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PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSO PROFISSIONAL AULA 1: VOCÊ ESTA PREPARADO PARA O ENSINO SUPERIOR? ▪ Sonhar grande: coragem, realismo e foco. ▪ Planejamento: definição de metas, criação de planos de ação, e visualize uma linha do tempo (curto e longo prazos). ▪ Executar com perfeição: disciplina, paciência e humildade. ▪ Avaliar-se: cheque seu progresso. AULA 2: CONHEÇA SEU CURSO E SUA INSTITUIÇÃO DE ENSINO Conhecendo o Ensino Superior As Instituições de Ensino Superior podem ser Universidades, Centros Universitários e Faculdades. Nelas funcionam os cursos de graduação, que se dividem em bacharelados, licenciaturas e tecnólogos. Ainda fazem parte do Ensino Superior os cursos de pós-graduação, que se subdividem em stricto sensu (mestrados e doutorados) e lato sensu (cursos de especialização e MBAs). Instituições de Ensino Uma Universidade é uma instituição baseada em 3 pilares indissociáveis: ensino, pesquisa e extensão. O status de Universidade permite gozar de autonomia para executar suas finalidades, como criar novos cursos, por exemplo. As universidades devem possuir ao menos 4 programas de pós- graduação stricto sensu, sendo um deles doutorado. Os centros universitários, assim como as universidades, possuem cursos de graduação em diferentes áreas do conhecimento e autonomia para criar cursos na sede da instituição. Geralmente são menores que uma Universidade e não possuem exigência de ter programas stricto sensu, por exemplo. As faculdades atuam normalmente em áreas específicas do saber, especializando-se em cursos de gestão, por exemplo, ou de saúde, educação etc. Uma Faculdade não possui autonomia para criar programas de ensino. Cursos de Graduação Bacharelado e Licenciatura são cursos superiores que confere ao formado competências em determinado campo do saber para o exercício de uma determinada atividade, seja acadêmica, seja profissional. Ambos possuem uma base comum, mas no decorrer do curso vocaciona-se o futuro bacharel para disciplinas voltadas à atuação profissional; enquanto o licenciado é preparado para atuar como professor na Educação Básica. O curso Tecnológico, por sua vez, possui carga-horária menor que o Bacharelado e a Licenciatura, e apresenta como característica geral a preparação específica para atuar no mercado de trabalho em uma determinada área, como Logística, por exemplo. Cursos de Pós-Graduação no Brasil Os cursos lato sensu também são chamados especialização, possuem caráter de aperfeiçoamento ou de atualização em uma determinada área de conhecimento, tanto com vistas a aprofundar o conhecimento ou qualificar seu egresso para uma determinada função. Têm carga horária mínima de 360 horas e se encontram nesta categoria também os cursos designados como MBA. Os cursos stricto sensu são cursos voltados à formação científica e acadêmica e também ligados à pesquisa. Existem nos níveis: mestrado e doutorado. O mestrado dura entre dois a dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve uma pesquisa e cursa as disciplinas relativas ao tema pesquisado. O doutorado tem duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração de uma tese. Como um curso superior é concebido? As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios e o tempo mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular e trabalho de conclusão de curso, dentre outros. 1- O Núcleo Docente Estruturante do curso analisa as determinações do MEC e estabelece o Projeto Pedagógico do Curso, onde se encontra a matriz curricular. 2- Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação das ementas, carga horária, conteúdo programático, dentre outros, das disciplinas que compõem a matriz curricular. 3- Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz curricular, verificando quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga-horária, créditos etc. Como um Curso Superior é concebido? > As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios e o tempo mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. > Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular e trabalho de conclusão de curso, dentre outros. 1. O Núcleo Docente Estruturante do curso analisa as determinações do MEC e estabelece o Projeto Pedagógico do Curso, onde se encontra a matriz curricular. 2. Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação das ementas, carga horária, conteúdo programático, dentre outros, das disciplinas que compõem a matriz curricular. 3. Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz curricular, verificando quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga-horária, créditos etc. Período Letivo: espaço de tempo em que se dá uma etapa do curso. No caso da Estácio, o período é semestral, e cada semestre é composto por um grupo de disciplinas e, eventualmente, por atividades acadêmicas para aquele período. ▪ Código e nome da disciplina: Cada disciplina, de cada curso, possui um código de referência. Se um código é iniciado pela sigla GST, por exemplo significa que a disciplina é oriunda da área de Gestão. Os códigos e nomes das disciplinas são importantes quando há mudança de currículo, por exemplo. ▪ Tipos da Disciplina: > Mínimas: de cumprimento obrigatório, que compõem a estrutura curricular mínima de acordo com as diretrizes curriculares do MEC. > Eletivas: contemplam determinados temas, áreas ou subáreas, podendo o estudante escolher dentre elas as que deseja cursar. > Optativas: constituem um vasto elenco de possibilidades de enriquecimento curricular, podendo o estudante estuda-las facultativamente. ▪ Carga Horária: Compreende o número de horas previsto para abranger o conteúdo a ser abordado na disciplina ▪ Pré-requisito: Algumas disciplinas, em virtude de seu conteúdo, exigem conhecimento prévio adquirido em disciplinas anteriores. Existe ainda o co-requisito, quando uma disciplina deve ser cursada juntamente com outra, no mesmo período. ▪ Atividades Acadêmicas Complementares: Componentes curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por objetivo enriquecer e complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora do ambiente acadêmico e incluem a prática de estudos, pesquisas, atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade etc. ▪ TCC: Componente curricular obrigatório ao final dos bacharelados e licenciaturas, como forma de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contemple a diversidade dos aspectos de sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto, dependendo do Projeto Pedagógico de cada curso. Alguns cursos da Graduação Tecnológica possuem a obrigatoriedade de TCC. ▪ Estágio Curricular Supervisionado: Atividade acadêmica obrigatória na maioria dos cursos de nível superior. Trata-se da articulação entre a teoria e a prática, essencial para a formação profissional. A carga horária mínima do estágio varia de curso para curso. Consulte as estrutura curricular do seu curso e o setor responsável porEstágio e Emprego na sua unidade. ▪ Avaliação 100% EAD > O Aluno deverá obter média 6,0 (seis) para aprovação. Essa média será composta pela soma do resultado na prova (AV), que vale 8,0 (oito), com a nota de participação nos fóruns, que vale até 2,0 (dois). A Avaliação (AV) abrange todo o conteúdo da disciplina e conta com questões objetivas e discursivas. A Avaliação Substitutiva (AVS) atende ao aluno que não fez a AV ou que queira melhorar o seu CR. O Simulado é feito no ambiente virtual, com questões objetivas referentes às aulas de 01 a 05 e não tem pontuação. ▪ Benefícios do sistema de Avaliação > Menor necessidade de comparecimento ao Polo para fazer prova, podendo, no limite, ser exigido apenas uma ida por semestre letivo (caso o aluno obtenha média 6,0 com apenas uma prova); > Possibilidade do aluno ter uma prova substitutiva em caso de ausência ou baixa performance na primeira prova; > Mais tempo para o aluno se preparar para as provas; > Mais tempo de interação com o tutor online nos fóruns de discussão; > Oportunidade de se ambientar e experimentar com o modelo de questões da prova através da realização de Simulado feito no ambiente virtual; > Mais tempo de familiarização com a metodologia de estudo online; > Possibilidade de se recuperar na disciplina, independente de um resultado ruim na primeira avaliação. ▪ Material Didático Impresso: Contempla as leituras essenciais das disciplinas. São os capítulos dos livros das melhores editoras nacionais e internacionais e em consonância com os Planos de Ensino e de Aula das disciplinas. AULA 3 : MÉTODOS DE ESTUDO NO ENSINO SUPERIOR Administrar o tempo: saber o que, para você, é prioritário, dentre as várias coisas que você precisa fazer. Estabelecer prioridade é uma necessidade e uma arte. ▪ Importância de administrar o tempo: > Ajuda a organizar sua rotina, maximizando sua produtividade. Como todas as ações possuem início, meio e fim, seu curso superior não é diferente. Dessa forma, ele pode ser visto como um projeto. ▪ Meta: Ponto onde se quer chegar. ▪ Três possíveis metas relacionadas à formação superior: > Meta Acadêmica/Pessoal: Concluir o curso superior no prazo de formação estipulado, tornando-se um profissional bem preparado, ético e cidadão. > Meta Financeira: Redimensionar o orçamento doméstico para custear o investimento em educação, evitando aumento de custos por atraso ou inadimplência. > Meta Profissional: Ser promovido ou conquistar um novo emprego de acordo com a formação superior adquirida. ▪ Comportamentos que proporcionam maiores chances de êxito na vida acadêmica: > Pontualidade > Planejamento > Autonomia > Foco ▪ Estilos E tipos de inteligência: > Auditivo: Vale-se da audição para obter e reter informações. Lembra-se de frases ditas, da voz, mesmo há muito tempo, é mais atento a palestras e falas. - Leia textos em voz alta; - Preste atenção na fala do professor, só escreva quando ele não estiver falando; - Grave palestras, aulas, etc.; - Grave resumos e os escute antes das avaliações; - Converse sobre o conteúdo com seus colegas. > Visual: Vale-se da visão para obter e reter informações. Atenta para formas, detalhes, lembra rostos e não nomes, lê mapas e fluxos facilmente. - Estude por intermédio de recursos visuais (vídeos, fluxos, diagramas etc.); - Faça resumos, anotações, sublinhe partes do texto, reescreva conceitos mais complexos, destaque palavras mais importantes; - Acrescente bilhetes, notas, post-it ao material de estudo. Cinestésico: Vale-se dos sentidos para obter e reter informações. Identifica pelo tato, procura sem olhar, é mais atento às dinâmicas e atividades práticas. - Leia em voz alta, caminhando, ou converse sobre o conteúdo com um colega de forma dinâmica, com movimento (um fala uma parte, outro complementa); - Tente realizar atividades práticas que remetem ao conteúdo; - Use outros locais para leitura/estudo além dos que você normalmente usa; - Trate o conteúdo de forma dinâmica: leia, escreva, fale, gesticule, explique para você mesmo na frente do espelho. ▪ O papel das mídias sociais no aprendizado: > Os ambientes virtuais de aprendizagem adotados na Estácio possuem ferramentas de comunicação e interação. > Os recursos online de interação em rede permitem compartilhar conteúdo (ideias, imagens, vídeos, textos, músicas etc.) e estimulam a criação coletiva, colaborativa. > A aprendizagem irá ocorrer por meio da construção coletiva do conhecimento, pela colaboração, compartilhamento e troca de experiências. Criar grupos, levantar discussões, indicar links (vídeos, artigos, pesquisas) e trocar documentos são os meios mais usuais de se usar a rede para estudo. 1. Ao ingressar em um curso superior, você será capacitado para mobilizar recursos (conhecimento, habilidades, atitudes, valores) com o objetivo de resolver situações complexas inerentes à área de formação. 2. Ao longo do seu curso você irá desenvovler as competências acadêmicas necessárias à formação do perfil profissional esperado, que serão confirmadas com a certificação final de conclusão do seu curso. 3. Uma vez inserido no mundo do trabalho, você irá desenvolver as competências profissionais por meio da experiência no efetivo exercício da sua profissão, estabelecidas a partir dos objetivos e do perfil profissional construídos ao longo do curso de formação. 1. Aulas presenciais: Aulas que contam com a presença física do professor e dos estudantes em determinados ambientes: sala de aula, laboratório, auditório etc. Na maioria dos cursos Estácio, toda disciplina presencial ainda possui um ambiente virtual de apoio, com materiais didáticos, documentos da disciplina, atividades, textos etc. Normalmente a aula teórica utiliza métodos de ensino baseados na exposição feita pelo professor, e a aula prática utiliza métodos de ensino baseados na aplicação do conhecimento, com simulações, experiência, atividades individuais ou coletivas realizadas pelo estudante. 2. Aulas online: Aulas que ocorrem inteiramente em ambiente online, também conhecido como ambiente virtual de aprendizagem (AVA), preparado especialmente para tal fim. Nesse ambiente o professor atua como mediador da aprendizagem, incentivando a construção e a troca de conhecimentos e experiências entre você e outros estudante, com o importante papel de incentivar os estudos. Há discussões realizadas nos fóruns, há ferramentas de interação, biblioteca virtual da disciplina, conteúdo interativo, videoaulas, links, exercícios etc. 3. Biblioteca: Espaço de apoio ao aluno. Além de suas funções principais, oferece, de forma sistemática, oficinas que habilitam o estudante a pesquisar na internet e cursos sobre as normas técnicas a serem seguidas na formulação de trabalhos escritos. Ao nos referirmos à biblioteca, estamos falando da biblioteca física, localizada no campus onde você estuda. Existe também a Biblioteca Virtual, parceria da Estácio com as principais editoras do mercado, que ali disponibilizam suas obras para leitura e consulta dos alunos. 4. Atividades Estruturadas: Atividades contextualizadas no âmbito da disciplina e compõem a sua carga horária privilegiam a articulação teoria e prática, a reflexão crítica, o interesse pela pesquisa e o processo de autoaprendizagem. 5. Atividades de Aprendizagem: Tarefas determinadas pelo professor que complementam ou aplicam o conhecimento visto na disciplina. Nas atividades individuais, você irá trabalhar de forma autônoma, independente, sob orientação e critérios estabelecidos pelo professor (resenhas, leituras, estudo dirigido, relatórioetc.). Nas atividades coletivas, todos os participante irão construir o conhecimento de forma coletiva, colaborativa, também sob orientação do professor (apresentações em grupo, seminários, exposições, etc.). 6. Pesquisa e Extensão: A iniciação científica e a pesquisa incentivam a investigação, com vistas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e a criação e difusão de cultura. As atividades de pesquisa desenvolvem o entendimento do ser humano e da sociedade. Como estudante, você será estimulado a conhecer os métodos científicos e a aprendizagem de técnicas de pesquisa, bem como o desenvolvimento da mentalidade crítica e investigativa. AULA 4: FINANÇAS PESSOAIS Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um curso superior gera um aumento médio de 156% dos rendimentos. A grande maioria dos agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas) pratica a administração financeira, conscientes ou inconscientes da realização do processo, pois ganham ou obtém empréstimo, gastam ou investem dinheiro. A relação entre pessoas e dinheiro não pode ser conflituosa, e sim virtuosa, ou seja, agregando valor a vida das pessoas e não destruindo seus sonhos e desafios. ▪ A Gestão financeira pessoal é a metodologia pelo qual o indivíduo administra recursos, buscando a otimização destes através da maximização das receitas e minimização dos gastos. ▪ Pessoa física é a pessoa natural, o indivíduo, desde o nascimento até a morte. ▪ Pessoa jurídica é uma entidade abstrata, não natural, com existência e responsabilidade jurídicas. ▪ Receita são as entrada de recursos financeiros. Para as pessoas físicas podem ser salários, alugueis a receber, serviços prestados etc. ▪ Receita bruta são as entradas sem descontos, e receita líquida são entradas após os descontos (INSS, imposto de renda etc). ▪ Gastos (pessoa física) são desembolsos realizados como pagamento de contas de água, luz, telefone, aluguel etc. ▪ Investimento são recursos que possibilitam retornos, tais como poupança, fundos de renda fixa etc. ▪ Endividamento é a capacidade de contrair dívidas. ▪ Financiamentos são recursos obtidos em instituições financeiras com destino definido, como compra de imóvel, veículo, etc. ▪ Consórcios são grupos que se reúnem, sob administração de terceiros, visando à aquisição de bens. ▪ Empréstimo é o dinheiro concedido por instituições financeiras sem direcionamento, ou seja, pode utilizar o dinheiro para qualquer fim. ▪ Planejamento: 1. Objetivos Pessoais: Qual o seu desejo sobre seus relacionamentos, grau de instrução, lazer. 2. Objetivos Profissionais: Onde você deseja trabalhar e quando espera ocupar essa posição (tempo), qual a sua intenção de receita (renda). 3. Objetivos Patrimoniais: O que você deseja adquirir: carro, moradia, aplicar em um investimento etc. ▪ Planejamento Financeiro é preparar-se para o futuro, através da previsão de receitas e gastos. É manter controle sobre o seu destino financeiro. Com base no seu planejamento, você terá condições de realizar investimentos e captar recursos dentro de uma necessidade de construção de riquezas, e não um endividamento sem saúde financeira. Através do orçamento temos como perceber qual(is) gasto(s) está(ão) consumindo a maior parte da receita, ou seja, diminuindo a sobra de recursos financeiros. Com o orçamento pronto, você estará com a transparência necessária da sua vida financeira para decidir melhor sobre o seu futuro. ▪ Todo planejamento deve possuir a origem de recursos financeiros, a descrição dos recursos que serão utilizados e quanto vai custar para este planejamento ser realizado. É importante utilizar o orçamento realizado também como controle, determinando o limite de gasto com base na receita. Após o saldo entre receita líquida x gastos, estaremos em condições de verificar o fluxo de caixa. Posição de INVESTIDOR = receita > gastos Posição de TOMADOR = receita < gastos AULA 5 : CAPTAÇÃO DE RECURSOS E INVESTIMENTO O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação (MEC) destinado à concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. Você se lembra da Aula 4? Nela falamos de finanças pessoais, quando ficou clara a situação em que, na maioria dos casos, é possível utilizar parte do saldo financeiro para aplicação. O investidor típico é aquele cuja renda é maior que seu consumo/gastos, sobrando recursos para serem aplicados. Mas é óbvio que nem todos são assim... Podemos classificar o perfil de investidor conforme suas características predominantes: O investidor conservador é aquele que não gosta de correr risco. Normalmente aplica seu dinheiro em fundos de renda fixa e caderneta de poupança. O investidor moderado é aquele que arrisca um pouco mais, mas também considera fortemente o risco e não costuma ousar. Costuma diversificar sua carteira de investimento, geralmente aplicando em fundos mistos, ações conservadoras, fundos de renda fixa e poupança. O investidor agressivo ou arrojado não tem medo de investir em papeis de alto risco, buscando a maior rentabilidade no menor espaço de tempo. É, geralmente, investidor em mercado de ações, alavancando os investimentos com operações de derivativos (conceito que você verá mais à frente). A lógica do investimento: Ponto de vista do investidor: 1. Possui dinheiro disponível para aplicação 2. Procura um banco para investir 3. Apresenta os tipos de investimento disponíveis 4. Demonstra o resultado do investimento - O investidor disponibiliza seus recursos financeiros em troca de taxa de juros. O retorno tem de produzir riqueza, ou seja, a taxa de retorno deve superar a inflação e sobrar dinheiro. Ponto de vista do banco: 1. Aplica dinheiro em um tipo de investimento 2. Trabalha o dinheiro em empréstimos ou aplicações de curto prazo 3. Tomador paga o empréstimo contratado ao banco, ou o banco realiza suas aplicações 4. Banco remunera a aplicação do investidor - A função dos bancos é captar recursos através de investidores e emprestar a tomadores, ou ele mesmo investir. O banco fica com o spread, ou seja, a diferença entre a taxa de empréstimo/aplicação e a taxa de aplicação do investidor. Tipos de investimento: Certificado de Depósito Bancário (CDB) e o Recibo de Depósito Bancário (RDB): São os mais antigos títulos de captação do setor privado, oficialmente conhecidos como depósitos a prazo. Os recursos captados pelas Instituições Financeiras através desses instrumentos são repassados aos clientes na forma de empréstimos para financiamento de capital de giro e/ou aquisição de equipamentos. Caderneta de Poupança: Aplicação mais simples e tradicional, sendo talvez a única na qual é possível aplicar pequenas somas e obter liquidez, apesar da perda de rentabilidade para saques anteriores a 30 dias corridos. Tem isenção no Imposto de Renda. Os recursos das cadernetas de poupança devem ser aplicados de acordo com regras estabelecidas pelo Banco Central; conforme as variáveis econômicas do momento, elas podem ser alteradas. Fundos de Renda Fixa: Carteiras constituídas com títulos que apresentam remuneração com baixo risco, pois os ganhos são conhecidos ou de fácil mensuração, como CDB, RDB, Títulos do Tesouro Nacional. Na sua maioria, os fundos têm lastro com o CDI. Os fundos de renda fixa cobram taxa de administração que, em uma econômica estável, pode influenciar excessivamente na remuneraçãodo capital investido, porque, ao contrário da poupança, o fundo de renda fixa sofre a incidência de imposto de renda. Títulos do Tesouro Nacional: Títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, que é o caixa do governo federal (através do Banco Central do Brasil) para captação de recursos e financiamentos da dívida pública federal. Existem vários tipos de títulos, cada um com uma finalidade e prazo de vencimento. O tesouro direto está chamando a atenção do mercado em virtude da establidade da moeda e quada da taxa de juros. Títulos do Tesouro Nacional fazem parte da composição da carteira dos fundos de investimento em renda fixa. Ações são participações em empresa: Quando você compra uma ação, está adquirindo uma pequena participação em uma emprsa; por isso, o investidor é também denominado acionista. As variações de preço nas ações acompanham as tendências econômicas, bem como a governança corporativa do negócio e a tendência do mercado em que a empresa participa são variáveis. Outro fator relevante é a distribuição de dividendos (parte dos lucro da empresa que é distribuído aos acionistas). AULA 6 : HABILIDADES E COMPETENCIAS PARA A EMPREGABILIDADE ▪ Habilidades: Capacidades – adquiridas pela teoria e/ou prática – para realizar determinadas tarefas. Devem ser desenvolvidas com foco nas competências. ▪ Competência: Mobilização de recursos para desempenhar uma determinada tarefa ou função. Nessa mobilização são envolvidas habilidades, conhecimentos, valores e atitudes, entre outros, os quais serão necessários para cumprir satisfatoriamente uma determinada ação. Competência pode ser definida como uma mobilização de recursos para desempenhar uma determinada tarefa ou função. Nessa mobilização são envolvidas habilidades, conhecimentos, valores e atitudes, entre outros, os quais serão necessários para cumprir satisfatoriamente uma determinada ação. Desenvolvemos habilidades o tempo todo, mas elas isoladas não necessariamente permitem desempenhar uma determinada tarefa de maneira satisfatória. Aprender a bater a bolinha na raquete não torna uma pessoa tenista, por exemplo. ▪ Tipo de competência: Competência cognitiva: Capacidade de aprender que implica: 1) criação de estratégias a partir da organização das informações disponíveis na situação; 2) reorganização de esquemas disponíveis em nosso estoque de conhecimentos. Diferente da competência didático-pedagógica, trata-se da capacidade de reconfigurar a mente para adquirir novos conhecimentos com rapidez e eficiência, mesmo não havendo um programa formal de aprendizagem. Exemplo: • Explorar um local que você não conhece envolve a capacidade de ler um mapa, localizar-se por meio de GPS, saber a quem pedir informações ou solicitar um guia e ouvir suas recomendações. Além disso, envolve saberes como o da topografia e da geografia local. • Saber votar movimenta a capacidade de usar a urna eletrônica, selecionar os candidatos, reconhecer as realizações e referências das instituições políticas, conhecer o procedimento eleitoral do país etc. • Identificar sinais de uma pessoa doente envolve as competências de observar fisiologia, medir temperatura, administrar remédio, além de conhecimentos de primeiros socorros, riscos, identificação de patologias e sintomas etc. Competência comunicativa: é definida por Brown (1994, p.227) como sendo a capacidade que o indivíduo possui e que o possibilita emitir e interpretar mensagens e negociar seus significados, interpessoalmente em contextos específicos. Ou seja, a capacidade de comunicar-se com clareza, precisão, empatia. Exemplo: • Saber distinguir a realidade social, relações com pessoas e tipos de linguagem que podem ser usados para cada ocasião particular, bem como jargões profissionais e sociais. • Ser capaz de compreender a contextualização de sentenças escritas e também daquelas faladas. • Conhecer a gramática e o vocabulário, além de regras como convidar de forma apropriada, saber pedir desculpas e agradecer. Competência didático-pedagógica é aquela relacionada à educação e ao ensino. Piaget (1978, apud Fujimo e Vasconcelos 2011), teórico idealizador da teoria construtivista, entende o sujeito como um ser ativo na construção do seu conhecimento e, nesse sentido, um erro corrigido pelo próprio aprendiz pode ser mais relevante para a construção do conhecimento do que um acerto. Na prática, é a capacidade de aprender a aprender. Exemplo: “O aluno tem dificuldade de entender o que é, por exemplo, custo fixo, custo variável. Não vou generalizar, mas eles têm dificuldades de entender se algo é um custo, um gasto ou uma despesa, acho que a dificuldade está nessa essência. O custeio em si é fácil de entender depois que você conhece o conceito que está por trás.” Estes dados mostram que os saberes dos professores abrangem uma diversidade de objetos, de questões, de problemas que estão todos relacionados ao seu trabalho. Para Tardif (2002, p. 213), esta é uma das manifestações possíveis do “saber-fazer” e do “saber-ser” professor, “bastante diversificados, provenientes de fontes variadas e provavelmente também de natureza diferente”. Competência intelectual é aquela relacionada à capacidade de raciocinar ou de aprender. Está, portanto, relacionada à aplicação de aptidões mentais (Dutra, 2011). No mundo profissional, por exemplo, é muito comum ingressar em uma empresa e ter de aprender a usar sistemas específicos daquela empresa. Exemplo: As empresas que conseguem manter competitividade e participação em alto grau possuem notória competência intelectual. Isso certamente ajuda a valorizar suas ações nas bolsas de valores. É comum que o valor de mercado dessas empresas esteja acima de seu patrimônio líquido, pois elas têm a capacidade de: • Transformar; • Inovar; • Superar crises e expandir seus negócios, como é o caso de empresas gigantes de T.I. Competência pragmática tem relação com a competência comunicativa. Segundo Schmidt (1993), o conhecimento pragmático e discursivo não é sempre usado de maneira automática, irrefletidamente; alguns atos conversacionais são planejados, outros não; há espontaneidade e também há planejamento. Ou seja, não se trata apenas de troca de mensagens e entendimento do conteúdo, mas a postura, a articulação do que o outro quer ouvir, o entendimento cultural do falante, a atitude etc. Exemplo: A pragmática está associada essencialmente aos objetivos da comunicação. Considere, por exemplo, o fato de não ser permitido fumar em todos ambientes. Como alertar isso ao seu interlocutor? “Por favor, você pode parar de fumar?". Ou, uma alternativa, pode ser “Parece que este local está necessitando de um depurador de ar". Repare que, na segunda frase, a palavra fumar não é utilizada, mas a intenção do locutor ainda tem o mesmo significado, mas de forma indireta. Competência relacional é a capacidade de conviver em grupo. Moscovici (1998, apud Silva, 2007) relata que pessoas que convivem e trabalham com outras pessoas apresentam reações: comunicam- se, simpatizam e sentem atrações, antipatizam e sentem aversões, aproximam-se, afastam-se, entram em conflito, competem, colaboram, desenvolvem afeto. Essas interferências ou reações, voluntárias ou involuntárias, intencionais ou não-intencionais, constituem o processo de interação humana. Exemplo: O que fala muito é um chato, quem não fundamenta seus argumentos não expõe as ideias com clareza. A competência relacional nada mais é do que o jogo de cintura ou a capacidade de se relacionarbem com as pessoas: saber ouvir e argumentar, e sempre olhando diretamente nos olhos do outro, sem desviar. Esse interlocutor precisa ser dotado do chamado “Quociente Emocional”. Muitas pessoas não contrabalançam esses fatores em suas vidas, sendo que a maior parte deles é indispensável para a empregabilidade. Competência técnica é o domínio de determinados conhecimentos técnicos relacionado a uma área de conhecimento ou profissão. Alonso (2010) afirma que esta competência está relacionada ao QI, ou seja, a quantidade de conhecimento formal e acadêmico que o indivíduo conseguiu adquirir (domínio de idiomas, formação acadêmica, domínio de metodologias de trabalho etc.). Exemplo: •Nível de escolaridade formal exigida para pleno desenvolvimento das atribuições do cargo; •Treinamentos, cursos específicos, habilitações profissionais, especializações etc., para obter melhores resultados no desempenho do cargo; •Escolaridade e treinamentos realizados e aprimorados pela experiência profissional. O mercado exige profissionais cada vez mais preparados e conscientes de sua atuação. Os avanços tecnológicos contribuem para um novo olhar sobre o profissional. O desenvolvimento de competências e habilidades é essencial para o ingresso de profissionais em um mercado tão competitivo e veloz. Não basta apenas ter um diploma, as empresas demandam mais do que isso. Empregabilidade: Qualidade ou característica de quem é empregável. Capacidade de adequação do profissional ao mercado de trabalho (Almeida, 2006). Não importa a função, aplica-se a todo e qualquer profissional. Exige consciência de suas verdadeiras competências e habilidades. Exige flexibilidade para constantes mudanças de função, de setor e de área. Lembre-se de que a COMPETÊNCIA RELACIONAL é a capacidade de interagir, estabelecer vínculos, união etc. Não confunde-se com a COMPETÊNCIA COMUNICACIONAL, essa relativa à habilidade de emitir e receber mensagens, bem como compreender seu conteúdo. O mesmo vale para a COMPETÊNCIA INTELECTUAL, que é a habilidade de usar o raciocínio para solucionar um problema, por exemplo. Não confunde-se com COMPETÊNCIA COGNITIVA, relacionada à capacidade de aprender. Finalmente, temos a COMPETÊNCIA TÉCNICA, que se refere ao domínio de determinados conhecimentos específicos. Definindo ética... Em termos gerais, ética é o código de princípios e valores morais que regem o comportamento de uma pessoa ou grupo, com relação ao que é certo ou errado, influenciando na conduta e na tomada de decisões. Portanto, a ética está relacionada à opção ou desejo de se manter com os outros relações e/ou condutas justas e aceitáveis que consiste em uma reflexão crítica que permita a escolha da melhor forma de agir. Um bom exemplo para analisarmos a questão da Ética são os maus políticos. Eles passam às pessoas mais desinformadas a impressão de que são corretos. Infelizmente, pessoas com suas necessidades fundamentais e básicas não providas, mesmo pagando altos impostos, são suscetíveis a acreditar. Será que o poder público esqueceu completamente a ética cidadã, cobrada nas ruas? Já os bons exemplos de ética vêm das demonstrações de honestidade governamental que passam pela transparência nas contas públicas de grandes obras (como estádios de futebol, por exemplo). Da Ética para o marketing pessoal O marketing pessoal pode ser entendido como sendo uma forma do profissional demonstrar publicamente suas qualidades. Um bom começo para se ter um bom marketing pessoal é construir uma auto-imagem positiva e otimista. As pessoas esquivam-se daqueles que estão sempre mal-humorados ou torcendo para tudo dar errado. Como nos ensina as bem-sucedidas estratégias do marketing tradicional, todo produto necessita de uma boa embalagem. Portanto, cuide da sua comunicação e apresentação pessoal, pois são o seu cartão de visitas. Marketing e apresentação pessoal Marketing pessoal não é divulgar uma melhor imagem de nós mesmos, mas realmente nos tornarmos pessoas mais adequadas quanto à postura, atitude e comportamento no meio em que vivemos. Marketing Pessoal é um benefício na vida profissional e pessoal dos indivíduos, através da capacidade de atrair e manter relacionamentos: Profissionais: com equipe, clientes, gerentes, diretores, fornecedores. Pessoais: com familiares, relacionamentos afetivos, amigos e a sociedade em que vive. Aula 7: EMPREGABILIDADE: ALÉM DA TÉCNICA Como vimos anteriormente, uma das definições para empregabilidade refere-se à capacidade de adequação do profissional ao mercado de trabalho. Ampliando esse horizonte, podemos definir melhor o conceito: empregabilidade é a capacidade de prestar serviços e obter trabalho remunerado utilizando-se das competências. Rueda, Martins e Campos (2004) definem a empregabilidade como as ações empreendidas pelas pessoas para desenvolver habilidades e buscar conhecimentos favoráveis, com vistas a conseguir uma colocação no mercado de trabalho, seja ele formal ou informal. Portanto, é preciso desenvolver habilidades e competências, agregadas, pela via do conhecimento específico e pela multifuncionalidade. Podemos definir flexibilidade como sendo a aptidão para variadas coisas ou aplicações, e até mesmo como sendo nossa disponibilidade de espírito, nossa compreensão, complacência para entender e, porque não dizer, aceitar e adaptar-se ao contexto. ▪ Flexibilidade: Nas empresas, a flexibilidade diz respeito à postura que se espera do profissional, de se adaptar rapidamente às mudanças impostas (novas funções, novas estruturas organizacionais, mobilidade para aceitar desafios em outras regiões, novos padrões de concorrência e produtos etc.). A crescente mudança no mundo dos negócios... ... exige rápida adaptação das empresas (estratégia, tática, operação)... ... o que demanda... profissionais flexíveis. Com quem você quer trabalhar? Você é gerente de produção em uma empresa têxtil de médio porte. Surgiu uma oportunidade de vaga para o cargo de supervisor de célula de produção, e você possui duas escolhas: 1) selecionar alguém do mercado; 2) Promover um analista de célula de produção do seu setor. O perfil desejado envolve os seguintes atributos: - Conhecimento técnico e experiência na área; - Capacidade de atuar com foco gerencial, além do técnico; - Disponibilidade para viagens, reuniões fora de sede, home office; - Vontade de crescer na empresa; - E, principalmente, visão de dono do negócio. A opção natural foi selecionar alguém Interno, que já conhece a cultura da empresa, os processos, a metodologia de trabalho, o sistema de gestão etc. Dois dos candidatos são os técnicos mais experientes do seu setor e estão concorrendo à vaga. os quais foram entrevistados por você. Veja alguns destaques da fala de cada um durante a entrevista: Renata completou 40 anos e, por isso, decidiu realizar um “check-up”. Ao olhar o livro do seu plano de saúde, verificou que havia uma clínica próxima a seu trabalho, e decidiu marcar uma consulta inicial com o cardiologista da clínica, para iniciar o processo. Vamos analisar o que aconteceu com Renata para você entender melhor o conceito coerência. Durante o primeiro exame, Renata constatou algo que a deixou bastante desanimada e descrente da seriedade da clínica e do profissional médico que a atendia. Ela constatou um maço de cigarro na mesa do médico e sentiu cheiro na mãodele. Coerência, dentre outros sentidos, é a busca do equilíbrio entre as crenças, estratégias e comportamento pessoais de um indivíduo frente às crenças de uma empresa/organização, de modo que a impressão que se tem sobre um profissional seja compatível com a impressão que se tem de uma empresa. Coerência é o que se espera entre os colaboradores de uma empresa e ela própria. É a base para a existência da confiança na empresa, o que ficou comprometido, no caso da Renata. Chiavenato (1999) relata que o que leva uma organização rumo à excelência e ao sucesso não são apenas produtos, serviços, competências e recursos. É o modo como ela arranja isso e como é administrada. A administração é, portanto, o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de resultados. Um exemplo: resultado financeiro Uma empresa precisa gerar lucro para crescer no mercado, bem como gerar valor para seus clientes/usuários Os gestores estabelecem ações para atingir resultados (uso de tecnologia, melhoria de processos, controle, investimento etc.) Cada colaborador tem um conjunto de atividades e processos específicos com foco em criar valor e produzir os resultados. “Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar”. Todo grande projeto depende da figura do empreendedor: indivíduo que apresenta determinadas habilidades e competência para criar, abrir e gerir um negócio, obtendo resultados positivos. São características do empreendedor: - Criatividade; - Capacidade de organização e planejamento; - Responsabilidade; - Capacidade de liderança; - Habilidade para trabalhar em equipe; - Gosto pela área em que atua; - Visão de futuro e coragem para assumir riscos; - Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para o seu negócio; - Persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas); - Saber ouvir as pessoas; - Facilidade de comunicação e expressão. Empreendedorismo é Atitude... Por isso, para ser empreendedor é preciso sair da zona de conforto e ir à luta. E você? É capaz disso? Para saber se você tem o perfil empreendedor, questione-se: • Eu realmente me desafio? • Não fico satisfeito com o que me é facilmente oferecido? • Busco novas alternativas e procuro informações precisas, estudando o problema, analisando os riscos, testando e aprendendo com as situações? • Respondo pelos resultados (bons ou ruins), me reposicionando, focando no objetivo e buscando novas soluções? E aí? É capaz de tudo isso? Quem empreende é sempre inquieto e tem consigo o desejo de fazer diferente, de aproveitar a oportunidade e melhorar o que já existe. Para se sentir ainda mais empreendedor, assista agora ao vídeo do Waldez Ludwig sobre “Atitude Empreendedora e Talento”. Já ouviu falar em Empreendedorismo Social? Empreendedorismo social é um termo que indica um negócio lucrativo que ao mesmo tempo traz desenvolvimento para a sociedade. As empresas sociais, diferentes das ONGs ou de empresas comuns, utilizam mecanismos de mercado para, por meio da sua atividade principal, buscar soluções para problemas sociais. Os negócios sociais integram a lógica dos diferentes setores econômicos e oferecem produtos e serviços de qualidade à população excluída do mercado tradicional, ajudando a combater a pobreza e diminuir a desigualdade. Inclusão social, geração de renda e qualidade de vida são os objetivos principais dos negócios sociais. A utilização de presidiários em setores como a construção civil é um bom exemplo de Empreendedorismo Social. Você sabia que as ONG´s são empreendedoras do Terceiro Setor? Muitos projetos do terceiro setor, como as ONGs, criam produtos tangíveis: camisetas, bonés, mochilas etc. Porém, o preço desses produtos é difícil de ser definido. Segundo Manzione (2006), os preços são definidos pelos custos e conforme o orçamento, sendo assim o elemento mais fácil de ser mudado pela empresa. No terceiro setor esta concepção é considerada custo previsto em forma de orçamento, que tem como base as despesas para atingir objetivos estabelecidos. O lucro deste tipo de setor está muitas vezes mais relacionado à necessidade e ao valor percebido pelo consumidor do que à promoção da marca. O Empreendedorismo pode ser trabalhado ainda na infância... As crianças do projeto Recicleta, por exemplo, aprendem noções de empreendedorismo na reutilização de peças de bicicletas inutilizáveis. Elas fazem varreduras em lojas especializadas e em residências que contatam o projeto indicando possuir uma bicicleta fora de uso ou com defeitos, captam os produtos oferecidos e os transformam em novas bicicletas que serão doadas às comunidades carentes. Essa ação, além de ajudar na preservação do meio ambiente, ajuda no desenvolvimento de crianças, através de noções de empreendedorismo. Você sabe o que é resiliência? “Nunca esquecerei a primeira corrida com chuva, um desastre, uma piada. Fui muito mal. Pilotos passando por um lado e pelo outro, todos me ultrapassavam e eu não podia fazer nada. E no seco eu era muito bom! Então nesse dia eu vi que não sabia correr na chuva. A partir desse dia passei a treinar com chuva. Sempre que chovia eu ia para a pista, treinar. E aí eu aprendi.” Depoimento gravado no DVD Ayrton Senna para Sempre. A resiliência pode ser definida como a habilidade que uma pessoa desenvolve para resistir, lidar e reagir de modo positivo em situações adversas. Trata-se de uma combinação de fatores que permitem enfrentar e superar problemas. O resiliente busca aprender com as adversidades para poder adaptar-se à nova realidade. Não é tarefa fácil, pois precisa administrar suas emoções, controlar impulsos, manter o otimismo etc. Um profissional demonstra resiliência quando é submetido a situações de alto grau de pressão e/ou adversas. Na prática, o resiliente é aquele que está sempre em evolução, daí sua importância para as empresas. A lógica básica do investimento Segundo Dal Colletto (2005), há algumas décadas, um profissional graduado em curso superior considerava que a fase de estudos estava concluída e que, daí em diante, teria início a fase do trabalho e da experiência. Havia ainda, inclusive, diversas profissões que não necessitavam de formação superior específica. Nesse caso, o que contava como diferencial era a experiência na função e no segmento. Os profissionais não tinham prazo de validade... A baixa volatilidade nas opções de emprego, bem como as oportunidades de trabalho, eram diferentes: o conhecimento adquirido durava mais. O problema é que a velocidade das mudanças, a famosa globalização e o desenvolvimento tecnológico transformam incessantemente o ambiente de trabalho. Estudo e formação não são apenas uma etapa da vida, mas uma constante ao longo de toda a carreira. Você lembra como era o trabalho do caixa de banco antes de existir o caixa eletrônico? Assim, a atualização profissional deixou de ser uma opção para ser também uma condição e uma necessidade dentro do exercício da profissão, seja para aperfeiçoamento do currículo, seja por exigência natural do mercado. AULA 8 : GESTÃO DA CARREIRA O conceito carreira normalmente esteve associado a uma trajetória de trabalho, construída a partir de um planejamentodefinido de possibilidades concretas de crescimento. De certa forma, a expectativa do trabalhador era de ascensão de carreira, desde que ele correspondesse, satisfatoriamente, às funções e obrigações determinadas por seu empregador. Muitos estudantes ingressam no ensino superior acreditando que estão iniciando uma estrada estável, previsível. Em outras palavras, acredita-se que há uma evolução natural da carreira, durante e após a formação, com o passar do tempo. TRABALHE DIREITINHO E SERÁ PROMOVIDO É um mito que, na realidade, não se comprova, tendo em vista que se espera de um profissional, ao longo dos primeiros meses de trabalho na organização, resultados muito além daqueles negociados por ocasião da contratação. Isso se justifica na medida em que a pró-atividade, por parte do profissional, passa a ser um dos principais itens na sua avaliação de desempenho. ESTEJA BEM COM O CHEFE E ESTARÁ SEGURO É outro mito que pode representar acomodação e passividade, que já não encontram espaço nas empresas. A eventual segurança está cada vez mais ligada a fatores de qualificação profissional, compreensão do negócio da organização, entendimento das necessidades do cliente e obtenção de resultados. Segundo Fontenelle (op.cit., 2005), Peter Drucker alertava para o fato de que estaríamos vivendo uma mudança sem precedentes na história da condição humana: estaríamos tendo, pela primeira vez, a possibilidade de fazer escolhas e de administrar a nós mesmos. Nesse contexto, Drucker relaciona a capacidade de aquisição de conhecimentos com o desenvolvimento da carreira. A má notícia, segundo ele, é que nós estaríamos totalmente despreparados para isso. Peter Ferdinand Drucker (1909-2005) foi um escritor, professor e consultor administrativo de origem austríaca, considerado o pai da administração moderna. Pois por conhecimento, Drucker não se refere apenas aos conhecimentos formais, mas a capacidade de sabermos “quem somos”: qual o nosso lugar, nossas aptidões, nosso temperamento, nossas reais capacidades de realização do que queremos. Aproveite e leia um dos livros mais importantes do autor: Desafios gerenciais para o século XXI (Editora Pioneira, lançado em 2009). ▪ Perspectiva da empresa: - Desenvolvimento profissional e pessoal dos funcionários; - Equilíbrio entre as metas da empresa e os propósitos individuais; - Progressão na empresa, com base em desempenho e competência; - Programas que ajudam o profissional a se conhecer melhor e a montar seu roteiro de carreira. ▪ Perspectiva do profissional: - Responsabilidade pessoal por gerir sua própria carreira; - Autoconhecimento, conhecimento do ambiente e das escolhas de carreira; - Significativo número de mudanças de emprego e de redefinições de carreira; - Proatividade na avaliação da carreira, sem esperar a empresa fazer por ele. ▪ Administração pública: Conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo dividida em administração direta e indireta. 1. Administração pública direta: Fazem parte da Administração Direta os órgãos ligados diretamente ao Estado, que executam funções típicas de Estado. São os Ministérios, as Polícias, os Hospitais públicos, as Escolas públicas, os órgãos de Controle (como o TCU e a CGU) etc. Nem sempre essas funções são exclusivas. Por exemplo, temos hospitais e escolas particulares. Mas mesmo assim é obrigação do Estado oferecer esses serviços gratuitamente. Por isso, que consideramos uma função típica. 2. Administração pública indireta: É formada pelas entidades que representam o braço empresarial do Estado. Essas entidades concorrem de igual para igual com o mercado privado. Não são funções típicas, são só setores em que, por questões estratégicas, o Estado resolveu investir. São exemplos no Brasil, a Petrobrás, o BNDES, o Banco do Brasil etc. A Administração Indireta, se divide em quatro formas de organização: 1. Autarquias; 2. Fundações Públicas; 3. Empresas Públicas; 4. Sociedades de Economia Mista. Todo Funcionário Público é um Servidor? Não! O funcionário público pode ser um servidor público ou um empregado público, dependendo da área do Estado em que ele atue. Mais quais seriam as principais diferenças entre eles? Veja o quadro comparativo AULA 9 : INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO Competitividade e Inovação As empresas, para ganharem espaço ou sobreviverem no mercado, estão constantemente se reinventando. A inovação é essencial: com ela uma empresa se torna capaz de gerar riqueza contínua, aumentar a produtividade e ser competitiva. Como você viu na aula anterior, o conceito de carreira passou a ser visto como uma responsabilidade do indivíduo, e não só da empresa que o emprega. Ainda, viu que a carreira evolui, que diversos espaços e funções diferentes são ocupados por um profissional ao longo de sua carreira profissional. Para se adequar às demandas e exigências do mercado, o profissional assume a maior parcela de responsabilidade sobre o desenvolvimento de sua carreira. Da criatividade à inovação como diferenciais do profissional Criatividade é a capacidade de criar, de pensar diferente diante de uma realidade qualquer. A inovação é consequência da criatividade, aliada a outros fatores. Vamos ver a dinâmica da inovação no meio empresarial? Cada candidato recebeu uma folha de papel A4. O recrutador pediu que você e os outros ficassem a uma distância de 8 metros de uma caixa pequena, aberta, localizada no meio da sala de recrutamento. Cada um tem como objetivo fazer com que a folha chegue dentro da caixa, podendo dobrar quantas vezes julgar necessário e fazendo “qualquer tipo de modelo”. O primeiro a conseguir seria contratado pela empresa. Qual seria sua opção? Muitas pessoas confundem criatividade com inteligência. Na verdade, um dos principais vetores da criatividade é a inspiração; mas, também, o trabalho duro para colocar em prática uma ideia original. No vídeo ao lado você assiste a um relato sobre o processo criativo. Repare que tudo parte de um roteiro: 1) A necessidade, problema ou oportunidade (no caso, o desejo dos clientes); 2) A realidade, o cenário, o ambiente (no caso, a localização, a posição do sol, a direção do vento etc.); 3) As possibilidades, as condições de realização (no caso, a forma de integrar os principais ambientes ao cenário e integrar as pessoas dentro da casa); 4) O experimento, o esboço (no caso, o diagrama que ele usa para colocar suas ideias no papel); 5) A implementação, a execução (no caso, passar a ideia para a equipe, montar o projeto com ela). É óbvio que existem pessoas mais criativas que outras. Mas, no meio profissional, a criatividade precisa estar inserida coletivamente para gerar inovação ou solução. Inclusive, uma das técnicas mais eficazes para solucionar problemas ou gerar inovação é o brainstorming. Brainstorming consiste na reunião de pessoas, preferencialmente de setores distintos, para explorarem diferentes pensamentos e ideias em busca da solução de um problema ou para alcançar um determinado objetivo. Todas as ideias são aceitas, depois a maioria é descartada, até chegar a uma boa ideia. AULA 10 : CURRÍCULO E INSPIRAÇÃO CENÁRIOS E TENDENCIAS DA CARREIRA Você provavelmente já ouviua expressão curriculum vitæ, não é? De sua origem latina, pode ser traduzida por “percurso da vida”. Normalmente usa-se currículo, em português. É um documento que sintetiza qualificações, competências e objetivos, entre outros. Em alguns casos, pode ser substituído ou complementado por um portfólio (para profissões como web designer, por exemplo). CURRÍCULO:Quanto mais específico e detalhado, maior a oportunidade de se ter um retrato fiel do candidato em relação à vaga/função desejada. Por isso, o currículo deve ser verdadeiro e objetivo. ▪ Informações pessoais: 1. Nome completo 2. Endereço de residência/correspondência (evite caixa postal); 3. Contatos: celular, telefone, e-mail (evite redes sociais a não ser que tenha relevância para a vaga pretendida); 4. Dados pessoais: nacionalidade, estado civil, idade. DICA: Não “encha” de dados desnecessários (número de documentos, religião etc) a não ser que sejam solicitados pelo recrutador/empresa. Mantenha seus dados atualizados, especialmente os de contato. ▪ Objetivo profissional: Deve ser curto e direto, mostrando claramente qual cargo ou área você quer ocupar dentro da empresa. 1. Objetivo profissional específico (ideal): Apresenta o cargo/função desejado. Ex. “Desejo atuar como Analista Júnior”. 2. Objetivo profissional geral: Quando está aberto processo para uma área da empresa. Ex. “Desejo atuar na área financeira”. 3. Objetivo profissional para o primeiro emprego: Ex. Desejo minha primeira oportunidade profissional na área de vendas. DICA:O que não fazer: Ex. “Desejo revolucionar essa empresa” ou “Quero concorrera à vaga/área X ou Y. ▪ Síntese de qualificações: Elencar habilidades voltadas para a posição ou empresa desejada, de forma resumida, que ajudem a destacar a relação entre você e a posição/empresa. a) Experiência – exemplo: “Mais de 10 anos atuando na área X em empresas nacionais e internacionais”; b) Competências – exemplo: “Ampla experiência em aplicação de recursos, captação de financiamento, redesenho de processos para redução de custos”. ▪ Trajetória profissional: Selecione e indique as empresas e cargos nos quais você atuou. Se tiver passado por vários empregos, não coloque todos; destaque de 2 a 5 experiências anteriores que, preferencialmente, tenham relação com o cargo pretendido. a) Tempo de atuação e nome da empresa: Ex. “ABC Indústria e Comércio LTDA - período de 2005 a 2009”. b) Nome do cargo ocupado e período de atuação. Ex. “Supervisor de operação (2005 a 2007)”. c) Resultados alcançados no cargo. Ex. “Responsável pela redução em 15% do custo homem/hora em processos de controle de operação”. ▪ Trajetória acadêmica: Selecione e indique os cursos regulares que você concluiu ou que estão em andamento. Se a vaga for para nível superior, não é necessário colocar a Educação Básica, a não ser que isso represente um diferencial ou uma comprovação (colégio bilíngue, por exemplo). a) Nome do curso, da instituição de ensino e período. Ex. “Bacharelado em Administração de Empresas, Universidade XX (2006 a 2009)”. b) Não inserir informações muito específicas, como professor orientador de TCC, a não ser que tal informação seja um diferencial para a vaga pretendida. DICA: Um enfoque acadêmico para uma vaga técnica, por exemplo, pode “polui” seu currículo. ▪ Aprimoramento: Selecione e indique os cursos, certificações, títulos que complementam à formação tradicional. a) Nome do curso/certificado, da instituição de ensino e período: Ex. SAP nível Básico, Instituto XX (2010). ▪ Salário e disponibilidade: Pretensão salarial e disponibilidade são informações que as empresas utilizam para filtrar quais profissionais serão chamados para a entrevista. a) Pretensão salarial (valor bruto): É preciso saber qual o valor médio de mercado praticado para a função, para que não haja disparidade. Não insira benefícios nesse campo; normalmente eles são negociados em outra etapa. b) Disponibilidade: Não coloque o que não poderá fazer. Para entrar no mercado de trabalho é preciso de muito mais do que um currículo, é preciso saber se portar, se vestir, se apresentar, conhecer a empresa, enfim, é preciso ter postura profissional.
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