornam 
aparelhos ou feudos controlados por poucos e financiados por todos nós. 
 Seria uma verba bem utilizada se fosse integralmente destinada ao 
fortalecimento da instituição e não ao pagamento de dívidas de campanhas, que 
devem ser bancadas de forma específica. Aliás, o melhor para a democracia seria 
separar os fundos partidários dos destinados às campanhas eleitorais. Tais verbas 
deveriam estar claramente separadas e não poderiam se comunicar. 
 Minha proposta é a de que o fundo partidário seja composto por uma quantia 
mínima para o partido manter uma estrutura básica. O resto deve ser obtido na 
militância, com base em atividades voltadas para a arrecadação de fundos. Partidos 
devem ir às ruas explicar para os cidadãos por que existem e quais são suas 
propostas. 
 Não é o caso hoje. Os partidos políticos transferem sua existência para o 
Congresso e só acordam às portas das eleições. Ficam hibernando à espera do 
momento eleitoral quando deveriam estar em praça pública em busca de militantes 
e se expondo ao debate. 
 No caso das campanhas eleitorais, a solução deve ser mais radical ainda. 
Nenhum dinheiro público nem de empresas poderia ser utilizado. A campanha 
deveria ser articulada com contribuições de cidadãos a partir de um limite universal. 
Todos podem contribuir até um determinado valor e declarar a doação na Justiça 
Eleitoral. 
 Ambas as propostas visam trazer partidos e candidatos para as ruas, 
oferecendo suas propostas e buscando recursos para a sua existência e para as 
campanhas eleitorais. É um modo de os partidos e candidatos se encontrarem com 
a cidadania em bases regulares. 
 
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 Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o 
permanente desenvolvimento da cidadania e devem existir – de verdade – em 
bases cotidianas. Devem promover eventos, debater propostas, acompanhar a 
gestão dos governos, discutir o exercício do poder. E não ser meros instrumentos 
de tomada do poder. No caso dos partidos políticos brasileiros, existe um agravante. 
Por conta de nossa herança patrimonialista, as organizações partidárias surgiram, 
em sua grande maioria, de dentro das estruturas do Estado. 
 Assim, a tarefa de mobilizar os cidadãos e cobrar coerência ideológica dos 
eleitores e lideranças políticas é ainda mais complexa. Além de parcelas 
expressivas da sociedade estarem excluídas do debate político pelas mais variadas 
razões, o custo de fazer política é alto se comparado com os benefícios que ela 
pode trazer para o seu dia a dia. 
 Obviamente, minhas propostas são românticas e inviáveis no atual momento 
da política nacional. No entanto, a questão do Ficha Limpa começou de forma 
inviável e romântica e, aos poucos, ganhou corpo e prosperou. O certo é que a 
questão do financiamento de partidos e de campanhas é essencial para o futuro da 
nossa democracia e deve ser objeto de séria reflexão. 
 
(Murillo de Aragão. Página 20, 21/1/2011) 
 
7. (FGV-2011/TRE-PA) Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão 
extraordinária a dotação dos partidos? 
Assinale a alternativa que desempenhe, no texto, função sintática idêntica ao 
do termo grifado no período acima. 
 
(A) as dívidas de campanha. 
(B) meros instrumentos de tomada do poder 
(C) um agravante 
(D) aparelhos ou feudos 
(E) suas propostas 
 
Comentário: No enunciado, a forma verbal “aumentar” é transitiva direta, antecedida 
da partícula apassivadora SE. Logo, a expressão “a dotação dos partidos” 
desempenha a função de sujeito paciente. A estrutura é equivalente a “para que 
seja aumentada (...) a dotação dos partidos”. 
 Entre as opções apresentadas, o único elemento que exerce a função de 
sujeito é “um agravante”, localizado na assertiva C. No trecho “No caso dos partidos 
políticos brasileiros, existe um agravante”, o verbo “existir” é intransitivo, e o 
elemento “um agravante”, sujeito: “Um agravante existe (...)”. 
 Nas demais assertivas, as funções dos elementos destacados são as 
seguintes: 
 
A) as dívidas de campanha – objeto direto 
B) meros instrumentos de tomada do poder – predicativo do sujeito 
D) aparelhos ou feudos – predicativo do sujeito 
E) suas propostas – objeto direto 
 
Gabarito: C. 
 
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AGENTE DA PASSIVA 
 
 
 Agente da passiva - termo que pratica a ação na voz passiva. Sempre será 
introduzido pelas preposições de ou por (ou pela contração da preposição arcaica 
“per” + artigo definido “o”, “a”, “os”, “as” = pelo, pela, pelos, pelas). 
 
Exemplos: 
 
Ayrton Senna foi ovacionado por todos os presentes. (voz passiva) 
 
 Na voz ativa, teremos “Todos os presentes ovacionaram Ayrton Senna”. 
 
Ayrton Senna foi ovacionado pelos presentes. (voz passiva) 
 
 Na voz ativa, teremos “Os presentes ovacionaram Ayrton Senna”. 
 
Ayrton Senna é estimado de todos os brasileiros. (voz passiva) 
 
 Na voz ativa, teremos “Todos os brasileiros estimam Ayrton Senna”. 
 
 
 
COMPLEMENTO NOMINAL 
 
 Complemento nominal – termo sempre regido de preposição que 
complementa a ideia de um nome. Relaciona-se aadjetivos, substantivos abstratos 
ou advérbios. 
 
 Para memorizar, gravem a palavra A S A : 
 
 
 
 
A djetivo - Ele age igual a você. 
 complemento nominal 
 
 
 
S ubstantivo abstrato - Não tenho interesse por você. 
 complemento nominal 
 
 
 
A dvérbio - Moro próximo a você. 
 complemento nominal 
 
 
Comentando os exemplos: 
 
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Ele age igual a você. 
 
 Em “Ele age igual a você.”, o termo “a você” complementa a ideia do adjetivo 
“igual”. Por essa razão, deve ser classificado como complemento nominal. 
 
 
Não tenho interesse por você. 
 
 Em “Não tenho interesse por você.”, a expressão “por você” complementa a 
ideia do substantivo “interesse”. Logo, deve ser classificado como complemento 
nominal. 
 
 
Moro próximo a você. 
 
 No exemplo acima, “a você” complementa a ideia do advérbio “próximo”. 
Sendo assim, deve ser classificado como complemento nominal. 
 
 
TERMOS ACESSÓRIOS 
 
 O adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto são os termos 
acessórios da oração. Vejamos cada um deles. 
 
 
ADJUNTO ADNOMINAL 
 
 Adjunto adnominal – termo de função adjetiva e que, por isso, caracteriza 
ou delimita o substantivo. 
 A função de adjunto adnominal será exercida por artigo, adjetivo, numeral 
adjetivo, pronome adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva. 
 
 Para memorizar, gravem a palavra P L A N A : 
 
P ronome adjetivo – Aqueles alunos passarão no concurso. 
 
L ocução adjetiva – Os alunos de Brasília passarão no concurso. 
 
A rtigo – Os alunos passarão no concurso. 
 
N umeral adjetivo – Trezentos alunos passarão no concurso. 
 
A djetivo – Os alunos brasilienses passarão no concurso. 
 
 
 Oração adjetiva – Os alunos que moram em Brasília passarão no 
concurso. 
 
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Complemento nominal X Adjunto adnominal 
 
 
 Os pronomes oblíquos o, a, os, as e as formas lo, la, los, las exercem a 
função de objeto direto. 
 
Exemplos: Criei um método. (= Criei-o.) 
Fizemos o trabalho. (= Fizemo-lo.) 
 
 Já as formas pronominais lhe, lhes podem exercer a função de objeto 
indireto, adjunto adnominal ou complemento nominal. 
 
Exemplos: 
 
Pedi uma dica ao professor. (= Pedi-lhe uma dica. ou Pedi uma dica a ele.) 
 
 
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 Em “Pedi-lhe uma dica.”, o pronome “lhe” é complemento indireto do verbo 
“pedir”. Portanto, é objeto indireto. 
 
 
Amanda é fiel a ele. (= Amanda é-lhe fiel.) 
 
 Em “Amanda é-lhe fiel.”, o pronome “lhe” é empregado com verbo de ligação, 
complementando o sentido do adjetivo “fiel”. Logo, é complemento nominal. 
 
Pisei o pé dele. (Pisei-lhe o pé.) 
 
 Em “Pisei-lhe o pé.”, o pronome “lhe” equivale ao pronome possessivo “seu”, 
ou seja, indica posse. Portanto, é adjunto adnominal. 
 
 
 
8. (FGV-2008/Senado) "Entretanto, após algumas décadas de excessivo 
crescimento dos gastos governamentais e da crise financeira que se abateu 
sobre inúmeros governos..." 
Assinale a alternativa que indique corretamente a quantidade de 
complementos nominais no trecho acima: 
 
(A) nenhum 
(B) dois 
(C) um 
(D) três 
(E) quatro 
 
Comentário: Conforme vimos nas lições, o complemento nominal sempre é regido 
de preposição e relaciona-se a adjetivos, substantivos abstratos e advérbios. No 
trecho “décadas de excessivo crescimento”, a expressão destacada não apresenta 
ideia passiva. Logo, desempenha a função de adjunto adnominal. Por fim, a mesma 
situação se apresenta no excerto “crescimento dos gastos e da crise”, ou seja, como 
não há ideia de passividade, não há complemento nominal. Portanto, o termo 
destacado é adjunto adnominal. 
 
Gabarito: A. 
 
9. (FGV-2008/Senado) "Que provocou o maior desastre fiscal da história 
brasileira, induzindo a disparada do déficit público, da dívida interna e da 
carga tributária". 
No trecho acima, em relação às ocorrências de complemento nominal, é 
correto afirmar que há: 
 
(A) três 
(B) quatro 
(C) duas 
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(D) uma 
(E) zero 
 
Comentário: Complemento nominal é o termo que apresenta relação com o nome 
(adjetivo, substantivo abstrato e advérbio). No excerto apresentado no enunciado, 
não há complementos nominais. Vejam que o termo destacado em “desastre fiscal 
da história brasileira” limita o nome “desastre” e contém ideia ativa. Portanto, 
desempenha a função de adjunto adnominal. No trecho “disparada do déficit 
público, da dívida externa e da carga tributária”, os termos em destaque relacionam- 
-se ao nome “disparada”, apresentando ideias ativas. Logo, também exercem a 
função de adjunto adnominal. 
 
Gabarito: E. 
 
10. (FGV-2008/Senado) "A ordem econômica consagrou princípios vitais: a 
função social da propriedade, as garantias de livre concorrência, a defesa do 
consumidor e do meio ambiente e o tratamento fiscal simplificado para micro, 
pequenas e médias empresas." 
Há, no trecho acima: 
 
(A) três complementos nominais. 
(B) dois complementos nominais. 
(C) cinco complementos nominais. 
(D) quatro complementos nominais. 
(E) seis complementos nominais. 
 
Comentário: Quando houver menção a complementos nominais, procurem, de 
imediato, termos preposicionados. Em “a função social da propriedade”, há ideia de 
posse. Logo, o termo destacado é adjunto adnominal. O mesmo ocorre no trecho 
“as garantias de livre concorrência”, ou seja, o termo destacado também apresenta 
ideia de posse, desempenhando, portanto, a função de adjunto adnominal. Por sua 
vez, no trecho “a defesa do consumidor e do meio ambiente”, os termos destacados 
relacionam-se ao substantivo abstrato “defesa” e apresentam ideia passiva (O 
consumidor e o meio ambiente são defendidos). Dessa forma, desempenham a 
função de complemento nominal. Por fim, no trecho “tratamento fiscal simplificado 
para micro, pequenas e médias empresas”, também há ideia de passividade, pois 
as empresas recebem o tratamento. Logo, desempenha a função de complemento 
nominal. 
 
Gabarito: A. 
 
11. (FGV-2008/Senado) "Esse pacto... tornou possível a passagem do regime 
autoritário para o Estado democrático de Direito." 
Assinale a alternativa que desempenhe, no texto, função sintática idêntica à 
de possível. 
 
(A) ... os juizados especiais, que aproximaram a Justiça da população e tornaram 
mais ágeis as decisões de interesse... 
(B) ... a inserção de matérias inassimiláveis... 
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(C) A ordem econômica consagrou princípios vitais... 
(D) A Constituição ofereceu ao povo brasileiroa mais ampla Carta de direitos 
individuais e coletivos... 
(E) Esse pacto, talvez o mais importante de nossa história... 
 
Comentário: Para facilitar a identificação da função sintática, vamos transcrever o 
período do enunciado na ordem direta: Esse pacto tornou a passagem (...) possível. 
Assim, percebemos que o adjetivo “possível” atribui uma característica ao objeto 
direto “a passagem”. Logo, desempenha a função de predicativo do objeto. 
 A mesma função sintática é encontrada na assertiva A. Transcrevendo o 
período na ordem direta (“Os juizados especiais tornaram as decisões mais ágeis 
(...)”), percebemos que o adjetivo “ágeis” atribui uma característica ao objeto “as 
decisões”. Portanto, desempenha a função de predicativo do objeto. 
 Nas demais opções, as funções sintáticas são as seguintes: 
 
B) ... a inserção de matérias inassimiláveis... – adjunto adnominal 
C) A ordem econômica consagrou princípios vitais... – adjunto adnominal 
D) A Constituição ofereceu ao povo brasileiro a mais ampla Carta de direitos 
individuais e coletivos... – adjunto adnominal 
(E) Esse pacto, talvez o mais importante de nossa história... – aposto explicativo 
 
Gabarito: A. 
 
 
 
ADJUNTO ADVERBIAL 
 
 Adjunto adverbial – termo que modifica adjetivo, verbo ou advérbio e, até 
mesmo, uma oração inteira. 
 
 Para memorizar, gravem a palavra A V A : 
 
 
A djetivo – Eu sou bastante tranquilo. 
 
V erbo – Na faculdade, eu estudava muito. 
 
A dvérbio – Você escreve muito bem. 
 
 
 Certamente vocês gabaritarão a prova de língua portuguesa. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 Para efeito de prova, o mais importante é a ideia que o adjunto adverbial transmite. 
Vejamos algumas: 
 
- causa : O mendigo morreu de fome. 
 
- companhia : A esposa viajou com minha sogra. 
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- negação: Vocês não serão reprovados. 
 
- afirmação: Certamente vocês gabaritarão a prova de língua portuguesa. 
 
- dúvida: Provavelmente vocês gabaritarão todas as questões. 
 
- finalidade: Visitou o restaurante para fiscalização. 
 
- instrumento: Escrevi a prova a lápis. 
 
- intensidade: Gosto muito de vocês. 
 
- lugar: Passamos as férias em casa. 
 
- meio: Viajarei para a Europa de avião. 
 
- modo: Fez a prova apressadamente. 
 
- tempo: Estudarei à noite. 
 
- concessão: Sem fazer a inscrição, não faremos a prova. 
 
 
 
 
 
 
12. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) "O Estado pode considerar desnecessária a 
tradução dos documentos..." No trecho acima, o termo destacado exerce 
função sintática de: 
 
(A) adjunto adnominal 
(B) adjunto adverbial 
(C) complemento nominal 
(D) predicativo do sujeito 
(E) predicativo do objeto. 
 
Comentário: Transcrevendo o período do enunciado na ordem direta, temos “O 
Estado pode considerar a tradução dos documentos desnecessária (...)”. 
Percebemos, assim, que o adjetivo “desnecessária” atribui uma característica ao 
objeto direto “a tradução dos documentos”. Portanto, desempenha a função de 
predicativo do objeto. 
 
Gabarito: E. 
 
 
 
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APOSTO 
 
 Aposto – termo de natureza substantiva ou pronominal que explica, 
esclarece ou resume um elemento. 
 
 O aposto pode ser: 
 
� Explicativo – por definição, é usado para explicar um termo. Na frase, 
aparece entre vírgulas, travessões ou parênteses. 
 
Exemplo: Pelé, o rei do futebol, fez mais de mil gols. 
Pelé – o rei do futebol – fez mais de mil gols. 
Pelé (o rei do futebol) fez mais de mil gols. 
 
� Especificativo (ou apelativo) – liga-se a um substantivo para indicar-lhe sua 
espécie. Não é separado por vírgulas, travessões ou parênteses. 
 
Exemplos: O rio Amazonas é um dos maiores do mundo. 
A cidade de Londres é linda. 
 
� Enumerativo – desenvolve o termo anterior. 
 
Exemplo: Gabaritei as seguintes disciplinas: Direito Constitucional, Direito 
Administrativo e Língua Portuguesa. 
Convidamos os seguintes amigos: Carlos, Ana Carolina e Denise. 
 
� Resumitivo (ou recapitulativo) – por definição, recapitula/resume o que foi 
mencionado anteriormente. 
 
Exemplos: Gritos, festas, batuques: nada desviava seu foco. 
 
� Distributivo – referem-se a elementos no texto. 
 
Exemplo: Vasco e Fluminense são dois grandes clubes de futebol: este foi campeão 
brasileiro em 2010 e aquele vencerá o brasileirão de 2012. 
 
 
Dicas estratégicas! 
 
 1ª) O aposto também pode ser oracional, isto é, ter um verbo em sua 
estrutura. 
 
Exemplos: Desejo o seguinte: que vocês sejam aprovados no concurso. 
 aposto oracional 
 
 Contou-nos a verdade: não a amava mais. 
 aposto oracional 
 
 2ª) O aposto pode referir-se a uma oração inteira. 
 
Exemplo: Vocês gabaritarão as questões, o que me deixará muito feliz. 
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 Na frase acima, o pronome demonstrativo “o” exerce a função de aposto, referindo- 
-se à oração “Vocês gabaritarão as questões”. 
 
 Vocês estudam com muita determinação, o que é admirável. 
 
 Na frase acima, o pronome demonstrativo “o” exerce a função de aposto, referindo- 
-se à oração “Vocês estudam com muita determinação”. 
 
 
O VOCATIVO 
 
 
 Vocativo – termo que indica um chamamento. Não está ligado diretamente a outros 
termos da oração. 
 
 
Exemplos: 
 
Candidatos, estudem para a prova. 
Estudem, candidatos, para a prova. 
Estudem para a prova, candidatos. 
Professor, posso entrar na sala? 
Posso entrar na sala, professor? 
 
 
Dica estratégica! 
 
 Aposto e vocativo não se confundem. Para facilitar a diferenciação, o vocativo 
admite o emprego da interjeição “Ó”, sendo um diálogo. O aposto, por não admite o 
emprego da mencionada interjeição, caracterizando uma declaração. 
 
Exemplos: 
 
(Ó) Professor Fabiano, posso entrar ? (É um diálogo. Logo, “Professor Fabiano” é um 
vocativo.) 
 
Fabiano, professor de língua portuguesa, gosta do que faz. (É uma declaração. Logo, 
“professor de língua portuguesa” é um aposto.) 
 
 
13. (FGV-2008/Senado) No texto, à União (A Carta Magna... atribuiu o 
pertencimento delas à União e conferiu as Estados...) exerce a função de 
sintática de: 
 
(A) adjunto adverbial. 
(B) objeto indireto. 
(C) adjunto adnominal. 
(D) complemento nominal. 
(E) agente da passiva. 
 
Comentário: Para facilitar a identificação das funções sintáticas, transcreveremos o 
período na ordem direta: “A Carta Magna atribuiu o pertencimento (...) à União (...)”. 
Assim, percebemos mais nitidamente que o verbo “atribuir”, no contexto, possui 
transitividade direta e indireta, ou seja, rege dois complementos: “o pertencimento” 
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(objeto direto) e “à União” (objeto indireto). Portanto, a letra B é o gabarito da 
questão. 
 
Gabarito: B.14. (FGV-2010/CODESP) “O ensino técnico profissionalizante de fato precisa 
hoje correr contra o relógio, pois, se persistir a falta de pessoal qualificado, as 
oportunidades acabam definitivamente perdidas pela desistência dos 
potenciais empregadores.” 
O termo sublinhado no período acima exerce a função sintática de: 
 
(A) adjunto adverbial. 
(B) agente da passiva. 
(C) complemento nominal. 
(D) adjunto adnominal. 
(E) objeto indireto. 
 
Comentário: Questão perigosíssima. À época, muitos candidatos marcaram a 
alternativa B (agente da passiva) em virtude da preposição “pelo”. Entretanto, 
veremos que assinalar essa opção foi um erro. Nas lições, vimos que o agente da 
passiva é aquele que pratica a ação verbal, o que não se enquadra no caso em 
análise. A expressão “pela desistência dos potenciais empregadores” denota a 
causa, o motivo de “as oportunidades acabarem”. Podemos transcrever o trecho da 
seguinte forma: “As oportunidades acabam perdidas por causa da desistência dos 
potenciais empregadores”. Logo, o trecho destacado no enunciado é adjunto 
adverbial de causa. 
 
Gabarito: A. 
 
 
 
 
SINTAXE DO PERÍODO 
 
 
 Este é um momento muito aguardado não só por mim, mas também por vocês, 
candidatos, visto que a Fundação Getúlio Vargas sempre exige alguma questão que 
trabalhe conhecimentos sobre período e a relação sintático-semântica entre as orações que 
o compõem. 
 Primeiramente, é preciso dizer que o período divide-se em simples e composto. 
 
 
PERÍODO SIMPLES 
 
 
 O período simples é a estrutura que composta por uma só oração de sentido 
completo, chamada de oração absoluta. Cada oração se estrutura em torno de um verbo. 
 
Exemplo: O aluno passou no concurso. (oração absoluta) 
 
 
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15. (FGV-2008/Senado-Adaptada) “Há, sim, que buscar, com urgência, um 
outro mundo possível, economicamente justo, politicamente democrático e 
ecologicamente sustentável.” 
 
A respeito do excerto acima, analise o item a seguir: 
 
I. O período é simples. 
 
Comentário: O período “Há, sim, que buscar, (...) sustentável.” contém uma única 
forma verbal (“buscar”). Logo, o período é simples. 
 
Gabarito: Correto. 
 
 
PERÍODO COMPOSTO 
 
 Já o período composto é a estrutura que formada por mais de uma oração. 
 
Exemplo: Se você estudar, acertará as questões. 
 1ª oração 2ª oração 
 
 
 O período composto subdivide-se em coordenação e subordinação. 
 
 
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
 
 Por que coordenação? Sempre que o período for composto por coordenação, 
deveremos entender que as orações que o compõem são independentes sintaticamente, ou 
seja, sua estrutura interna (funções sintáticas) não depende de outra oração. 
 
Exemplo: Acordei, estudei, dormi. (as orações são independentes entre si) 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração 
 
 No período composto por coordenação, temos as orações coordenadas 
assindéticas e sindéticas. De onde provêm essas nomenclaturas? 
 Devo dizer a vocês que toda conjunção coordenativa é chamada de 
síndeto. No período composto por coordenação, existem orações que não trazem, 
em sua estrutura, essa modalidade de conjunção. Por essa razão, são chamadas de 
orações assindéticas. 
 
Exemplo: Acordei, estudei, dormi. 
 1ª oração 2ª oração 3ª oração 
 
 Na estrutura acima, as orações “Acordei”, “estudei” e “dormi” não apresentam 
conjunção coordenativa (síndeto). Sendo assim, são classificadas como orações 
coordenadas assindéticas. 
 Entretanto, no mesmo período composto por coordenação, existem orações 
que podem apresentar, em sua estrutura, conjunção coordenativa (síndeto). Sendo 
assim, são denominadas orações coordenadas sindéticas. Essas orações 
recebem o nome da noção semântica apresentada pela conjunção coordenativa. 
 
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 As orações coordenadas sindéticas classificam-se em: 
 
Orações coordenadas sindéticas ... Exemplos 
 
� aditivas – apresentam ideia de soma, 
correlação, sendo estabelecida pelos 
articuladores e, mas também, além disso, 
ademais ... 
 
O aluno estuda e trabalha. 
Não só estuda, mas também 
pratica esportes. 
 
� adversativas – apresentam ideia de 
oposição, contraste, sendo estabelecida pelos 
articuladores mas, porém, todavia, contudo, 
entretanto, no entanto ... 
 
 
Estuda pouco, mas passou em 
vários concursos. 
Foi ao cinema, no entanto dormiu. 
 
� alternativas – apresentam ideia de 
alternância, escolha ou exclusão, sendo 
estabelecida pelos articuladores ou, já...já, 
ou...ou, ora...ora, quer...quer etc. 
 
Deseja isso ou aquilo? 
Ora estuda, ora dorme. 
Iremos à praia quer chova, quer 
faça sol. 
 
� conclusivas – apresentam ideia de 
conclusão lógica, sendo estabelecida pelos 
articuladores pois (após o verbo), portanto, 
assim, por isso, logo, em vista disso, 
então, por conseguinte ... 
 
Estudou muito, logo acertará as 
questões. 
Dormiu tarde, portanto não foi à 
aula. 
 
 
� explicativas – apresentam ideia de 
explicação, esclarecimento, justificativa, 
sendo estabelecida pelos articuladores 
pois (antes do verbo), porque, que, 
porquanto ... 
 
Façam as questões, pois vocês 
precisam passar na prova. 
Entre, que (=pois) é tarde! 
 
 Por ora, devo dizer que os conhecimentos acima são suficientes. 
Doravante, veremos que decorar a lista de conectivos para classificar as orações 
nem sempre é o método mais eficiente, pois as provas da FGV exigem de vocês, 
candidatos, uma análise da relação sintático-semântica entre as orações. 
 
 
16. (FGV-2010/FIOCRUZ) “Caso a pessoa esteja dirigindo, no entanto, falar ao 
telefone pode se tornar uma tragédia”; a conjunção sublinhada pode ser 
substituída por todos os conectivos abaixo, mantendo-se o sentido original, 
exceto em: 
 
(A) porém 
(B) todavia 
(C) apesar de 
(D) entretanto 
(E) contudo 
 
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Comentário: O conectivo “no entanto” apresenta valor semântico de oposição, 
adversidade. Esse valor será mantido ao empregarmos os conectivos “porém”, 
“todavia”, “entretanto” e “contudo”. Já o conectivo “apesar de” contém valor 
semântico de concessão, o que alteraria o sentido original. 
 
Gabarito: C. 
 
 
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
 
 Agora, estudaremos o período composto por subordinação. Mas, afinal, por 
que subordinação? Sempre que o período for composto por subordinação, 
deveremos entender que as orações que o compõem são dependentes 
sintaticamente, ou seja, sua estrutura interna (funções sintáticas) depende de outra 
oração. 
 
Exemplo: Vocês aspiram à aprovação no concurso. (as orações são dependentes) 
 oração principal oração subordinada 
 
 A primeira oração, denominada principal, é o termo regente da oração 
subordinada (termo regido). Em outras palavras, a oração principal “Vocês 
aspiram” subordina a oração “à aprovação no concurso.”, pois esta exerce a função 
sintática de objeto indireto do verbo aspirar (Vocêsaspiram a quê? “À aprovação no 
concurso”.). Logo, “à aprovação no concurso.” é classificada como oração 
subordinada substantiva objetiva indireta. 
 
 As orações subordinadas subdividem-se em substantivas, adverbiais e 
adjetivas. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 
 A nomenclatura “oração subordinada substantiva” deve-se ao fato de um 
termo, de base substantiva, apresentar-se sob a forma de oração, desempenhando 
uma função sintática (sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, 
complemento nominal, agente da passiva ou aposto). 
 
 As orações subordinadas substantivas são introduzidas por uma conjunção 
integrante. Para a felicidade de vocês (rs...), são apenas duas: que e se. 
 
 Existem as seguintes orações subordinadas substantivas: 
 
� Subjetivas – funcionam como sujeito da oração principal. 
 
É essencial que estudemos bastante. 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 subjetiva 
 
 No exemplo acima, a oração “que estudemos bastante.” exerce a função de 
sujeito da oração principal. Sendo assim, deve ser classificada como oração 
subordinada substantiva subjetiva. 
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 Para facilitar a análise da função sintática desempenhada pela oração 
subordinada, substituam a conjunção integrante pelo pronome demonstrativo ISSO: 
 
ISSO é essencial. 
 sujeito 
 
 
Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.) 
 oração princ. oração subordinada substantiva 
 subjetiva 
 
 
 Nas lições acima, estudamos o sujeito oracional, que sempre leva o verbo à 
terceira pessoa do singular. A oração subordinada substantiva subjetiva 
desempenha a função de sujeito oracional, pois apresenta verbo em sua estrutura. 
 
 
É essencial que estudemos bastante. (= ISSO é essencial.) 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 subjetiva 
 
 SUJEITO ORACIONAL 
 
 
Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.) 
 oração princ. oração subordinada substantiva 
 subjetiva 
 
 SUJEITO ORACIONAL 
 
 
� Predicativas – funcionam como predicativo do sujeito da oração principal. 
 
O essencial é que todos sejamos aprovados. (= O essencial é ISSO.) 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 predicativa 
 
 
 
� Objetivas diretas – funcionam como objeto direto da oração principal. 
 
O professor espera que vocês gabaritem a prova. (O professor espera ISSO.) 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 objetiva direta 
 
 
 
� Objetivas indiretas – funcionam como objeto indireto da oração principal. 
 
O professor gostaria de que vocês fossem aprovados. (O professor gostaria dISSO.) 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 objetiva indireta 
 
 
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� Completivas nominais – funcionam como complemento nominal da oração 
principal. 
 
 
O professor tem vontade de que vocês sejam classificados. (vontade dISSO.) 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 completiva nominal 
 
 
� Agentes da passiva – funcionam como agente da passiva da oração 
principal. 
 
Ayrton Senna foi ovacionado por quem estava presente. 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 agente da passiva 
 
 Para facilitar a análise da oração subordinada substantiva agente da passiva, 
substituam pelo pronome indefinido ALGUÉM. 
 
Ayrton Senna foi ovacionado por alguém. 
 
 
 
� Apositivas – funcionam como aposto da oração principal. 
 
O nervosismo dos candidatos era este: que fossem aprovados no concurso. 
 oração principal oração subordinada substantiva 
 apositiva 
 
O nervosismo dos candidatos era este: ISSO. 
 
 
 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
 As orações subordinadas adverbiais desempenham a função sintática de 
adjunto adverbial da oração principal. São introduzidas por conjunções adverbiais. 
 
 As orações subordinadas adverbiais subdividem-se em: 
 
Orações subordinadas adverbiais ... Exemplos 
 
� causais – exprimem causa, razão, motivo, 
em relação à oração principal. Os principais 
articuladores são porque, visto que, que 
(=porque), uma vez que, dado que ... 
 
O aluno obteve boa pontuação 
porque estudou. 
Ficou feliz uma vez que foi 
aprovado. 
 
� comparativas – expressam ideia de 
comparação ou confrontam ideias em relação à 
oração principal. Os principais articuladores são 
como, tal qual, tão quanto (=como), feito 
(= como), que (nas correlações mais (do) que, 
menos (do) que, maior (do) que, menor 
(do) que, melhor (do) que, pior (do) que ... 
 
 
Esta moça é mais bonita do que 
aquela. 
Ele estudou tão quanto a irmã. 
 
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� condicionais – exprimem ideia de 
condição, possibilidade, hipótese. Os principais 
articuladores são caso, se (= caso), 
contanto que, desde que (= caso), sem que, 
salvo se, a não ser que... 
 
Contanto que você compre os 
ingressos, iremos ao cinema. 
Dado que (=caso) erre a questão, 
estude mais. 
 
� concessivas – expressam ideias 
opostas, concessivas às da oração principal. 
Os principais articuladores são embora, 
ainda que, mesmo que, posto que, 
por mais que, se bem que, conquanto, 
dado que (= ainda que), que (= ainda que), 
não obstante ... 
 
 Com conjunções concessivas, o verbo 
fica no modo subjuntivo. 
 
 
Embora estivessem cansados, 
foram estudar. 
Obteve a aprovação sem que 
(=embora não) se dedicasse. 
Persevere, nem que (=ainda que) 
os estudos sejam cansativos. 
 
� conformativas – apresentam ideia de 
conformidade em relação ao fato da oração 
principal. Os principais articuladores são 
segundo, como, conforme, consoante, que 
(= conforme) ... 
 
Segundo o gabarito oficial, acertei 
todas as questões da prova. 
Conforme vocês sabem, o 
Fluminense é o atual campeão 
brasileiro de futebol. 
 
� consecutivas – expressam ideia de 
consequência, resultado em relação à oração 
principal. Os principais articuladores são que 
(nas correlações tão...que, tanto que, 
tamanho que, tal que, de sorte que, 
de maneira que) ... 
 
Estudou tanto que gabaritou a 
prova. 
Tamanha foi a explosão, que 
todos acordaram. 
 
� finais

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